O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39639 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo compreender o cuidado em saúde de mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da região do Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil, sob o ponto de vista da atividade humana e da filosofia da práxis. Para a realização desta pesquisa, utilizamos o aporte metodológico da pesquisa qualitativa e os instrumentos da observação participante e da entrevista semiestruturada. Foram entrevistadas nove mulheres, sendo a maioria, integrantes do setor de saúde do MST. Estes dados se somaram aos previamente coletados por ocasião da pesquisa de mestrado. Para analise dos resultados foi utilizada análise de conteúdo construtiva interpretativa. Para seu desenvolvimento, utilizamos os aportes teóricos da ergologia e da filosofia da práxis, em diálogo com os conceitos de cuidado em saúde e medicina alternativa e complementar (MAC). A ergologia compreende a atividade do trabalho como realidade humana complexa, um processo no qual circulam valores e saberes que possibilitam a instituição de novas normas ao meio. A filosofia da práxis, por sua vez, constrói um conceito filosófico da atividade prática e propõe-se a atuar como guia filosófico dos processos de transformação da realidade. Os principais resultados evidenciam que o cuidado desenvolvido pelas mulheres do MST envolve o domínio dos saberes constituídos, que se expressa no acolhimento, na escuta qualificada e na apropriação dos recursos da MAC, em diálogo com a dimensão gestionária da atividade, no que tange ao cuidado de um paciente singular. Entre os valores que orientam o trabalho de cuidado destacamos o cuidado como possibilidade de fortalecimento de quem cuida, a crítica aos processos de medicalização social, a promoção da autonomia e da solidariedade, a preferência pelos recursos da natureza e por técnicas de fácil manejo. Tais valores, entretanto, esbarram nas limitações do meio que desaceleram o agir competente. Entre os motivos que levaram as mulheres a se engajarem no trabalho de cuidados, destacam-se a socialização familiar desses saberes, a necessidade própria de saúde ou de familiares e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Chama atenção a mobilização das mulheres para o trabalho de cuidados, expressando um diálogo com o meio que elas buscam recortar como seu, bem como a necessidade de maior aprendizado sobre os saberes do cuidado. Cada cuidadora apresenta sua contribuição que se complementa e se integra no trabalho coletivo, a partir das sinergias das entidades coletivas relativamente pertinentes. Observou-se a presença de uma dimensão formativa que se inscreve no setor de saúde, que proporciona a socialização e a produção dos saberes de cuidado, bem como formação de um novo sujeito sociocultural. A validação dos saberes de cuidado desenvolve-se a partir de um uso popular no contexto do movimento social que legitima e confere status a estes saberes, com base na eficácia instituída pela práxis. Por tanto, este é um processo que perpassa pelo reconhecimento dessas mulheres como sujeitas da práxis. |
id |
CRUZ_5a8701e777ee1b4a4c272bdc763cb6d2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/39639 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Rückert, BiancaCunha, Daisy MoreiraModena, Celina MariaPena, Érica DumontSantos, Geraldo Márcio Alves dosHeller, LéoRoseno, Sônia MariaModena, Celina Maria2020-01-30T16:13:00Z2020-01-30T16:13:00Z2018RÜCKERT, Bianca. O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis. 2018. 192 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Instituto René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39639Este estudo teve como objetivo compreender o cuidado em saúde de mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da região do Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil, sob o ponto de vista da atividade humana e da filosofia da práxis. Para a realização desta pesquisa, utilizamos o aporte metodológico da pesquisa qualitativa e os instrumentos da observação participante e da entrevista semiestruturada. Foram entrevistadas nove mulheres, sendo a maioria, integrantes do setor de saúde do MST. Estes dados se somaram aos previamente