Diagnóstico paleoparasitológico molecular de Ascaris lumbricoides (Linnaeus, 1758)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Daniela Leles de
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5077
Resumo: O parasito humano Ascaris lumbricoides tem distribuição cosmopolita sendo o mais prevalente dos helmintos intestinais. Estudos paleoparasitológicos por microscopia ótica revelaram também que é um dos mais encontrados em material antigo. No entanto são raros os achados desse parasito na América do Sul pré-colombiana. O objetivo desse estudo foi estabelecer uma metodologia de diagnóstico paleoparasitológico molecular de A. lumbricoides que possa ser aplicado diretamente a ADN antigo extraído de coprólitos provenientes de sítios arqueológicos. Inicialmente a metodologia foi padronizada em amostras fecais atuais positivas para A. lumbricoides e/ou outros helmintos e ovos isolados a fim de testar a sensibilidade e especificidade dos métodos diagnósticos. Aos ovos, dois tratamentos foram empregados na extração de ADN: físico (choque térmico) e físico-químico (choque térmico e fenol-clorofórmio). Para as amostras fecais foram usados quatro tratamentos: químico (fenol-clorofórmio), Kit comercial QIAamp® DNA Stool Mini Kit (Qiagen), físico-químico e físico-Kit (choque térmico e Kit comercial). Dois alvos moleculares, o mitocondrial cit b e o nuclear ITS 1, foram usados. Ambos os tratamentos físico e físico-químico disponibilizaram ADN suficiente para a PCR usando-se apenas um ovo para os dois alvos moleculares. O tratamento físico foi essencial para extração de ADN das amostras fecais. O ensaio do RFLP mostrou o perfil esperado para A. lumbricoides. Todas as seqüências nucleotídicas de cit b obtidas dos isolados brasileiros revelaram o nucleotídeo T na posição 5522 característico da espécie A. lumbricoides. Para região ITS 1, 4/5 seqüências nucleotídicas correspondem ao genótipo G1, o mais prevalente na espécie humana. Foram depositadas as primeiras seqüências de A. lumbricoides da América do Sul, assim como este é o primeiro diagnóstico molecular para esse parasito a partir de amostras fecais. As metodologias utilizadas mostram-se aptas em recuperar ADN do parasito a partir dos coprólitos experimentais. Os resultados do RFLP e sequenciamento nucleotídico mostraram que o processo de dessecação artificial não afetou as seqüências nucleotídicas. No trabalho com material arqueológico, as estratégias como PCR reconstrutiva e reamplificação foram essenciais para as amplificações. O diagnóstico paleoparasitológico molecular identificou o parasito em 5 amostras procedentes de sítios arqueológicos sul americanos datados do período pré-colombiano que o exame por microscopia ótica não havia diagnosticado. Todas as 16 seqüências nucleotídicas de cit b obtidas revelaram o nucleotídeo característico da espécie A. lumbricoides, sendo que a maioria das seqüências difere das modernas, afastando a possibilidade de contaminação. Os resultados do diagnóstico paleoparasitológico molecular mostraram uma mudança na paleodistribuição do parasito na América do sul, onde este se estende desde o nordeste de Brasil até o norte do Chile, sendo o achado mais antigo datado de 8800 AP. Pela primeira vez é feito diagnostico molecular de A. lumbricoides diretamente de coprólitos.
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Inicialmente a metodologia foi padronizada em amostras fecais atuais positivas para A. lumbricoides e/ou outros helmintos e ovos isolados a fim de testar a sensibilidade e especificidade dos métodos diagnósticos. Aos ovos, dois tratamentos foram empregados na extração de ADN: físico (choque térmico) e físico-químico (choque térmico e fenol-clorofórmio). Para as amostras fecais foram usados quatro tratamentos: químico (fenol-clorofórmio), Kit comercial QIAamp® DNA Stool Mini Kit (Qiagen), físico-químico e físico-Kit (choque térmico e Kit comercial). Dois alvos moleculares, o mitocondrial cit b e o nuclear ITS 1, foram usados. Ambos os tratamentos físico e físico-químico disponibilizaram ADN suficiente para a PCR usando-se apenas um ovo para os dois alvos moleculares. O tratamento físico foi essencial para extração de ADN das amostras fecais. O ensaio do RFLP mostrou o perfil esperado para A. lumbricoides. Todas as seqüências nucleotídicas de cit b obtidas dos isolados brasileiros revelaram o nucleotídeo T na posição 5522 característico da espécie A. lumbricoides. Para região ITS 1, 4/5 seqüências nucleotídicas correspondem ao genótipo G1, o mais prevalente na espécie humana. Foram depositadas as primeiras seqüências de A. lumbricoides da América do Sul, assim como este é o primeiro diagnóstico molecular para esse parasito a partir de amostras fecais. As metodologias utilizadas mostram-se aptas em recuperar ADN do parasito a partir dos coprólitos experimentais. Os resultados do RFLP e sequenciamento nucleotídico mostraram que o processo de dessecação artificial não afetou as seqüências nucleotídicas. No trabalho com material arqueológico, as estratégias como PCR reconstrutiva e reamplificação foram essenciais para as amplificações. O