Estado nutricional pré-gestacional e sintomas de depressão pós-parto: análise e proposta de um modelo teórico de causalidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fraga, Ana Claudia Santos Amaral
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48880
Resumo: Desvios no estado nutricional pré-gestacional e depressão pós-parto (DPP) são importantes problemas de saúde com prevalências expressivas. Os primeiros podem comprometer o desfecho saudável de uma gestação e, a DPP, o vínculo mãe-bebê e o crescimento e desenvolvimento infantil. Uma questão que tem sido cada vez mais debatida na literatura científica é a possibilidade de desvios no peso da mulher no início da gravidez desencadearem sintomas de depressão após o parto. Estudos com diferentes instrumentos, em momentos diversos do pós-parto, em países desenvolvidos ou não, têm encontrado evidências dessa associação, particularmente, do sobrepeso e da obesidade. Os mecanismos que explicam esses achados ainda não estão muito claros. Dada a complexidade da relação entre exposição e desfecho analisados, em função de tantos fatores de risco envolvidos para ambas as condições optou-se, no primeiro artigo, pela utilização de uma ferramenta gráfica denominada Gráfico Acíclico Direcionado (DAG). O objetivo principal foi construir um modelo da relação causal entre o estado nutricional pré-gestacional e DPP. As variáveis que constituíram o conjunto mínimo para ajuste foram idade, nível socioeconômico, escolaridade, paridade, raça, estado civil e violência entre parceiros íntimos. O ajuste para essas variáveis visa minimizar o viés da estimativa do estado nutricional pré-gestacional sobre o desenvolvimento de sintomas de DPP. Calcular essa estimativa foi o objetivo principal do segundo artigo. Em estudos de natureza observacional como este, problemas como falta de permutabilidade ou de comparabilidade entre os grupos tornam-se uma questão importante para a inferência causal. O quadro de desfechos potenciais, proposto por Rubin (1974), tem exercido influência importante em diversas áreas do conhecimento. Esse modelo basicamente nos conduz ao pensamento contrafatual, ou seja, o que teria ocorrido caso um indivíduo que sofreu determinada intervenção não tivesse sido submetido a ela. Baseado nesse modelo, o uso do Escore de Propensão (EP) foi o método utilizado. As covariáveis identificadas no DAG e mensuradas na Pesquisa Nascer no Brasil, estudo fonte dessa análise, foram utilizadas para seu cálculo. Uma vez calculado, o EP foi ponderado e seu balanceamento verificado através de gráficos e tabelas. Apesar da ausência de efeito causal entre estado nutricional pré-gestacional e sintomatologia depressiva no pós-parto, a alta prevalência observada em ambos, reforça a necessidade de rastreamento da depressão e dos fatores de risco durante o cuidado pré-natal. No Brasil, mais da metade da população está acima do peso. A obesidade é uma epidemia mundial que se dissemina rapidamente dessa maneira, conhecer a relação causal entre desvios no estado nutricional pré-gestacional e DPP podem conduzir a proposição de medidas de cuidado efetivas.
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spelling Fraga, Ana Claudia Santos AmaralTheme-Filha, Mariza Miranda2021-08-31T23:50:53Z2021-08-31T23:50:53Z2018FRAGA, Ana Claudia Santos Amaral. Estado nutricional pré-gestacional e sintomas de depressão pós-parto: análise e proposta de um modelo teórico de causalidade. 2018. 57 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48880Desvios no estado nutricional pré-gestacional e depressão pós-parto (DPP) são importantes problemas de saúde com prevalências expressivas. Os primeiros podem comprometer o desfecho saudável de uma gestação e, a DPP, o vínculo mãe-bebê e o crescimento e desenvolvimento infantil. Uma questão que tem sido cada vez mais debatida na literatura científica é a possibilidade de desvios no peso da mulher no início da gravidez desencadearem sintomas de depressão após o parto. Estudos com diferentes instrumentos, em momentos diversos do pós-parto, em países desenvolvidos ou não, têm encontrado evidências dessa associação, particularmente, do sobrepeso e da obesidade. Os mecanismos que explicam esses achados ainda não estão muito claros. Dada a complexidade da relação entre exposição e desfecho analisados, em função de tantos fatores de risco envolvidos para ambas as condições optou-se, no primeiro artigo, pela utilização de uma ferramenta gráfica denominada Gráfico Acíclico Direcionado (DAG). O objetivo principal foi construir um modelo da relação causal entre o estado nutricional pré-gestacional e DPP. As variáveis que constituíram o conjunto mínimo para ajuste foram idade, nível socioeconômico, escolaridade, paridade, raça, estado civil e violência entre parceiros íntimos. O ajuste para essas variáveis visa minimizar o viés da estimativa do estado nutricional pré-gestacional sobre o desenvolvimento de sintomas de DPP. Calcular essa estimativa foi o objetivo principal do segundo artigo. Em estudos de natureza observacional como este, problemas como falta de permutabilidade ou de comparabilidade entre os grupos tornam-se uma questão importante para a inferência causal. O quadro de desfechos potenciais, proposto por Rubin (1974), tem exercido influência importante em diversas áreas do conhecimento. Esse modelo basicamente nos conduz ao pensamento contrafatual, ou