Geohelmintíases e protozooses intestinais em população adscrita à Estratégia Saúde da Família de Parnaíba-PI

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Islandia Maria Rodrigues
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48519
Resumo: O presente estudo teve como objetivo determinar a prevalência e a associação entre um conjunto de variáveis sociodemográficas e a chance de apresentar positividade de enteroparasitoses, com ênfase nos geohelmintos e protozoários patogênicos. Tratou-se de um estudo analítico seccional desenvolvido com base nos dados secundários de prontuários e Ficha A do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) da população adscrita à Estratégia de Saúde da Família 32, Vegeflora, na cidade de Parnaíba, Piauí. A associação entre as variáveis sociodemográficas e os três desfechos (positividade para geohelminto, protozoário patogênico e qualquer parasita) foi mensurada por meio de modelos de regressão logística multinível, sendo o primeiro nível composto pelos indivíduos e o segundo pelos domicílios. A amostra do estudo foi composta por 803 indivíduos que aceitaram o convite para realizar os exames coproparasitológicos, entre maio de 2012 e dezembro de 2013. A prevalência de parasitose correspondeu a 64,2% do total. Quanto aos geohelmintos, a prevalência foi de 21,1%, sendo que a espécie mais encontrada foi Ascaris lumbricoides (13,6%), seguida por Ancilostoma duodenalis (9,0%). Para os protozoários patogênicos, identificou-se uma prevalência de 20,0%, com maior frequência para a espécie Giardia lamblia (16,4%). A variável “sexo” só apresentou associação com a chance de infestação por geohelmintos, 67% superior entre os homens (RC=1,67; IC 95%: 1,10-2,51). A positividade para geohelmintos foi maior em todas as faixas etárias quando comparadas àquela composta por crianças de 0 a 4 anos. Padrão semelhante foi observado para a positividade de todas as enteroparasitoses. Residir em casa de alvenaria esteve associado somente com a chance de infestação por geohelmintos (RC=0,49; IC 95%: 0,29-0,83). Moradores em domicílios com coleta regular de lixo foram menos propensos a serem positivos para geohelmintos (RC=0,46; IC 95%: 0,23-0,91), protozoários patogênicos (RC=0,50; IC 95%: 0,27-0,92) e qualquer enteroparasita (RC=0,34; IC 95%: 0,20-0,57). Residentes em domicílios com acesso a água tratada também foram menos propensos a serem positivos para geohelmintos (RC=0,28; IC 95%: 0,17-0,46), protozoários patogênicos (RC=0,41; IC 95%: 0,26-0,68) e qualquer enteroparasita (RC=0,20; IC 95%: 0,12-0,33). O estudo mostra que a ocorrência dessas parasitoses está relacionada às baixas condições socioeconômicas e evidencia a necessidade de repensar intervenções públicas e ações preventivas e de controle para as enteroparasitoses na região.
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A associação entre as variáveis sociodemográficas e os três desfechos (positividade para geohelminto, protozoário patogênico e qualquer parasita) foi mensurada por meio de modelos de regressão logística multinível, sendo o primeiro nível composto pelos indivíduos e o segundo pelos domicílios. A amostra do estudo foi composta por 803 indivíduos que aceitaram o convite para realizar os exames coproparasitológicos, entre maio de 2012 e dezembro de 2013. A prevalência de parasitose correspondeu a 64,2% do total. Quanto aos geohelmintos, a prevalência foi de 21,1%, sendo que a espécie mais encontrada foi Ascaris lumbricoides (13,6%), seguida por Ancilostoma duodenalis (9,0%). Para os protozoários patogênicos, identificou-se uma prevalência de 20,0%, com maior frequência para a espécie Giardia lamblia (16,4%). A variável “sexo” só apresentou associação com a chance de infestação por geohelmintos, 67% superior entre os homens (RC=1,67; IC 95%: 1,10-2,51). A positividade para geohelmintos foi maior em todas as faixas etárias quando comparadas àquela composta por crianças de 0 a 4 anos. Padrão semelhante foi observado para a positividade de todas as enteroparasitoses. Residir em casa de alvenaria esteve associado somente com a chance de infestação por geohelmintos (RC=0,49; IC 95%: 0,29-0,83). Moradores em domicílios com coleta regular de lixo foram menos propensos a serem positivos para geohelmintos (RC=0,46; IC 95%: 0,23-0,91), protozoários