Risco de reurbanização da febre amarela no Brasil facilitada por população competente de mosquitos do gênero Aedes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Dinair Couto
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23814
Resumo: O vírus da febre amarela (YFV), transmitido pela picada de mosquitos vetores infectados, pode causar uma doença viral mortal. No Brasil, o YFV é restrito a um ciclo silvestre mantido entre primatas não-humanos (PNH) e mosquitos acrodentrofílicos e, os seres humanos podem ser infectados acidentalmente ao penetrarem ou se aproximarem de ambientes naturais, especialmente durante epizootias em PNH. Desde novembro de 2016, números crescentes de casos humanos de febre amarela foram relatados no sudeste do Brasil, atingindo a costa Atlântica, uma das áreas mais povoadas da América do Sul, como o Estado do Rio de Janeiro, onde habitam cerca de 16 milhões de pessoas. Este estudo visou determinar a competência vetorial de dez populações naturais Sul Americanas (Brasil) e Africanas (Congo e Gabão) de mosquitos urbanos, Aedes (Stg.) aegypti e Ae. (Stg.) albopictus, e mosquitos silvestres, Haemagogus (Con.) leucocelaenus e Sabethes (Sab.) albiprivus, de áreas endêmicas, epidêmica/epizoótica e até recentemente livres de febre amarela, para três cepas do YFV: duas representantes dos genótipos Sul Americano I, uma da linhagem circulante até 2001 (1D) e outra circulante desde 2004 (1E), e do genótipo Oeste Africano. As taxas de infecção, disseminação e transmissão das cepas virais nas populações em questão foram determinadas aos 3º, 7º, 14º e 21º dpi. Infecção foi observada somente a partir do 7º.dpi; disseminação foi observada a partir do 7º dpi e transmissão geralmente do 14º dpi em diante, a despeito da população examinada e cepa viral Por isso, as análises foram feitas considerando os dados obtidos aos 14º e 21º dpi. Com poucas exceções, a cepa de YFV recentemente isolada (1E) foi mais eficiente em infectar Ae. aegypti, Ae. albopictus e Hg. leucocelaenus. Além disso, foi demonstrado que YFV disseminou do intestino médio para os tecidos secundários (cabeça) em todas as espécies de mosquito até 21 dpi, independentemente da cepa viral testada. Mosquitos Ae. albopictus e Ae. aegypti de áreas endêmicas, epizoótica e livre de YFV do Brasil e do Congo, foram experimentalmente competentes para transmitir as duas cepas brasileiras e a cepa africana do vírus, a partir do 14 dpi, com vantagens para a última espécie. Ae. aegypti, mas também Ae. albopictus do Rio de Janeiro demonstraram alta susceptibilidade aos YFV testados e altas taxas de transmissão, mais altas que suas populações da área enzoótica brasileira. Os mosquitos silvestres Hg. leucocelaenus e Sabethes albiprivus do Rio de Janeiro foram altamente suscetíveis às cepas dos genótipos Sul Americano I e do Oeste Africano. Portanto, é grande o risco de ressurgimento de epidemias de febre amarela urbana no Brasil, em especial
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Desde novembro de 2016, números crescentes de casos humanos de febre amarela foram relatados no sudeste do Brasil, atingindo a costa Atlântica, uma das áreas mais povoadas da América do Sul, como o Estado do Rio de Janeiro, onde habitam cerca de 16 milhões de pessoas. Este estudo visou determinar a competência vetorial de dez populações naturais Sul Americanas (Brasil) e Africanas (Congo e Gabão) de mosquitos urbanos, Aedes (Stg.) aegypti e Ae. (Stg.) albopictus, e mosquitos silvestres, Haemagogus (Con.) leucocelaenus e Sabethes (Sab.) albiprivus, de áreas endêmicas, epidêmica/epizoótica e até recentemente livres de febre amarela, para três cepas do YFV: duas representantes dos genótipos Sul Americano I, uma da linhagem circulante até 2001 (1D) e outra circulante desde 2004 (1E), e do genótipo Oeste Africano. As taxas de infecção, disseminação e transmissão das cepas virais nas populações em questão foram determinadas aos 3º, 7º, 14º e 21º dpi. Infecção foi observada somente a partir do 7º.dpi; disseminação foi observada a partir do 7º dpi e transmissão geralmente do 14º dpi em diante, a despeito da população examinada e cepa viral Por isso, as análises foram feitas considerando os dados obtidos aos 14º e 21º dpi. Com poucas exceções, a cepa de YFV recentemente isolada (1E) foi mais eficiente em infectar Ae. aegypti, Ae. albopictus e Hg. leucocelaenus. Além disso, foi demonstrado que YFV disseminou do intestino