seja, o que teria ocorrido caso um indivíduo que sofreu determinada intervenção não tivesse sido submetido a ela. Baseado nesse modelo, o uso do Escore de Propensão (EP) foi o método utilizado. As covariáveis identificadas no DAG e mensuradas na Pesquisa Nascer no Brasil, estudo fonte dessa análise, foram utilizadas para seu cálculo. Uma vez calculado, o EP foi ponderado e seu balanceamento verificado através de gráficos e tabelas. Apesar da ausência de efeito causal entre estado nutricional pré-gestacional e sintomatologia depressiva no pós-parto, a alta prevalência observada em ambos, reforça a necessidade de rastreamento da depressão e dos fatores de risco durante o cuidado pré-natal. No Brasil, mais da metade da população está acima do peso. A obesidade é uma epidemia mundial que se dissemina rapidamente dessa maneira, conhecer a relação causal entre desvios no estado nutricional pré-gestacional e DPP podem conduzir a proposição de medidas de cuidado efetivas.Deviations in pregestational nutritional status and postpartum depression (PPD) are important health problems with expressive prevalence. The former can compromise the healthy outcome of a pregnancy and, the PPD, the mother-baby bond, and child growth and development. One issue that has been increasingly debated in the scientific literature is the possibility that deviations in the weight of women in early pregnancy trigger symptoms of postpartum depression. Studies with different instruments at different postpartum moments in developed and non-developed countries have found evidence of this association, particularly of overweight and obesity. The mechanisms that explain these findings are still unclear. Given the complexity of the relationship between exposure and outcome analyzed, due to the many risk factors involved for both conditions, the first article was chosen by the use of a graphical tool named Directed Acyclic Graph (DAG). The main objective was to identify if there were or not confounding covariates among this causal relationship. The main objective was to construct a model of the causal relationship between pre-gestational nutritional status and PPD. The variables that constituted the minimum set for adjustment were age, socioeconomic level, schooling, parity, race, marital status and intimate partner violence. The adjustment for these variables aims to minimize the bias of the estimation of pregestational nutritional status on the development of PPD symptoms. Calculating this estimate was the main goal of the second article. In studies of an observational nature such as this one, problems such as the lack of interchangeability or comparability between groups become an important issue for causal inference. The framework of potential outcomes, proposed by Rubin (1974), has wielded important influence in several areas of knowledge. This model basically leads us to counterfactual thinking, that is to say, what would have happened if an individual who had suffered a particular intervention had not been subjected to it. Based on this model, the use of the Propensity Score (PS) was the method used. The covariates identified in the DAG and measured in the Survey Nascer no Brasil, study source of this analysis, were used for its calculation. Once calculated, the PS was weighted and its balance checked through charts and tables. Despite the absence of a causal effect between pregestational nutritional status and postpartum depressive symptomatology, the high prevalence observed in both groups reinforces the need to track depression and risk factors during prenatal care. In Brazil, more than half the population is overweight. Obesity is a worldwide epidemic that spreads rapidly in this way, knowing the causal relationship between deviations in the pregestational nutritional status and PPD may lead to the proposition of effective care measures.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEstado NutricionalObesidadeDepressão Pós-partoEPDSDAGEscore de PropensãoNutritional StatusObesityDepressionPostpartumEPDSDAGPropensity ScoreEstado NutricionalObesidadeDepressão Pós-PartodiagnósticoPontuação de PropensãoCausalidadeFatores de Confusão EpidemiológicosEstado nutricional pré-gestacional e sintomas de depressão pós-parto: análise e proposta de um modelo teórico de causalidadePre-gestational nutritional status and symptoms of postpartum depression: analysis and proposal of a theoretical model of causalityinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2018-12-11Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48880/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALana_claudia_santos_amaral_fraga_ensp_dout_2018.pdfapplication/pdf5389481https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48880/2/ana_claudia_santos_amaral_fraga_ensp_dout_2018.pdf3399024f8b557e41b65a92722ab5e1fcMD52TEXTana_claudia_santos_amaral_fraga_ensp_dout_2018.pdf.txtana_claudia_santos_amaral_fraga_ensp_dout_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain324337https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48880/3/ana_claudia_santos_amaral_fraga_ensp_dout_2018.pdf.txt824697ccaa9428dcfa96102dde2cc887MD53icict/488802021-09-01 02:01:35.007oai:www.arca.fiocruz.br:icict/48880Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-09-01T05:01:35Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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