Relações comprimento-massa seca para estimativa de biomassa de insetos aquáticos tropicais
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14198 |
Resumo: | Para avaliar o funcionamento dos ecossistemas aquáticos, atributos biológicos e características ambientais devem ser analisados. Dentre os diversos atributos biológicos possíveis de serem medidos para este fim, os Grupos Funcionais Alimentares (GFAs) vem sendo usados por representar aspectos de vida dos invertebrados aquáticos – como distribuição entre níveis tróficos, escolha de habitat e comportamento. Para o uso dos GFAs são necessárias informações sobre a preferência alimentar dos animais e o cálculo da biomassa de cada grupo. No entanto, a maioria dos estudos vêm utilizando abundância dos organismos ao invés de biomassa. O uso de dados de abundância dos organismos não é adequado como indicador de produtividade do habitat, pois ao considerar a contagem de indivíduos, não se considera a energia acumulada em cada nível trófico. As regressões comprimento-massa seca são amplamente utilizadas em estudos ecológicos em todos o mundo para estimar a biomassa de macroinvertebrados de água doce. O objetivo desta dissertação foi calcular as relações de comprimento– massa seca de insetos aquáticos, que podem ser utilizadas para entender a distribuição de energia, o funcionamento e para a determinação da condição ecológica dos ecossistemas aquáticos. Foram realizadas coletas em diferentes épocas do ano, em locais com diferentes graus de impacto, substratos e altitudes, em todas as regiões hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro. Esta variabilidade permitiu que as regressões comprimento-massa seca, pudessem ser aplicadas também em níveis taxonômicos mais altos, como família e ordem. Foram calculadas regressões de potência comprimentomassa seca para 18 gêneros, 13 famílias e 6 ordens. Em geral, nossos resultados apresentaram coeficientes de potência (b) em torno de 3, valor que segundo diversos autores seria um “padrão universal” da relação crescimento-massa seca para insetos aquáticos. Este valor indica um crescimento isométrico, ou seja, as taxas corporais aumentam nas mesmas proporções. Os valores dos coeficientes de determinação (r²) calculados para os gêneros, famílias e ordens foram altos, com algumas exceções. Isto é um indicativo de que a ferramenta desenvolvida por este estudo tem potencial para aplicação em estudos ecológicos e em biomonitoramento em regiões com condições ecológicas similares. |
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Fernandes, Lia Amorim ChavesBuss, Daniel Forsin2016-05-11T12:52:26Z2016-05-11T12:52:26Z2015FERNANDES, Lia Amorim Chaves. Relações comprimento-massa seca para estimativa de biomassa de insetos aquáticos tropicais. 2015. 55 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14198Para avaliar o funcionamento dos ecossistemas aquáticos, atributos biológicos e características ambientais devem ser analisados. Dentre os diversos atributos biológicos possíveis de serem medidos para este fim, os Grupos Funcionais Alimentares (GFAs) vem sendo usados por representar aspectos de vida dos invertebrados aquáticos – como distribuição entre níveis tróficos, escolha de habitat e comportamento. Para o uso dos GFAs são necessárias informações sobre a preferência alimentar dos animais e o cálculo da biomassa de cada grupo. No entanto, a maioria dos estudos vêm utilizando abundância dos organismos ao invés de biomassa. O uso de dados de abundância dos organismos não é adequado como indicador de produtividade do habitat, pois ao considerar a contagem de indivíduos, não se considera a energia acumulada em cada nível trófico. As regressões comprimento-massa seca são amplamente utilizadas em estudos ecológicos em todos o mundo para estimar a biomassa de macroinvertebrados de água doce. O objetivo desta dissertação foi calcular as relações de comprimento– massa seca de insetos aquáticos, que podem ser utilizadas para entender a distribuição de energia, o funcionamento e para a determinação da condição ecológica dos ecossistemas aquáticos. Foram realizadas coletas em diferentes épocas do ano, em locais com diferentes graus de impacto, substratos e altitudes, em todas as regiões hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro. Esta variabilidade permitiu que as regressões comprimento-massa seca, pudessem