Relações clonais entre Pseudomonas aeruginosa multidroga resistentes de origem clínica e do efluente hospitalar
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36334 |
Resumo: | O lançamento de efluentes hospitalares, sem pré-tratamento adequado, em corpos receptores, é motivo de preocupação devido à disseminação de poluentes químicos e biológicos aos corpos receptores. A presença de Pseudomonas aeruginosa multidroga resistentes está associada à sua ampla colonização nos hospitais e consequentemente nos efluentes e ao meio ambiente. O objetivo deste estudo foi investigar a relação clonal entre os isolados de Pseudomonas aeruginosa de origem clínica e do efluente hospitalar, e a possível associação clonal à diminuição da susceptibilidade aos antibióticos, principalmente em relação aos beta-lactâmicos. Cento e setenta e sete isolados de P. aeruginosa recuperados do hospital (n=136) e seu efluente (n=41), foram identificados fenotipicamente e certificados pela amplificação do gene 16S rRNA. Quanto ao perfil de susceptibilidade, os isolados foram analisados frente a 17 antibióticos pelo Método de disco difusão. Dos 41 isolados da ETEH, 88% foram resistentes à fosfomicina, seguidos por ticarcilina/ácido clavulânico (71%) e ceftriaxona (63%). Os 136 isolados clínicos apresentaram maior valor de resistência a fosfomicina (100%), seguido por cefotaxima (79%) e ceftriaxona (76%). A produção de beta-lactamase foi verificada por meio de cultivo em Chromoagar – ESBL e pelo teste de Carba NP. Os genes codificadores de ESBL (blaPER, blaVEB, blaSHV, blaCTX-M-1, blaCTX-M-2, blaCTX-M-8, blaCTX-M-9, blaCTX-M-25, blaTEM e blaGES), de MBL (blaIMP, blaVIM, blaSPM e blaNDM) e de KPC (blaKPC) foram detectados pela PCR. Cento e onze isolados (63%) resistentes a pelo menos um antibiótico pertencente a três ou mais classes foram classificados como multirresistentes. Destes, 37 (33%) foram classificados como Multidroga Resistentes (MDR) e 74 (67%) Extensivamente Droga Resistentes (XDR). A relação genética dos isolados foi determinada através da ERIC-PCR e MLST, agrupando em 69 perfis distintos (HMLJ (n=49; ETEH (n=20)) e 51 ST (HMLJ (n=36); ETEH (n=15)), respectivamente. O ST 244 foi o único presente nos dois ambientes analisados. Os dados gerados a partir da árvore de MST, com isolados dos dois ambientes, mostraram que o ST595 e o ST1941 compartilham cinco alelos idênticos com o ST244 e devem ser incluídos no Complexo Clonal 244 (CC244). O CC244 demonstrou grande potencial patogênico deste clone por carrear cepas MDR e XDR de diferentes fontes, tais como clínica, água e efluente hospitalar. Nossos resultados nos permitem concluir que o tratamento terciário dispensado ao efluente hospitalar não foi totalmente eficiente, uma vez que foi demonstrado um aumento de linhagens XDR no efluente tratado. A grande diversidade genética de Pseudomonas aeruginosa recuperadas do hospital e seu efluente, constantemente liberadas no sistema aquático, contribui com a disseminação de genes de resistência entre microrganismos que compartilham o mesmo meio. Estas linhagens contribuem para a disseminação de microrganismos e genes de resistência podendo gerar impactos negativos ao meio ambiente e à saúde humana. |
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Miranda, Catia Aparecida Chaia deFilippis, Ivano deAlmeida, Antonio Eugenio Castro Cardoso deMartins, Orlando BonifácioCardoso, Alexander MachadoClementino, Maysa Beatriz Mandettade Filippis, IvanoClementino, Maysa Beatriz Mandetta2019-10-10T14:20:34Z2019-10-10T14:20:34Z2015MIRANDA, C. A. C. Relações clonais entre Pseudomonas aeruginosa multidroga resistentes de origem clínica e do efluente hospitalar. 2015. 183 f. Tese (Doutorado em Vigilância Sanitária)-Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36334O lançamento de efluentes hospitalares, sem pré-tratamento adequado, em corpos receptores, é motivo de preocupação devido à disseminação de poluentes químicos e biológicos aos corpos receptores. A presença de Pseudomonas aeruginosa multidroga resistentes está associada à sua ampla colonização nos hospitais e consequentemente nos efluentes e ao meio ambiente. O objetivo deste estudo foi investigar a relação clonal entre os isolados de Pseudomonas aeruginosa de origem clínica e do efluente hospitalar, e a possível associação clonal à diminuição da susceptibilidade aos antibióticos, principalmente em relação aos beta-lactâmicos. Cento e setenta e sete isolados de P. aeruginosa recuperados do hospital (n=136) e seu efluente (n=41), foram identificados fenotipicamente e certificados pela amplificação do gene 16S rRNA. Quanto ao perfil de susceptibilidade, os isolados foram analisados frente a 17 antibióticos pelo Método de disco difusão. Dos 41 isolados da ETEH, 88% foram resistentes à fosfomicina, seguidos por ticarcilina/ácido clavulânico (71%) e ceftriaxona (63%). Os 136 isolados clínicos apresentaram maior valor de resistência a fosfomicina (100%), seguido por cefotaxima (79%) e ceftriaxona (76%). A produção de beta-lactamase foi verificada por meio de cultivo em Chromoagar – ESBL e pelo teste de Carba NP. Os genes codificadores de ESBL (blaPER, blaVEB, blaSHV, blaCTX-M-1, blaCTX-M-2, blaCTX-M-8, blaCTX-M-9, blaCTX-M-25, blaTEM e blaGES), de MBL (blaIMP, blaVIM, blaSPM e blaNDM) e de KPC (blaKPC) foram detectados pela PCR. Cento e onze isolados (63%) resistentes a pelo menos um antibiótico pertencente a três ou mais classes foram classificados como multirresistentes. Destes, 37 (33%) foram classificados como Multidroga Resistentes (MDR) e 74 (67%) Extensivamente Droga Resistentes (XDR). A relação genética dos isolados foi determinada através da ERIC-PCR e MLST, agrupando em 69 perfis distintos (HMLJ (n=49; ETEH (n=20)) e 51 ST (HMLJ (n=36); ETEH (n=15)), respectivamente. O ST 244 foi o único presente nos dois ambientes analisados. Os dados gerados a partir da árvore de MST, com isolados dos dois ambientes, mostraram que o ST595 e o ST1941 compartilham cinco alelos idênticos com o ST244 e devem ser incluídos no Complexo Clonal 244 (CC244). 