Longevidade e custo da assistência: o desafio da gestão de um plano de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Jose Antonio Diniz de
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Ribeiro, José Mendes, Emmerick, Isabel Cristina Martins, Luiza, Vera Lucia
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38335
Resumo: Com o envelhecimento e o aumento da prevalência das doenças crônicas aumenta a demanda, por períodos mais longos, de tratamentos (em especial internações) e por tecnologias cada vez mais onerosas, uma combinação que pressiona de forma significativa os custos. Objetivou-se analisar a relação entre o custo da assistência e o envelhecimento da população assistida por um plano de autogestão que atende a comunidade de servidores de uma empresa pública e refletir sobre como enfrentar esse desafio. Trata-se de um estudo descritivo a partir de dados secundários de um plano de saúde com 15.000 vidas, com 25,7% de idosos (> 60 anos) e que possui beneficiários em todas as UF do País. Levantou-se o custo assistencial médio per capita (PC) no ano de 2016 de todas as UF, a fim de verificar a posição relativa do Rio de Janeiro. A fim de mostrar o impacto percentual sobre o custo da assistência provocado pelo envelhecimento os valores de custo PC foram multiplicados pela composição etária dos últimos 5, 10 e 20 anos, consideradas constantes as demais variáveis, para que se evidencie apenas o efeito do envelhecimento. Em 2016, a média de idade dos assistidos era de 43 anos (37,4 anos no setor suplementar em geral). Em 20 anos, a população de 0-18 anos teve variação negativa de 30,9%. Os idosos variaram positivamente 55,5% e os mais idosos (> 80 anos), 332,8%. Mantidas as demais condições do sistema de saúde só a mudança do perfil etário elevaria o custo da assistência em 6,55% (em 5 anos); 18,21% (10 anos) e 40,61% (20 anos). A maioria da população (84,3%) localiza-se no Rio de Janeiro, onde há ampla oferta de serviços médicos. Se as despesas forem similares ao do plano nacional de autogestão utilizado para comparação, é possível concluir que a concentração populacional se dá na UF de maior custo PC do País.Conclusões/ConsideraçõesA conjunção de população pequena (15.000 vidas), idosa e concentrada no Estado do Rio de Janeiro (maior custo per capita do País) torna imperativa a adoção de uma nova forma de assistência, apoiada em programas preventivos que mitiguem os fatores de risco das doenças crônicas, sob pena de a assistência prestada não se sustentar financeiramente.
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Trata-se de um estudo descritivo a partir de dados secundários de um plano de saúde com 15.000 vidas, com 25,7% de idosos (> 60 anos) e que possui beneficiários em todas as UF do País. Levantou-se o custo assistencial médio per capita (PC) no ano de 2016 de todas as UF, a fim de verificar a posição relativa do Rio de Janeiro. A fim de mostrar o impacto percentual sobre o custo da assistência provocado pelo envelhecimento os valores de custo PC foram multiplicados pela composição etária dos últimos 5, 10 e 20 anos, consideradas constantes as demais variáveis, para que se evidencie apenas o efeito do envelhecimento. Em 2016, a média de idade dos assistidos era de 43 anos (37,4 anos no setor suplementar em geral). Em 20 anos, a população de 0-18 anos teve variação negativa de 30,9%. Os idosos variaram positivamente 55,5% e os mais idosos (> 80 anos), 332,8%. Mantidas as demais condições do sistema de saúde só a mudança do perfil etário elevaria o custo da assistência em 6,55% (em 5 anos); 18,21% (10 anos) e 40,61% (20 anos). A maioria da população (84,3%) localiza-se no Rio de Janeiro, onde há ampla oferta de serviços médicos. Se as despesas forem similares ao do plano nacional de autogestão utilizado para comparação, é possível concluir que a concentração populacional se dá na UF de maior custo PC do País.Conclusões/ConsideraçõesA conjunção de população pequena (15.000 vidas), idosa e concentrada no Estado do Rio de Janeiro (maior custo per capita do País) torna imperativa a adoção de uma nova forma de assistência, apoiada em programas preventivos que mitiguem os fatores de risco das doenças crônicas, sob pena de a assistência prestada não se sustentar financeiramente.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica. 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