patogênicos (RC=0,50; IC 95%: 0,27-0,92) e qualquer enteroparasita (RC=0,34; IC 95%: 0,20-0,57). Residentes em domicílios com acesso a água tratada também foram menos propensos a serem positivos para geohelmintos (RC=0,28; IC 95%: 0,17-0,46), protozoários patogênicos (RC=0,41; IC 95%: 0,26-0,68) e qualquer enteroparasita (RC=0,20; IC 95%: 0,12-0,33). O estudo mostra que a ocorrência dessas parasitoses está relacionada às baixas condições socioeconômicas e evidencia a necessidade de repensar intervenções públicas e ações preventivas e de controle para as enteroparasitoses na região.This study aimed to determine the prevalence and association between a set of sociodemographic variables and the chance to present positivity parasitic infections, with emphasis on STH and pathogenic protozoa. This was a cross-sectional analytical study carried out on the data collection of the medical charts and sheet A of the Basic Health Care Information System (SIAB) of the enrolled population to the Family Health Strategy program 32 Vegeflora in the city of Parnaiba, Piauí. The association between the sociodemographic variables and the three clinical outcomes (positivity for STH, pathogenic protozoan and any other parasite) was measured using multilevel logistic regression models, so the first level consists of the individuals and the second by the homes. The study population was decomposed from 803 individuals who accepted the invitation to perform the parasitological tests between May 2012 and December 2013. Overall, the prevalence of parasitosis was 64.2%. About the STH, the prevalence was 21.1%, and the most commonly species found was Ascaris lumbricoides (13.6%), followed by Ancylostoma duodenale (9.0%). For the pathogenic protozoans, the prevalence was 20.0%, with Giardia lamblia species most prevalent (16.4%). The variable male and female gender was associated only with the chance of STH infestation, 67% higher than among men (OR = 1.67; 95% CI: 1.10 to 2.51). Positivity for STH was higher in all age groups compared to that one which consists of children from 0 - 4 years. A similar pattern was observed for the positivity of all intestinal parasitosis. Reside in brick house was associated only with the chance of infestation by STH (OR = 0.49; 95% CI 0.29-0.83). Individuals residing in households with regular garbage collection were less likely to be positive for STH (OR = 0.46; 95% CI: 0.23 to 0.91), pathogenic protozoans (OR = 0.50; 95% CI: 0.27 to 0.92) and any intestinal parasitosis (OR = 0.34; 95% CI: 0.20 to 0.57). Individuals who live in households in which drinking water was also treated were less likely to be positive for STH (OR = 0.28; 95% CI: 0.17 to 0.46), pathogenic protozoans (OR = 0.41 95% CI: 0.26 to 0.68) and any intestinal parasitosis (OR = 0.20; 95% CI: 0.12 to 0.33). This study shows that the occurrence of these parasites is related to low socioeconomic conditions and highlights the need to rethink public interventions and preventive measures and control for intestinal parasites in the region.porGeohelmintíasesEnteroparasitosesParasitoses IntestinaisParnaíba-PiauíSoil-transmitted HelminthesIntestinal ParasitosisParnaíba-PiauíHelmintíaseEnteropatias ParasitáriasClasse SocialEstratégia Saúde da FamíliaEpidemiologiaPrevalênciaGeohelmintíases e protozooses intestinais em população adscrita à Estratégia Saúde da Família de Parnaíba-PIGeohelminthiases and intestinal protozooses in a population assigned to the Family Health Strategy of Parnaíba-PIinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48519/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALislandia_maria_rodrigues_silva.pdfapplication/pdf2520442https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48519/2/islandia_maria_rodrigues_silva.pdf8be5ecb411ad717cba645c401bce051cMD52TEXTislandia_maria_rodrigues_silva.pdf.txtislandia_maria_rodrigues_silva.pdf.txtExtracted texttext/plain125674https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48519/3/islandia_maria_rodrigues_silva.pdf.txt875de3a0255e67bbb2240b04b42fcc65MD53icict/485192021-09-09 16:59:37.403oai:www.arca.fiocruz.br:icict/48519Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-09-09T19:59:37Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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