Comportamento experimental de amostras de Schistosoma mansoni em relação às formas clínicas de esquistossomose: I. Estudo em camundongos
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Data de Publicação: | 1986 |
Outros Autores: | |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/42771 |
Resumo: | Como já descrevemos em publicação anterior (Conceição, 1985), foram isoladas 20 amostras de S. mansoni de pacientes do sexo masculino com idades entre 13 e 30 anos, autóctones do distrito de Capitão Andrade, município de Itanhomi, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Das amostras, seis eram portadores de esquistossomose-infecção (tipo I), seis da forma hepatointestinal (tipo II) e oito da forma hepatoesplênica (tipo III), adaptadas inicialmente, à B. glabrata da mesma área. Cada uma das amostras foi inoculada em 48 camundongos em lotes de 16, respectivamente com 25,50 e 100 cercárias, mantendo-se 12 animais não infectados, com controles. Após 90 dias perfundiu-se o sistema porta de 12 animais (quatro de cada lote). Os animais mortos naturalmente em diversos períodos e a metade de cada lote sacrificada aos 90 e 180 dias foram estudados através dos seguintes parâmetros: 1§) determinação dos pesos de fígado, baço, pulmão e intestino; 2§) contagem de ovos em intestinos (proximal e mediano) e grosso (distal). O número de vermes obtidos pela perfusão nos três grupos em média de 21,9%, 22% e 17,8%% para os tipos I, II e III. A mortalidde natural média dos camundongos submetidos à infecção com 25, 50 e 100 cercárias, foi respectivamente, 12,4%, 23,2% para o grupo I; de 4,7% 19,3% e 22,2% para o grupo II e 11,4%, 29,5% e 41,6% para o grupo III, apresentando-se, portanto, proporcional aos inóculos. O peso dos órgãos dos animais infectados bem como o número de ovos de S. mansoni foi sempre proporcional ao inóculo e a contagem mais elevada nas partes mediana e proximal do intestino nos três grupos. Concluiu-se que não houve correlação entre as formas clínicas da esquistossomose e o comportamento das amostras de S. mansoni em camundongo, ressaltando-se que as alterações parasitológicas encontradas foram proporcionais ao inóculo empregado e ao tempo de infecção, evidenciando os aspectos quantitativos na determinação da doença. |
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Conceição, Mario José daCoura, José Rodrigues2020-08-14T18:03:12Z2020-08-14T18:03:12Z1986CONCEIÇÃO, Maria José da; COURA, José Rodrigues. Comportamento experimental de amostras de Schistosoma mansoni em relação às formas clínicas de esquistossomose: I. Estudo em camundongos. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 81, n. 1, p. 61-66, jan./mar. 1986.0074-0206https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4277110.1590/S0074-027619860001000081678-8060Como já descrevemos em publicação anterior (Conceição, 1985), foram isoladas 20 amostras de S. mansoni de pacientes do sexo masculino com idades entre 13 e 30 anos, autóctones do distrito de Capitão Andrade, município de Itanhomi, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Das amostras, seis eram portadores de esquistossomose-infecção (tipo I), seis da forma hepatointestinal (tipo II) e oito da forma hepatoesplênica (tipo III), adaptadas inicialmente, à B. glabrata da mesma área. Cada uma das amostras foi inoculada em 48 camundongos em lotes de 16, respectivamente com 25,50 e 100 cercárias, mantendo-se 12 animais não infectados, com controles. Após 90 dias perfundiu-se o sistema porta de 12 animais (quatro de cada lote). Os animais mortos naturalmente em diversos períodos e a metade de cada lote sacrificada aos 90 e 180 dias foram estudados através dos seguintes parâmetros: 1§) determinação dos pesos de fígado, baço, pulmão e intestino; 2§) contagem de ovos em intestinos (proximal e mediano) e grosso (distal). O número de vermes obtidos pela perfusão nos três grupos em média de 21,9%, 22% e 17,8%% para os tipos I, II e III. A mortalidde natural média dos camundongos submetidos à infecção com 25, 50 e 100 cercárias, foi respectivamente, 12,4%, 23,2% para o grupo I; de 4,7% 19,3% e 22,2% para o grupo II e 11,4%, 29,5% e 41,6% para o grupo III, apresentando-se, portanto, proporcional aos inóculos. O peso dos órgãos dos animais infectados bem como o número de ovos de S. mansoni foi sempre proporcional ao inóculo e a contagem mais elevada nas partes mediana e proximal do intestino nos três grupos. Concluiu-se que não houve correlação entre as formas clínicas da esquistossomose e o comportamento das amostras de S. mansoni em camundongo, ressaltando-se que as alterações parasitológicas encontradas foram proporcionais ao inóculo empregado e ao tempo de infecção, evidenciando os aspectos quantitativos na determinação da doença.Twenty isolates of Schistosoma mansoni were obtained from patients, all males 13 to 30 years old, autochtonous from the Village of Capitão Andrade, municipality of Itanhomi, state of Minas