Organização da rede no serviço público de saúde: uma análise sobre o acesso para o paciente com diabetes na V Regional de Saúde de Pernambuco

• Autor(a) principal: Moura, Ana Karla de Albuquerque Espinola
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14496
• topic: Acesso aos Serviços de Saúde; Continuidade da Assistência ao Paciente; Regionalização; Acesso aos Serviços de Saúde/organizaçäo & administraçäo; Regionalização; Atenção à Saúde; Diabetes Mellitus

A mudança na lógica do serviço de saúde fragmentado é um processo continuo para transformação no modelo assistencial, reorientando para uma prática de atenção à saúde em forma de rede. O sistema público de saúde deve prestar assistência ao usuário de forma integral, com ações articuladas. Esse aspecto foi o objeto deste estudo, que buscou analisar a organização dos serviços públicos de saúde sobre o acesso para o paciente com diabetes na V regional de saúde de Pernambuco, descrevendo o processo de organização contido nos documentos normativos, analisando a estrutura da rede, com identificação dos elementos convergentes e divergentes que interferem no acesso aos serviços públicos de saúde e elaboração de um fluxograma do acesso, de acordo com o relato dos entrevistados. Utilizou-se um método de abordagem qualitativa, com características de uma pesquisa explicativa, através da análise documental e entrevistas semiestruturadas; o processamento dos dados ocorreu mediante condensação de significados. Os resultados revelaram que existe, por parte do Estado e Município, a formalização de pactos (leis, decretos e portarias) para funcionamento da rede. Contudo, a prática efetiva é desfeita com base na contradição dos discursos dos entrevistados, de acordo com os seguintes aspectos: demanda e oferta nos atendimentos; dificuldade na continuidade da assistência, comprometendo o acesso aos diferentes níveis de complexidade; pouca participação municipal, que interfere no processo de pactuação e coalizão. Dessa forma, verificou-se que serviços de saúde em forma de rede disponibilizada para o paciente diabético, funcionam de forma desarticulada, dificultando o acesso e a continuidade do cuidado, comprometendo o atendimento integral na assistência à saúde.