A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salgado, Aline Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31112
Resumo: Meio não formal de divulgação científica, a mídia tem sua função social atrelada à difusão de temas da ciência que impactam no cotidiano da sociedade. Jornalistas e articulistas são, assim, compreendidos como transmissores e produtores do conhecimento científico. Ou, nas palavras de Jean-François Sirinelli, como ―intelectuais-mediadores‖.Com base em referenciais teóricos da Divulgação Científica, da História da Ciência e da Saúde no Brasil, bem como da História do Jornalismo, neste trabalho examinamos como a grande imprensa atuou como mediadora e produtora cultural da ―vulgarização do conhecimento científico‖, termo nativo da época, num momento bastante controverso do debate sanitário e político no Brasil: os meses que antecederam à Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro a partir de 10 de novembro de 1904.Para atingir esse objetivo, analisamos as edições dos jornais Correio da Manhã e Gazeta de Noticias de 1º de janeiro a 10 de novembro de 1904, veículos de expressiva circulação na época e que se posicionaram contra e pró-governo, respectivamente, pela aprovação do projeto de lei que tornava obrigatória a vacinação e revacinação antivariólica, e que levou à Revolta da Vacina.O recorte temporal restrito se justifica pela intensidade dos debates sobre a vacina, consequência do avanço do projeto de Lei no Senado (votado em 20 de julho), e na Câmara, aprovado em caráter definitivo em 26 de outubro. Só no Correio da Manhã, as menções à vacina antivariólica ou à vacinação apareceram 213 vezes no período, sendo 206só no 2º semestre. Escolhemos analisar as discussões antes da Revolta também por considerarmos que as ações de vulgarização científica nos jornais contribuíram para a eclosão do movimento. Ao investigar a maneira como a vulgarização da ciência era feita na grande imprensa, foi possível verificar a complexidade da mediação científica no período, marcado pelo conflito geracional entre culturas científicas e pelos embates que envolviam a cidadania, como o direito à liberdade de decisão sobre o próprio corpo. Nos jornais, dentre as ações de comunicar ou de ―traduzir‖a ciência para um público de não especialistas, destacam-se as colunas de dois grupos de ―intelectuais-mediadores‖: o médico e deputado republicano Bricio Filho, no Correio da Manhã; e os médicos da Associação dos Empregados no Commercio do Rio de Janeiro, republicanos e apoiadores da microbiologia,que escreveram na Gazeta de Noticias. Essas colunas nos apontam para a transformação e migração dos espaços de popularização da ciência, que até o século XIX estiveram presentes nos romances científicos, nas conferências, cursos, museus, exposições e nas revistas e jornais especializados. Além disso, os textos nos fazem refletir sobre o tipo de mediação estabelecida na época, que em certo aspecto considerou o diálogo de mão dupla, isto é, a troca com o público-leitor. Por meio desta dissertação, procuramos trazer um novo olhar para a historiografia da Divulgação Científica, que tem identificado a existência de um vazio nas ações de divulgação científica nos anos iniciais do século XX, segundo aponta Luisa Massarani (1998). Buscamos assim contribuir para os estudos na área
id CRUZ_4454c794532f08bf45f36ae5b8cf43eb
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/31112
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Salgado, Aline SilvaKodama, Kaori2019-01-17T14:39:31Z2019-01-17T14:39:31Z2018SALGADO, Aline Silva. A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904. 2018. 128 f. Dissertação (Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro, 2018https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31112Meio não formal de divulgação científica, a mídia tem sua função social atrelada à difusão de temas da ciência que impactam no cotidiano da sociedade. Jornalistas e articulistas são, assim, compreendidos como transmissores e produtores do conhecimento científico. Ou, nas palavras de Jean-François Sirinelli, como ―intelectuais-mediadores‖.Com base em referenciais teóricos da Divulgação Científica, da História da Ciência e da Saúde no Brasil, bem como da História do Jornalismo, neste trabalho examinamos como a grande imprensa atuou como mediadora e produtora cultural da ―vulgarização