coletados por ocasião da pesquisa de mestrado. Para analise dos resultados foi utilizada análise de conteúdo construtiva interpretativa. Para seu desenvolvimento, utilizamos os aportes teóricos da ergologia e da filosofia da práxis, em diálogo com os conceitos de cuidado em saúde e medicina alternativa e complementar (MAC). A ergologia compreende a atividade do trabalho como realidade humana complexa, um processo no qual circulam valores e saberes que possibilitam a instituição de novas normas ao meio. A filosofia da práxis, por sua vez, constrói um conceito filosófico da atividade prática e propõe-se a atuar como guia filosófico dos processos de transformação da realidade. Os principais resultados evidenciam que o cuidado desenvolvido pelas mulheres do MST envolve o domínio dos saberes constituídos, que se expressa no acolhimento, na escuta qualificada e na apropriação dos recursos da MAC, em diálogo com a dimensão gestionária da atividade, no que tange ao cuidado de um paciente singular. Entre os valores que orientam o trabalho de cuidado destacamos o cuidado como possibilidade de fortalecimento de quem cuida, a crítica aos processos de medicalização social, a promoção da autonomia e da solidariedade, a preferência pelos recursos da natureza e por técnicas de fácil manejo. Tais valores, entretanto, esbarram nas limitações do meio que desaceleram o agir competente. Entre os motivos que levaram as mulheres a se engajarem no trabalho de cuidados, destacam-se a socialização familiar desses saberes, a necessidade própria de saúde ou de familiares e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Chama atenção a mobilização das mulheres para o trabalho de cuidados, expressando um diálogo com o meio que elas buscam recortar como seu, bem como a necessidade de maior aprendizado sobre os saberes do cuidado. Cada cuidadora apresenta sua contribuição que se complementa e se integra no trabalho coletivo, a partir das sinergias das entidades coletivas relativamente pertinentes. Observou-se a presença de uma dimensão formativa que se inscreve no setor de saúde, que proporciona a socialização e a produção dos saberes de cuidado, bem como formação de um novo sujeito sociocultural. A validação dos saberes de cuidado desenvolve-se a partir de um uso popular no contexto do movimento social que legitima e confere status a estes saberes, com base na eficácia instituída pela práxis. Por tanto, este é um processo que perpassa pelo reconhecimento dessas mulheres como sujeitas da práxis.This study aimed to understand the health care of women from the Landless Workers Movement (MST) of the Vale do Rio Doce region of Minas Gerais, Brazil, from the point of view of human activity and the philosophy of praxis. For the accomplishment of this research, we used the methodological contribution of the qualitative research and the instruments of the participant observation and semi-structured interview. Nine women were interviewed, most of them members of the MST health sector. To these data were added to those previously collected on the occasion of the master's research. For the results analysis it was used interpretive constructive content analysis. For its development, we used the theoretical contributions of ergology and praxis philosophy, in dialogue with the concepts of health care and alternative and complementary medicine (ACM). The ergology understand the work activity as a complex human reality, a process in which values and knowledge circulate allowing the institution of new standarts in the environment. The Philosophy of Praxis, on the other hand, constructs a philosophical concept of the practical activity and proposes to act as a philosophical guide for the processes of reality transformation. The main results show that the care developed by women in the MST involves the mastery of knowledge, which is expressed in the reception, qualified listening and appropriation of ACM resources, in dialogue with the management dimension of the activity, regarding the care of a single patient. Among the values that guide the work of care, we emphasize care as a possibility to strengthen the one who cares, to criticize the social medicalization processes, to promote autonomy and solidarity, and to understand the nature