ser aplicadas também em níveis taxonômicos mais altos, como família e ordem. Foram calculadas regressões de potência comprimentomassa seca para 18 gêneros, 13 famílias e 6 ordens. Em geral, nossos resultados apresentaram coeficientes de potência (b) em torno de 3, valor que segundo diversos autores seria um “padrão universal” da relação crescimento-massa seca para insetos aquáticos. Este valor indica um crescimento isométrico, ou seja, as taxas corporais aumentam nas mesmas proporções. Os valores dos coeficientes de determinação (r²) calculados para os gêneros, famílias e ordens foram altos, com algumas exceções. Isto é um indicativo de que a ferramenta desenvolvida por este estudo tem potencial para aplicação em estudos ecológicos e em biomonitoramento em regiões com condições ecológicas similares.Biological traits and environmental parameters can be used as a proxy to assess the functioning of aquatic ecosystems. Among the several possible biological attributes that can be measured for this purpose, the Functional Feeding Groups (FFGs) approach is widely used because it represents many aspects of a life cycle of the aquatic invertebrates, such as the distribution of energy among trophic levels, the choice for habitats and their behavior. In order to use FFG information, one must know organisms´ feeding preference and calculate the biomass allocated in each group. However, most studies have been using the abundance of organisms instead of data on biomass. The use of abundance of organisms to calculate the percentage of FFGs is not an adequate approach because it does not include an estimate of the energy stored in each trophic level. Estimating biomass through regressions length-dry mass is a good cost-effective method and have been used around the globe. The aim of the present study was to calculate the relationship length- dry mass of aquatic insects. This information is helpful to assess the functioning and the ecological condition of aquatic ecosystems. Aquatic insect samples were taken at different seasons, substrates and altitudes, in sites representing different degrees of impairment in all hydrographic regions of the Rio de Janeiro State. This variability allowed the regressions length-dry mass to be applied at higher taxonomic levels, such as family and order. Power regressions length-dry mass were calculated for 18 genera, 13 families and 6 orders. In general, our results showed power coefficients (b) close to 3, which is, according to various authors, a "universal pattern". This value indicates an isometric growth, hence body dimensions increasing at a similar rate. The values of the coefficients of determination (r²) calculated for the genera, families and orders were high, with some exceptions. This indicates that the tool developed in this study has the potential for application in ecological studies and biomonitoring in regions with similar ecological conditions.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porRegressão Comprimento-Massa SecaGrupos Funcionais AlimentaresFuncionamento do EcossistemaLength-Dry Mass RegressionFunctional Food GroupsEcosystem FunctioningEcossistemaAmbiente AquáticoBiomassaÁgua DoceSaúde AmbientalQualidade da ÁguaInvertebrados - classificaçãoInsetosCadeia AlimentarRelações comprimento-massa seca para estimativa de biomassa de insetos aquáticos tropicaisDry length-mass relations for estimating biomass of tropical aquatic insectsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Lia_Amorim_ENSP_2015application/pdf995543https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14198/1/ve_Lia_Amorim_ENSP_2015b0b199295bf3532e99a68e5cdaa67430MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14198/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT56.pdf.txt56.pdf.txtExtracted texttext/plain93013https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14198/3/56.pdf.txtb945c0ad24ebe524e53e1abd8cb677ddMD53ve_Lia_Amorim_ENSP_2015.txtve_Lia_Amorim_ENSP_2015.txtExtracted texttext/plain93055https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14198/4/ve_Lia_Amorim_ENSP_2015.txt1049b169f9cd88e0708842ea66041340MD54icict/141982023-01-17 14:41:08.277oai:www.arca.fiocruz.br:icict/14198Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T17:41:08Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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