Dinâmica da infecção e reinfecção por ancilostomídeos seguido ao tratamento anti-helmíntico em crianças residentes em seis comunidades dos municípios de Novo Oriente de Minas e Caraí na região nordeste de Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valente, Vanderson Firmiano
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7292
Resumo: A ancilostomíase é causada por parasitas nematoides das espécies Necator americanus e Ancylostoma duodenale. É uma das formas de infecção crônica mais comum em humanos com estimativa de 740 milhões de casos especialmente em áreas rurais pobres dos trópicos e subtrópicos segundo a Organização Mundial de Saúde.As principais manifestações clínicas da doença resultam da perda crônica de sangue intestinal causada pela fixação dos vermes adultos à mucosa e submucosa dos intestinos. Quandoa perda de sangue excede as reservas nutricionais, há deficiência de ferro e desenvolvimento de anemia, relacionada ao baixo rendimento escolar em crianças, apatia, adinamia e queda da produtividade em adultos. O enfoque atual para o tratamento da ancilostomíase eoutras helmintoses transmitidas pelo solo consiste em administrações periódicas de anti-helmínticos da classe dos benzimidazólicos, tanto albendazol quanto mebendazol. Contudo, estudos têm demonstrado que a reinfecção ocorre rapidamente após o tratamento, o que na maioria das vezes resulta em administrações regulares de anti-helmínticos predispondo ao risco de aparecimento de resistência às drogas e manutenção de níveis endêmicos da doença. Diante disso, nosso objetivo nesse trabalho foi avaliar a evolução da intensidade de infecção pelo ancilostomídeo em crianças entre 1 a 10 anos de idade de seis comunidades em dois municípios na região nordeste de Minas Gerais, Brasil, após o tratamento com a droga mais comumente utilizada, o Albendazol, num período de dois anos, além da possibilidade de avaliar a velocidade com que a reinfecção ocorre. Nossos resultados mostraram que a intensidade da infecção pelo ancilostomídeo medida em ovos por grama de fezes foi reduzida pela administração do medicamento, com queda parcial na prevalência que se manteve estável durante o seguimento. Houve uma superutilização do albendazol além do esperado pelo protocolo em grande parte devido ao encontro de outros parasitas cujo tratamento também se baseia no uso dessa droga. A velocidade de reinfecção não pôde ser mensurada em virtude de limitações metodológicas do protocolo. Pudemos inferir com nossos resultados, a tendência encontrada na literatura de que isoladamente o tratamento farmacológico em massa interfere na intensidade das infecções, mas não controla os níveis de doença, conforme foi observado nos 24 meses de seguimento. São necessários novos estudos com melhor abordagem metodológica e tempo de seguimento para avaliar com mais precisão o efeito da terapia farmacológica sobre a velocidade em que a reinfecção se faz.
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spelling Valente, Vanderson FirmianoOliveira, Rodrigo Correa deCoelho, Paulo MarcosMassara, Cristiano LaraOliveira, Rodrigo Corrêa de Oliveira2014-01-28T15:28:12Z2014-01-28T15:28:12Z2013VALENTE, Vanderson Firmiano. Dinâmica da infecção e reinfecção por ancilostomídeos seguido ao tratamento anti-helmíntico em crianças residentes em seis comunidades dos municípios de Novo Oriente de Minas e Caraí na região nordeste de Minas Gerais, Brasil. 2013. 56 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, 2013.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7292A ancilostomíase é causada por parasitas nematoides das espécies Necator americanus e Ancylostoma duodenale. É uma das formas de infecção crônica mais comum em humanos com estimativa de 740 milhões de casos especialmente em áreas rurais pobres dos trópicos e subtrópicos segundo a Organização Mundial de Saúde.As principais manifestações clínicas da doença resultam da perda crônica de sangue intestinal causada pela fixação dos vermes adultos à mucosa e submucosa dos intestinos. Quandoa perda de sangue excede as reservas nutricionais, há deficiência de ferro e desenvolvimento de anemia, relacionada ao baixo rendimento escolar em crianças, apatia, adinamia e queda da produtividade em adultos. O enfoque atual para o tratamento da ancilostomíase eoutras helmintoses transmitidas pelo solo consiste em administrações periódicas de