O papel dos métodos moleculares no diagnóstico precoce da hanseníase e monitoramento de comunicantes no contexto da estratégia de descentralização do programa da doença
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37312 |
Resumo: | O diagnóstico precoce da hanseníase e a vigilância dos contatos são consideradas importantes pilares para o controle da endemia. Nos últimos anos, a reação em cadeia da polimerase (PCR), tem despontado como uma importante ferramenta para o diagnóstico das formas paucibacilares (PB) da doença assim como para a identificação de contatos com infecção subclínica. Objetivos: Analisar o perfil dos casos com suspeita de hanseníase referenciados ao ambulatório de hanseníase da Fiocruz no contexto da descentralização do programa de controle da doença; avaliar o papel da PCR no diagnóstico da hanseníase PB e na identificação de infecção subclínica em contatos. Métodos: este trabalho foi conduzido no Centro de Referência de hanseníase do IOC \2013 Fiocruz-RJ e está dividido em três partes. No estudo 1 foram analisadas as mudanças na demanda do ambulatório da Fiocruz no período de 2010-2014 comparado com 2005-2009. As informações foram obtidas do banco de dados do Laboratório de Hanseníase e do SINAN. Os aspectos clínicos e epidemiológicos dos pacientes foram analisados. No estudo 2, os pacientes foram avaliados por um dermatologista em três momentos. Na primeira visita, o exame clínico e as amostras foram coletadas. Na segunda visita, os resultados do exame histopatológico e da PCR (gen alvo-16S) foram analisados, e uma decisão terapêutica foi tomada. Um ano depois foi estabelecido um diagnóstico de consenso utilizado como padrão de referência para definir a sensibilidade e a especificidade da qPCR no diagnóstico das formas PB No estudo 3, os contatos atendidos no ambulatório de 2011 a 2017 que tiveram raspado dérmico colhido para qPCR foram acompanhados para avaliação da relação do resultado da qPCR com o risco de adoecimento. Resultados: o estudo 1 mostrou que entre os 1.845 casos estudados 1.380 (75%) apresentavam outras dermatoses. Houve diminuição na proporção de casos novos de hanseníase em relação aos 5 anos anteriores ao período do estudo e 40% deles apresentavam algum grau de incapacidade no diagnóstico. No estudo 2 foi observado que dos 172 casos estudados 58% (100/172) tinham histologia inconclusiva e em 30% (30/100) deles a qPCR era positiva. A sensibilidade da histologia para o diagnóstico das formas PB foi de 35%, da qPCR 57% e com a combinação dos 2 testes a sensibilidade foi de 65%. No estudo 3 do total de 1,381 contatos incluídos a qPCR detectou apenas 20% dos que progrediram para doença sugerindo que, para este grupo, não foi um bom marcador preditivo de hanseníase. Conclusão: a qPCR aumenta a precisão do diagnóstico das formas PB da hanseníase. |
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Barbieri, Raquel RodriguesSarno, Euzenir NunesMoraes, Milton Ozório2019-11-22T16:08:08Z2019-11-22T16:08:08Z2019BARBIERI, Raquel Rodrigues. O papel dos métodos moleculares no diagnóstico precoce da hanseníase e monitoramento de comunicantes no contexto da estratégia de descentralização do programa da doença. 2019. 128 f. Tese (Doutorado em Medicina Tropical)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37312O diagnóstico precoce da hanseníase e a vigilância dos contatos são consideradas importantes pilares para o controle da endemia. Nos últimos anos, a reação em cadeia da polimerase (PCR), tem despontado como uma importante ferramenta para o diagnóstico das formas paucibacilares (PB) da doença assim como para a identificação de contatos com infecção subclínica. Objetivos: Analisar o perfil dos casos com suspeita de hanseníase referenciados ao ambulatório de hanseníase da Fiocruz no contexto da descentralização do programa de controle da doença; avaliar o papel da PCR no diagnóstico da hanseníase PB e na identificação de infecção subclínica em contatos. Métodos: este trabalho foi conduzido no Centro de Referência de hanseníase do IOC \2013 Fiocruz-RJ e está dividido em três partes. No estudo 1 foram analisadas as mudanças na demanda do ambulatório da Fiocruz no período de 2010-2014 comparado com 2005-2009. As informações foram obtidas do banco de dados do Laboratório de Hanseníase e do SINAN. Os aspectos clínicos e epidemiológicos dos pacientes foram analisados. No estudo 2, os pacientes foram avaliados por um dermatologista em três momentos. Na primeira visita, o exame clínico e as amostras foram coletadas. Na segunda visita, os resultados do exame histopatológico e da PCR (gen alvo-16S) foram analisados, e uma decisão terapêutica foi tomada. Um ano depois foi estabelecido um diagnóstico de consenso utilizado como padrão de referência para definir a sensibilidade e a especificidade da qPCR no diagnóstico das formas