Cuidados no território: as práticas das equipes de centros de referência em saúde mental – CERSAM’s de Belo Horizonte
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38136 |
Resumo: | As equipes dos CERSAM‘s (CAPS III) enfrentam inúmeros desafios para estabelecer melhores articulações com/nos territórios em suas práticas de cuidados. Com frequência observamos o uso do termo território de maneira banalizada, desconsiderando aportes teóricos que subsidiaram a Reforma Psiquiátrica Brasileira e que tornaram possível a construção do cuidado em liberdade como projeto ético-político. Refletir sobre as práticas de cuidado das equipes de dois CERSAM‘s (CAPS III) de Belo Horizonte, bem como articular as acepções de território apreendidas aos princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira e da Geografia Crítica. Trata-se de pesquisa qualitativa, na qual foi realizada observação participante e um grupo focal com trabalhadores de nível superior em cada um dos dois CERSAM‘s. Neste trabalho será realizado um recorte dos dados produzidos ressaltando dois momentos da observação participante, a saber: visita de trabalhadora do CERSAM “A” a uma usuária em situação de rua e participação de trabalhadora do CERSAM “B” em reunião de matriciamento de um Centro de Saúde. A análise inicial terá como base o conceito crítico de território que se desdobra em um continuum desde uma abordagem funcional e/ou político-econômica, até uma apropriação mais subjetiva e/ou cultural-simbólica. Observou-se entendimento de território em sua perspectiva cultural-simbólica e resultante de múltiplas relações materiais e imateriais de poder, durante visita à usuária em situação de rua, na medida em que a trabalhadora sustenta o desejo da usuária de voltar para a rua e vêm construindo estratégias de cuidado a partir das relações construídas junto com ela em seu território. Por outro lado, na reunião de matriciamento de um Centro de Saúde houve predominância de discussões relativas às condutas medicamentosas e agendamentos com a psicóloga, sinalizando para uma acepção de território funcional como estruturador do funcionamento de redes e portador de recursos no cuidado individual. A Reforma Psiquiátrica Brasileira tem seus princípios associados à desinstitucionalização e inserção territorial, que pressupõem embates em nada alinhados à noção funcional de território. Nesse sentido, é fundamental que as práticas de cuidados das equipes dos CERSAM’s considerem a capacidade crítica do conceito de território, entendido como espaço de exercício do poder e, ao mesmo tempo, espaço de resistência. |
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Refletir sobre as práticas de cuidado das equipes de dois CERSAM‘s (CAPS III) de Belo Horizonte, bem como articular as acepções de território apreendidas aos princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira e da Geografia Crítica. Trata-se de pesquisa qualitativa, na qual foi realizada observação participante e um grupo focal com trabalhadores de nível superior em cada um dos dois CERSAM‘s. Neste trabalho será realizado um recorte dos dados produzidos ressaltando dois momentos da observação participante, a saber: visita de trabalhadora do CERSAM “A” a uma usuária em situação de rua e participação de trabalhadora do CERSAM “B” em reunião de matriciamento de um Centro de Saúde. A análise inicial terá como base o conceito crítico de território que se desdobra em um continuum desde uma abordagem funcional e/ou político-econômica, até uma apropriação mais subjetiva e/ou cultural-simbólica. 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Nesse sentido, é fundamental que as práticas de cuidados das equipes dos CERSAM’s considerem a capacidade crítica do conceito de território, entendido como espaço de exercício do poder e, ao mesmo tempo, espaço de resistência.Prefeitura de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Belo Horizonte, MG, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. 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