Evidência de Alphaherpesvirus humano 1 e Gammaherpesvirus callitrichine 3 em primatas não humanos de vida livre no estado do Rio de Janeiro
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34096 |
Resumo: | A família Herpesviridae abriga um grande número de vírus que infectam uma diversidade de tipos de animais, inclusive o homem e primatas não humanos. A transmissão dos seres humanos para os primatas não humanos (PNH) pode ocorrer através de arranhões, contato com lesões, saliva infectada e principalmente através de alimentos oferecidos contaminados aos primatas não humanos. A estreita relação entre humanos e primatas não humanos permite esta transmissão entre espécies diferentes. Infecções cruzadas podem levar a uma doença grave ou até a morte, tanto do animal, como do homem. Dentre os herpesvirus que infectam os PNH, alguns podem ser fatais. Em 2017, durante o surto de febre amarela ocorrido no Brasil, principalmente no estado do Rio de Janeiro, grande parte dos primatas não humanos, os Sapajus, Leontopithecus, Alouatta e Callithrix, obtiveram resultado negativo para a infecção que estava ocorrendo. O presente projeto teve como objetivo investigar e detectar a possível circulação de herpesvírus na população de primatas não humanos que foram negativos para a infecção pelo vírus da febre amarela. Os PNHs mortos foram encontrados em várias regiões e municípios do estado do Rio de Janeiro, as amostras foram ecaminhadas ao Laboratório de Referência Regional de Flavivírus, pelos órgãos de Vigilância em Saúde ao LACEN/RIO. As amostras com resultado negativo para febre amarela foram encaminhadas ao laboratório de Virologia Molecular do IOC/FIOCRUZ e testadas para detecção de herpesvirus pela técnica de Pan-PCR, que amplifica a região conservada da polimerase (DPOL) e permite a detecção simultânea dos vírus da família Herpesviridae Para confirmar a presença de Alphaherpesvirus humano 1, foi realizado a PCR baseada na amplificação da região conservada da glicoproteína G do vírus e foi realiza a construção da árvore filogenética da região UL 23 para tratamento com Aciclovir em primatas não humanos durante suspeita de surto de herpesviroses. De um total de 283 amostras analisadas, foi encontrado uma prevalência de 34,6% (98/283) para herpesvirus, através do sequenciamento foi detectado o Gammaherpesvirus callitrichine 3 (CalHV-3) em 13% (37/283). O CalHV-3 pode causar doença linfoproliferativa apresentando linfomas de células B, podendo ser fatal. Em 83 indivíduos a prevalência de Alphaherpesvirus humano1 foi de 29,3% (83/283), para vírus humano letal para os macacos do novo mundo e nenhuma amostra apresentou a mutação de resistência ao aciclovir. Além disso, foi observado co-infecção CalHV-1/HHV-1 em 11,6% (33/283). Os resultados deste trabalho contribuiram com a ecoepiodemiologia e reforçam a importância para conscientização da população sobre o manejo das herpesviroses e o estreito contato com os primatas não humanos em espaços públicos e florestais. |
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Bonfim, Flávia Freitas de OliveiraSantos, Renata Carvalho de Oliveira Pires dosChame, MarciaFilippis, Ana Maria Bispo deMares-Guia, Maria Angélica Monteiro de MelloCorrea, Alex PauvolidPaula, Vanessa Salete de2019-07-15T15:13:01Z2019-07-15T15:13:01Z2019BONFIM, Flávia Freitas de Oliveira. Evidência de Alphaherpesvirus humano 1 e Gammaherpesvirus callitrichine 3 em primatas não humanos de vida livre no estado do Rio de Janeiro. 2019. 117 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34096A família Herpesviridae abriga um grande número de vírus que infectam uma diversidade de tipos de animais, inclusive o homem e primatas não humanos. A transmissão dos seres humanos para os primatas não humanos (PNH) pode ocorrer através de arranhões, contato com lesões, saliva infectada e principalmente através de alimentos oferecidos contaminados aos primatas não humanos. A estreita relação entre humanos e primatas não humanos permite esta transmissão entre espécies diferentes. Infecções cruzadas podem levar a uma doença grave ou até a morte, tanto do animal, como do homem. Dentre os herpesvirus que infectam os PNH, alguns podem ser fatais. Em 2017, durante o surto de febre amarela ocorrido no Brasil, principalmente no estado do Rio de Janeiro, grande parte dos primatas não humanos, os Sapajus, Leontopithecus, Alouatta e Callithrix, obtiveram resultado negativo para a infecção que estava ocorrendo. O presente projeto teve como objetivo investigar e detectar a possível circulação de herpesvírus na população de primatas não humanos que foram negativos para a infecção pelo vírus da febre amarela. Os PNHs mortos foram encontrados em várias regiões e municípios do estado do Rio de Janeiro, as amostras foram ecaminhadas ao Laboratório de Referência Regional de Flavivírus, pelos órgãos de Vigilância em Saúde ao LACEN/RIO. As amostras com resultado negativo para febre amarela foram encaminhadas ao laboratório de