Endocardite infecciosa: o que mudou na última década?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salgado, Ângelo A.
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Lamas, Cristiane C., Bóia, Márcio N.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36175
Resumo: Cristiane C. Lamas. Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Documento produzido em parceria ou por autor vinculado à Fiocruz, mas não consta a informação no documento.
id CRUZ_59242d4e9f5577c385150f694ef1f97a
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/36175
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Salgado, Ângelo A.Lamas, Cristiane C.Bóia, Márcio N.2019-10-04T14:48:08Z2019-10-04T14:48:08Z2013SALGADO, Ângelo A.; LAMAS, Cristiane C.; BÓIA, Márcio N. Endocardite infecciosa: o que mudou na última década? Revista HUPE, v. 12, supl. 1, p. 100-109, 2013.2674-8207https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3617510.12957/rhupe.2013.7088Cristiane C. Lamas. Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Documento produzido em parceria ou por autor vinculado à Fiocruz, mas não consta a informação no documento.A endocardite infecciosa (EI) é uma doença de alta morbidade e letalidade, apesar do avanço no diagnóstico clínico, do advento de novos tipos de antibióticos e do aperfeiçoamento de técnicas cirúrgicas. A padronização de critérios clínicos e laboratoriais de diagnóstico e a uniformização de condutas terapêuticas são estratégicas para melhorar o impacto da doença. Um achado importante na patogenia da EI é a lesão endotelial por turbulência do fluxo sanguíneo, seja o gerado por uma valva defeituosa (reumática, valva aórtica bicúspide, prótese valvar disfuncionante), ou por anomalia congênita (comunicação interventricular, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, coarctação aórtica). A presença de dispositivos intracardíacos, como marcapassos e desfibriladores implantáveis, pode servir como suporte para a fixação de trombos e vegetações. Nas EIs são acometidas mais comumente as valvas mitral (40%) e aórtica (34%), seguida pelo acometimento de ambas. As infecções das valvas tricúspide e/ou pulmonar ocorrem mais em usuários de drogas endovenosas e como complicação relacionada à infecção de cateter vascular profundo. A valva pulmonar é raramente acometida. As vegetações são avascularizadas, tornando o tratamento difícil pelo baixo acesso dos antibióticos aos micro-organismos, o que exige tempo de tratamento prolongado e alta concentração sérica de antibióticos administrados por via parenteral. O ecocardiograma transtorácico (ETT) e o transesofágico (ETE) são de extrema importância para o diagnóstico, prognóstico, avaliação de complicações e para o seguimento dos pacientes com EI. Na presença de valvas degeneradas, calcificadas ou na presença de próteses mecânicas ou dispositivos intracardíacos, a utilização do ETE é de escolha para a visualização de vegetações. Propõem-se esquemas terapêuticos para as diferentes apresentações clínicas da endocardite, com base no agente etiológico provável e, quando possível, no agente isolado, utilizando-se protocolos internacionais de tratamento e adaptando-os ao contexto brasileiro.nfective endocarditis (IE) remains a disease with high morbidity and mortality despite advances in clinical diagnosis, in the development of new antibiotics and in improvement in surgical techniques. Standardizing clinical and laboratory diagnostic criteria and establishing treatment protocols are strategies that improve disease impact. An important finding in the pathogenesis of IE is endothelial lesion caused by turbulent blood flow, may it be that generated by a defective valve (rheumatic valve, bicuspid aortic valve, malfunctioning valve prosthesis), by a congenital defect (interventricular septum, hypertrophic cardiomyopathy, aortic coarctation). The presence of intracardiac devices, such as pacemakers or implanted defibrillators, may serve as surfaces that promote adherence of thrombi and development of vegetations. Valves most often affected in IE are the mitral valve (40%) and the aortic valve (34%), followed by concomitant affection of both. Tricuspid and/or pulmonary valve IE occurs more often in intravenous drug users and as a complication of deep venous catheter blood stream infection. The pulmonary valve is seldom affected. Vegetations are avascular structures, making treatment difficult due to the low concentrations that reach microorganisms. This demands prolonged administration and a high serum concentration of antibiotics, administered parenterally. Transthoracic echocardiograms (TTE) and transesophageal echocardiograms (TEE) are