do conhecimento científico‖, termo nativo da época, num momento bastante controverso do debate sanitário e político no Brasil: os meses que antecederam à Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro a partir de 10 de novembro de 1904.Para atingir esse objetivo, analisamos as edições dos jornais Correio da Manhã e Gazeta de Noticias de 1º de janeiro a 10 de novembro de 1904, veículos de expressiva circulação na época e que se posicionaram contra e pró-governo, respectivamente, pela aprovação do projeto de lei que tornava obrigatória a vacinação e revacinação antivariólica, e que levou à Revolta da Vacina.O recorte temporal restrito se justifica pela intensidade dos debates sobre a vacina, consequência do avanço do projeto de Lei no Senado (votado em 20 de julho), e na Câmara, aprovado em caráter definitivo em 26 de outubro. Só no Correio da Manhã, as menções à vacina antivariólica ou à vacinação apareceram 213 vezes no período, sendo 206só no 2º semestre. Escolhemos analisar as discussões antes da Revolta também por considerarmos que as ações de vulgarização científica nos jornais contribuíram para a eclosão do movimento. Ao investigar a maneira como a vulgarização da ciência era feita na grande imprensa, foi possível verificar a complexidade da mediação científica no período, marcado pelo conflito geracional entre culturas científicas e pelos embates que envolviam a cidadania, como o direito à liberdade de decisão sobre o próprio corpo. Nos jornais, dentre as ações de comunicar ou de ―traduzir‖a ciência para um público de não especialistas, destacam-se as colunas de dois grupos de ―intelectuais-mediadores‖: o médico e deputado republicano Bricio Filho, no Correio da Manhã; e os médicos da Associação dos Empregados no Commercio do Rio de Janeiro, republicanos e apoiadores da microbiologia,que escreveram na Gazeta de Noticias. Essas colunas nos apontam para a transformação e migração dos espaços de popularização da ciência, que até o século XIX estiveram presentes nos romances científicos, nas conferências, cursos, museus, exposições e nas revistas e jornais especializados. Além disso, os textos nos fazem refletir sobre o tipo de mediação estabelecida na época, que em certo aspecto considerou o diálogo de mão dupla, isto é, a troca com o público-leitor. Por meio desta dissertação, procuramos trazer um novo olhar para a historiografia da Divulgação Científica, que tem identificado a existência de um vazio nas ações de divulgação científica nos anos iniciais do século XX, segundo aponta Luisa Massarani (1998). Buscamos assim contribuir para os estudos na áreaA non-formal means of scientific dissemination, the press has its social function linked to the diffusion of science themes that impact on the daily life of society. Journalists and writers are seen as transmitters and producers of scientific knowledge. Or, as said by Jean-Francois Sirinelli, as ―intellectuals-mediators‖. Based on the theoretical references of the Science Communication, the History of Science and Health in Brazil, as well as the History of Journalism, in this research we examine how the mainstream media acted as mediator and cultural producer of the "vulgarization of scientific knowledge", popular term of the period, in a very controversial moment for the sanitary and political debate in Brazil: the months that preceded the Vaccine Revolt, occurred in Rio de Janeiro and started at November 10th of 1904. To reach this objective, we analyzed the editions of the newspapers ―Correio da Manhã‖ e ―Gazeta de Notícias‖ from January 1st to November 10th of 1904. Those vehicles had expressive circulation at the time and stand against and pro-government, respectively, for the approval of the law project that made mandatory the vaccination and anti-smallpox revaccination, and that led to the Vaccine Revolt. The restricted temporal cut is justified by the intensity of the debates about the vaccine, as a consequence of the progress of a low project in the Senate (voted on July 20th), and finally approved in the Chamber on October 26th. In a specific look to the ―Correio da Manhã‖, mentions about the smallpox vaccine or vaccination in general appeared 213 times in the period, 206 of it only in the second semester. We chose to analyze also the discussions before the Revolt because we considered that the actions of scientific vulgarization