Experiência, narrativa e práticas infocomunicacionaissobre o cuidado no comportamento suicida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bteshe, Mariana
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12355
Resumo: O presente estudo é uma pesquisa qualitativa que propõe investigar o vivido subjetivo nos comportamentos suicidas e na rede social de proximidade. Partimos do pressuposto de que conhecer esta experiência através dos significados e valores que lhe são socialmente conferidos, pode ser uma ferramenta útil na construção de um saber compartilhado. O objetivo central é compreender como se dá a construção de significados e interpretações, que se desenvolvem a partir de processos comunicativos e interativos, em torno do comportamento suicida. Para tanto, num primeiro momento fizemos uma revisão de literatura de três temas: suicídio e suicidologia, dando ênfase aos aspectos ligados a infocomunicação; rede social e saúde mental; narrativas e experiência de adoecimento/sofrimento. Em um segundo momento, partimos para a pesquisa de campo. Utilizamos como método de coleta de dados o instrumento McGill MINI Narrativa de Adoecimento, uma entrevista semi-estruturada construída para elicitar narrativas de adoecimento/sofrimento Foram entrevistadas onze pessoas. Para análise as narrativas colhidas, aprofundamos o estudo do método antropológico-fenomenológico, tendo como base os seguintes marcos teóricos: comportamento suicida, experiência de adoecimento ou de sofrimento; narrativa de doença; itinerário terapêutico; cuidado e práticas infocomunicacionais. Em reuniões semanais, com o grupo de pesquisa coordenado pelo orientador da tese, os dados qualitativos passaram pelas seguintes fases de análise: exposição ao conteúdo, análise de temas recorrentes, identificação e idiossincrasias e exceções, processo de codificação, negociação de códigos, criação de categorias e submissão das categorias ao material bruto empírico para refinamento Chegamos a cinco categorias pautadas nas seções da MINI: sobre a experiência: o suicídio em cena; sobre a infocomunicação na rede social; sobre causas e explicações; modelos itinerários terapêuticos; impactos sobre a vida. Nossa investigação destaca modelos híbridos e complexos que apontam para este agravo como: um fenômeno simultaneamente coletivo e individual; como uma experiência que pode ser desdobrada em vivências logicamente acessíveis; como um problema de assistência ligado à discussão dos campos de promoção de saúde; e como um modelo privilegiado para o estudo das diferentes combinações entre experiências, saberes e práticas infocomunicacionais utilizadas pelos indivíduos
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Partimos do pressuposto de que conhecer esta experiência através dos significados e valores que lhe são socialmente conferidos, pode ser uma ferramenta útil na construção de um saber compartilhado. O objetivo central é compreender como se dá a construção de significados e interpretações, que se desenvolvem a partir de processos comunicativos e interativos, em torno do comportamento suicida. Para tanto, num primeiro momento fizemos uma revisão de literatura de três temas: suicídio e suicidologia, dando ênfase aos aspectos ligados a infocomunicação; rede social e saúde mental; narrativas e experiência de adoecimento/sofrimento. Em um segundo momento, partimos para a pesquisa de campo. Utilizamos como método de coleta de dados o instrumento McGill MINI Narrativa de Adoecimento, uma entrevista semi-estruturada construída para elicitar narrativas de adoecimento/sofrimento Foram entrevistadas onze pessoas. Para análise as narrativas colhidas, aprofundamos o estudo do método antropológico-fenomenológico, tendo como base os seguintes marcos teóricos: comportamento suicida, experiência de adoecimento ou de sofrimento; narrativa de doença; itinerário terapêutico; cuidado e práticas infocomunicacionais. Em reuniões semanais, com o grupo de pesquisa coordenado pelo orientador da tese, os dados qualitativos passaram pelas seguintes fases de análise: exposição ao conteúdo, análise de temas recorrentes, identificação e idiossincrasias e exceções, processo de codificação, negociação de códigos, criação de categorias e submissão das categorias ao material bruto empírico para refinamento Chegamos a cinco categorias pautadas nas seções da MINI: sobre a experiência: o suicídio em cena; sobre a infocomunicação na rede social; sobre causas e explicações; modelos itinerários terapêuticos; impactos sobre a vida. Nossa investigação destaca modelos híbridos e complexos que apontam para este agravo como: um fenômeno simultaneamente coletivo e individual; como uma experiência que pode ser desdobrada em vivências logicamente acessíveis; como um problema de assistência ligado à discussão dos campos de promoção de saúde; e como um modelo privilegiado para o estudo das diferentes combinações entre experiências, saberes e práticas infocomunicacionais utilizadas pelos indivíduosThis study is a qualitative research that investigates the lived experience in suicidal behaviors and proximity social network. We assume that knowing this experience thr ough the meanings and values that are socially conferred can be a useful tool in building a shared knowledge. The main objective is to understand how the construction of meanings and interpretations, which develop from communicative and interactive proce sses, around the suicidal behavior. Therefore, at first we did a literature review of three themes: suicide and suicidology, with emphasis on aspects related to info - communication, social network and mental health and illness/suffering experience narrative s. In a second step, we used the field research. As method of data collection we adopt the instrument McGill MINI Narrative of illness, a semi - structured interview constructed to elicit narratives of illness/suffering. We interviewed eleven people. To anal yze the narratives collected, we deepen the study of the phenomenological - anthropological method, based on the theoretical frameworks: suicidal behavior, experience of illness or suffering; illness narratives; therapeutic itinerary; infocommunicative care and practices. In weekly meetings with the research group coordinated by the supervisor of the thesis, the qualitative data passed through three stages of analysis: exposure to content analysis, recurrent themes, identify exceptions and idiosyncrasies, enc oding process, negotiation of codes, creating categories and submission of the raw material categories for empirical refinement. We arrived at five categories guided the sections of MINI: about the experience: the suicide scene, the info - communication in s ocial network, about causes, explanations and models, therapeutic itineraries and impacts on life. Our research points to hybrid and complex models that indicate this disorder as a phenomenon both collective and individual; as an experience that can be spl it into logically accessible experiences; assistance as a problem linked to the discussion of the fields of health promotion, and as a privileged model for the study of different combinations of experiences, knowledge and infocommunicative practices used b y individuals.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porExperiência, narrativa e práticas infocomunicacionaissobre o cuidado no comportamento suicidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2013Pós-Graduação em Informação e Comunicação em SaúdeFundação Oswaldo Cruz. 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