Teste do óleo essencial de laranja (Citrus sinensis) encapsulado em leveduras para o controle da população de Aedes aegypti em Belo Horizonte - MG
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39505 |
Resumo: | Arbovírus como dengue (DENV), Zika (ZIKV) e chikungunya (CHIKV) são hoje uma importante e constante ameaça à saúde humana em regiões tropicais e subtropicais do mundo. As epidemias causadas por esses vírus estão intimamente relacionadas à disseminação do seu vetor primário, o Aedes aegypti. Na ausência de terapia específica e vacinas amplamente disponíveis para a população contra DENV, ZIKV e CHIKV, a redução da ocorrência das arboviroses causadas por estes vírus deve ocorrer especialmente através do controle do vetor. Para tal, inseticidas químicos neurotóxicos foram utilizados nas últimas décadas de forma contínua e indiscriminada, culminando na seleção de populações de A. aegypti resistentes a estes compostos. Sendo assim, o desenvolvimento de novos produtos com ação inseticida, sobretudo que associem facilidade de aplicação, eficiência e baixo impacto ambiental, é atualmente de grande interesse. Nesse contexto, esse estudo pretende testar a estabilidade, a atividade larvicida e a influência no comportamento de oviposição do óleo essencial da laranja encapsulado em célula de levedura (OELE) considerando populações de A. aegypti como alvo. A atividade larvicida do OELE foi avaliada sob condições ambiente de temperatura, umidade e luz. Foram realizados bioensaios do tipo dose-resposta para a determinação das concentrações letais e a mortalidade foi monitorada após 24 horas Já a estabilidade do OELE foi avaliada semanalmente durante 21 dias em reservatórios plásticos dispostos em ambiente parcialmente exposto a luz solar. Os ensaios para investigar o impacto do larvicida OELE na escolha do local de oviposição por fêmeas individualizadas foram realizados no laboratório, em gaiolas teladas. O larvicida OELE foi considerado altamente ativo (CL50 < 50 mg/L) contra A. aegypti das duas populações testadas, porém, a população de Belo Horizonte apresentou valores superiores para CL50 (49,66 mg/L), CL90 (130,02 mg/L) e CL95 (180,36mg/L) quando comparada à linhagem Rockefeller (CL50=20,04 /CL90=57.3 e CL95= 81,92 mg/L). O período de estabilidade do OELE no ambiente com índices de mortalidade próximos a 100% não ultrapassou os 14 dias para 160 e 280mg/L. O OELE nas armadilhas influenciou a escolha do local de oviposição das fêmeas repelindo ou inibindo a postura de ovos. Estas observações suportam a hipótese de que o OELE pode vir a ser uma alternativa viável no controle de populações de A. aegypti, porém a instabilidade e a degradação do biolarvicida demandam mais avaliações, assim como a influência de fatores ambientais. |
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Brant, Fabiane das Graças CaldeiraGenta, Fernando ArielDavid, Mariana Rocha2020-01-27T11:18:23Z2020-01-27T11:18:23Z2019BRANT, Fabiane das Graças Caldeira. Teste do óleo essencial de laranja (Citrus sinensis) encapsulado em leveduras para o controle da população de Aedes aegypti em Belo Horizonte - MG. 2019. 79 f. Dissertação (Mestrado em Vigilância e Controle de Vetores) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39505Arbovírus como dengue (DENV), Zika (ZIKV) e chikungunya (CHIKV) são hoje uma importante e constante ameaça à saúde humana em regiões tropicais e subtropicais do mundo. As epidemias causadas por esses vírus estão intimamente relacionadas à disseminação do seu vetor primário, o Aedes aegypti. Na ausência de terapia específica e vacinas amplamente disponíveis para a população contra DENV, ZIKV e CHIKV, a redução da ocorrência das arboviroses causadas por estes vírus deve ocorrer especialmente através do controle do vetor. Para tal, inseticidas químicos neurotóxicos foram utilizados nas últimas décadas de forma contínua e indiscriminada, culminando na seleção de populações de A. aegypti resistentes a estes compostos. Sendo assim, o desenvolvimento de novos produtos com ação inseticida, sobretudo que associem facilidade de aplicação, eficiência e baixo impacto ambiental, é atualmente de grande interesse. Nesse contexto, esse estudo pretende testar a estabilidade, a atividade larvicida e a influência no comportamento de oviposição do óleo essencial da laranja encapsulado em célula de levedura (OELE) considerando populações de A. aegypti como alvo. A atividade larvicida do OELE foi avaliada sob condições ambiente de temperatura, umidade e luz. Foram realizados bioensaios do tipo dose-resposta para a determinação das concentrações letais e a mortalidade foi monitorada após 24 horas Já a estabilidade do OELE foi avaliada semanalmente durante 21 dias em reservatórios plásticos dispostos em