Doenças negligenciadas, comunicação negligenciada: apontamentos para uma pauta política e de pesquisa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Inesita Soares de
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Moreira, Adriano de Lavor, Aguiar, Raquel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17309
Resumo: O artigo objetiva discutir as relações entre comunicação e negligenciamento, a partir de seu imbricamento na saúde coletiva, particularmente pelo conceito de doenças negligenciadas. Situa-se num conjunto de preocupações científico-acadêmicas e políticas sobre o tema da invisibilidade e do seu reverso, a visibilidade como problemas de saúde e de comunicação. Seu argumento apóia-se nas afirmações: a comunicação é evidência e fator determinante do negligenciamento, devendo estar entre os indicadores que caracterizam uma doença negligenciada; a comunicação pode ser considerada negligenciada quando persevera nos velhos modelos e práticas, age de forma centralizada, privilegia exclusivamente a fala institucional, ignora os contextos, é tratada como informação e não como interlocução; a comunicação negligenciada nega princípios do Sistema Único de Saúde. A abordagem contempla a caracterização das doenças negligenciadas; a visibilidade como uma característica constitutiva dos tempos atuais; a relação entre invisibilidade, negligência e cuidado; a caracterização do que se entende como “comunicação negligenciada”; a relação entre comunicação, negligenciamento e princípios do SUS. Conclui-se que a comunicação de que precisamos para garantir o direito à saúde necessita promover o reconhecimento daquilo e daqueles que não estão em cena.Palavras-chaves: Comunicação e Saúde; Doenças negligenciadas; Desigualdades em saúde; Saúde coletiva; SUS.
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Seu argumento apóia-se nas afirmações: a comunicação é evidência e fator determinante do negligenciamento, devendo estar entre os indicadores que caracterizam uma doença negligenciada; a comunicação pode ser considerada negligenciada quando persevera nos velhos modelos e práticas, age de forma centralizada, privilegia exclusivamente a fala institucional, ignora os contextos, é tratada como informação e não como interlocução; a comunicação negligenciada nega princípios do Sistema Único de Saúde. A abordagem contempla a caracterização das doenças negligenciadas; a visibilidade como uma característica constitutiva dos tempos atuais; a relação entre invisibilidade, negligência e cuidado; a caracterização do que se entende como “comunicação negligenciada”; a relação entre comunicação, negligenciamento e princípios do SUS. Conclui-se que a comunicação de que precisamos para garantir o direito à saúde necessita promover o reconhecimento daquilo e daqueles que não estão em cena.Palavras-chaves: Comunicação e Saúde; Doenças negligenciadas; Desigualdades em saúde; Saúde coletiva; SUS.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porFundação Oswaldo Cruz. 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