Qualidade de Vida e suas relações com Consumo de álcool e transtornos mentais comuns
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40088 |
Resumo: | Objetivo: Verificar a associação entre qualidade de vida e padrões de consumo de álcool, transtornos mentais comuns (TMC) e características socioeconômicas no Brasil e especificamente na Atenção Primária em Saúde (APS) do município do Rio de Janeiro (RJ). Métodos: Trata-se de uma pesquisa composta por desenhos epidemiológicos distintos: um inquérito de base populacional, realizado com 3.070 indivíduos em 2012; um estudo transversal na APS-RJ com 624 pacientes, em 2012/2013; e um estudo de coorte APS-RJ com 102 pacientes, realizado em 2012/2013. Foram utilizados os instrumentos: General Health Questionnaire, Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), Screening for Somatoform Symptoms, Alcohol Use Disorder Identification Test e World Health Organization Quality of Life Instrument (brief version). No inquérito e no estudo transversal da APS, realizaram-se regressões lineares múltiplas e, na análise da coorte, empregou-se a regressão logística. Cada domínio de QV foi considerado desfecho nas três análises. Resultados: No inquérito, ter depressão ou ansiedade foram as condições que estiveram associadas, respectivamente, de modo mais intenso à perda de QV (β=-4,48 à -9,61; p-valor <5%). A dependência de álcool associou-se também à perda de QV, no domínio psicológico (β=-6,81) e nas relações sociais (β=-6,91). No estudo transversal, a QV associou-se negativamente aos TMC, principalmente, no domínio psicológico (β= -15,75; p-valor=0,00), e à dependência no domínio físico (β= -5,38; p-valor=0,05). Houve associação positiva e significativa da QV com consumo de risco (β= 5,77) e nocivo (β= 6,15) no domínio meio ambiente, e com o primeiro no domínio psicológico (β= 7,08). No estudo de coorte, verificouse que a melhora da QV foi significativa apenas nos domínios físico e psicológico. Houve associação estatisticamente significativa da melhora da QV física com redução de 5 pontos ou mais na HADS depressão (OR= 7,63) e da QV psicológica com redução de cinco pontos ou mais na HADS ansiedade (OR= 5,99) e ter ensino fundamental completo (OR= 2,30). O consumo de risco (OR= 0,25) e a dependência de álcool (OR= 0,12) foram fatores protetores da melhora da QV psicológica. Conclusões: O tratamento dos transtornos mentais e da dependência do álcool é estratégia essencial para melhor prognóstico dos pacientes, bem como a melhora da QV. Portanto, recomenda-se o uso da medida de QV pelo serviços de saúde como indicador para planejamento e avaliação das intervenções ofertadas aos indivíduos em sofrimento psicológico. |
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Santos, Marcos Vinícius Ferreira dosCampos, Mônica RodriguesFortes, Sandra2020-02-19T15:37:41Z2020-02-19T15:37:41Z2018SANTOS, Marcos Vinícius Ferreira dos. Qualidade de vida e suas relações com consumo de álcool e transtornos mentais comuns. 2018. 192 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40088Objetivo: Verificar a associação entre qualidade de vida e padrões de consumo de álcool, transtornos mentais comuns (TMC) e características socioeconômicas no Brasil e especificamente na Atenção Primária em Saúde (APS) do município do Rio de Janeiro (RJ). Métodos: Trata-se de uma pesquisa composta por desenhos epidemiológicos distintos: um inquérito de base populacional, realizado com 3.070 indivíduos em 2012; um estudo transversal na APS-RJ com 624 pacientes, em 2012/2013; e um estudo de coorte APS-RJ com 102 pacientes, realizado em 2012/2013. Foram utilizados os instrumentos: General Health Questionnaire, Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), Screening for Somatoform Symptoms, Alcohol Use Disorder Identification Test e World Health Organization Quality of Life Instrument (brief version). No inquérito e no estudo transversal da APS, realizaram-se regressões lineares múltiplas e, na análise da coorte, empregou-se a regressão logística. Cada domínio de QV foi considerado desfecho nas três análises. Resultados: No inquérito, ter depressão ou ansiedade foram as condições que estiveram associadas, respectivamente, de modo mais intenso à perda de QV (β=-4,48 à -9,61; p-valor <5%). A dependência de álcool associou-se também à perda de QV, no domínio psicológico (β=-6,81) e nas relações sociais (β=-6,91). No estudo transversal, a QV associou-se negativamente aos TMC, principalmente, no domínio psicológico (β= -15,75; p-valor=0,00), e à dependência no domínio físico (β= -5,38; p-valor=0,05). Houve associação positiva e significativa da QV com consumo de risco (β= 5,77) e nocivo (β= 6,15) no domínio meio ambiente, e com o primeiro no domínio psicológico (β= 7,08). No