ambiente parcialmente exposto a luz solar. Os ensaios para investigar o impacto do larvicida OELE na escolha do local de oviposição por fêmeas individualizadas foram realizados no laboratório, em gaiolas teladas. O larvicida OELE foi considerado altamente ativo (CL50 < 50 mg/L) contra A. aegypti das duas populações testadas, porém, a população de Belo Horizonte apresentou valores superiores para CL50 (49,66 mg/L), CL90 (130,02 mg/L) e CL95 (180,36mg/L) quando comparada à linhagem Rockefeller (CL50=20,04 /CL90=57.3 e CL95= 81,92 mg/L). O período de estabilidade do OELE no ambiente com índices de mortalidade próximos a 100% não ultrapassou os 14 dias para 160 e 280mg/L. O OELE nas armadilhas influenciou a escolha do local de oviposição das fêmeas repelindo ou inibindo a postura de ovos. Estas observações suportam a hipótese de que o OELE pode vir a ser uma alternativa viável no controle de populações de A. aegypti, porém a instabilidade e a degradação do biolarvicida demandam mais avaliações, assim como a influência de fatores ambientais.Arboviruses such as dengue, Zika and chikungunya are nowadays an important and constant threat to human health in tropical and subtropical regions on earth. The epidemics caused by these viruses are intimately related to the dissemination of its primary vector, the Aedes aegypti. In the absence of specific therapy and vaccines widely available to the population against DENV, ZIKV and CHIKV, the reduction of arboviroses occurrence caused by these viruses shall occur especially through the vector control. For this purpose, neurotoxic chemicals insecticides were used continuously and indiscriminately in the last decades, culminating in the selection of A. aegypti populations resistant to these compounds. In this case, the development of new products with insecticidal action, especially that associate ease of application, efficiency and low environmental impact, is currently of great interest. In this context, this study intends to test the stability, the larvicidal activity, and the influence on the behavior of the essential oil oviposition of the orange oil encapsulated in yeast cells (OO) considering A. aegypti populations as a target. The larvicidal activity of the OO was evaluated under environmental conditions of temperature, humidity and light. Bioassays of dose-response type were performed to determine the lethal concentrations, and mortality was monitored after 24 hours. The stability of the OO was evaluated weekly during 21 days in plastic containers arranged in an environment partially exposed to sunlight. The tests to investigate the impact of the OO larvicide in the choice of oviposition site by individualized females were performed in the laboratory, in cages with net. The OO larvicide was considered highly active (LC50<50 mg/L) against A. aegypti of both tested populations, however the population of Belo Horizonte presented higher values for LC50 (49,66 mg/L), LC90 (130,02 mg/L) and LC95 (180,36 mg/L), when compared to the Rockefeller lineage (LC50=20,04 /LC90=57,3 and LC95=81,92 mg/L).The stability period of the OO in the environment with mortality rates close to 100% did not exceed 14 days for 160 and 280 mg/L. The OO in the traps influenced the choice of oviposition site of the female repelling or inhibiting the egg laying. These observations support the hypothesis that the OO may be a feasible alternative in the control of A. aegypti populations, but the instability and degradation of the biolarvicide demand more evaluations, as well as the influence of environmental factors.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAedes aegyptiCitrus sinesisÓleo essencialLarvicidaInseticidaAedesCitrus SinensisÓleos VoláteisLarvicidasTeste do óleo essencial de laranja (Citrus sinensis) encapsulado em leveduras para o controle da população de Aedes aegypti em Belo Horizonte - MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Vigilância e Controle de Vetoresinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39505/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALfabiane_brant_ioc_mest_2019.pdfapplication/pdf2188847https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39505/2/fabiane_brant_ioc_mest_2019.pdf339a3b34a199bac1eb4c2f2a90d2bd25MD52TEXTfabiane_brant_ioc_mest_2019.pdf.txtfabiane_brant_ioc_mest_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain134242https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39505/3/fabiane_brant_ioc_mest_2019.pdf.txt309a9e65fd00a1184951c14d34aeea85MD53icict/395052023-09-04 11:39:35.088oai:www.arca.fiocruz.br:icict/39505Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:39:35Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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