PB No estudo 3, os contatos atendidos no ambulatório de 2011 a 2017 que tiveram raspado dérmico colhido para qPCR foram acompanhados para avaliação da relação do resultado da qPCR com o risco de adoecimento. Resultados: o estudo 1 mostrou que entre os 1.845 casos estudados 1.380 (75%) apresentavam outras dermatoses. Houve diminuição na proporção de casos novos de hanseníase em relação aos 5 anos anteriores ao período do estudo e 40% deles apresentavam algum grau de incapacidade no diagnóstico. No estudo 2 foi observado que dos 172 casos estudados 58% (100/172) tinham histologia inconclusiva e em 30% (30/100) deles a qPCR era positiva. A sensibilidade da histologia para o diagnóstico das formas PB foi de 35%, da qPCR 57% e com a combinação dos 2 testes a sensibilidade foi de 65%. No estudo 3 do total de 1,381 contatos incluídos a qPCR detectou apenas 20% dos que progrediram para doença sugerindo que, para este grupo, não foi um bom marcador preditivo de hanseníase. Conclusão: a qPCR aumenta a precisão do diagnóstico das formas PB da hanseníase.Early diagnosis of leprosy and contact surveillance are considered essential for disease control. In recent years, polymerase chain reaction (PCR) has emerged as an important tool for the diagnosis of paucibacillary forms (BP) as well as for the identification of contacts with subclinical infection. Objectives: To analyze the profile of suspected cases of leprosy referred to the Fiocruz leprosy outpatient clinic in the context of the decentralization of the disease control program; to evaluate the role of PCR in the diagnosis of PB leprosy and in the identification of subclinical infection in contacts. Methods: This study was conducted at the Reference Center of Fiocruz-RJ and is divided into three parts. In study 1, we analyzed the changes in Fiocruz's outpatient demand in the period 2010-2014 compared to 2005-2009. The information was obtained from the database of the Leprosy Laboratory and SINAN. The clinical and epidemiological aspects of the patients were analyzed. In study 2, the patients were evaluated by a dermatologist at three different times. On the first visit the clinical examination and collected samples were performed. On the second visit, the results of the histopathological and PCR assay (DNA-based Mycobacterium leprae qPCR-targeting 16S gene) were analyzed, and a decision regarding treatment was made. A year later, a consensus diagnosis was established.and it was used as a reference standard to define the sensitivity and specificity of qPCR in the diagnosis of PB forms of the disease. In study 3, contacts seen at the outpatient clinic from 2011 to 2017 who had slit smear skin collected for qPCR were followed up to evaluate the risk to progress towards the disease . Results: study 1, showed that among the 1,845 cases studied, 1,380 (75%) had other dermatoses. There was a decrease in the proportion of new cases of leprosy in relation to the 5 years prior to the study period and 40% of them had some degree of incapacity at diagnosis. In study 2, it was observed that of the 172 cases studied 58% (100/172) had inconclusive histology and in 30% (30/100) of them the qPCR was positive. The sensitivity of the histology for the diagnosis of PB forms was 35%, of the qPCR 57% and the combination of the 2 tests showed sensitivity of 65%. In the study 3, of the total of 1,381 contacts included, qPCR detected only 20% of those who progressed to disease suggesting that, for this group, it was not a good predictive marker of leprosy. Conclusion: qPCR increases the accuracy of the diagnosis of PB forms of leprosy.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porHanseníase PaubacilarDiagnósticoPCRMonitoramento dos comunicantesDemanda do centro de referênciaHanseníase PaucibacilarReação em cadeia da PolimeraseO papel dos métodos moleculares no diagnóstico precoce da hanseníase e monitoramento de comunicantes no contexto da estratégia de descentralização do programa da doençainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2019Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37312/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALraquel_barbieri_ioc_dout_2019.pdfapplication/pdf3160027https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37312/2/raquel_barbieri_ioc_dout_2019.pdfa9e20eda97ffb33f1a8c039e69be767eMD52TEXTraquel_barbieri_ioc_dout_2019.pdf.txtraquel_barbieri_ioc_dout_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain270557https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37312/3/raquel_barbieri_ioc_dout_2019.pdf.txt59ccb1735a028fd8347f1d72d2ab1fbaMD53icict/373122023-09-04 11:49:29.605oai:www.arca.fiocruz.br:icict/37312Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:29Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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