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Distribution of multidrug resistant Pseudomonas aeruginosa is associated with a broad colonization in hospitals and subsequent transmission to the effluents and the environment. The aim of this study was to investigate the clonal relationship among Pseudomonas aeruginosa isolates from clinical origin and hospital sewage, and the potential clonal association with decreased susceptibility to antibiotics, especially for β-lactams. One hundred seventy-seven isolates of P. aeruginosa, recovered from a hospital (n=136) and its HWTP (n=41), were identified phenotypically and confirmed by amplification of the 16S rRNA gene. Susceptibility profiles of isolates were analyzed against 17 antibiotics by disk diffusion Method. Of the 41 isolates of HWTP, 88% were resistant to fosfomycin, followed by ticarcillin/clavulanic acid (71%) and ceftriaxone (63%). One hundred thirty-six clinical isolates had greater value of resistance to fosfomycin (100%), followed by cefotaxime (79%) and ceftriaxone (76%). Production of beta-lactamase was investigated by screening in Chromoagar - ESBL and Carba NP test. Genes encoding ESBL (blaPER, blaVEB, blaSHV, blaCTX-M-1, blaCTX-M-2, blaCTX-M-8, blaCTX-M-9, blaCTX-M-25, blaTEM and blaGES), MBL (blaIMP, blaVIM, blaSPM and blaNDM) and KPC (blaKPC) were screened by PCR. One hundred and eleven isolated (63%) were resistant to at least one antibiotic belonging to three or more classes and were classified as multiresistant. Thirty seven (33%) were classified as MDR and 74 (67%) XDR. Genetic relationships of the isolates were determined by ERIC-PCR and MLST, clustering into 69 distinct profile (Hospital (n=49; HWTP (n=20)) and 51 ST (Hospital (n=36); HWTP (n=15)), respectively. Sequence Type 244 was the only ST present in both environments analyzed. Data generated from the MLST tree with isolates from the two environments showed that ST595 and ST1941 share five identical alleles with ST244 and should be included in Clonal Complex 244 (CC244). CC244 showed a great pathogenic potential carrying MDR and XDR strains from different sources such as clinical, water and hospital effluent. Our findings allow us to conclude that the tertiary treatment dispensed to the hospital effluents was not very efficient, because of the high proportion of XDR strains found in treated effluent. The great genetic diversity of Pseudomonas aeruginosa recovered from the hospital and its effluent, constantly released into the water system, contributes to the spread of resistance genes between organisms sharing the same environment. These strains contribute to the spread of microorganisms and resistance genes, which may generate negative impacts on the environment and human health.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porPseudomonas aeruginosaMultidroga ResistenteAmbiente HospitalarEfluente HospitalarComplexo ClonalMultilocus Sequence TypingPseudomonas aeruginosaMultidrug-resistantHospital environmentHospital EffluentClonal ComplexMultilocus Sequence TypingPseudomonas aeruginosaGenes MDRResistência a Múltiplos MedicamentosTipagem de Sequências MultilocusResíduos de Serviços de SaúdeÁguas ResiduáriasRelações clonais entre Pseudomonas aeruginosa multidroga resistentes de origem clínica e do efluente hospitalarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2015-12-16Coordenação de Pós GraduaçãoFundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em SaúdeRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Vigilância Sanitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36334/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALTese_Catia_ Aparecida_Chaia_Miranda.pdfTese_Catia_ Aparecida_Chaia_Miranda.pdfapplication/pdf7790102https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36334/2/Tese_Catia_%20Aparecida_Chaia_Miranda.pdff40378f908acd0b91b42360c99680700MD52Tese_Catia_ Aparecida_Chaia_Miranda.pdfTese_Catia_ Aparecida_Chaia_Miranda.pdfapplication/pdf7790102https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36334/3/Tese_Catia_%20Aparecida_Chaia_Miranda.pdff40378f908acd0b91b42360c99680700MD53TEXTTese_Catia_ Aparecida_Chaia_Miranda.pdf.txtTese_Catia_ Aparecida_Chaia_Miranda.pdf.txtExtracted texttext/plain458551https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36334/4/Tese_Catia_%20Aparecida_Chaia_Miranda.pdf.txt428dbd9764cd4e4e0d458b1cfbf6a7a3MD54icict/363342019-10-11 02:02:12.909oai:www.arca.fiocruz.br:icict/36334Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-10-11T05:02:12Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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