Laboratórios no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária: um estudo de casos múltiplos nas cinco regiões do Brasil
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38429 |
Resumo: | O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) objetiva minimizar riscos relativos a produtos e serviços oferecidos à população. Compõe-se de: Agência Nacional de Vigilância Sanitária; serviços de vigilância sanitária estaduais e municipais; laboratórios de saúde pública estaduais; distrital e laboratório federal. A literatura científica é omissa sobre a gestão e a integração desses laboratórios no SNVS. Analisar a gestão dos laboratórios de saúde pública e sua integração ao SNVS discutindo relações e atividades conjuntas com os serviços de vigilância das diferentes esferas de governo, bem como entraves e possibilidades de melhoria. Pesquisa de campo, estudo qualitativo de casos múltiplos eleitos mediante sorteio. Abordaram-se cinco laboratórios estaduais, um em cada região do país, e o laboratório federal, bem como os serviços de vigilância sanitária correspondentes. Com base em um Protocolo de Pesquisa e instrumentos especialmente construídos entrevistaram-se 18 gestores dos laboratórios e dos serviços de vigilância sanitária, realizou-se observação sistemática in loco, pesquisa em sítios oficiais e análise de documentos institucionais. A percepção dos gestores e a relação entre os entes do SNVS, além de aspectos relacionados à estrutura, financiamento e realização das atividades em conjunto foram analisados. Constataram-se casos de trabalho em conjunto (articulação e cooperação) e de desarticulação e conflito. A agregação dos laboratórios estaduais na estrutura da Vigilância em Saúde parece contribuir menos para a integração do que a experiência anterior vivenciada pelo gestor nos dois tipos de serviços e a vigência de programas nacionais de monitoramento. As dificuldades não são exclusividade de um ou outro serviço nem de qualquer das esferas. A participação dos laboratórios nas instâncias definidoras da política nacional de vigilância sanitária é frágil. Os gestores do mesmo laboratório nem sempre concordam sobre a qualidade da relação com a ANVISA e com o serviço correspondente. A integração entre laboratórios e serviços se dá de maneira diferenciada nas regiões. Algumas dificuldades nos estados parecem decorrer da estrutura administrativa das secretarias, não reformadas na sua capacidade e autonomia gerencial. A coordenação da rede de laboratórios pela Anvisa, na opinião dos entrevistados, carece de maior efetividade, e esse pode ser um ponto crucial para o aprimoramento da integração dos laboratórios no SNVS. |
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Analisar a gestão dos laboratórios de saúde pública e sua integração ao SNVS discutindo relações e atividades conjuntas com os serviços de vigilância das diferentes esferas de governo, bem como entraves e possibilidades de melhoria. Pesquisa de campo, estudo qualitativo de casos múltiplos eleitos mediante sorteio. Abordaram-se cinco laboratórios estaduais, um em cada região do país, e o laboratório federal, bem como os serviços de vigilância sanitária correspondentes. Com base em um Protocolo de Pesquisa e instrumentos especialmente construídos entrevistaram-se 18 gestores dos laboratórios e dos serviços de vigilância sanitária, realizou-se observação sistemática in loco, pesquisa em sítios oficiais e análise de documentos institucionais. A percepção dos gestores e a relação entre os entes do SNVS, além de aspectos relacionados à estrutura, financiamento e realização das atividades em conjunto foram analisados. Constataram-se casos de trabalho em conjunto (articulação e cooperação) e de desarticulação e conflito. A agregação dos laboratórios estaduais na estrutura da Vigilância em Saúde parece contribuir menos para a integração do que a experiência anterior vivenciada pelo gestor nos dois tipos de serviços e a vigência de programas nacionais de monitoramento. As dificuldades não são exclusividade de um ou outro serviço nem de qualquer das esferas. A participação dos laboratórios nas instâncias definidoras da política nacional de vigilância sanitária é frágil. Os gestores do mesmo laboratório nem sempre concordam sobre a qualidade da relação com a ANVISA e com o serviço correspondente. A integração entre laboratórios e serviços se dá de maneira diferenciada nas regiões. Algumas dificuldades nos estados parecem decorrer da estrutura administrativa das secretarias, não reformadas na sua capacidade e autonomia gerencial. A coordenação da rede de laboratórios pela Anvisa, na opinião dos entrevistados, carece de maior efetividade, e esse pode ser um ponto crucial para o aprimoramento da integração dos laboratórios no SNVS.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. 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