gerais, where an evolutive study of Manson's schistosomiasis is being performed since 1973. The isolates came from six patients with schistosome-infections (type I0, six with the hepato-instestinal form (type Ii), and eight with the hepaoesplenic form (type III). Each isolate was inoculated in mice divided in three groups of 16, exposed to 25, 50 and 100 cercariae, respectively. Controls were 12 uninfected mice. After 90 days adult worms were recovered from the portal by perfusion, from four mice of each experimental groups. Mice dying at various intervals and half of the rest f mice in each group sacrificed on the 90th and the 180th days were studied according to the following parameters: 1) weight of liver, spleen, lung and instestine; 2) egg count in the small intestine (proximal and medial) and large intestine (distal). The average numbers of worms obtained by perfusion from groups I, II and III were 21.9%, 22% and 17.8% respectively. The average natural mortality rates of mice submitted to infection with 25,50 and 100 cercariae were, respectively, 12.4%, 23.2% and 40.2% for group I,4.7%, 19.5% and 22.2% for group II and 11.4%, 29.5% and 41.6% for group III, being therefore proportional to the inocula. The weight of the organs of the infected animals and the number of S. mansoni eggs was always proportional to the inoculum and the highest number of eggs were found in the median and proximal portion of the intestines in all three groups. The conclusion was the following: there was no correlation between the clinical forms of schistosomiasis and the behaviour of the isolates of S. mansoni in mice, the parasitological alternations being proportional to the inoculum used and the duration of the infection.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Departamento de Medicina Tropical. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Departamento de Medicina Tropical. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzSchistosoma mansoniAmostrasComportamento experimentalFormas clínicasCamundongosSchistosoma mansoniClinical formsBehaviourSchistosoma mansoniMiceComportamento experimental de amostras de Schistosoma mansoni em relação às formas clínicas de esquistossomose: I. Estudo em camundongosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42771/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALMariaJConceição_JRCoura_IOC_1986.pdfMariaJConceição_JRCoura_IOC_1986.pdfapplication/pdf286225https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42771/2/MariaJConcei%c3%a7%c3%a3o_JRCoura_IOC_1986.pdf8324cf8cadfbfc7999c0907e7c3aea62MD52TEXTMariaJConceição_JRCoura_IOC_1986.pdf.txtMariaJConceição_JRCoura_IOC_1986.pdf.txtExtracted texttext/plain6https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42771/3/MariaJConcei%c3%a7%c3%a3o_JRCoura_IOC_1986.pdf.txt6d93d3216dc4a7f5df47d4876fbec4d3MD53icict/427712020-08-15 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Como já descrevemos em publicação anterior (Conceição, 1985), foram isoladas 20 amostras de S. mansoni de pacientes do sexo masculino com idades entre 13 e 30 anos, autóctones do distrito de Capitão Andrade, município de Itanhomi, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Das amostras, seis eram portadores de esquistossomose-infecção (tipo I), seis da forma hepatointestinal (tipo II) e oito da forma hepatoesplênica (tipo III), adaptadas inicialmente, à B. glabrata da mesma área. Cada uma das amostras foi inoculada em 48 camundongos em lotes de 16, respectivamente com 25,50 e 100 cercárias, mantendo-se 12 animais não infectados, com controles. Após 90 dias perfundiu-se o sistema porta de 12 animais (quatro de cada lote). Os animais mortos naturalmente em diversos períodos e a metade de cada lote sacrificada aos 90 e 180 dias foram estudados através dos seguintes parâmetros: 1§) determinação dos pesos de fígado, baço, pulmão e intestino; 2§) contagem de ovos em intestinos (proximal e mediano) e grosso (distal). O número de vermes obtidos pela perfusão nos três grupos em média de 21,9%, 22% e 17,8%% para os tipos I, II e III. A mortalidde natural média dos camundongos submetidos à infecção com 25, 50 e 100 cercárias, foi respectivamente, 12,4%, 23,2% para o grupo I; de 4,7% 19,3% e 22,2% para o grupo II e 11,4%, 29,5% e 41,6% para o grupo III, apresentando-se, portanto, proporcional aos inóculos. O peso dos órgãos dos animais infectados bem como o número de ovos de S. mansoni foi sempre proporcional ao inóculo e a contagem mais elevada nas partes mediana e proximal do intestino nos três grupos. Concluiu-se que não houve correlação entre as formas clínicas da esquistossomose e o comportamento das amostras de S. mansoni em camundongo, ressaltando-se que as alterações parasitológicas encontradas foram proporcionais ao inóculo empregado e ao tempo de infecção, evidenciando os aspectos quantitativos na determinação da doença. |
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