Susceptibilidade de Fonsecaea spp. aos antifúngicos: relações com a produção de melanina fúngica, associação de fármacos e aspectos clínicos dos pacientes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho, Rowena Alves
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26502
Resumo: A cromoblastomicose (CBM) é uma micose crônica que afeta a pele, tecidos subcutâneos e apresenta distribuição global, com predominância em áreas rurais de países tropicais e subtropicais. No Brasil, o gênero Fonsecaea é o principal responsável pela CBM. Fonsecaea pedrosoi, F. nubica, F. monophora e F. pugnacius só se diferenciam entre si por análises genotípicas, já que fenotipicamente são muito semelhantes. Os agentes de CBM produzem e secretam melanina, importante fator de virulência em vários fungos patogênicos. O acúmulo de melanina proporciona resistência e integridade à parede celular frente a diversos compostos químicos, dentre os quais podem estar incluídos os fármacos antifúngicos. O tratamento da CBM, em geral, é longo e sujeito a recaídas, com muitos casos crônicos altamente resistentes à terapia. Várias formas de intervenção são relatadas na literatura e não há um padrão-ouro de tratamento. Assim, a avaliação in vitro da susceptibilidade aos agentes antifúngicos pode ser uma forma de orientar o tratamento desta micose. Os objetivos desse estudo foram avaliar a susceptibilidade in vitro aos antifúngicos, isoladamente ou em combinação, de 20 isolados obtidos de 17 pacientes com CBM, investigar a influência da melanina fúngica na susceptibilidade desses isolados e verificar possíveis relações entre susceptibilidade e resposta terapêutica dos pacientes. A caracterização molecular dos isolados foi realizada com base na amplificação e sequenciamento da região ITS do rDNA, na qual foram identificadas três espécies: F. monophora (n=10), F. pedrosoi (n=5) e F. nubica (n=5) A determinação da concentração inibitória mínima (CIM) in vitro foi realizada pelo método da microdiluição em caldo, de acordo com o protocolo M38-A2 recomendado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute. Os fármacos testados foram: anfotericina B (AMB), flucitosina (5-FC), terbinafina (TRB), fluconazol (FLZ), itraconazol (ITZ), cetoconazol (KTZ), posaconazol (PSZ), voriconazol (VRZ), ravuconazol (RVZ), caspofungina (CAS) e micafungina (MFG). TRB e VRZ apresentaram boa atividade in vitro, enquanto os fármacos FLZ, 5-FC, AMB e MFG apresentaram CIMs mais elevadas. Foi estudada a associação de ITZ/TRB, AMB/5-FC e ITZ/CAS pelo método tabuleiro de xadrez, e observou-se interação sinérgica de três isolados de F. monophora frente à combinação AMB/5-FC. Os pacientes apresentaram CBM moderada ou grave e a terapia com ITZ não foi suficiente para cura completa na maioria dos casos, exigindo abordagens cirúrgicas adjuvantes. Foi avaliado o efeito da inibição da melanina pelo triciclazol na susceptibilidade aos fármacos que apresentaram elevados CIMs no teste in vitro. O fármaco 5-FC apresentou uma melhor atividade frente aos isolados não melanizados. Em contrapartida, MFG e FLZ não mostraram atividade na maioria dos isolados, havendo uma diminuição da ação do fármaco após inibição da melanina. Os resultados deste estudo apontam para uma predominância de F. monophora, que é a segunda espécie de Fonsecaea da América do Sul, em pacientes atendidos no INI/Fiocruz, especialmente naqueles nascidos e residentes no estado do Rio de Janeiro, Brasil (100%). TRB e VRZ, bem como a associação AMB/5-FC, podem ser melhor estudados no contexto clínico da CBM devido às baixas CIMs e sinergismo, respectivamente.
