Gênero, dificuldade financeira e sintomas depressivos em aposentadas/os do ELSA-Brasil: há diferenças no efeito de renda e atividade laboral?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chaves, Maria Engrácia de Carvalho
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Almeida, Maria da Conceição Chagas de, Moreno, Arlinda Barbosa, Santos, Itamar de Souza, Giatti, Luana, Chor, Dóra, Nunes, Maria Angélica, Griep, Rosane Harter, Aquino, Estela Maria Motta Lima Leão de
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38344
Resumo: A vivência da aposentadoria é influenciada por características de gênero, raça e classe social. Desigualdades de gênero são refletidas nos empregos, na renda e nas dificuldades financeiras na velhice, consequência da vida das mulheres na sua inserção no mercado de trabalho e na família. Estudos internacionais têm evidenciado forte associação entre dificuldade financeira e sintomas depressivos. Investigar a associação entre dificuldade financeira mais grave que a habitual nos últimos doze meses (DF) e sintomas depressivos (SD), destacando os modificadores de efeito dessa relação, à luz da teoria de gênero. Estudo de corte transversal integrado ao ELSA-Brasil, com 3009 aposentados/as na linha de base. O desfecho foi SD, avaliado na seção G do CIS-R (ponto de corte 2/4), e a variável de exposição principal, DF (Sim/Não). Covariáveis: faixa etária, raça/cor, grau de instrução, renda líquida familiar, união conjugal, chefia de família, filhos, atividade laboral e comorbidades. Foram feitas análises descritivas e regressão logística multivariada, com medida de associação odds ratio e intervalo de 95% de confiança. Sexo foi considerada variável de estratificação fundamental e renda e atividade laboral foram modificadoras de efeito. Cumpriram-se exigências éticas do CONEP. Software Stata versão 12. Mais mulheres do que homens referiram DF e menor renda. Os percentuais de SD entre as/os que referiram DF foram semelhantes (23,9% para as mulheres e 20,2% para os homens). Tanto mulheres quanto homens que tinham renda ≤ 8 salários mínimos (SM) e trabalhavam apresentaram associação entre DF e SD (OR=4,56;IC95%:2,40–8,65 e OR=5,17;IC95%:1,49–17,88, respectivamente). Entre as/os que tinham renda ≤ 8 SM e não trabalhavam, também houve associação entre DF e SD (OR=1,71;IC95%:1,09–2,67 para as mulheres e OR=3,01;IC95%:1,29–7,04 para os homens). Os/as que tinham renda > 8 SM, com ou sem atividade laboral, não apresentaram associação entre DF e SD. Os resultados mostraram que DF somente esteve associada a SD entre homens e mulheres aposentados/as que tinham menor renda, o que pode ser explicado pelo impacto das condições sociais sobre a saúde psíquica. Entre os homens que não trabalhavam, além dessa explicação, interpreta-se a associação entre DF e SD como resultante da auto cobrança e da pressão social para trabalharem e serem provedores da casa, o que pode levar ao sofrimento psíquico.
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Estudos internacionais têm evidenciado forte associação entre dificuldade financeira e sintomas depressivos. Investigar a associação entre dificuldade financeira mais grave que a habitual nos últimos doze meses (DF) e sintomas depressivos (SD), destacando os modificadores de efeito dessa relação, à luz da teoria de gênero. Estudo de corte transversal integrado ao ELSA-Brasil, com 3009 aposentados/as na linha de base. O desfecho foi SD, avaliado na seção G do CIS-R (ponto de corte 2/4), e a variável de exposição principal, DF (Sim/Não). Covariáveis: faixa etária, raça/cor, grau de instrução, renda líquida familiar, união conjugal, chefia de família, filhos, atividade laboral e comorbidades. Foram feitas análises descritivas e regressão logística multivariada, com medida de associação odds ratio e intervalo de 95% de confiança. Sexo foi considerada variável de estratificação fundamental e renda e atividade laboral foram modificadoras de efeito. Cumpriram-se exigências éticas do CONEP. Software Stata versão 12. Mais mulheres do que homens referiram DF e menor renda. Os percentuais de SD entre as/os que referiram DF foram semelhantes (23,9% para as mulheres e 20,2% para os homens). Tanto mulheres quanto homens que tinham renda ≤ 8 salários mínimos (SM) e trabalhavam apresentaram associação entre DF e SD (OR=4,56;IC95%:2,40–8,65 e OR=5,17;IC95%:1,49–17,88, respectivamente). Entre as/os que tinham renda ≤ 8 SM e não trabalhavam, também houve associação entre DF e SD (OR=1,71;IC95%:1,09–2,67 para as mulheres e OR=3,01;IC95%:1,29–7,04 para os homens). Os/as que tinham renda > 8 SM, com ou sem atividade laboral, não apresentaram associação entre DF e SD. Os resultados mostraram que DF somente esteve associada a SD entre homens e mulheres aposentados/as que tinham menor renda, o que pode ser explicado pelo impacto das condições sociais sobre a saúde psíquica. Entre os homens que não trabalhavam, além dessa explicação, interpreta-se a associação entre DF e SD como resultante da auto cobrança e da pressão social para trabalharem e serem provedores da casa, o que pode levar ao sofrimento psíquico.Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho. Salvador, BA, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil.Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal da Bahia. Salvador, BA, Brasil.porABRASCOAposentadoriaGêneroRaçaClasse socialDesigualdadesDificuldade financeiraSintomas depressivosGênero, dificuldade financeira e sintomas depressivos em aposentadas/os do ELSA-Brasil: há diferenças no efeito de renda e atividade laboral?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObject2018Rio de Janeiro/RJ12° Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva: fortalecer o SUS, os direitos e a democraciaCongressoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/38344/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALMaria_Engracia_de_Carvalho_Chaves.pdfapplication/pdf1250240https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/38344/2/Maria_Engracia_de_Carvalho_Chaves.pdf6842086d8e6027db659f4a9537b5cb06MD52TEXTMaria_Engracia_de_Carvalho_Chaves.pdf.txtMaria_Engracia_de_Carvalho_Chaves.pdf.txtExtracted texttext/plain8https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/38344/3/Maria_Engracia_de_Carvalho_Chaves.pdf.txte19ab60d133ee147d24eb5a3a378ffc9MD53icict/383442023-04-11 11:37:33.134oai:www.arca.fiocruz.br:icict/38344Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-04-11T14:37:33Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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