O padrão etário na dinâmica temporal da dengue no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Rayane Cupolillo
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24063
Resumo: Dengue é uma doença viral provocada por quatro sorotipos de arbovírus e transmitida aos seres humanos por mosquitos do gênero Aedes. A dispersão geográfica dos vetores e dos vírus levou a uma reemergência global deste agravo, com destaque para as epidemias e o aparecimento de formas graves nos últimos anos. Se, por um lado, as recentes publicações revelam baixo impacto nas estratégias de controle vetorial para dengue, por outro lado, houve grande expectativa com o lançamento de vacinas para a prevenção da doença. Em vários países onde a ocorrência de dengue é relevante, a distribuição dos casos por faixa etária não é homogênea, levantando dúvidas sobre quais os fatores interferem na dinâmica da incidência de dengue segundo a idade. Objetivo: Caracterizar o padrão de incidência de dengue e dengue grave ao longo do tempo segundo a faixa etária no período de 2007 a 2012 nas capitais estaduais brasileira. Métodos: Foi realizada a seleção das capitais com maior taxa de incidência entre as séries de dengue e dengue grave por faixa etária em cada região do país para prosseguimento da pesquisa, totalizando a análise estatística de 4 capitais, referentes a suas respectivas regiões: Rio Branco (Região Norte), Aracaju (Região Nordeste), Cuiabá (Região Centro-Oeste) e Vitória (Região Sudeste). Seguiu-se a regressão das curvas de incidência de dengue e dengue grave, segundo faixa etária ao longo do tempo, utilizando Modelos Lineares Generalizados com distribuição de probabilidade de Poisson. Resultados e Discussão: Em função da análise exploratória das séries, foram construídos dois modelos de Poisson que incluíram como variáveis dependentes um termo autorregressivo, o grupo etário (<15 e ≥15 anos) e o tempo; no segundo modelo de Poisson, incluiu-se ainda um termo de interação entre o grupo etário e o tempo. Nos casos de dengue, em Rio Branco, Aracaju e Vitória, o grupo etário ≥15 anos apresentou uma taxa de incidência significativamente maior que aquela observada entre os que tinham <15 anos. Nos casos de dengue grave, a razão de taxas de incidência se inverte sugerindo que ter ≥15 anos seria um fator protetor para a incidência de dengue grave, entretanto, este resultado alcançou significância estatística apenas para a capital Aracaju, no modelo mais simples. Conclusão: Há maior ocorrência de dengue entre os indivíduos com 15 anos ou mais quando comparados com o grupo de idade inferior, em 3 das 4 capitais (Rio Branco, Aracaju e Vitória). Adicionalmente, como a presença do termo de interação dos grupos etários ao longo do tempo foi significativa para as 4 capitais estudadas (Rio Branco, Aracaju e Cuiabá), sugerimos que, possa estar ocorrendo um deslocamento do padrão etário nas taxas de incidência de dengue no período observado. Além disso, não há diferenças significativas entre as curvas de incidência de dengue grave em Rio Branco, Cuiabá e Vitória para as diferentes faixas etárias no período observado, com exceção de Aracaju, cujas curvas de incidência foram significativamente diferentes para os grupos etários em questão com maior expressão de dengue grave entre os menores de 15 anos.
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Em vários países onde a ocorrência de dengue é relevante, a distribuição dos casos por faixa etária não é homogênea, levantando dúvidas sobre quais os fatores interferem na dinâmica da incidência de dengue segundo a idade. Objetivo: Caracterizar o padrão de incidência de dengue e dengue grave ao longo do tempo segundo a faixa etária no período de 2007 a 2012 nas capitais estaduais brasileira. Métodos: Foi realizada a seleção das capitais com maior taxa de incidência entre as séries de dengue e dengue grave por faixa etária em cada região do país para prosseguimento da pesquisa, totalizando a análise estatística de 4 capitais, referentes a suas respectivas regiões: Rio Branco (Região Norte), Aracaju (Região Nordeste), Cuiabá (Região Centro-Oeste) e Vitória (Região Sudeste). Seguiu-se a regressão das curvas de incidência de dengue e dengue grave, segundo faixa etária ao longo do tempo, utilizando Modelos Lineares Generalizados com distribuição de probabilidade de Poisson. Resultados e Discussão: Em função da análise exploratória das séries, foram construídos dois modelos de Poisson que incluíram como variáveis dependentes um termo autorregressivo, o grupo etário (<15 e ≥15 anos) e o tempo; no segundo modelo de Poisson, incluiu-se ainda um termo de interação entre o grupo etário e o tempo. Nos casos de dengue, em Rio Branco, Aracaju e Vitória, o grupo etário ≥15 anos apresentou uma taxa de incidência significativamente maior que aquela observada entre os que tinham <15 anos. Nos casos de dengue grave, a razão de taxas de incidência se inverte sugerindo que ter ≥15 anos seria um fator protetor para a incidência de dengue grave, entretanto, este resultado alcançou significância estatística apenas para a capital Aracaju, no modelo mais simples. Conclusão: Há maior ocorrência de dengue entre os indivíduos com 15 anos ou