and the technique of easy handling. Such values, however, stamble in the environment constraints which slow down the action competence. Among the reasons that led the women to engage in care work include, family socialization of these knowledges, the need for their own or relatives’ health and the difficulty of access to health services. Draws attention the mobilization of women for the care work, expressing a dialogue with the environment they seek to cut as their own, as well as the need for a greater learning about the care knowledge. Each caregiver presents their contribution that integrates and complements the collective work, based on the synergies of the relatively relevant collective entities. It was observed the presence of a formative dimension that is inscribed in the health sector, providing the socialization and the production of the care knowledge, as well as the formation of a new sociocultural subject. The validation of care knowledge develops from a popular use in the context of the social movement that legitimates and gives status to these knowledge, based on the effectiveness instituted by praxis. Therefore, this is a process that passes through the recognition of these women as subjects of praxis.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Brasil (CAPES)Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porAtenção à SaúdeSaúde do Trabalhador RuralTerapias Complementares/utilizaçãoO cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2018Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, BrasilUniversidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, BrasilUniversidade Estadual Paulista. São Paulo, SP, BrasilBelo Horizonte, MGPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto René Rachouinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39639/1/license.txt9193a7c197bc67acd023525e72a03240MD51ORIGINAL21 - Bianca Rückert.pdf21 - Bianca Rückert.pdfapplication/pdf1712944https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39639/2/21%20-%20Bianca%20R%c3%bcckert.pdfad34b73aa46a8230dd633ea051d1d47cMD52TEXT21 - Bianca Rückert.pdf.txt21 - Bianca Rückert.pdf.txtExtracted texttext/plain531730https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39639/3/21%20-%20Bianca%20R%c3%bcckert.pdf.txt63fe39f60f0c9f20ae92ccd5ce88a1abMD53icict/396392020-02-03 21:25:26.713oai:www.arca.fiocruz.br:icict/39639Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUw0KDQpOdXppYSBTYW50b3MsIENQRjogNjM1LjA2NC41OTYtMDAsIHZpbmN1bGFkbyBhIENQcVJSIC0gQ2VudHJvIGRlIFBlc3F1aXNhcyBSZW7DqSBSYWNob3UKCkFvIGFjZWl0YXIgb3MgVEVSTU9TIGUgQ09OREnDh8OVRVMgZGVzdGEgQ0VTU8ODTywgbyBBVVRPUiBlL291IFRJVFVMQVIgZGUgZGlyZWl0b3MKYXV0b3JhaXMgc29icmUgYSBPQlJBIGRlIHF1ZSB0cmF0YSBlc3RlIGRvY3VtZW50bzoKCigxKSBDRURFIGUgVFJBTlNGRVJFLCB0b3RhbCBlIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIMOgIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiwgZW0KY2Fyw6F0ZXIgcGVybWFuZW50ZSwgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGUgTsODTyBFWENMVVNJVk8sIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIHBhdHJpbW9uaWFpcyBOw4NPCkNPTUVSQ0lBSVMgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIGRhIE9CUkEgYXJ0w61zdGljYSBlL291IGNpZW50w61maWNhIGluZGljYWRhIGFjaW1hLCBpbmNsdXNpdmUgb3MgZGlyZWl0b3MKZGUgdm96IGUgaW1hZ2VtIHZpbmN1bGFkb3Mgw6AgT0JSQSwgZHVyYW50ZSB0b2RvIG8gcHJhem8gZGUgZHVyYcOnw6NvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZW0KcXVhbHF1ZXIgaWRpb21hIGUgZW0gdG9kb3Mgb3MgcGHDrXNlczsKCigyKSBBQ0VJVEEgcXVlIGEgY2Vzc8OjbyB0b3RhbCBuw6NvIGV4Y2x1c2l2YSwgcGVybWFuZW50ZSBlIGlycmV2b2fDoXZlbCBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMKcGF0cmltb25pYWlzIG7Do28gY29tZXJjaWFpcyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvIGluY2x1aSwgZXhlbXBsaWZpY2F0aXZhbWVudGUsCm9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGRpc3BvbmliaWxpemHDp8OjbyBlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gcMO6YmxpY2EgZGEgT0JSQSwgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSB2ZcOtY3VsbywKaW5jbHVzaXZlIGVtIFJlcG9zaXTDs3Jpb3MgRGlnaXRhaXMsIGJlbSBjb21vIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHJlcHJvZHXDp8OjbywgZXhpYmnDp8OjbywgZXhlY3XDp8OjbywKZGVjbGFtYcOnw6NvLCByZWNpdGHDp8OjbywgZXhwb3Npw6fDo28sIGFycXVpdmFtZW50bywgaW5jbHVzw6NvIGVtIGJhbmNvIGRlIGRhZG9zLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBkaWZ1c8OjbywKZGlzdHJpYnVpw6fDo28sIGRpdnVsZ2HDp8OjbywgZW1wcsOpc3RpbW8sIHRyYWR1w6fDo28sIGR1YmxhZ2VtLCBsZWdlbmRhZ2VtLCBpbmNsdXPDo28gZW0gbm92YXMgb2JyYXMgb3UKY29sZXTDom5lYXMsIHJldXRpbGl6YcOnw6NvLCBlZGnDp8OjbywgcHJvZHXDp8OjbyBkZSBtYXRlcmlhbCBkaWTDoXRpY28gZSBjdXJzb3Mgb3UgcXVhbHF1ZXIgZm9ybWEgZGUKdXRpbGl6YcOnw6NvIG7Do28gY29tZXJjaWFsOwoKKDMpIFJFQ09OSEVDRSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIGFxdWkgZXNwZWNpZmljYWRhIGNvbmNlZGUgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETwpDUlVaIG8gZGlyZWl0byBkZSBhdXRvcml6YXIgcXVhbHF1ZXIgcGVzc29hIOKAkyBmw61zaWNhIG91IGp1csOtZGljYSwgcMO6YmxpY2Egb3UgcHJpdmFkYSwgbmFjaW9uYWwgb3UKZXN0cmFuZ2VpcmEg4oCTIGEgYWNlc3NhciBlIHV0aWxpemFyIGFtcGxhbWVudGUgYSBPQlJBLCBzZW0gZXhjbHVzaXZpZGFkZSwgcGFyYSBxdWFpc3F1ZXIKZmluYWxpZGFkZXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzOwoKKDQpIERFQ0xBUkEgcXVlIGEgb2JyYSDDqSBjcmlhw6fDo28gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgw6kgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhcXVpIGNlZGlkb3MgZSBhdXRvcml6YWRvcywKcmVzcG9uc2FiaWxpemFuZG8tc2UgaW50ZWdyYWxtZW50ZSBwZWxvIGNvbnRlw7pkbyBlIG91dHJvcyBlbGVtZW50b3MgcXVlIGZhemVtIHBhcnRlIGRhIE9CUkEsCmluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBvYnJpZ2FuZG8tc2UgYSBpbmRlbml6YXIgdGVyY2Vpcm9zIHBvcgpkYW5vcywgYmVtIGNvbW8gaW5kZW5pemFyIGUgcmVzc2FyY2lyIGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIGRlCmV2ZW50dWFpcyBkZXNwZXNhcyBxdWUgdmllcmVtIGEgc3Vwb3J0YXIsIGVtIHJhesOjbyBkZSBxdWFscXVlciBvZmVuc2EgYSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBvdQpkaXJlaXRvcyBkZSB2b3ogb3UgaW1hZ2VtLCBwcmluY2lwYWxtZW50ZSBubyBxdWUgZGl6IHJlc3BlaXRvIGEgcGzDoWdpbyBlIHZpb2xhw6fDtWVzIGRlIGRpcmVpdG9zOwoKKDUpIEFGSVJNQSBxdWUgY29uaGVjZSBhIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08KT1NXQUxETyBDUlVaIGUgYXMgZGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gZnVuY2lvbmFtZW50byBkbyByZXBvc2l0w7NyaW8gaW5zdGl0dWNpb25hbCBBUkNBLgoKQSBQb2zDrXRpY2EgSW5zdGl0dWNpb25hbCBkZSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIGRhIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiByZXNlcnZhCmV4Y2x1c2l2YW1lbnRlIGFvIEFVVE9SIG9zIGRpcmVpdG9zIG1vcmFpcyBlIG9zIHVzb3MgY29tZXJjaWFpcyBzb2JyZSBhcyBvYnJhcyBkZSBzdWEgYXV0b3JpYQplL291IHRpdHVsYXJpZGFkZSwgc2VuZG8gb3MgdGVyY2Vpcm9zIHVzdcOhcmlvcyByZXNwb25zw6F2ZWlzIHBlbGEgYXRyaWJ1acOnw6NvIGRlIGF1dG9yaWEgZSBtYW51dGVuw6fDo28KZGEgaW50ZWdyaWRhZGUgZGEgT0JSQSBlbSBxdWFscXVlciB1dGlsaXphw6fDo28uCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaCnJlc3BlaXRhIG9zIGNvbnRyYXRvcyBlIGFjb3Jkb3MgcHJlZXhpc3RlbnRlcyBkb3MgQXV0b3JlcyBjb20gdGVyY2Vpcm9zLCBjYWJlbmRvIGFvcyBBdXRvcmVzCmluZm9ybWFyIMOgIEluc3RpdHVpw6fDo28gYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgZSBvdXRyYXMgcmVzdHJpw6fDtWVzIGltcG9zdGFzIHBvciBlc3RlcyBpbnN0cnVtZW50b3MuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352020-02-04T00:25:26Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis |
title |
O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis |
spellingShingle |
O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis Rückert, Bianca Atenção à Saúde Saúde do Trabalhador Rural Terapias Complementares/utilização |
title_short |
O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis |
title_full |
O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis |
title_fullStr |
O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis |
title_full_unstemmed |
O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis |
title_sort |
O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis |
author |
Rückert, Bianca |
author_facet |
Rückert, Bianca |
author_role |
author |
dc.contributor.advisorco.none.fl_str_mv |
Cunha, Daisy Moreira |
dc.contributor.member.none.fl_str_mv |
Modena, Celina Maria Pena, Érica Dumont Santos, Geraldo Márcio Alves dos Heller, Léo Roseno, Sônia Maria |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rückert, Bianca |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Modena, Celina Maria |
contributor_str_mv |
Modena, Celina Maria |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Atenção à Saúde Saúde do Trabalhador Rural Terapias Complementares/utilização |
topic |
Atenção à Saúde Saúde do Trabalhador Rural Terapias Complementares/utilização |
description |