in the newspapers contributed to the outbreak of the movement. During the investigating about the way that scientific vulgarization was carried out by the mainstream media was possible to verify the complexity of scientific mediation in the period characterized by the generational conflict between scientific cultures and the conflicts involving citizenship, such as the right of freedom decision about the own body. In the newspapers among the actions of communication of science for a lay experts the columns of two groups of ―intellectuals-mediators‖ stand out: the doctor and republican deputy Bricio Filho, in ―Correio da Manhã‖; and the doctors of the Association of Employees in the Commerce of Rio de Janeiro, republicans and supporters of microbiology, who wrote in the ―Gazeta de Notícias‖. These newspaper columns point us to the transformation and migration of the spaces of popularization of science, which until the 19th century were present in scientific novels, conferences, courses, museums, exhibitions and specialized magazines and newspapers. Besides that the texts make us reflect on the type of mediation established at the time, which in one side considered the two-way dialogue, that is an exchange between the reader and the audience. Through this paper, we seek to bring a new look to the historiography of Science Communication, which has identified the existence of a void in the actions of Science Communication in the earlies of the twentieth century, according to Luisa Massarani (1998). We seek to contribute to studies in the areaFundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporDivulgação científicaIntelectuaisRevolta da VacinaImprensaRio de JaneiroScience CommunicationIntellectualsRevolta da VacinaPressRio de JaneiroComunicação e Divulgação CientíficaJornais como AssuntoVacinação em Massa/históriaProgramas de Imunização/históriaHistória do Século XXBrasilA Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2018Casa de Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83078https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/31112/1/license.txtc38474b70c5232076aebde785ab47ec4MD51ORIGINALdissertacao_aline_salgado.pdfdissertacao_aline_salgado.pdfapplication/pdf984900https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/31112/2/dissertacao_aline_salgado.pdf2570938626e7ceaa761ab68288641335MD52TEXTdissertacao_aline_salgado.pdf.txtdissertacao_aline_salgado.pdf.txtExtracted texttext/plain321325https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/31112/3/dissertacao_aline_salgado.pdf.txtff52c807e5fa657a6700efeade2e4a23MD53icict/311122019-01-18 02:01:07.556oai:www.arca.fiocruz.br:icict/31112Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUw0KDQpNYXJjdXMgVmluw61jaXVzIFNpbHZhLCBDUEY6IDExOC43NTUuMjk3LTY0LCB2aW5jdWxhZG8gYSBDT0MgLSBDYXNhIGRlIE9zd2FsZG8gQ3J1egoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcwphdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKKDEpIENFREUgZSBUUkFOU0ZFUkUsIHRvdGFsIGUgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaLCBlbQpjYXLDoXRlciBwZXJtYW5lbnRlLCBpcnJldm9nw6F2ZWwgZSBOw4NPIEVYQ0xVU0lWTywgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08KQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcwpkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBkdXJhbnRlIHRvZG8gbyBwcmF6byBkZSBkdXJhw6fDo28gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBlbQpxdWFscXVlciBpZGlvbWEgZSBlbSB0b2RvcyBvcyBwYcOtc2VzOwoKKDIpIEFDRUlUQSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIHRvdGFsIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBwZXJtYW5lbnRlIGUgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcwpwYXRyaW1vbmlhaXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzIGRlIHV0aWxpemHDp8OjbyBkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwKb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IHZlw61jdWxvLAppbmNsdXNpdmUgZW0gUmVwb3NpdMOzcmlvcyBEaWdpdGFpcywgYmVtIGNvbW8gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgcmVwcm9kdcOnw6NvLCBleGliacOnw6NvLCBleGVjdcOnw6NvLApkZWNsYW1hw6fDo28sIHJlY2l0YcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgYXJxdWl2YW1lbnRvLCBpbmNsdXPDo28gZW0gYmFuY28gZGUgZGFkb3MsIHByZXNlcnZhw6fDo28sIGRpZnVzw6NvLApkaXN0cmlidWnDp8OjbywgZGl2dWxnYcOnw6NvLCBlbXByw6lzdGltbywgdHJhZHXDp8OjbywgZHVibGFnZW0sIGxlZ2VuZGFnZW0sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyBvYnJhcyBvdQpjb2xldMOibmVhcywgcmV1dGlsaXphw6fDo28sIGVkacOnw6NvLCBwcm9kdcOnw6NvIGRlIG1hdGVyaWFsIGRpZMOhdGljbyBlIGN1cnNvcyBvdSBxdWFscXVlciBmb3JtYSBkZQp1dGlsaXphw6fDo28gbsOjbyBjb21lcmNpYWw7CgooMykgUkVDT05IRUNFIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gYXF1aSBlc3BlY2lmaWNhZGEgY29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPCkNSVVogbyBkaXJlaXRvIGRlIGF1dG9yaXphciBxdWFscXVlciBwZXNzb2Eg4oCTIGbDrXNpY2Egb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdQplc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlcgpmaW5hbGlkYWRlcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXM7CgooNCkgREVDTEFSQSBxdWUgYSBvYnJhIMOpIGNyaWHDp8OjbyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSDDqSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGFxdWkgY2VkaWRvcyBlIGF1dG9yaXphZG9zLApyZXNwb25zYWJpbGl6YW5kby1zZSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIHBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwKaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIGluZGVuaXphciB0ZXJjZWlyb3MgcG9yCmRhbm9zLCBiZW0gY29tbyBpbmRlbml6YXIgZSByZXNzYXJjaXIgYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVogZGUKZXZlbnR1YWlzIGRlc3Blc2FzIHF1ZSB2aWVyZW0gYSBzdXBvcnRhciwgZW0gcmF6w6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIG9mZW5zYSBhIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91CmRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBvdSBpbWFnZW0sIHByaW5jaXBhbG1lbnRlIG5vIHF1ZSBkaXogcmVzcGVpdG8gYSBwbMOhZ2lvIGUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CgooNSkgQUZJUk1BIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTwpPU1dBTERPIENSVVogZSBhcyBkaXJldHJpemVzIHBhcmEgbyBmdW5jaW9uYW1lbnRvIGRvIHJlcG9zaXTDs3JpbyBpbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EuCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIHJlc2VydmEKZXhjbHVzaXZhbWVudGUgYW8gQVVUT1Igb3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGUgb3MgdXNvcyBjb21lcmNpYWlzIHNvYnJlIGFzIG9icmFzIGRlIHN1YSBhdXRvcmlhCmUvb3UgdGl0dWxhcmlkYWRlLCBzZW5kbyBvcyB0ZXJjZWlyb3MgdXN1w6FyaW9zIHJlc3BvbnPDoXZlaXMgcGVsYSBhdHJpYnVpw6fDo28gZGUgYXV0b3JpYSBlIG1hbnV0ZW7Dp8OjbwpkYSBpbnRlZ3JpZGFkZSBkYSBPQlJBIGVtIHF1YWxxdWVyIHV0aWxpemHDp8Ojby4KCkEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVoKcmVzcGVpdGEgb3MgY29udHJhdG9zIGUgYWNvcmRvcyBwcmVleGlzdGVudGVzIGRvcyBBdXRvcmVzIGNvbSB0ZXJjZWlyb3MsIGNhYmVuZG8gYW9zIEF1dG9yZXMKaW5mb3JtYXIgw6AgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBhcyBjb25kacOnw7VlcyBlIG91dHJhcyByZXN0cmnDp8O1ZXMgaW1wb3N0YXMgcG9yIGVzdGVzIGluc3RydW1lbnRvcy4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-01-18T04:01:07Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904
title A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904
spellingShingle A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904
Salgado, Aline Silva
Divulgação científica
Intelectuais
Revolta da Vacina
Imprensa
Rio de Janeiro
Science Communication
Intellectuals
Revolta da Vacina
Press
Rio de Janeiro
Comunicação e Divulgação Científica
Jornais como Assunto
Vacinação em Massa/história
Programas de Imunização/história
História do Século XX
Brasil
title_short A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904
title_full A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904
title_fullStr A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904
title_full_unstemmed A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904
title_sort A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904
author Salgado, Aline Silva
author_facet Salgado, Aline Silva
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Salgado, Aline Silva
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Kodama, Kaori
contributor_str_mv Kodama, Kaori
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Divulgação científica
Intelectuais
Revolta da Vacina
Imprensa
Rio de Janeiro
topic Divulgação científica
Intelectuais
Revolta da Vacina
Imprensa
Rio de Janeiro
Science Communication
Intellectuals
Revolta da Vacina
Press
Rio de Janeiro
Comunicação e Divulgação Científica
Jornais como Assunto
Vacinação em Massa/história
Programas de Imunização/história
História do Século XX
Brasil
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Science Communication
Intellectuals
Revolta da Vacina
Press
Rio de Janeiro
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Comunicação e Divulgação Científica
Jornais como Assunto
Vacinação em Massa/história