anti-helmínticos da classe dos benzimidazólicos, tanto albendazol quanto mebendazol. Contudo, estudos têm demonstrado que a reinfecção ocorre rapidamente após o tratamento, o que na maioria das vezes resulta em administrações regulares de anti-helmínticos predispondo ao risco de aparecimento de resistência às drogas e manutenção de níveis endêmicos da doença. Diante disso, nosso objetivo nesse trabalho foi avaliar a evolução da intensidade de infecção pelo ancilostomídeo em crianças entre 1 a 10 anos de idade de seis comunidades em dois municípios na região nordeste de Minas Gerais, Brasil, após o tratamento com a droga mais comumente utilizada, o Albendazol, num período de dois anos, além da possibilidade de avaliar a velocidade com que a reinfecção ocorre. Nossos resultados mostraram que a intensidade da infecção pelo ancilostomídeo medida em ovos por grama de fezes foi reduzida pela administração do medicamento, com queda parcial na prevalência que se manteve estável durante o seguimento. Houve uma superutilização do albendazol além do esperado pelo protocolo em grande parte devido ao encontro de outros parasitas cujo tratamento também se baseia no uso dessa droga. A velocidade de reinfecção não pôde ser mensurada em virtude de limitações metodológicas do protocolo. Pudemos inferir com nossos resultados, a tendência encontrada na literatura de que isoladamente o tratamento farmacológico em massa interfere na intensidade das infecções, mas não controla os níveis de doença, conforme foi observado nos 24 meses de seguimento. São necessários novos estudos com melhor abordagem metodológica e tempo de seguimento para avaliar com mais precisão o efeito da terapia farmacológica sobre a velocidade em que a reinfecção se faz.The hookworm infection is caused by parasitic nematode species Ancylostoma duodenaleand Necator americanus. It forms one of the most common chronic infectionin humans with an estimated 740 million cases especially in poor rural areas of the tropics and subtropics according to the World Health Organization the main clinical manifestations of the disease result from chronic intestinal blood loss caused by fixing adult worms from the intestinal mucosa and submucosa. When blood loss exceeds the nutritional reserves, appear iron deficiency and development of anemia, related to poor school performance in children, apathy, adynamia and decreased productivity in adults. The current approach for the treatment of helminthiasis hookworm and other soil-transmitted helminthiasis consists of periodic administration of anthelmintic class of benzimidazole, mebendazole so as albendazole. However, studies have shown that reinfection occursrapidly after treatment, which in most cases results in regular administration of anthelmintic predisposing risk of the emergence of drug resistance and maintenance of the disease endemic levels. Therefore, our goal in this work was to evaluate the intensity of parasite infection in children aged 1-10 years from six communities in the municipalities of Novo Oriente de Minas e Caraí in northeastern of Minas Gerais, Brazil, after treatment with the most commonly used drug, the Albendazole , a period of two years, plus the ability to assess the speed with which reinfection occurs. Our results showed that the intensity of hookworm infection measured in eggs per gram of feces was reduced by administration of the drug, with partial fall in prevalence that remained stable during follow-up. On the other hand, there was an overuse of albendazole, which according to the protocol should be dispensed for the treatment of heavy infections, largely due to the gathering of other parasites which treatment also based on the use of this drug. The rate of reinfection could not be measured due to methodological limitations of the protocol. We conclude our results with the tendency found in theliterature of the pharmacological treatment in mass alone interfere with the intensity of the infection, but not controls the levels of disease, as was observed during the 24 month follow up. Further studies are needed to better methodological approach and follow-up time to more accurately assess the effect of drug therapy on the speed of reinfection.