Este estudo teve como objetivo compreender o cuidado em saúde de mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da região do Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil, sob o ponto de vista da atividade humana e da filosofia da práxis. Para a realização desta pesquisa, utilizamos o aporte metodológico da pesquisa qualitativa e os instrumentos da observação participante e da entrevista semiestruturada. Foram entrevistadas nove mulheres, sendo a maioria, integrantes do setor de saúde do MST. Estes dados se somaram aos previamente coletados por ocasião da pesquisa de mestrado. Para analise dos resultados foi utilizada análise de conteúdo construtiva interpretativa. Para seu desenvolvimento, utilizamos os aportes teóricos da ergologia e da filosofia da práxis, em diálogo com os conceitos de cuidado em saúde e medicina alternativa e complementar (MAC). A ergologia compreende a atividade do trabalho como realidade humana complexa, um processo no qual circulam valores e saberes que possibilitam a instituição de novas normas ao meio. A filosofia da práxis, por sua vez, constrói um conceito filosófico da atividade prática e propõe-se a atuar como guia filosófico dos processos de transformação da realidade. Os principais resultados evidenciam que o cuidado desenvolvido pelas mulheres do MST envolve o domínio dos saberes constituídos, que se expressa no acolhimento, na escuta qualificada e na apropriação dos recursos da MAC, em diálogo com a dimensão gestionária da atividade, no que tange ao cuidado de um paciente singular. Entre os valores que orientam o trabalho de cuidado destacamos o cuidado como possibilidade de fortalecimento de quem cuida, a crítica aos processos de medicalização social, a promoção da autonomia e da solidariedade, a preferência pelos recursos da natureza e por técnicas de fácil manejo. Tais valores, entretanto, esbarram nas limitações do meio que desaceleram o agir competente. Entre os motivos que levaram as mulheres a se engajarem no trabalho de cuidados, destacam-se a socialização familiar desses saberes, a necessidade própria de saúde ou de familiares e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Chama atenção a mobilização das mulheres para o trabalho de cuidados, expressando um diálogo com o meio que elas buscam recortar como seu, bem como a necessidade de maior aprendizado sobre os saberes do cuidado. Cada cuidadora apresenta sua contribuição que se complementa e se integra no trabalho coletivo, a partir das sinergias das entidades coletivas relativamente pertinentes. Observou-se a presença de uma dimensão formativa que se inscreve no setor de saúde, que proporciona a socialização e a produção dos saberes de cuidado, bem como formação de um novo sujeito sociocultural. A validação dos saberes de cuidado desenvolve-se a partir de um uso popular no contexto do movimento social que legitima e confere status a estes saberes, com base na eficácia instituída pela práxis. Por tanto, este é um processo que perpassa pelo reconhecimento dessas mulheres como sujeitas da práxis. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-01-30T16:13:00Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-01-30T16:13:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
RÜCKERT, Bianca. O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis. 2018. 192 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Instituto René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2018. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39639 |
identifier_str_mv |
RÜCKERT, Bianca. O cuidado em saúde por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: saberes, competências e práxis. 2018. 192 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Instituto René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2018. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39639 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39639/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39639/2/21%20-%20Bianca%20R%c3%bcckert.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39639/3/21%20-%20Bianca%20R%c3%bcckert.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
9193a7c197bc67acd023525e72a03240 ad34b73aa46a8230dd633ea051d1d47c 63fe39f60f0c9f20ae92ccd5ce88a1ab |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1813009058281553920 |