Morbimortalidade associada a diabetes mellitus em pacientes com infecção pelo HIV e tuberculose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, José Alfredo de Sousa
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27423
Resumo: Introdução: A hiperglicemia transitória ocorre na tuberculose (TB), mas o impacto a longo prazo é desconhecido. Estimamos a prevalência de hiperglicemia e comparamos os desfechos de tratamento da TB e a taxa de mortalidade no primeiro ano após o inicio de tratamento para TB a de acordo com o estado glicêmico observado durante o tratamento da TB. Métodos: Conduzimos uma análise retrospectiva de uma coorte de pacientes adultos coinfectados por HIV e TB e que receberam o tratamento específico para TB no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Brasil entre 2010-2015. Diabetes Mellitus (DM) e hiperglicemia foram definidos de acordo com a Associação Americana de Diabetes. Após a exclusão dos sabidamente diabéticos no início do tratamento para TB, a incidência cumulativa de DM foi calculada como a proporção de participantes que desenvolveram DM após o início do tratamento da TB durante o período 2010-2016. O desfecho de tratamento da TB foi classificado como favorável ou adverso (i.e., falha terapêutica, abandono e morte). As curvas de sobrevivência de Kaplan-Meier foram comparadas pelo teste log-rank de acordo com o estado glicêmico dos pacientes. Um modelo de regressão Cox multivariada foi utilizado para avaliar a associação entre hiperglicemia e mortalidade no primeiro ano após o inicio de tratamento para TB. Valores de p <0,05 foram considerados estatisticamente significantes Resultados: Identificamos 414 pacientes com euglicemia (87,5%), 49 hiperglicêmicos (10,3%) e 10 com DM conhecida (2,1%). Os pacientes diabéticos eram mais velhos em comparação com os pacientes com euglicemia e hiperglicêmicos (47,9 vs. 37 vs. 39,7 anos, respectivamente, p = 0,001). Os pacientes hiperglicêmicos eram mais propensos a ter micobacteremia e dislipidemia em comparação com pacientes com euglicemia e diabéticos (29,8% vs. 13,3% vs. 14,3%, p = 0,01; 90% vs. 67,5% vs. 42,9%, p = 0,002, respetivamente). A incidência cumulativa de DM na coorte durante o período de estudo foi de 4,9% (IC 95%: 3,2-7,4), mas significativamente maior nos hiperglicêmicos [44,9% (30,9-59,6)] vs. euglicémicos [0,24% (0,01-1,55)]. A hiperglicemia foi associada a desfechos adversos (71,4% vs. 24,6%, p <0,0001) em comparação com a euglicemia. A mortalidade no primeiro ano foi significativamente maior em pacientes com hiperglicemia em comparação com a euglicemia (48,9% vs. 7,9%, HR não ajustado: 5,79 (3,74-8,96)). No modelo de Cox ajustado, a hiperglicemia permaneceu como fator significativo para o aumento da mortalidade no primeiro ano após o inicio de tratamento para TB (HR ajustada: 3,72 (2,17-6,38). Conclusões: A hiperglicemia transitória ocorre frequentemente nos pacientes HIV que iniciam tratamento para a TB e aumenta o risco de desfechos adversos da TB e mortalidade no primeiro ano. A testagem da glicose durante o tratamento da TB detecta pacientes em risco de desfechos adversos.
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spelling Moreira, José Alfredo de SousaSantos, Valdiléa Gonçalves Veloso dosCastro, Rodolfo de Almeida Lima2018-07-10T17:38:25Z2018-07-10T17:38:25Z2017MOREIRA, José Alfredo de Sousa. Morbimortalidade associada a diabetes mellitus em pacientes com infecção pelo HIV e tuberculose. 2017. 84 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27423Introdução: A hiperglicemia transitória ocorre na tuberculose (TB), mas o impacto a longo prazo é desconhecido. Estimamos a prevalência de hiperglicemia e comparamos os desfechos de tratamento da TB e a taxa de mortalidade no primeiro ano após o inicio de tratamento para TB a de acordo com o estado glicêmico observado durante o tratamento da TB. Métodos: Conduzimos uma análise retrospectiva de uma coorte de pacientes adultos coinfectados por HIV e TB e que receberam o tratamento específico para TB no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Brasil entre 2010-2015. Diabetes Mellitus (DM) e hiperglicemia foram definidos de acordo com a Associação Americana de Diabetes. Após a exclusão dos sabidamente diabéticos no início do tratamento para TB, a incidência cumulativa de DM foi calculada como a proporção de participantes que desenvolveram DM após o início do tratamento da TB durante o período 2010-2016. O desfecho de tratamento da TB foi classificado como favorável ou adverso (i.e., falha terapêutica, abandono e morte). As curvas de sobrevivência de Kaplan-Meier foram comparadas pelo teste log-rank de acordo com o estado glicêmico dos pacientes. Um modelo de regressão Cox multivariada foi utilizado para avaliar a associação entre hiperglicemia e mortalidade no primeiro ano após o inicio de tratamento para TB. Valores de p <0,05 foram considerados estatisticamente significantes Resultados: Identificamos 414 pacientes