Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Jackson Mauricio Lopes
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9808
Resumo: A ocorrência de várias espécies de Leishmania, o contínuo aumento das afecções causadas por esses parasitas (formas tegumentares e visceral) e as diferentes situações epidemiológicas encontradas, tanto em regiões de colonização recente quanto antiga, com tendência à urbanização, vem requerendo a adoção de diferentes estratégias para o controle dessas endemias no Brasil. Baseado em dados de notificação do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), avaliou-se a situação da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e Leishmaniose Visceral Americana (LVA) por municípios e as perspectivas de seu controle. Em relação à LTA, observou-se um coeficiente de detecção (CD) variável entre 10,45 e 22,9 por 100.000 habitantes; mostrando uma expansão geográfica do referido agravo. A região Norte destacou-se com 34,9% do total de casos, com risco da população adoecer de 92,3/100.000 habitantes (cinco vezes a média nacional). A expansão do Centro-Oeste correspondeu à segunda maior em CD, com uma média de 38,8/100.000 habitantes; sendo seguida pela região Nordeste, com 30,8/100.000 habitantes, para o ano de 1995, contribuindo com o 2o maior número de casos do país (28%), porém com risco da população adoecer de 19,7/100.000 habitantes As demais regiões (Sudeste e Sul) não desempenharam papel preocupante quando se tratou da distribuição dos casos em nosso país. No que diz respeito à LVA, observou-se que, nos últimos dez anos, a média anual de casos foi de 3.156 casos, e a incidência de dois casos/100.000 habitantes A faixa etária mais predisposta a desenvolver a doença são os menores de 10 anos (54,4%), sendo 41% dos casos registrados em menores de 5 anos. O sexo masculino é proporcionalmente o mais afetado. Os dados epidemiológicos dos últimos dez anos revelaram a peri-urbanização e urbanização da LVA em nosso país. As perspectivas de controle da doença são complexas, requerendo esforços junto às comunidades, envolvendo educação, provisão de informações, promoção de saúde, devendo ser específicas, conforme a situação epidemiológica de cada região. O conhecimento do maior numero de casos suspeitos, diagnóstico e tratamento precoces, identificação do agente etiológico, conhecimento das áreas de transmissão e redução do contato homem vetor por meio de medidas específicas devem ser destacados.
id CRUZ_63fea24f17d4a28b33cf9eb39446b972
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/9808
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Costa, Jackson Mauricio Lopes2015-03-23T14:37:07Z2015-03-23T14:37:07Z2005COSTA, J. M. L. Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil. Gazeta Médica da Bahia, v. 75, n.1, p.3-17, 2005.0016-545Xhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9808A ocorrência de várias espécies de Leishmania, o contínuo aumento das afecções causadas por esses parasitas (formas tegumentares e visceral) e as diferentes situações epidemiológicas encontradas, tanto em regiões de colonização recente quanto antiga, com tendência à urbanização, vem requerendo a adoção de diferentes estratégias para o controle dessas endemias no Brasil. Baseado em dados de notificação do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), avaliou-se a situação da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e Leishmaniose Visceral Americana (LVA) por municípios e as perspectivas de seu controle. Em relação à LTA, observou-se um coeficiente de detecção (CD) variável entre 10,45 e 22,9 por 100.000 habitantes; mostrando uma expansão geográfica do referido agravo. A região Norte destacou-se com 34,9% do total de casos, com risco da população adoecer de 92,3/100.000 habitantes (cinco vezes a média nacional). A expansão do Centro-Oeste correspondeu à segunda maior em CD, com uma média de 38,8/100.000 habitantes; sendo seguida pela região Nordeste, com 30,8/100.000 habitantes, para o ano de 1995, contribuindo com o 2o maior número de casos do país (28%), porém com risco da população adoecer de 19,7/100.000 habitantes As demais regiões (Sudeste e Sul) não desempenharam papel preocupante quando se tratou da distribuição dos casos em nosso país. No que diz respeito à LVA, observou-se que, nos últimos dez anos, a média anual de casos foi de 3.156 casos, e a incidência de dois casos/100.000 habitantes A faixa etária mais predisposta a desenvolver a doença são os menores de 10 anos (54,4%), sendo 41% dos casos registrados em menores de 5 anos. O sexo masculino é proporcionalmente o mais afetado. Os dados epidemiológicos dos últimos dez anos revelaram a peri-urbanização e urbanização da LVA em nosso país. As perspectivas de controle da doença são complexas, requerendo esforços junto às comunidades, envolvendo educação, provisão de informações, promoção de saúde, devendo ser específicas, conforme a situação epidemiológica de cada região. O conhecimento do maior numero de casos suspeitos, diagnóstico e tratamento precoces, identificação do agente etiológico, conhecimento das áreas de transmissão e redução do contato homem vetor por meio de medidas específicas devem ser destacados.The existence of a number of different species of Leishmania, the persistent increase in the infection rate of diseases caused by this parasite (both tegumentary and visceral forms of the disease), the different epidemiological status of regions where settlement has been long established or is more recent, and the trend towards urbanization have led to the adoption of different strategies for the control of leishmaniasis in Brazil. The current status of American tegumentary leishmaniasis (ATL) and American