Paracoccidioidomicose: estudo clínico e epidemiológico de 422 casos observados no estado de Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paniago, Anamaria Mello Miranda
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Aguiar, José Ivan Albuquerque, Aguiar, Eliana Setti, Cunha, Rivaldo Venâncio da, Pereira, Gracy Regina de Oliveira Leite, Londero, Alberto Thomaz, Wanke, Bodo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33444
Resumo: São descritas as características clínicas e epidemiológicas de 422 casos de paracoccidioidomicose atendidos no Hospital Universitário da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil) no período de Janeiro de 1980 a Agosto de 1999. A média de idade foi de 43,4 anos e a proporção homem: mulher foi de 10:1. Quase metade (45,5%) dos doentes era trabalhadora rural no momento do diagnóstico. A forma aguda/subaguda (tipo juvenil)(15,4% dos casos) revelou-se com importante comprometimento do sistema fagocítico-monocitário, manifestado principalmente por adenomegalia (95,4%); hepatomegalia (40%); esplenomegalia (23,1%). A forma crônica (tipo adulto)(84,6% dos casos) apresentou-se com maiores proporções de lesões em orofaringe (66,4%); rouquidão (31,4%) e tosse (50,7%). Para o diagnóstico, foram utilizados o exame micológico direto em 365 pacientes e o histopatológico em 302, com positividade de 50,7% e 97,3%, respectivamente. O tratamento antifúngico preferencial foi a associação de sulfametoxazol e trimetoprim (cotrimoxazol), utilizado em 90,3% dos doentes. Seqüelas foram observadas em 30,3% e óbito em 7,6% dos casos.
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Quase metade (45,5%) dos doentes era trabalhadora rural no momento do diagnóstico. A forma aguda/subaguda (tipo juvenil)(15,4% dos casos) revelou-se com importante comprometimento do sistema fagocítico-monocitário, manifestado principalmente por adenomegalia (95,4%); hepatomegalia (40%); esplenomegalia (23,1%). A forma crônica (tipo adulto)(84,6% dos casos) apresentou-se com maiores proporções de lesões em orofaringe (66,4%); rouquidão (31,4%) e tosse (50,7%). Para o diagnóstico, foram utilizados o exame micológico direto em 365 pacientes e o histopatológico em 302, com positividade de 50,7% e 97,3%, respectivamente. O tratamento antifúngico preferencial foi a associação de sulfametoxazol e trimetoprim (cotrimoxazol), utilizado em 90,3% dos doentes. Seqüelas foram observadas em 30,3% e óbito em 7,6% dos casos.Clinical and epidemiological features of 422 cases of paracoccidioidomycosis attended at University Hospital of Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil) from January 1980 to August 1999, were analysed. The mean age was 43.4 years old and the male: female ratio was 10:1. Nearly half (45.5%) of the patients were agricultural workers at the moment of diagnosis. In the acute/subacute form (juvenile type) the phagocytic-monocytic system was very much impaired and mainly marked by lymphadenopathy (95.4%), hepatomegaly (40%), splenomegaly (23.1%). The chronic form (adult type) presents more lesions in oropharynx (66.4%), dysphonia (31.4%) and cough (50.7%). Mycological diagnosis was obtained by direct microscopy of wet mounts in 185/365 (50.7%) patients and by histopathological examination of biopsies in 294/302 (97.3%) patients. The treatment of choice was Sulfamethoxazole/ trimethoprim (Co-trimoxazole), used in 90.3% patients. Sequelae occurred in 30.3% and death in 7.6% of the cases.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Curso de Pós-Graduação em Medicina Tropical. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Departamento de Clínica Médica. Campo Grande, MS, Brasil.Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Departamento de Clínica Médica. Campo Grande, MS, Brasil.Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Departamento de Clínica Médica. Campo Grande, MS, Brasil.Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Departamento de Clínica Médica. Campo Grande, MS, Brasil.Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Santa Maria, RS, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas. Serviço de Micologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSociedade Brasileira de Medicina TropicalParacoccidioidomicoseClínicaEpidemiologiaMato Grosso do SulParacoccidioidomycosisClinicalEpidemiologyMato Grosso do SulParacoccidioidomicose: estudo clínico e epidemiológico de 422 casos observados no estado de Mato Grosso do SulParacoccidioidomycosis: a clinical and epidemiological study of 422 cases observed in Mato Grosso do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33444/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Paniago_Anamaria_etal_INI_2003.pdfve_Paniago_Anamaria_etal_INI_2003.pdfapplication/pdf38683https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33444/2/ve_Paniago_Anamaria_etal_INI_2003.pdff0f6a4bf0b8854b2b37ae8074f2fbb24MD52TEXTve_Paniago_Anamaria_etal_INI_2003.pdf.txtve_Paniago_Anamaria_etal_INI_2003.pdf.txtExtracted texttext/plain21938https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33444/3/ve_Paniago_Anamaria_etal_INI_2003.pdf.txtc920172cdb7fbd2f6738c57cf5d6ab08MD53icict/334442019-06-11 02:03:32.217oai:www.arca.fiocruz.br:icict/33444Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-06-11T05:03:32Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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