diagnóstico paleoparasitológico molecular identificou o parasito em 5 amostras procedentes de sítios arqueológicos sul americanos datados do período pré-colombiano que o exame por microscopia ótica não havia diagnosticado. Todas as 16 seqüências nucleotídicas de cit b obtidas revelaram o nucleotídeo característico da espécie A. lumbricoides, sendo que a maioria das seqüências difere das modernas, afastando a possibilidade de contaminação. Os resultados do diagnóstico paleoparasitológico molecular mostraram uma mudança na paleodistribuição do parasito na América do sul, onde este se estende desde o nordeste de Brasil até o norte do Chile, sendo o achado mais antigo datado de 8800 AP. Pela primeira vez é feito diagnostico molecular de A. lumbricoides diretamente de coprólitos.Ascaris lumbricoides human infection is distributed all over the world. It is the most prevalent of all intestinal helminths. The same high prevalences seemed to have occurred in the past, as evidenced by paleoparasitological data. A. lumbricoides eggs are commonly found in Old World archaeological material. However, the findings of this parasite in pre-Columbian South American material are rare. The goal of this study is to establish a methodology to identify A. lumbricoides infection by DNA extraction from coprolites. Positive fresh samples for A. lumbricoides and/or other helminth eggs were used to establish a standard methodology. Sensitivity and specificity were tested using isolated A. lumbricoides eggs. Two treatments were used to DNA extraction from eggs: physical (boiling/freezing) and physical-chemical (boiling/freezing and phenol-chloroform). For fecal samples, four treatments were used: chemical (phenol-chloroform), commercial Kit QIAamp® DNA Stool Mini Kit (Qiagen), physicalchemical and physical-Kit (boiling/freezing and commercial Kit). Two molecular targets, the mitochondrial cit b and nuclear ITS 1, were used. Both treatments, physical and physicalchemical resulted in DNA amounts sufficient to yield PCR amplifications of a single egg using both molecular targets. The physical treatment was essential for DNA extraction from fecal samples. RFLP assay resulted in the profile described for A. lumbricoides. All the nucleotide sequences of cit b of the Brazilian isolates have the nucleotide T at position 5522, characteristic of A. lumbricoides species. For the region ITS 1, 4/5 nucleotide sequences correspond to the genotype G1, the most prevalent in humans. The first A. lumbricoides sequences found in South America were deposited in the GenBank. It is also the first time that molecular diagnosis is used for this parasite in fecal samples. The methodologies used were able to extract parasite DNA from experimental coprolites. Nucleotide sequences were not affected by experimental desiccation, as showed by RFLP and nucleotide sequencing. The strategies of reconstructive PCR and reamplification were essential for PCR amplifications, when applying in archaeological material. The paleoparasitological molecular diagnosis identified the parasite in five human coprolites collected in South American archaeological sites dated of pre-Columbian times. All five samples were negative under microscopic examination. All the 16 nucleotide sequences of cit b have the characteristic nucleotide of A. lumbricoides specie. The most ancient sequences recovered differ from the modern ones, excluding the possibility of contamination. The results of paleoparasitological molecular diagnosis changed the paleodistribuition of the parasite, showing that A. lumbricoides infection was present since 8800 BP in South America, from the northeast of Brazil to north of Chile. For the first time was demonstrated the recovery of A. lumbricoides aDNA straight from coprolites.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDiagnóstico paleoparasitológico molecular de Ascaris lumbricoides (Linnaeus, 1758)Paleoparasitological molecular diagnosis of Ascaris lumbricoides (Linnaeus, 1758)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.MestreRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaAscaris lumbricoidesPaleopathologyParasitic DiseasesAscaris lumbricoidesPaleopatologiaDoenças Parasitáriasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5077/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALdaniela_leles_souza_ensp_mest_2007.pdfapplication/pdf4370041https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5077/2/daniela_leles_souza_ensp_mest_2007.pdfe9c997ae4a10dd2ef138fe399a6f37b0MD52TEXT910.pdf.txt910.pdf.txtExtracted texttext/plain131327https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5077/5/910.pdf.txt7dd8efb80bba9f0f6017171f87ab4ebfMD55THUMBNAIL910.pdf.jpg910.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1115https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5077/4/910.pdf.jpgd353fbf395faf4dd90350d193a003a17MD54icict/50772023-01-17 14:37:57.571oai:www.arca.fiocruz.br:icict/5077Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T17:37:57Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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