com euglicemia (87,5%), 49 hiperglicêmicos (10,3%) e 10 com DM conhecida (2,1%). Os pacientes diabéticos eram mais velhos em comparação com os pacientes com euglicemia e hiperglicêmicos (47,9 vs. 37 vs. 39,7 anos, respectivamente, p = 0,001). Os pacientes hiperglicêmicos eram mais propensos a ter micobacteremia e dislipidemia em comparação com pacientes com euglicemia e diabéticos (29,8% vs. 13,3% vs. 14,3%, p = 0,01; 90% vs. 67,5% vs. 42,9%, p = 0,002, respetivamente). A incidência cumulativa de DM na coorte durante o período de estudo foi de 4,9% (IC 95%: 3,2-7,4), mas significativamente maior nos hiperglicêmicos [44,9% (30,9-59,6)] vs. euglicémicos [0,24% (0,01-1,55)]. A hiperglicemia foi associada a desfechos adversos (71,4% vs. 24,6%, p <0,0001) em comparação com a euglicemia. A mortalidade no primeiro ano foi significativamente maior em pacientes com hiperglicemia em comparação com a euglicemia (48,9% vs. 7,9%, HR não ajustado: 5,79 (3,74-8,96)). No modelo de Cox ajustado, a hiperglicemia permaneceu como fator significativo para o aumento da mortalidade no primeiro ano após o inicio de tratamento para TB (HR ajustada: 3,72 (2,17-6,38). Conclusões: A hiperglicemia transitória ocorre frequentemente nos pacientes HIV que iniciam tratamento para a TB e aumenta o risco de desfechos adversos da TB e mortalidade no primeiro ano. A testagem da glicose durante o tratamento da TB detecta pacientes em risco de desfechos adversos.Background: Transient hyperglycemia occurs in tuberculosis (TB), but the long-term impact is unknown. We estimated the prevalence of hyperglycemia and compared the TB outcome, and 1-year mortality rate according to the glycemic status noted during TB treatment. Methods: We conducted a retrospective cohort analysis by following adult patients who showed TB and HIV co-infection and started receiving TB treatment at the Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Brazil between 2010-2015. Diabetes Mellitus (DM) and hyperglycemia were defined according to American Diabetes Association. After excluding for known DM at baseline, cumulative incidence of DM was calculated as the proportion of participants who developed new-onset DM after TB treatment initiation during 2010-2016. TB outcome was classified as successful or adverse (i.e., treatment failure, abandonment, and death). Kaplan-Meier survival curves were compared by the log-rank test based on the glycemic status of patients. A multivariate Cox regression model was used to assess the association between hyperglycemia and 1-year mortality. Two-sided p values < 0.05 were considered statistically significant Results: We identified 414 euglycemic patients (87.5%),49 hyperglycemic patients (10.3%), and 10 patients with known DM (2.1%). Diabetic patients were older compared to the euglycemic and hyperglycemic patients (47.9 vs. 37 vs. 39.7 years, respectively, p = 0.001). Hyperglycemic patients were more likely to have mycobacteremia and dyslipidemia as compared with euglycemic and diabetic patients (29.8% vs. 13.3% vs. 14.3%, p = 0.01; 90% vs. 67.5% vs. 42.9%, p = 0.002, respectively). The cumulative incidence of DM in the cohort during study period was 4.9% (95% CI: 3.2-7.4), but significantly higher in hyperglycemic [44.9%(30.9-59.6)] vs. euglycemic group [0.24%(0.01-1.55)]. Hyperglycemia was associated with adverse outcomes (71.4% vs. 24.6%, p < 0.0001) compared to euglycemia. Crude 1-year mortality was significantly higher in patients with hyperglycemia compared with euglycemia (48.9% vs. 7.9%; unadjusted HR: 5.79 (3.74-8.96)). In the adjusted Cox model, hyperglycemia remained significant factor for increased 1-year mortality (adjusted HR: 3.72 (2.17-6.38)]. Conclusions: Transient hyperglycemia frequently occurs in HIVinfected patients who commence TB treatment, and it increases the risks of adverse TB outcomes and 1-year mortality. Glucose testing during TB treatment detects patients at risk of adverse outcome.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porHiperglicemiaDiabetes MellitusTuberculoseMortalidadeMorbimortalidade associada a diabetes mellitus em pacientes com infecção pelo HIV e tuberculoseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27423/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALjose_moreira_ini_mest_2017.pdfapplication/pdf1451149https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27423/2/jose_moreira_ini_mest_2017.pdf9a1bcad9e83e6397d98b89ebd44462adMD52TEXTjose_moreira_ini_mest_2017.pdf.txtjose_moreira_ini_mest_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain155272https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27423/3/jose_moreira_ini_mest_2017.pdf.txt15a02c33bb62b557b666d114ed4852adMD53icict/274232018-08-15 03:36:53.539oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27423Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:36:53Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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