Virologia Molecular do IOC/FIOCRUZ e testadas para detecção de herpesvirus pela técnica de Pan-PCR, que amplifica a região conservada da polimerase (DPOL) e permite a detecção simultânea dos vírus da família Herpesviridae Para confirmar a presença de Alphaherpesvirus humano 1, foi realizado a PCR baseada na amplificação da região conservada da glicoproteína G do vírus e foi realiza a construção da árvore filogenética da região UL 23 para tratamento com Aciclovir em primatas não humanos durante suspeita de surto de herpesviroses. De um total de 283 amostras analisadas, foi encontrado uma prevalência de 34,6% (98/283) para herpesvirus, através do sequenciamento foi detectado o Gammaherpesvirus callitrichine 3 (CalHV-3) em 13% (37/283). O CalHV-3 pode causar doença linfoproliferativa apresentando linfomas de células B, podendo ser fatal. Em 83 indivíduos a prevalência de Alphaherpesvirus humano1 foi de 29,3% (83/283), para vírus humano letal para os macacos do novo mundo e nenhuma amostra apresentou a mutação de resistência ao aciclovir. Além disso, foi observado co-infecção CalHV-1/HHV-1 em 11,6% (33/283). Os resultados deste trabalho contribuiram com a ecoepiodemiologia e reforçam a importância para conscientização da população sobre o manejo das herpesviroses e o estreito contato com os primatas não humanos em espaços públicos e florestais.The Herpesviridae family harbors a large number of viruses that infect a variety of animal types, including humans and non-human primates. The transmission of humans to non-human primates can occur through contact scratches with lesions, infected saliva and mainly through food contaminated to monkeys. The close relationship between humans and non-human primates allows this transmission between different species. Therefore, cross-infection can lead to severe illness or even death for both the animal and man. In 2017, during yellow fever outbreak in Brazil, mainly in the state of Rio de Janeiro, most of the non-human primates Sapajus, Leontopithecus, Alouatta and Callithrix, were negative yellow fever. The present project aimed to investigate and detect the circulation of herpesviruses in non-human primates that were negative for yellow fever. Liver samples from dead monkeys and marmosets were found in several regions and municipalities of the state of Rio de Janeiro, the samples were sent to the Reference Laboratory of Flavivirus. Samples with negative results for yellow fever were tested for herpesvirus by the Pan-PCR technique, which amplifies the conserved polymerase region (DPOL) and allows the simultaneous detection of Herpesviridae virus. To confirm the presence of Human alphaherpesvirus 1, PCR was performed based on the amplification of the conserved region of the virus G glycoprotein and the construction of the phylogenetic tree of the UL 23 region was performed for treatment with Aciclovir in non-human primates during suspected herpesvirus outbreaks. In the total of primates negative for yellow fever was found 283 samples that were tested and found a prevalence of 34.6% (98/283) for herpesvirus, Callitrichine gamaherpesvirus 3 (CalHV-3) was detected in 13% (37/283), Epstein-Barr homologous virus, in human. CalHV-3 can cause lymphoproliferative disease presenting B-cell lymphomas and can be fatal. In 83 individuals the prevalence of Human alfaherpesvirus 1 was 29.3% (83/283), human virus lethal to the monkeys of the new world and no sample showed mutation of resistance to acyclovi. In addition, CalHV-1 / HHV-1 co-infection was observed in 11.6% (33/283). The results of this work contributed to surveillance and data can be used to raise public awareness of management and close contact with non-human primates in public spaces and forests.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAlphaherpesvirus humano 1Gammaherpesvirus callitrichine 3PrimatasPrimatasHerpesvirus Humano 1GammaherpesvirinaeFebre AmarelaEvidência de Alphaherpesvirus humano 1 e Gammaherpesvirus callitrichine 3 em primatas não humanos de vida livre no estado do Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019Pós-Graduação em Medicina TropicalFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34096/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALflavia_bonfim_ioc_mest_2019.pdfflavia_bonfim_ioc_mest_2019.pdfapplication/pdf4023361https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34096/2/flavia_bonfim_ioc_mest_2019.pdfcb6b79a7751119e3c4411478cfd9584cMD52TEXTflavia_bonfim_ioc_mest_2019.pdf.txtflavia_bonfim_ioc_mest_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain219895https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34096/3/flavia_bonfim_ioc_mest_2019.pdf.txt424ac0c9861f3abe2ceb3ff2ca35c593MD53icict/340962023-09-04 11:49:12.726oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34096Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:12Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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