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Os agentes de CBM produzem e secretam melanina, importante fator de virulência em vários fungos patogênicos. O acúmulo de melanina proporciona resistência e integridade à parede celular frente a diversos compostos químicos, dentre os quais podem estar incluídos os fármacos antifúngicos. O tratamento da CBM, em geral, é longo e sujeito a recaídas, com muitos casos crônicos altamente resistentes à terapia. Várias formas de intervenção são relatadas na literatura e não há um padrão-ouro de tratamento. Assim, a avaliação in vitro da susceptibilidade aos agentes antifúngicos pode ser uma forma de orientar o tratamento desta micose. Os objetivos desse estudo foram avaliar a susceptibilidade in vitro aos antifúngicos, isoladamente ou em combinação, de 20 isolados obtidos de 17 pacientes com CBM, investigar a influência da melanina fúngica na susceptibilidade desses isolados e verificar possíveis relações entre susceptibilidade e resposta terapêutica dos pacientes. A caracterização molecular dos isolados foi realizada com base na amplificação e sequenciamento da região ITS do rDNA, na qual foram identificadas três espécies: F. monophora (n=10), F. pedrosoi (n=5) e F. nubica (n=5) A determinação da concentração inibitória mínima (CIM) in vitro foi realizada pelo método da microdiluição em caldo, de acordo com o protocolo M38-A2 recomendado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute. Os fármacos testados foram: anfotericina B (AMB), flucitosina (5-FC), terbinafina (TRB), fluconazol (FLZ), itraconazol (ITZ), cetoconazol (KTZ), posaconazol (PSZ), voriconazol (VRZ), ravuconazol (RVZ), caspofungina (CAS) e micafungina (MFG). TRB e VRZ apresentaram boa atividade in vitro, enquanto os fármacos FLZ, 5-FC, AMB e MFG apresentaram CIMs mais elevadas. Foi estudada a associação de ITZ/TRB, AMB/5-FC e ITZ/CAS pelo método tabuleiro de xadrez, e observou-se interação sinérgica de três isolados de F. monophora frente à combinação AMB/5-FC. Os pacientes apresentaram CBM moderada ou grave e a terapia com ITZ não foi suficiente para cura completa na maioria dos casos, exigindo abordagens cirúrgicas adjuvantes. Foi avaliado o efeito da inibição da melanina pelo triciclazol na susceptibilidade aos fármacos que apresentaram elevados CIMs no teste in vitro. O fármaco 5-FC apresentou uma melhor atividade frente aos isolados não melanizados. Em contrapartida, MFG e FLZ não mostraram atividade na maioria dos isolados, havendo uma diminuição da ação do fármaco após inibição da melanina. Os resultados deste estudo apontam para uma predominância de F. monophora, que é a segunda espécie de Fonsecaea da América do Sul, em pacientes atendidos no INI/Fiocruz, especialmente naqueles nascidos e residentes no estado do Rio de Janeiro, Brasil (100%). TRB e VRZ, bem como a associação AMB/5-FC, podem ser melhor estudados no contexto clínico da CBM devido às baixas CIMs e sinergismo, respectivamente.Chromoblastomycosis (CBM) is a chronic mycosis that affects the skin, subcutaneous tissues and presents a global distribution, predominantly in rural areas of tropical and subtropical countries. In Brazil, the Fonsecaea genus comprises the major agents of CBM. Fonsecaea pedrosoi, F. nubica, F. monophora, and F. pugnacius differ only by means of genotypic analysis, since they are phenotypically very similar. The CBM agents produce and secrete melanin, an important virulence factor for several pathogenic fungi. The accumulation of melanin provides to the cell wall resistance and integrity against several chemical compounds, possibly also including antifungal drugs. The treatment of CBM in general is long and refractory, with many chronic cases highly resistant to therapy. Several forms of intervention are reported in the literature and there is no gold standard of treatment. Thus, the evaluation of in vitro susceptibility to antifungal agents may be a way to guide the treatment of this mycosis. The objectives of this study were to evaluate the in vitro susceptibility to antifungal drugs, isolated or in combination, of 20 isolates obtained from 17 patients with CBM, to investigate the influence of fungal melanin on the susceptibility of these isolates and to verify possible relationships between susceptibility and therapeutic response of the patients. The molecular characterization of the isolates was performed based on the amplification and sequencing of the ITS region rDNA, in which we identified three species: F. monophora (n=10), F. pedrosoi (n=5), and F. nubica (n=5) The in vitro minimal inhibitory concentration (MIC) determination was performed by the broth microdilution method, according to the M38-A2 protocol recommended by the Clinical and Laboratory Standards Institute. The drugs tested were amphotericin B (AMB), flucytosine (5-FC), terbinafine (TRB), fluconazole (FLZ), itraconazole (ITZ), ketoconazole (KTZ), posaconazole (PSZ), voriconazole (VRZ), ravuconazole (RVZ), caspofungin (CAS) and micafungin (MFG). TRB and VRZ showed good activity in vitro, while FLZ, 5-FC, AMB and MFG presented higher MICs. The association of ITZ/TRB, AMB/5-FC and ITZ/CAS was studied by the chequerboard method, and a synergistic interaction of three F. monophora isolates was observed against the AMB/5- FC combination. Patients had moderate or severe CBM and ITZ therapy was not sufficient for complete cure in most of the CBM cases, requiring adjuvant surgical approaches. The effect of melanin inhibition by tricyclazole on susceptibility to drugs that showed high MICs in the in vitro test was evaluated. The drug 5-FC presented a better activity against non-melanized isolates. On the other hand, MFG and FLZ showed no activity in most isolates, with a decrease in the action of the drug after inhibition of melanin. The results of this study point to a predominance of F. monophora, which is the second Fonsecaea species in South America, in patients attending INI/Fiocruz, especially those born and residing in the state of Rio de Janeiro, Brazil (100%). TRB and VRZ, as well as the AMB/5-FC association, may been better studied in the clinical context of CBM due to low MICs and synergism, respectively.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAntifúngicosCromoblastomicoseMelaninasSusceptibilidade de Fonsecaea spp. aos antifúngicos: relações com a produção de melanina fúngica, associação de fármacos e aspectos clínicos dos pacientesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26502/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALrowena_coelho_ini_mest_2017.pdfapplication/pdf1835410https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26502/2/rowena_coelho_ini_mest_2017.pdf49248c79932cd1eee8ad1eefa28b4429MD52TEXTrowena_coelho_ini_mest_2017.pdf.txtrowena_coelho_ini_mest_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain186065https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26502/3/rowena_coelho_ini_mest_2017.pdf.txt49a2b02299ac9bc00b1cbefa687ff316MD53icict/265022019-04-26 09:31:22.184oai:www.arca.fiocruz.br:icict/26502Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-04-26T12:31:22Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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