Infecção oculta pelo Vírus da Hepatite B em pacientes com tuberculose: prevalência e implicações clínicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25383 |
Resumo: | A infecção oculta pelo vírus da hepatite B (OBI na sigla em inglês) é caracterizada pela persistência do genoma do vírus (HBV- DNA) no tecido hepático e/ou sangue de pacientes com sorologia negativa para o antígeno de superfície (HBsAg). Isto pode ocorrer após a resolução de uma infecção aguda ou após longo tempo na infecção crônica, sendo o anticorpo contra o core viral (anti-HBc) considerado um marcador sentinela para a OBI. Mais de 20% dos pacientes com história pregressa de infecção pelo HBV (vírus da hepatite B) não apresentam marcadores sorológicos, tornando o HBV-DNA o único marcador da infecção. Diversas implicações clínicas estão associadas à OBI; transmissibilidade, reativação viral em indivíduos imunocomprometidos e, o desenvolvimento de doenças crônicas do fígado. No Brasil e no mundo poucos estudos analisam a prevalência da OBI e suas implicações clínicas em pacientes com tuberculose (TB). Tem-se registro de apenas um estudo no Brasil que descreve uma prevalência de 14.4% de OBI nesses pacientes, porém não analisam seus possíveis impactos clínicos. Geralmente o tratamento da TB é eficaz e seguro, entretanto, a hepatotoxicidade induzida por drogas anti-TB é um dos mais graves eventos adversos. Esse evento pode levar a interrupção ou o abandono do tratamento, contribuindo para o aumento da resistência adquirida, falência do tratamento, aumento do número de casos de tuberculose e, até mesmo o número de óbitos. Vários estudos associam a infecção ativa pelo HBV ao desenvolvimento da hepatotoxicidade. Nesse sentido, é possível que a OBI também esteja associada à hepatotoxicidade Este estudo teve como objetivo investigar a prevalência da OBI em pacientes sob tratamento para tuberculose co-infectados ou não pelo HIV e, analisar a OBI como possível preditor da hepatotoxicidade. Este foi um estudo prospectivo com 100 pacientes que receberam tratamento para TB no período de 2008 a 2015, no INI, Fiocruz, Rio de Janeiro, Brasil. A OBI foi caracterizada pela detecção do HBV-DNA através da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em pacientes positivo para o marcador anti-HBc acompanhado ou não pelo anti-HBs. Dados laboratoriais, clínicos e demográficos foram obtidos a partir dos prontuários clínicos e armazenados em banco de dados. Os resultados mostraram uma prevalência de 12.0% de OBI, quase metade (41.7%) desses pacientes apresentavam sorologia positiva para o anti-HBc e anti-HBs. Entre os pacientes com OBI co-infectados pelo HIV (75.0%), a baixa contagem de células CD4+ (\2264 50 células/\03BCl) foi significativa (p=0.036), sugerindo ser indicador de OBI. A taxa de hepatotoxicidade foi de 41.0%. Através da regressão de Cox, a OBI (HR 2.98, 95% IC 1.30-6.86) foi identificada como o preditor mais forte para hepatotoxicidade quando ajustada para células CD4+ (HR 0.38, 95% IC 0.17-0.90); ALT antes do tratamento para TB (HR 1.37, 95% IC 0.81-2.32) e, forma clínica da TB (HR 2.91, 95% IC 1.75-7.21). A elevada prevalência de OBI e a associação com a hepatotoxicidade em pacientes com TB aponta a importância do rastreamento do HBV-DNA como uma estratégia para o monitoramento da hepatotoxicidade além de outras implicações clínicas associadas à OBI, contribuindo para redução da morbidade e mortalidade |
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Pereira, Carolina TrigoBrasil, Pedro Emmanuel Alvarenga Americano doCastro, Liane de2018-03-19T16:39:46Z2018-03-19T16:39:46Z2016PEREIRA, Carolina Trigo. Infecção oculta pelo Vírus da Hepatite B em pacientes com tuberculose: prevalência e implicações clínicas. 2016. 77 f. Mestrado (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Rio de Janeiro, 2016.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25383A infecção oculta pelo vírus da hepatite B (OBI na sigla em inglês) é caracterizada pela persistência do genoma do vírus (HBV- DNA) no tecido hepático e/ou sangue de pacientes com sorologia negativa para o antígeno de superfície (HBsAg). Isto pode ocorrer após a resolução de uma infecção aguda ou após longo tempo na infecção crônica, sendo o anticorpo contra o core viral (anti-HBc) considerado um marcador sentinela para a OBI. Mais de 20% dos pacientes com história pregressa de infecção pelo HBV (vírus da hepatite B) não apresentam marcadores sorológicos, tornando o HBV-DNA o único marcador da infecção. Diversas implicações clínicas estão associadas à OBI; transmissibilidade, reativação viral em indivíduos imunocomprometidos e, o desenvolvimento de doenças crônicas do fígado. No Brasil e no mundo poucos estudos analisam a prevalência da OBI e suas implicações clínicas em pacientes com tuberculose (TB). Tem-se registro de apenas um estudo no Brasil que descreve uma prevalência de 14.4% de OBI nesses pacientes, porém não analisam seus possíveis impactos clínicos. Geralmente o tratamento da TB é eficaz e seguro, entretanto, a hepatotoxicidade induzida por drogas anti-TB é um dos mais graves eventos adversos. Esse evento pode levar a interrupção ou o abandono do tratamento, contribuindo para o aumento da resistência adquirida, falência do tratamento, aumento do número de casos de tuberculose e, até mesmo o número de óbitos. Vários estudos associam a infecção ativa pelo HBV ao desenvolvimento da hepatotoxicidade. Nesse sentido, é possível que a OBI também esteja associada à hepatotoxicidade Este estudo teve como objetivo investigar a prevalência da OBI em pacientes sob