A prevalência da coinfecção Trypanosoma cruzi-HIV varia de acordo com a abordagem metodológica do desenho de estudo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hasslocher-Moreno, Alejandro Marcel
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Mediano, Felippe Felix Mediano
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57153
Resumo: Introdução: Movimentos migratórios de portadores de Trypanosoma cruzi (T. cruzi), de áreas endêmicas para não-endêmicas, urbanizaram e internacionalizaram a doença de Chagas. Neste novo contexto epidemiológico, a coinfecção T. cruzi/HIV se tornou um novo desafio para o diagnóstico e tratamento nos sistemas de saúde. Como em outras doenças infecciosas, o T. cruzi comporta-se, potencialmente, como microrganismo oportunista em indivíduos com imunossupressão. No Brasil, o Ministério da Saúde estima um total de 16.100 casos de coinfecção com uma prevalência de 1.3% a 5%. Pouco se conhece sobre a real prevalência desta coinfecção. Objetivo: Rever a literatura científica que aborda estudos de prevalência da coinfecção T. cruzi/HIV. Método: Realizada revisão integrativa a partir da busca nas bases: Pubmed, Google Scholar, SciELO, Scopus, Web of Science; e repositórios institucionais: Cruesp, Arca, Pantheon, Lume, Attena, UFSC, UFPR, UFG, UFMG, UFBA, UFCE e UFRN; de 2000 a julho de 2022. Resultado: Foram identificados 13 trabalhos, sendo 11 artigos, uma dissertação de mestrado e um resumo de evento científico. Dez trabalhos investigaram a presença de T. cruzi em portadores de HIV, encontrando prevalência que variou de 1.3% a 27,6%, com média de 6,8% e mediana de 3,5%. Destes, 3 foram conduzidos no Brasil (Almeida, 2010; Stauffert, 2017; Porto, 2021), 3 na Espanha, todos com população latino-americana, (Rodriguez-Guardado, 2010; Llenas-Garcia, 2012; Salvador, 2013), 2 na Argentina (Dolcini, 2008; Benchetrit, 2016), 1 no Paraguai (San Miguel, 2010) e 1 na Bolivia (Reimer-McAtle, 2021). Três trabalhos investigaram a presença de HIV em portadores de doença de Chagas. Dois foram realizados na Espanha (Pinazo, 2013; Salvador, 2015), e um no Brasil (Hasslocher-Moreno, 2022), encontrando prevalências de 0,41%, 0,65% e 0.50%, respectivamente, com média de 0,52% e mediana de 0,50%. Conclusão: A prevalência da coinfecção T. cruzi/HIV variou de acordo com o desenho do estudo. Quando se avaliou a prevalência de infecção por T. cruzi em pacientes com HIV, esta foi significativamente mais alta quando comparada a prevalência de infecção por HIV em pacientes portadores de doença de Chagas.
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No Brasil, o Ministério da Saúde estima um total de 16.100 casos de coinfecção com uma prevalência de 1.3% a 5%. Pouco se conhece sobre a real prevalência desta coinfecção. Objetivo: Rever a literatura científica que aborda estudos de prevalência da coinfecção T. cruzi/HIV. Método: Realizada revisão integrativa a partir da busca nas bases: Pubmed, Google Scholar, SciELO, Scopus, Web of Science; e repositórios institucionais: Cruesp, Arca, Pantheon, Lume, Attena, UFSC, UFPR, UFG, UFMG, UFBA, UFCE e UFRN; de 2000 a julho de 2022. Resultado: Foram identificados 13 trabalhos, sendo 11 artigos, uma dissertação de mestrado e um resumo de evento científico. Dez trabalhos investigaram a presença de T. cruzi em portadores de HIV, encontrando prevalência que variou de 1.3% a 27,6%, com média de 6,8% e mediana de 3,5%. Destes, 3 foram conduzidos no Brasil (Almeida, 2010; Stauffert, 2017; Porto, 2021), 3 na Espanha, todos com população latino-americana, (Rodriguez-Guardado, 2010; Llenas-Garcia, 2012; Salvador, 2013), 2 na Argentina (Dolcini, 2008; Benchetrit, 2016), 1 no Paraguai (San Miguel, 2010) e 1 na Bolivia (Reimer-McAtle, 2021). Três trabalhos investigaram a presença de HIV em portadores de doença de Chagas. Dois foram realizados na Espanha (Pinazo, 2013; Salvador, 2015), e um no Brasil (Hasslocher-Moreno, 2022), encontrando prevalências de 0,41%, 0,65% e 0.50%, respectivamente, com média de 0,52% e mediana de 0,50%. Conclusão: A prevalência da coinfecção T. cruzi/HIV variou de acordo com o desenho do estudo. Quando se avaliou a prevalência de infecção por T. cruzi em pacientes com HIV, esta foi significativamente mais alta quando comparada a prevalência de infecção por HIV em pacientes portadores de doença de Chagas.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. 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