A educação permanente na Política Nacional de Saúde Integral da População Negra no SUS: a experiência da UNA-SUS
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49598 |
Resumo: | Dentre as várias iniciativas de Educação Permanente em Saúde (EPS) do Ministério da Saúde (MS) para apoiar a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), foi ofertado em parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), o curso auto instrucional, à distância, "Saúde Integral da População Negra", a partir de 2014. Esse curso, voltado para profissionais trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), estudantes e lideranças sociais, assume o debate sobre como o racismo e o racismo institucional produzem resultados desiguais na atenção à saúde e comprometem a qualidade no atendimento de negras e negros no SUS. De maneira abrangente, o curso visa capacitar profissionais de saúde para que, em sua rotina de trabalho, identifiquem iniquidades étnico-raciais que impactam sobre a saúde da população negra. Nesse sentido, esta dissertação realiza uma análise descritiva e analítica sobre o curso "Saúde Integral da População Negra", ofertado pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), entre 2014 a 2018, como estratégia para o fortalecimento da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, Brasil. Busca conhecer os principais aspectos dos alunos matriculados relacionados ao vínculo com o SUS; descreve o perfil de inscrição e sócio demográfico, segundo idade, gênero, escolaridade, profissão, referência geográfica, porte da população e quesito raça/cor dos alunos matriculados; caracteriza os fatores demográficos, geográficos e sociais de conclusão dos matriculados no curso e, por fim, aponta propostas apoiar a formação/educação permanente no SUS para a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Foi um estudo com base em fontes de informações e de dados disponibilizadas pela UNA-SUS, sendo a população de estudo constituída por todos os matriculados no Curso de Saúde da População Negra ofertado pela UNA-SUS, entre 2014 e 2018, que totalizaram 55.154 matriculados, em sete ofertas do curso online ao longo do período considerado. O tratamento estatístico dos dados foi realizado utilizando o software SPSS for Windows - Statistical Package for Social Sciences - versão 20. Os dados foram analisados e sumarizados por meio de análises univariadas, bivariadas e multivariadas. Dentre os principais resultados verificou-se que 9,28% dos matriculados concluíram os cursos. A idade média foi de 32,37 anos e mediana de 30 anos, sendo verificada idade maior para os não-concluintes. Quanto a escolaridade verificou-se maior frequência para o nível superior (87,4%) quando comparado ao nível médio (12,6%). As categorias profissionais mais frequentes foram os enfermeiros (23,8%), agente comunitário e assistente social com 4,6% para cada classe profissional. O auto referenciamento da raça/cor entre os matriculados, foi de 34,4% brancos, 37,4% pardos, 24,3% pretos, 1,6% amarelos, 0,4% indígenas e 1,9% não mencionaram. A frequência relativa de matriculados e concluintes do curso conforme o contingente populacional, demonstra maior proporção de matriculados em localidades com porte populacional entre 100 a 500 mil habitantes (28,5%) e acima de 500 mil habitantes (43,3%), sendo que a proporção de concluintes também foi maior nessas localidades. A experiência da UNA-SUS na oferta do curso oferece subsídios para se pensar em estratégias de continuidade para a educação permanente no sentido de apoiar a implementação da PNSIPN |
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Esse curso, voltado para profissionais trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), estudantes e lideranças sociais, assume o debate sobre como o racismo e o racismo institucional produzem resultados desiguais na atenção à saúde e comprometem a qualidade no atendimento de negras e negros no SUS. De maneira abrangente, o curso visa capacitar profissionais de saúde para que, em sua rotina de trabalho, identifiquem iniquidades étnico-raciais que impactam sobre a saúde da população negra. Nesse sentido, esta dissertação realiza uma análise descritiva e analítica sobre o curso "Saúde Integral da População Negra", ofertado pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), entre 2014 a 2018, como estratégia para o fortalecimento da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, Brasil. 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This course, aimed at professionals working in the Unified Health System (SUS), students and social leaders, assumes the debate about how Racism and institutional racism produce unequal results in health care and compromise the quality of care of black women in SUS. Comprehensively, the course aims to enable health professionals to identify, in their work routine, ethnic and racial inequities that affect the health of the black population. In this sense, this dissertation performs a descriptive and analytical analysis on the course \201CIntegral Health of the Black Population\201D, offered by the Open University of the Unified Health System - UNASUS, from 2014 to 2018, as a strategy to strengthen the National Policy of Integral Health of the Black Population, Brazil. It seeks to know the main aspects of enrolled students related to the bond with the SUS; describes the enrollment and demographic profile, according to age, gender, education, profession, geographical reference, population size and race / color of enrolled students; characterizes the demographic, geographic and social factors of completion of enrolled in the course and, finally, points proposals to support the formation / continuing education in SUS for the implementation of the National Policy of Integral Health of the Black Population. It was a study based on information and data sources provided by UNA-SUS, and the study population consisted of all enrolled in the Black Population Health Course offered by UNA-SUS, between 2014 and 2018, which totaled 55,154 enrolled in seven online course offerings over the period considered. Statistical treatment of the data was analyzed using the SPSS for Windows software - Statistical Package for Social Sciences - version 20. Data were analyzed and summarized by univariate, bivariate and multivariate analyzes. Among the main results, it was found that 9.28% of the enrolled students completed the courses. The average age was 32.37 years and a median of 30 years, with a higher age for non-graduates. As for education, there was a higher frequency for higher education (87.4%) when compared to the average level (12.6%).The most frequent professional categories were nurses (23.8%), community agent and social worker with 4.6% for each professional class. Self-referencing of race / color among those enrolled was 34.4% white, 37.4% brown, 24.3% black, 1.6% yellow, 0.4% indigenous and 1.9% did not mention. The relative frequency of students enrolled and graduating in the course according to the population contingent, shows a higher proportion of those enrolled in locations with population size between 100 and 500 thousand inhabitants (28.5%) and above 500 thousand inhabitants (43.3%). that the proportion of graduates was also higher in these locations. UNA-SUS's experience in offering the course provides insights into continuity strategies for continuing education to support the implementation of the PNSIPNFundação Oswaldo Cruz. Escola de Governo Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.porRacismoRacismo institucionalSaúde da população negraDeterminante socialEducação permanenteRacismInstitutional racismBlack population healthSocial determinanPermanent educationDeterminantes Sociais da SaúdeEducação ContinuadaGrupo com Ancestrais do Continente AfricanoPolítica de SaúdeRacismoSistema Único de SaúdeA educação permanente na Política Nacional de Saúde Integral da População Negra no SUS: a experiência da UNA-SUSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019-05-17Escola de Governo Fiocruz BrasíliaFundação Oswaldo Cruz. 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