Programas de Imunização/história
História do Século XX
Brasil
description Meio não formal de divulgação científica, a mídia tem sua função social atrelada à difusão de temas da ciência que impactam no cotidiano da sociedade. Jornalistas e articulistas são, assim, compreendidos como transmissores e produtores do conhecimento científico. Ou, nas palavras de Jean-François Sirinelli, como ―intelectuais-mediadores‖.Com base em referenciais teóricos da Divulgação Científica, da História da Ciência e da Saúde no Brasil, bem como da História do Jornalismo, neste trabalho examinamos como a grande imprensa atuou como mediadora e produtora cultural da ―vulgarização do conhecimento científico‖, termo nativo da época, num momento bastante controverso do debate sanitário e político no Brasil: os meses que antecederam à Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro a partir de 10 de novembro de 1904.Para atingir esse objetivo, analisamos as edições dos jornais Correio da Manhã e Gazeta de Noticias de 1º de janeiro a 10 de novembro de 1904, veículos de expressiva circulação na época e que se posicionaram contra e pró-governo, respectivamente, pela aprovação do projeto de lei que tornava obrigatória a vacinação e revacinação antivariólica, e que levou à Revolta da Vacina.O recorte temporal restrito se justifica pela intensidade dos debates sobre a vacina, consequência do avanço do projeto de Lei no Senado (votado em 20 de julho), e na Câmara, aprovado em caráter definitivo em 26 de outubro. Só no Correio da Manhã, as menções à vacina antivariólica ou à vacinação apareceram 213 vezes no período, sendo 206só no 2º semestre. Escolhemos analisar as discussões antes da Revolta também por considerarmos que as ações de vulgarização científica nos jornais contribuíram para a eclosão do movimento. Ao investigar a maneira como a vulgarização da ciência era feita na grande imprensa, foi possível verificar a complexidade da mediação científica no período, marcado pelo conflito geracional entre culturas científicas e pelos embates que envolviam a cidadania, como o direito à liberdade de decisão sobre o próprio corpo. Nos jornais, dentre as ações de comunicar ou de ―traduzir‖a ciência para um público de não especialistas, destacam-se as colunas de dois grupos de ―intelectuais-mediadores‖: o médico e deputado republicano Bricio Filho, no Correio da Manhã; e os médicos da Associação dos Empregados no Commercio do Rio de Janeiro, republicanos e apoiadores da microbiologia,que escreveram na Gazeta de Noticias. Essas colunas nos apontam para a transformação e migração dos espaços de popularização da ciência, que até o século XIX estiveram presentes nos romances científicos, nas conferências, cursos, museus, exposições e nas revistas e jornais especializados. Além disso, os textos nos fazem refletir sobre o tipo de mediação estabelecida na época, que em certo aspecto considerou o diálogo de mão dupla, isto é, a troca com o público-leitor. Por meio desta dissertação, procuramos trazer um novo olhar para a historiografia da Divulgação Científica, que tem identificado a existência de um vazio nas ações de divulgação científica nos anos iniciais do século XX, segundo aponta Luisa Massarani (1998). Buscamos assim contribuir para os estudos na área
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-01-17T14:39:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-01-17T14:39:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SALGADO, Aline Silva. A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904. 2018. 128 f. Dissertação (Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro, 2018
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31112
identifier_str_mv SALGADO, Aline Silva. A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904. 2018. 128 f. Dissertação (Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro, 2018
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31112
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/31112/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/31112/2/dissertacao_aline_salgado.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/31112/3/dissertacao_aline_salgado.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c38474b70c5232076aebde785ab47ec4
2570938626e7ceaa761ab68288641335
ff52c807e5fa657a6700efeade2e4a23
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798325047606116352