Dengue na Bahia: dinâmica de dispersão do vírus com a introdução do sorotipo 3 (Denv-3) no estado
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34031 |
Resumo: | O aparecimento de cada novo sorotipo do vírus da dengue no Brasil oferece uma oportunidade para entender como esta infecção é introduzida e subseqüentemente distribuída. Além do mais, este padrão tem implicação para disseminação de vírus similares em um país de tamanho continental. Finalmente, uma vez que o vetor possui hábitos peridomésticos, um novo sorotipo também modela a distribuição de outras infecções com um padrão de disseminação pessoa a pessoa em uma região com uma alta densidade vetorial. No final de 2001, o Brasil tinha somente sofrido epidemias com DENV-1 e DENV-2. Ambos estavam ativamente circulantes quando o DENV-3 foi introduzido em 2002, produzindo os primeiros casos de febre hemorrágica da dengue no estado da Bahia. Nós determinamos a prevalência e distribuição dos sorotipos do vírus no estado durante 2001, 2002 e 2003 baseados nos isolamentos virais do Laboratório Central do Estado (LACEN). Este laboratório é o centro de referência e processa todas as amostras de 30 diretorias regionais de saúde (DIRES). Em 2001, houve 169 isolamentos de DENV-1 e 53 de DENV-2. Em 2002, foram isolados 123 DENV-1, 50 DENV-2, além do aparecimento do DENV-3 (273 isolamentos). As freqüências relativas de isolamentos versus o tamanho da população e o número de amostras submetidas sugerem que estes isolamentos são reflexos da intensidade de sua circulação. Em janeiro de 2002, com DENV-1 e DENV-2 sendo isolados em todo o estado, 95 por cento os isolamentos de DENV-3 foram da capital, Salvador, e os 5 por cento restantes foram de um município conurbado à mesma, onde se situa o aeroporto de Salvador indicando que este sorotipo pode possivelmente ter chegado por via aérea. Em fevereiro, a infecção estava distribuída em cidades onde as três principais rodovias dão acesso. Em março, ocorreu uma fase de consolidação com o DENV-3 se estendendo em áreas entre as principais rotas terrestres, e em abril o número de isolamentos decaiu rapidamente. A distribuição do DENV-3 em 2002 foi distintamente diferente dos sorotipos circulantes na Bahia e reflete a introdução de um novo sorotipo no estado. Estes dados estão formando uma base para o desenvolvimento de modelos matemáticos com vistas a se predizer a possível introdução do DENV-4 e para o efeito de diferentes intensidades de outros sorotipos circulando simultaneamente. |
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Melo, Paulo Roberto Santana deSantos, Claudia Nones DuarteTeixeira, Maria da Glória Lima CruzReis, Mitermayer Galvão dosReis, Mitermayer Galvão dos2019-07-12T17:09:48Z2019-07-12T17:09:48Z2005MELO, Paulo Roberto Santana de. Dengue na Bahia: dinâmica de dispersão do vírus com a introdução do sorotipo 3 (Denv-3) no estado. 2005. 82 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2005.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34031O aparecimento de cada novo sorotipo do vírus da dengue no Brasil oferece uma oportunidade para entender como esta infecção é introduzida e subseqüentemente distribuída. Além do mais, este padrão tem implicação para disseminação de vírus similares em um país de tamanho continental. Finalmente, uma vez que o vetor possui hábitos peridomésticos, um novo sorotipo também modela a distribuição de outras infecções com um padrão de disseminação pessoa a pessoa em uma região com uma alta densidade vetorial. No final de 2001, o Brasil tinha somente sofrido epidemias com DENV-1 e DENV-2. Ambos estavam ativamente circulantes quando o DENV-3 foi introduzido em 2002, produzindo os primeiros casos de febre hemorrágica da dengue no estado da Bahia. Nós determinamos a prevalência e distribuição dos sorotipos do vírus no estado durante 2001, 2002 e 2003 baseados nos isolamentos virais do Laboratório Central do Estado (LACEN). Este laboratório é o centro de referência e processa todas as amostras de 30 diretorias regionais de saúde (DIRES). Em 2001, houve 169 isolamentos de DENV-1 e 53 de DENV-2. Em 2002, foram isolados 123 DENV-1, 50 DENV-2, além do aparecimento do DENV-3 (273 isolamentos). As freqüências relativas de isolamentos versus o tamanho da população e o número de amostras submetidas sugerem que estes isolamentos são reflexos da intensidade de sua circulação. Em janeiro