tratamento para tuberculose co-infectados ou não pelo HIV e, analisar a OBI como possível preditor da hepatotoxicidade. Este foi um estudo prospectivo com 100 pacientes que receberam tratamento para TB no período de 2008 a 2015, no INI, Fiocruz, Rio de Janeiro, Brasil. A OBI foi caracterizada pela detecção do HBV-DNA através da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em pacientes positivo para o marcador anti-HBc acompanhado ou não pelo anti-HBs. Dados laboratoriais, clínicos e demográficos foram obtidos a partir dos prontuários clínicos e armazenados em banco de dados. Os resultados mostraram uma prevalência de 12.0% de OBI, quase metade (41.7%) desses pacientes apresentavam sorologia positiva para o anti-HBc e anti-HBs. Entre os pacientes com OBI co-infectados pelo HIV (75.0%), a baixa contagem de células CD4+ (\2264 50 células/\03BCl) foi significativa (p=0.036), sugerindo ser indicador de OBI. A taxa de hepatotoxicidade foi de 41.0%. Através da regressão de Cox, a OBI (HR 2.98, 95% IC 1.30-6.86) foi identificada como o preditor mais forte para hepatotoxicidade quando ajustada para células CD4+ (HR 0.38, 95% IC 0.17-0.90); ALT antes do tratamento para TB (HR 1.37, 95% IC 0.81-2.32) e, forma clínica da TB (HR 2.91, 95% IC 1.75-7.21). A elevada prevalência de OBI e a associação com a hepatotoxicidade em pacientes com TB aponta a importância do rastreamento do HBV-DNA como uma estratégia para o monitoramento da hepatotoxicidade além de outras implicações clínicas associadas à OBI, contribuindo para redução da morbidade e mortalidadeOccult hepatitis B virus infection (OBI) is characterized by the persistence of the virus genome (HBV-DNA) in the liver tissue and/or blood of patients who test negative for the hepatitis B surface antigen (HBsAg). It may occur after resolution of acute infection or after long time in chronic infection, and HBV core antigen antibodies (anti-HBc) considered as a sentinel marker for OBI. Over 20% of patients with a history of HBV infection have no serum markers, thus, the HBV-DNA becomes the single marker of infection. Several clinical implications have been associated with OBI; as its transmissibility, viral reactivation in immunocompromised individuals and development of chronic liver disease. In Brazil and in the world few studies have analyzed the prevalence of OBI and its clinical implications in patients with tuberculosis (TB). A single study in Brazil described an OBI prevalence of 14.4% among TB patients, but their potential clinical impact was not analyzed. Although TB treatment is generally effective and safe, hepatotoxicity induced by anti-tuberculosis drugs is one of the most serious adverse events. This event may lead to interruption or abandonment of treatment, contributing to the increase of acquired resistance, treatment failure, increased number of cases and even deaths. Several studies have associated the active HBV infection with development of hepatotoxicity. Therefore, it is possible that the OBI can also be associated with hepatotoxicity This study aimed to investigate the OBI prevalence among TB patients under treatment co-infected or not with HIV, and analyze the OBI as a possible predictor of hepatotoxicity. This was a prospective study with 100 patients receiving treatment for TB from 2008 to 2015, in INI, Fiocruz, Rio de Janeiro, Brazil. OBI was characterized by detection of HBV-DNA by the Polymerase Chain Reaction (PCR) in anti-HBc positive patients, with or without anti-HBs. Laboratorial, clinical and demographic data were obtained from medical records and stored in the database. The results showed that the OBI prevalence was 12.0%, almost half (41.7%) of these patients were seropositive for anti-HBc and anti-HBs. Among OBI patients co-infected with HIV (75.0%), low CD4+ counts (\2264 50 cells/\03BC) was significant (p = 0.036), suggesting low CD4 cells counts as OBI indicator. Hepatotoxicity frequency was 41.0%. By Cox regression, the OBI (HR 2.98, 95% CI 1.30-6.86) was identified as the strongest predictor of hepatotoxicity when adjusted for CD4+ cells (HR 00:38, 95% CI 0.17-0.90); ALT before treatment to TB (HR 1.37, 95% CI 0.81-2.32), and clinical form of TB (HR 2.91, 95% CI 1.17-7.21). The high prevalence of OBI and the association with hepatotoxicity among TB patients points to the importance of screening for HBV-DNA as a strategy for monitoring hepatotoxicity and other clinical implications associated with OBI, contributing to reduce the morbidity and mortalityFundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porVírus da Hepatite BTuberculoseFígadoToxicidadeInfecção oculta pelo Vírus da Hepatite B em pacientes com tuberculose: prevalência e implicações clínicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2016Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25383/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALcarolina_pereira_ini_mest_2016.pdfapplication/pdf2178736https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25383/2/carolina_pereira_ini_mest_2016.pdff8f4ae84924307ccbf7ff4d197856533MD52TEXTcarolina_pereira_ini_mest_2016.pdf.txtcarolina_pereira_ini_mest_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain156298https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25383/3/carolina_pereira_ini_mest_2016.pdf.txt21180a1ebc9548f70c4cec3f1d5533d2MD53icict/253832019-04-26 09:31:21.611oai:www.arca.fiocruz.br:icict/25383Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-04-26T12:31:21Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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