O território na construção do conhecimento local na EstratégiaSaúde da Família: o caso do município de Petrópolis, RJ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Papinutto, Adriana de S. Thiago
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24268
Resumo: O Programa de Saúde da Família (PSF) foi implantado em nosso país em 1994 a partir da incorporação de agentes comunitários de saúde às unidades básicas através do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Em 1997, passou a ser chamado de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Tem como objetivo principal constituir-se como eixo estruturante do sistema, com o intuito de reorientar o modelo de atenção à saúde no SUS. O trabalho se dá através de equipes multiprofissionais, que trabalham com a definição de território de abrangência, que significa a área que está sob sua responsabilidade, possibilitando o estabelecimento de vínculos de compromisso e de co-responsabilidade entre os profissionais de saúde e a população. A partir da construção coletiva com a população de um conhecimento sobre a situação de saúde no território é que será possível uma aproximação com as necessidades sociais de saúde da população. Essa dissertação de mestrado procurou compreender como a equipe, no seu processo de trabalho, vem produzindo conhecimento sobre a situação de saúde no território onde atua na ESF, no município de Petrópolis. O estudo teve como foco as práticas locais relacionadas à produção de informações e conhecimento sobre a situação de saúde, as condições de vida e as necessidades sociais e de saúde no território. Demandou uma abordagem qualitativa aos moldes de um estudo de caso. As técnicas de coleta de dados utilizadas foram à análise documental, as entrevistas semiestruturadas e a observação participante. Os resultados encontrados a partir de uma experiência local mostraram que apesar do trabalho das equipes estar direcionado, prioritariamente, para a assistência aos programas do ministério direcionados a doenças e a grupos prioritários, vem sendo desenvolvidas, também, práticas inovadoras que potencializam a construção do conhecimento sobre a situação de saúde no território. As principais práticas identificadas foram: as visitas domiciliares, as reuniões coletivas com a comunidade, as reuniões de equipe, a utilização de mapas de forma criativa, os grupos de educação em saúde, as atividades de interação ensino-serviço-comunidade, os procedimentos coletivos nas escolas e o acolhimento. Em relação ao contexto sócio econômico os principais fatores facilitadores a essas práticas foram a organização local da comunidade e a presença atuante de instituições de ensino e organizações sociais, como Ongs, no território. Os fatores restritivos foram o excessivo populacional, as demandas permanentes da população devido a sua vulnerabilidade e a heterogeneidade territorial local. Em relação ao contexto político-organizacional, os principais fatores facilitadores e restritivos foram relativos à cultura institucional, à participação popular em saúde, ao processo de trabalho da supervisão, ao processo de trabalho e de avaliação das equipes, ao perfil profissional e ao processo de educação permanente no município. Destacaram-se como fatores restritivos a essas práticas, a sobrecarga de trabalho dos profissionais e um processo avaliativo do trabalho das equipes normatizado, baseado em metas de produção a partir dos indicadores do SIAB.
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spelling Papinutto, Adriana de S. ThiagoOliveira, Rosely Magalhães deBarcellos Neto, Christovam de Castro2018-01-31T13:39:43Z2018-01-31T13:39:43Z2011PAPINUTTO, Adriana de S. Thiago. O território na construção do conhecimento local na Estratégia Saúde da Família: o caso do município de Petrópolis, RJ. 2011. 235 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2011.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24268O Programa de Saúde da Família (PSF) foi implantado em nosso país em 1994 a partir da incorporação de agentes comunitários de saúde às unidades básicas através do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Em 1997, passou a ser chamado de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Tem como objetivo principal constituir-se como eixo estruturante do sistema, com o intuito de reorientar o modelo de atenção à saúde no SUS. 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As técnicas de coleta de dados utilizadas foram à análise documental, as entrevistas semiestruturadas e a observação participante. Os resultados encontrados a partir de uma experiência local mostraram que apesar do trabalho das equipes estar direcionado, prioritariamente, para a assistência aos programas do ministério direcionados a doenças e a grupos prioritários, vem sendo desenvolvidas, também, práticas inovadoras que potencializam a construção do conhecimento sobre a situação de saúde no território. As principais práticas identificadas foram: as visitas domiciliares, as reuniões coletivas com a comunidade, as reuniões de equipe, a utilização de mapas de forma criativa, os grupos de educação em saúde, as atividades de interação ensino-serviço-comunidade, os procedimentos coletivos nas escolas e o acolhimento. Em relação ao contexto sócio econômico os principais fatores facilitadores a essas práticas