mais quando comparados com o grupo de idade inferior, em 3 das 4 capitais (Rio Branco, Aracaju e Vitória). Adicionalmente, como a presença do termo de interação dos grupos etários ao longo do tempo foi significativa para as 4 capitais estudadas (Rio Branco, Aracaju e Cuiabá), sugerimos que, possa estar ocorrendo um deslocamento do padrão etário nas taxas de incidência de dengue no período observado. Além disso, não há diferenças significativas entre as curvas de incidência de dengue grave em Rio Branco, Cuiabá e Vitória para as diferentes faixas etárias no período observado, com exceção de Aracaju, cujas curvas de incidência foram significativamente diferentes para os grupos etários em questão com maior expressão de dengue grave entre os menores de 15 anos.Dengue is a viral disease caused by 4 serotypes of arbovirus and transmitted to humans by Aedes mosquitoes. The geographical dispersion of these vectors and viruses has led to a global resurgence of this disease, with the occurrence of epidemics and the appearance of severe forms in the last years. Prior studies have shown that vector control can have only limited impact on dengue incidence. We currently have 2 vaccines available to prevent dengue and there is great expectation with the application of these vaccines on a large scale. In several countries where the incidence of dengue is relevant, the distribution of cases by age group is not homogeneous, raising questions about which factors influence the dynamics of dengue incidence according to age. Objective: To characterize the pattern of the incidence of dengue and severe dengue over time according to age group from 2007 to 2012 in the Brazilian state capitals. Methods: Brazilian capitals with highest incidence rate of dengue and severe dengue by age group in each region of the country were selected for further research, totaling the statistical analysis of 4 capitals, referring to their respective regions: Rio Branco (North Region), Aracaju (Northeast), Cuiabá (Midwest Region) and Vitória (Southeast). The incidence rate of dengue and severe dengue, according to age over time, were modeled using Generalized Linear Models with Poisson probability distribution. Results and Discussion: Descriptive statistics guided the creation of two models that included an autoregressive term, age group and time as explanatory variables. The second model included also an interaction term of age group and time. In cases of dengue in Rio Branco, Aracaju and Vitoria, the age group ≥15 years had a incidence rate that was significantly higher than that observed among those who were <15 years. In cases of severe dengue, the incidence rate ratio is reversed suggesting that having ≥15 years was a protective factor for the incidence of severe dengue. However, this result reached statistical significance only for the capital Aracaju, in the simplest model. Conclusion: There is higher incidence of dengue among individuals aged 15 years or more when compared with the younger group in 3 of the 4 capitals (Rio Branco, Aracaju and Vitória). In addition, the presence of the interaction term of the age groups was statistical significantly for the 4 studied capitals (Rio Branco, Aracaju and Cuiabá). We suggest may be experiencing a shift in the age pattern in dengue incidence rates period observed. No significant differences between were found for severe dengue incidence curves in Rio Branco, Cuiabá and Vitoria for the different age groups in the observed period, except for Aracaju, whose incidence curves were significantly different for age groups, showing most severe dengue expression among children under 15 years. Keywords: Dengue. Severe Dengue. Time Series Analysis. Epidemiological Surveillance. RFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSéries TemporaisDengueDengue graveSéries temporaisVigilância EpidemiológicaSistemas de AlertaDengueSevere DengueTime Series AnalysisEpidemiological SurveillanceReminder SystemsDengueDengue GraveVigilância EpidemiológicaSistemas de AlertaEstudos de Séries TemporaisO padrão etário na dinâmica temporal da dengue no BrasilThe age pattern in the temporal dynamics of dengue in Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24063/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALRayane_Cupolillo_ENSP_2016.pdfapplication/pdf8559118https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24063/2/Rayane_Cupolillo_ENSP_2016.pdf6574d5afcd482c84524dfc88ea204146MD52TEXTve_Rayane_Cupolillo_ENSP_2016.pdfve_Rayane_Cupolillo_ENSP_2016.pdfExtracted texttext/plain94586https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24063/3/ve_Rayane_Cupolillo_ENSP_2016.pdfb89cacc6aade8dd1fe6bd5ab112b2efaMD53Rayane_Cupolillo_ENSP_2016.pdf.txtRayane_Cupolillo_ENSP_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain94586https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24063/4/Rayane_Cupolillo_ENSP_2016.pdf.txtb89cacc6aade8dd1fe6bd5ab112b2efaMD54icict/240632023-01-17 11:11:41.177oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24063Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T14:11:41Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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