extremely important for diagnosis, prognosis, assessment of complications and for patient follow up. In the presence of degenerative valve disease, calcification or prosthetic valves, and intravascular devices, TEE is the method of choice for best evaluation of vegetations. Treatment protocols are proposed for the different clinical presentations of endocarditis, based on the most likely etiological agent or the isolated microorganism, when possible. These are based on international treatment guidelines, adapted to the Brazilian scenario. Emphasis is placed on the importance of intravascular access for prolonged antibiotic treatment.Sem afiliação.Sem afiliação.Sem afiliação.engUniversidade do Estado do Rio de JaneiroEndocarditeValvas cardíacasEcocardiografiaAntibacterianosEndocarditisHeart valvesEchocardiographyAnti-bacterial agentsEndocardite infecciosa: o que mudou na última década?Infective endocarditis: what has changed in the last decade?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36175/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Salgado_Ângelo_etal_INI_2013.pdfve_Salgado_Ângelo_etal_INI_2013.pdfapplication/pdf448506https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36175/2/ve_Salgado_%c3%82ngelo_etal_INI_2013.pdfecdc470b723c28d70f2a8810cb63288dMD52TEXTve_Salgado_Ângelo_etal_INI_2013.pdf.txtve_Salgado_Ângelo_etal_INI_2013.pdf.txtExtracted texttext/plain35482https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36175/3/ve_Salgado_%c3%82ngelo_etal_INI_2013.pdf.txt668b6892e6d542d1de20faa3cfed09d3MD53icict/361752019-10-06 11:22:32.582oai:www.arca.fiocruz.br:icict/36175Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-10-06T14:22:32Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Endocardite infecciosa: o que mudou na última década?
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Infective endocarditis: what has changed in the last decade?
title Endocardite infecciosa: o que mudou na última década?
spellingShingle Endocardite infecciosa: o que mudou na última década?
Salgado, Ângelo A.
Endocardite
Valvas cardíacas
Ecocardiografia
Antibacterianos
Endocarditis
Heart valves
Echocardiography
Anti-bacterial agents
title_short Endocardite infecciosa: o que mudou na última década?
title_full Endocardite infecciosa: o que mudou na última década?
title_fullStr Endocardite infecciosa: o que mudou na última década?
title_full_unstemmed Endocardite infecciosa: o que mudou na última década?
title_sort Endocardite infecciosa: o que mudou na última década?
author Salgado, Ângelo A.
author_facet Salgado, Ângelo A.
Lamas, Cristiane C.
Bóia, Márcio N.
author_role author
author2 Lamas, Cristiane C.
Bóia, Márcio N.
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Salgado, Ângelo A.
Lamas, Cristiane C.
Bóia, Márcio N.
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Endocardite
Valvas cardíacas
Ecocardiografia
Antibacterianos
topic Endocardite
Valvas cardíacas
Ecocardiografia
Antibacterianos
Endocarditis
Heart valves
Echocardiography
Anti-bacterial agents
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Endocarditis
Heart valves
Echocardiography
Anti-bacterial agents
description Cristiane C. Lamas. Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Documento produzido em parceria ou por autor vinculado à Fiocruz, mas não consta a informação no documento.
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-10-04T14:48:08Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-10-04T14:48:08Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SALGADO, Ângelo A.; LAMAS, Cristiane C.; BÓIA, Márcio N. Endocardite infecciosa: o que mudou na última década? Revista HUPE, v. 12, supl. 1, p. 100-109, 2013.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36175
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 2674-8207
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.12957/rhupe.2013.7088
identifier_str_mv SALGADO, Ângelo A.; LAMAS, Cristiane C.; BÓIA, Márcio N. Endocardite infecciosa: o que mudou na última década? Revista HUPE, v. 12, supl. 1, p. 100-109, 2013.
2674-8207
10.12957/rhupe.2013.7088
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36175
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade do Estado do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36175/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36175/2/ve_Salgado_%c3%82ngelo_etal_INI_2013.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36175/3/ve_Salgado_%c3%82ngelo_etal_INI_2013.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
ecdc470b723c28d70f2a8810cb63288d
668b6892e6d542d1de20faa3cfed09d3
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1813009146699579392