foram a organização local da comunidade e a presença atuante de instituições de ensino e organizações sociais, como Ongs, no território. Os fatores restritivos foram o excessivo populacional, as demandas permanentes da população devido a sua vulnerabilidade e a heterogeneidade territorial local. Em relação ao contexto político-organizacional, os principais fatores facilitadores e restritivos foram relativos à cultura institucional, à participação popular em saúde, ao processo de trabalho da supervisão, ao processo de trabalho e de avaliação das equipes, ao perfil profissional e ao processo de educação permanente no município. Destacaram-se como fatores restritivos a essas práticas, a sobrecarga de trabalho dos profissionais e um processo avaliativo do trabalho das equipes normatizado, baseado em metas de produção a partir dos indicadores do SIAB.The Family Health Program (FHP) was implemented in our country in 1994 when community health workers joined basic health units through the Community Agents Program (PACS). In 1997, came to be called the Family Health Strategy (FHS). It aims to establish itself as the main structural axis of the system in order to refocus the SUS healthcare model. The work is performed by multidisciplinary teams, working with the definition of geographic jurisdiction, which means the area that is under each team’s responsibility, enabling the establishment of bonds of commitment and co-responsibility between health professionals and the public. Building up knowledge about the health situation in the territory together with the population will enable an approach to the social and health needs of the population. This dissertation sought to understand how the team in its work process, has been producing knowledge about the health situation in the territory where it operates in the ESF, the city of Petropolis. The study focused on local performances related to the production of information and knowledge about the health situation, living conditions and social needs and health in the territory. It demanded a qualitative approach to create a case study. The data collection techniques used were document analysis, semi-structured interviews and integrated observation. The results from a local experience showed that although the teams work is directed primarily to assist the ministry programs targeted at priority groups and diseases, also, innovative practices that enhance the knowledge on the health situation in the territory have been developed. The main practices identified were: home visits, meetings the community, staff meetings, the use of maps in a creative way, groups of health education, interaction activities of teaching service and community, the collective procedures at school and carefulness. Regarding socio economic factors which made such practices easy, there was local community organization and the presence of educational institutions and civil society organizations like nongovernmental organizations, in the territory. The limiting factors were the excessive population, the long-standing demands of the population due to their vulnerability and local territorial heterogeneity. In relation to the political and organizational context facilitators and the main restrictive factors were related to institutional culture, popular participation in health, the working process of supervision, work process and evaluation of the teams, the professional profile and the permanent process of education in the city. The workload of professionals and an evaluation process of the work of teams standardized, based on production targets as indicators of SIAB stood out as restrictive factors to these practices.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEstratégia de Saúde da FamíliaTerritórioSituação de Saúde LocalPráticas em SaúdeFamily Health StrategyTerritoryLocal Health SituationPractices in HealthPrograma Saúde da FamíliaEstratégias LocaisDiagnóstico da Situação em SaúdeCondições SociaisPrática de Saúde PúblicaSistemas Locais de SaúdeO território na construção do conhecimento local na EstratégiaSaúde da Família: o caso do município de Petrópolis, RJTerritory in the construction of local knowledge in the family health strategy: the case of the municipality of Petrópolis, RJinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALadriana_thiago_papinutto_ensp_mest_2011.pdfapplication/pdf3856282https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24268/1/adriana_thiago_papinutto_ensp_mest_2011.pdfe8bb0e34879e08f87c4101d140fc4647MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24268/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT906.pdf.txt906.pdf.txtExtracted texttext/plain556997https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24268/3/906.pdf.txt6bcc0562214973d35d1f8b6a5c25a440MD53adriana_thiago_papinutto_ensp_mest_2011.pdf.txtadriana_thiago_papinutto_ensp_mest_2011.pdf.txtExtracted texttext/plain556997https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24268/4/adriana_thiago_papinutto_ensp_mest_2011.pdf.txt6bcc0562214973d35d1f8b6a5c25a440MD54icict/242682023-01-17 14:34:57.322oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24268Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T17:34:57Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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