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porHelmintíaseAncilostomíaseAncylostomaCriançaDinâmica da infecção e reinfecção por ancilostomídeos seguido ao tratamento anti-helmíntico em crianças residentes em seis comunidades dos municípios de Novo Oriente de Minas e Caraí na região nordeste de Minas Gerais, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2013Laboratório de Imunologia Celular e MolecularFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René RachouMestrado AcadêmicoBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALDissertacao Vanderson Firmiano Valente.pdfDissertacao Vanderson Firmiano Valente.pdfapplication/pdf745830https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7292/1/Dissertacao%20Vanderson%20Firmiano%20Valente.pdf0b1f73870dcce3870b012cc3323bdddfMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81867https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7292/2/license.txt89d048e714e969a1adcda05fdb1978beMD52TEXTDissertacao Vanderson Firmiano Valente.pdf.txtDissertacao Vanderson Firmiano Valente.pdf.txtExtracted texttext/plain88863https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7292/5/Dissertacao%20Vanderson%20Firmiano%20Valente.pdf.txtbd69e66893f1182bcd922f4cc7d3073eMD55THUMBNAILDissertacao Vanderson Firmiano Valente.pdf.jpgDissertacao Vanderson Firmiano Valente.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1076https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7292/4/Dissertacao%20Vanderson%20Firmiano%20Valente.pdf.jpg2c5516656c53aca80ff41d469cf4b88cMD54icict/72922019-09-09 12:21:27.977oai:www.arca.fiocruz.br:icict/7292TElDRU4/QSBERSBESVNUUklCVUk/P08gTj9PLUVYQ0xVU0lWQQoKQW8gY29uY29yZGFyIGUgYWNlaXRhciBlc3RhIGxpY2VuP2Egdm9jPyAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKToKCmEpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2w/dGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvLgoKYikgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIHBhcmEgbyBSZXBvc2l0P3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIEZ1bmRhPz9vIE9zd2FsZG8gQ3J1eiAoRklPQ1JVWikuCgpjKSBDb25jZWRlID8gRklPQ1JVWiBvIGRpcmVpdG8gbj9vLWV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyCiAKZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIG5vIFJlcG9zaXQ/cmlvIGRhIEZJT0NSVVosIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8vYWJzdHJhY3QpIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCBvdSAKCnBvciBxdWFscXVlciBvdXRybyBtZWlvLgoKZCkgRGVjbGFyYSBxdWUgYXV0b3JpemEgYSBGSU9DUlVaIGEgYXJxdWl2YXIgbWFpcyBkZSB1bWEgYz9waWEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvIGUgY29udmVydD8tbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlP2RvLCAKCnBhcmEgcXVhbHF1ZXIgZm9ybWF0byBkZSBhcnF1aXZvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuP2EsIHByZXNlcnZhPz9vIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvLgoKZSkgRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvID8gbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwsIGUgcXVlIGRldD9tIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyAKCmNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2VuP2EuIERlY2xhcmEgdGFtYj9tIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG4/byBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG4/byBkZXQ/bSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgb2J0ZXZlIGEgYXV0b3JpemE/P28gCgppcnJlc3RyaXRhIGRvIHJlc3BlY3Rpdm8gZGV0ZW50b3IgZGVzc2VzIGRpcmVpdG9zLCBwYXJhIGNlZGVyIGEgRklPQ1JVWiBvcyBkaXJlaXRvcyByZXF1ZXJpZG9zIHBvciBlc3RhIExpY2VuP2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSAKCnV0aWxpej8tbG9zIGxlZ2FsbWVudGUuIERlY2xhcmEgdGFtYj9tIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHM/byBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0PyBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIAoKbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGU/ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKZykgU0UgTyBET0NVTUVOVE8gRU5UUkVHVUUgPyBCQVNFQURPIEVNIFRSQUJBTEhPIEZJTkFOQ0lBRE8gT1UgQVBPSUFETyBQT1IgT1VUUkEgSU5TVElUVUk/P08gUVVFIE4/TyBBIEZJT0NSVVosIERFQ0xBUkEgUVVFIENVTVBSSVUgCgpRVUFJU1FVRVIgT0JSSUdBPz9FUyBFWElHSURBUyBQRUxPIFJFU1BFQ1RJVk8gQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLiBBIEZJT0NSVVogaWRlbnRpZmljYXI/IGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBkb3MgCgpkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuP28gZmFyPyBxdWFscXVlciBhbHRlcmE/P28sIHBhcmEgYWw/bSBkbyBwcmV2aXN0byBuYSBhbD9uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-09-09T15:21:27Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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