médio para os tecidos secundários (cabeça) em todas as espécies de mosquito até 21 dpi, independentemente da cepa viral testada. Mosquitos Ae. albopictus e Ae. aegypti de áreas endêmicas, epizoótica e livre de YFV do Brasil e do Congo, foram experimentalmente competentes para transmitir as duas cepas brasileiras e a cepa africana do vírus, a partir do 14 dpi, com vantagens para a última espécie. Ae. aegypti, mas também Ae. albopictus do Rio de Janeiro demonstraram alta susceptibilidade aos YFV testados e altas taxas de transmissão, mais altas que suas populações da área enzoótica brasileira. Os mosquitos silvestres Hg. leucocelaenus e Sabethes albiprivus do Rio de Janeiro foram altamente suscetíveis às cepas dos genótipos Sul Americano I e do Oeste Africano. Portanto, é grande o risco de ressurgimento de epidemias de febre amarela urbana no Brasil, em especialThe yellow fever virus (YFV), transmitted by the bite of mosquitoes infected vectors, can cause a deadly viral disease. In Brazil, YFV is restricted to a wild cycle kept among non-human primates (HNP) and mosquitoes. Humans can be infected accidentally when penetrating or getting close to natural environments, especially during epizootic diseases in HNP. Since November 2016, increasing numbers of human cases of yellow fever were reported in southeast Brazil, reaching the Atlantic coast, one of the more populated areas of South America, such as the State of Rio de Janeiro, where about 16 million of people inhabit. This study aimed to determine the vector competence of ten natural urban mosquito populations (Aedes(Stg.) and Aedes (Stg.) albopictus) and wild mosquitoes (Haemagogus (Con.) leucocelaenus and Sabethes (Sab.) albiprivus) from South American (Brazil) and Africa (Congo and Gabon) endemic, epidemic/epizootic and until recently free of yellow fever areas, for three strains of YFV: two representatives of the South American Genotype I (strains I D and 1E) and West African Genotype. The infection, dissemination and transmission rates of the viral strains analyzed were determined at 3, 7, 14 and 21 dpi. Infection was observed only from 7 dpi and dissemination was observed from the 7th dpi and on and transmission usually at 14 dpi, regardless of the population examined and viral strain Therefore, the analysis was preformed considering the data obtained at 14 and 21 dpi. With few exceptions, the strain of YFV recently isolated (1E) was more efficient in infecting Ae. aegypti, Ae. albopictus and Hg. leucocelaenus. In addition, it was demonstrated that disseminated YFV for secondary tissues (head) in all species of mosquito at 21 dpi, regardless of viral strain tested. Ae. albopictus and Ae. aegypti mosquitoes from endemic areas, YFV-free epizootic-Brazil and the Congo, were experimentally competent to transmit the two Brazilian YFV strains and the African YFV strain, from the 14 dpi and on, with advantages for the latter species. Ae. aegypti and Ae. albopictus from Rio de Janeiro have shown high susceptibility and transmission rates to the YFV strains tested. The wild Hg. leucocelaenus and Sabethes albiprivus mosquitoes from Rio de Janeiro were highly susceptible to the South American Genotype I and West African strains. Therefore, the risk of resurgence of epidemics of urban yellow fever in Brazil is realFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porVírus da Febre AmarelaAedesControle de VetoresRisco de reurbanização da febre amarela no Brasil facilitada por população competente de mosquitos do gênero Aedesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2017Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Parasitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23814/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALdinair_lima_ioc_dout_2017.pdfapplication/pdf4021219https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23814/2/dinair_lima_ioc_dout_2017.pdf7db74b884f45e69a71aa0c8c94711e1dMD52TEXTdinair_lima_ioc_dout_2017.pdf.txtdinair_lima_ioc_dout_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain175540https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23814/3/dinair_lima_ioc_dout_2017.pdf.txt945e5801a0c0b2295914170637c76ee5MD53icict/238142023-02-23 10:34:13.076oai:www.arca.fiocruz.br:icict/23814Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-02-23T13:34:13Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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