de 2002, com DENV-1 e DENV-2 sendo isolados em todo o estado, 95 por cento os isolamentos de DENV-3 foram da capital, Salvador, e os 5 por cento restantes foram de um município conurbado à mesma, onde se situa o aeroporto de Salvador indicando que este sorotipo pode possivelmente ter chegado por via aérea. Em fevereiro, a infecção estava distribuída em cidades onde as três principais rodovias dão acesso. Em março, ocorreu uma fase de consolidação com o DENV-3 se estendendo em áreas entre as principais rotas terrestres, e em abril o número de isolamentos decaiu rapidamente. A distribuição do DENV-3 em 2002 foi distintamente diferente dos sorotipos circulantes na Bahia e reflete a introdução de um novo sorotipo no estado. Estes dados estão formando uma base para o desenvolvimento de modelos matemáticos com vistas a se predizer a possível introdução do DENV-4 e para o efeito de diferentes intensidades de outros sorotipos circulando simultaneamente.The appearance of each new dengue serotype in Brazil offers an opportunity to understand how this infection is introduced and subsequently distributed. Further, this pattern may have implications for the spread of other viruses in a continental sized country. Finally, since the vector is peridomestic, a new serotype also models the likely distribution of a new virus with person to person spread. At the end of 2001, Brazil had only experienced epidemics with DENV-1 and DENV-2. Both were actively circulating when DENV-3 was introduced in 2002, and produced the first cases of dengue hemorrhagic fever in the state of Bahia. We determined the prevalence and distribution of dengue serotypes circulating in this state during 2001, 2002 and 2003 based on viral isolations by the state’s central laboratory. In 2001, there were 169 isolations of DENV-1 and 53 of DENV-2. In 2002, there were 123 DENV-1 isolates, 50 DENV-2, plus the new appearance of DENV-3 (273 isolates). The frequency of isolations relative to population size and numt>er of samples submitted indicates that viral isolations here are reflective of the intensity of their circulation. In January 2002, with DENV-1 and DENV-2 t>eing isolated throughout the state, 95% of all DENV-3 isolations were from the coastal state capital, Salvador, and the rennaining 5% were from a nearby coastal district. This indicates that the infection could probably have arrived by air travel or less likely by sea. In February, the infection was distributed in districts where the 3 major highways run. In March, there was a consolidation phase with the infection reaching areas between the main routes, and by April the number of isolations quickly dissipated. The distribution of DENV-3 in 2002 was distinctly different from the others and reflects the introduction of a new serotype. These data will form the basis of mathematical models for the anticipated introduction of DENV-4 and for the effect of different intensities of other simultaneously circulating serotypes.CNPqUniversidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porCentro de Pesquisas Gonçalo MonizDengueEpidemiologiaVírusDengue virusEpidemiologyVirusDengue na Bahia: dinâmica de dispersão do vírus com a introdução do sorotipo 3 (Denv-3) no estadoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2005Coordenação de EnsinoUniversidade Federal da Bahia. Centro de Pesquisas Gonçalo MonizMestrado AcadêmicoSalvador/BaPós-Graduação em Patologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34031/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALPaulo Roberto Santana de Melo Dengue... 2005.pdfPaulo Roberto Santana de Melo Dengue... 2005.pdfapplication/pdf29126209https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34031/2/Paulo%20Roberto%20Santana%20de%20Melo%20Dengue...%202005.pdffa59143a379724aa123b9e160ebda5efMD52TEXTPaulo Roberto Santana de Melo Dengue... 2005.pdf.txtPaulo Roberto Santana de Melo Dengue... 2005.pdf.txtExtracted texttext/plain91247https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34031/3/Paulo%20Roberto%20Santana%20de%20Melo%20Dengue...%202005.pdf.txta64e4bdce313b99f54055f62667ecaeaMD53icict/340312019-07-15 13:50:04.097oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34031Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-07-15T16:50:04Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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