estudo de coorte, verificouse que a melhora da QV foi significativa apenas nos domínios físico e psicológico. Houve associação estatisticamente significativa da melhora da QV física com redução de 5 pontos ou mais na HADS depressão (OR= 7,63) e da QV psicológica com redução de cinco pontos ou mais na HADS ansiedade (OR= 5,99) e ter ensino fundamental completo (OR= 2,30). O consumo de risco (OR= 0,25) e a dependência de álcool (OR= 0,12) foram fatores protetores da melhora da QV psicológica. Conclusões: O tratamento dos transtornos mentais e da dependência do álcool é estratégia essencial para melhor prognóstico dos pacientes, bem como a melhora da QV. Portanto, recomenda-se o uso da medida de QV pelo serviços de saúde como indicador para planejamento e avaliação das intervenções ofertadas aos indivíduos em sofrimento psicológico.Objective: To verify the association between Quality of Life (QOL) and clcohol consumption patterns, Common Mental Disorders (CMD) and socioeconomic characteristics in Brazil and specifically in Primary Health Care (PHC) in the city of Rio de Janeiro (RJ). Methods: A population-based survey was carried out with 3,070 individuals in 2012, a cross-sectional study at PHC-RJ with 624 patients in 2012/2013, and an PHC-RJ cohort study with 102 patients performed in 2012/2013. The instruments were: General Health Questionnaire, Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), Screening for Somatoform Symptoms, Alcohol Use Disorder Identification Test and World Health Organization Quality of Life Instrument (brief version). In the cross-sectional survey and the PHC study, multiple linear regressions were performed and in the cohort analysis, logistic regression was used. Each QOL domain was considered an outcome in all three analyzes. Results: In the population survey, depression or anxiety were the conditions that were associated, respectively, more intense loss of QoL (β = -4,48 to -9,61; p-value <5%). Alcohol dependence was also associated with loss of QOL, also in the psychological domain (β = -6,81) and social relations (β = -6,91). In the cross-sectional study, QOL was negatively associated with CMD, mainly in the psychological domain (β = -15,75, p-value = 0,00), and in the physical domain (β = -5,38; p = value = 0,05 ). There was a positive and significant association of QoL with risk (β = 5,77) and noxious (β = 6,15) in the environmental domain, and with the first in the psychological domain (β = 7,08). In the cohort study, it was verified that the QoL was significant only in the physical and psychological domains. There was a statistically significant association of QoL with a reduction of 5 points or more in HADS depression (OR = 7, 63) and psychological QoL with reduction of five points or more in HADS anxiety (OR = 5,99) and complete primary education (OR = 2.30). Risk intake (OR = 0,25) and alcohol dependence (OR = 0,12) were protective factors for the improvement of psychological QOL. Conclusions: The treatment of mental disorders and alcohol dependence is an essential strategy for better patient prognosis, as well as the improvement of QoL. Therefore, it is recommended to use the QoL measure by the health services as an indicator for planning and evaluating the interventions offered to individuals in psychological distress.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porQualidade de VidaTranstornos Relacionados ao Uso de ÁlcoolAnsiedadeDepressãoAtenção Primária à SaúdeQuality of LifeAlcohol-Related DisordersAnxietyDepressionPrimary Health CareSaúde MentalConsumo de álcoolQualidade de VidaAtenção Primária em SaúdeTrantornos Mentais ComunsQualidade de Vida e suas relações com Consumo de álcool e transtornos mentais comunsQuality of Life and its Relationship with Alcohol Consumption and Common Mental Disordersinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2018Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo CruzFundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40088/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Marcos_Vinicius_Ferreira_dos_ENSP_2018application/pdf3605203https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40088/2/ve_Marcos_Vinicius_Ferreira_dos_ENSP_201825300effec3d3282d9f125fa483ba356MD52TEXTve_Marcos_Vinicius_Ferreira_dos_ENSP_2018.txtve_Marcos_Vinicius_Ferreira_dos_ENSP_2018.txtExtracted texttext/plain338656https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40088/3/ve_Marcos_Vinicius_Ferreira_dos_ENSP_2018.txtf55d2f3bb7af2febadb38d0e3c95bbecMD53icict/400882021-02-01 14:44:01.852oai:www.arca.fiocruz.br:icict/40088Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-02-01T17:44:01Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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