visceral leishmaniasis (AVL) was evaluated in the municipalities based on the records of the Health and Sanitation Department of the Ministry of Health, and the perspectives for controlling these diseases were assessed. With respect to ATL, the incidence coefficient (IC) ranged from 10.45 to 22.9 per 100,000 inhabitants, clearly demonstrating a geographical expansion of the disease. The northern region has 34.9% of the total cases in the country and a population hazard of acquiring the disease of 92.3/100,000 inhabitants, five times the national average. The central-west of the country is the region with the second highest IC, with a mean of 38.8/100,000 inhabitants (followed by the northeast with 30.8/100,000 inhabitants in 1995) contributing with the second largest number of cases in the country (28%), and a risk of acquiring the disease of 19.7/100,000 inhabitants. In the other regions (the south and south-east of the country) there was a low incidence of the disease. With respect to AVL, an average of 3,156 cases per year has been observed over the past ten years, an incidence of two cases/100,000 inhabitants. Children up to ten years of age are most affected by the disease (54.4%), while 41% of reported cases are in children under 5 years of age. The incidence of the disease is higher in males. Epidemiological data for the past ten years show the peri-urbanization and urbanization of AVL in this country. The perspectives for controlling the spread of the disease are complex, comprising efforts within communities, education, provision of information and promotion of health. Efforts should be specific, depending on the epidemiological status of each region. Data on the number of suspected cases, diagnosis and early treatment, identification of the causative agent, identification of the areas of transmission and efforts aimed at reducing the contacts between man and vector are specific preventive measures that should be implemented.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, BrasilporFaculdade de Medicina da Universidade Federal da BahiaLeishmaniose tegumentar americanaLeishmaniose visceral americanaMinistério da SaúdeControleBrasilAmerican tegumentary leishmaniasis,American visceral leishmaniasisMinistry of HealthControlBrazilEpidemiologia das Leishmanioses no BrasilEpidemiology of the Leishmaniasis in Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82352https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9808/1/license.txtafbdf7d7a9bcf771a1cc7edf5f618413MD51ORIGINALCosta JML Epidemiologia das leishmanioses....pdfCosta JML Epidemiologia das leishmanioses....pdfapplication/pdf370824https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9808/2/Costa%20JML%20Epidemiologia%20das%20leishmanioses....pdf655985bc118727af1ab1560a35f476f0MD52TEXTCosta JML Epidemiologia das leishmanioses....pdf.txtCosta JML Epidemiologia das leishmanioses....pdf.txtExtracted texttext/plain55057https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9808/3/Costa%20JML%20Epidemiologia%20das%20leishmanioses....pdf.txt80ba5c35944a1060e445a8e53f89cc38MD53icict/98082023-03-15 14:33:27.653oai:www.arca.fiocruz.br:icict/9808Q0VTU8ODTyBOw4NPLUVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKQ0VERSBlIFRSQU5TRkVSRSwgdG90YWwgZSBncmF0dWl0YW1lbnRlLCDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVosIGVtIGNhcsOhdGVyIHBlcm1hbmVudGUsIGlycmV2b2fDoXZlbCBlIE7Dg08gRVhDTFVTSVZPLCAKdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08gQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcyAKZGUgdm96IGUgaW1hZ2VtIHZpbmN1bGFkb3Mgw6AgT0JSQSwgZHVyYW50ZSB0b2RvIG8gcHJhem8gZGUgZHVyYcOnw6NvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZW0gcXVhbHF1ZXIgaWRpb21hIGUgZW0gdG9kb3Mgb3MgcGHDrXNlczsKICAgICAgICAKQUNFSVRBIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gdG90YWwgbsOjbyBleGNsdXNpdmEsIHBlcm1hbmVudGUgZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXMgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIApkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciAKbWVpbyBvdSB2ZcOtY3VsbywgaW5jbHVzaXZlIGVtIFJlcG9zaXTDs3Jpb3MgRGlnaXRhaXMsIGJlbSBjb21vIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHJlcHJvZHXDp8OjbywgZXhpYmnDp8OjbywgZXhlY3XDp8OjbywgZGVjbGFtYcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgCmFycXVpdmFtZW50bywgaW5jbHVzw6NvIGVtIGJhbmNvIGRlIGRhZG9zLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBkaWZ1c8OjbywgZGlzdHJpYnVpw6fDo28sIGRpdnVsZ2HDp8OjbywgZW1wcsOpc3RpbW8sIHRyYWR1w6fDo28sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyAKb2JyYXMgb3UgY29sZXTDom5lYXMsIHJldXRpbGl6YcOnw6NvLCBlZGnDp8OjbywgcHJvZHXDp8OjbyBkZSBtYXRlcmlhbCBkaWTDoXRpY28gZSBjdXJzb3Mgb3UgcXVhbHF1ZXIgZm9ybWEgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIG7Do28gY29tZXJjaWFsOwogICAgICAgIApSRUNPTkhFQ0UgcXVlIGEgY2Vzc8OjbyBhcXVpIGVzcGVjaWZpY2FkYSBjb25jZWRlIMOgIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiBvIGRpcmVpdG8gZGUgYXV0b3JpemFyIHF1YWxxdWVyIHBlc3NvYSDigJMgZsOtc2ljYSAKb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdSBlc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlciAKZmluYWxpZGFkZXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzOwogICAgICAgIApERUNMQVJBIHF1ZSBhIG9icmEgw6kgY3JpYcOnw6NvIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIMOpIG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXF1aSBjZWRpZG9zIGUgYXV0b3JpemFkb3MsIHJlc3BvbnNhYmlsaXphbmRvLXNlIGludGVncmFsbWVudGUgCnBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwgaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIAppbmRlbml6YXIgdGVyY2Vpcm9zIHBvciBkYW5vcywgYmVtIGNvbW8gaW5kZW5pemFyIGUgcmVzc2FyY2lyIGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIGRlIGV2ZW50dWFpcyBkZXNwZXNhcyBxdWUgdmllcmVtIGEgCnN1cG9ydGFyLCBlbSByYXrDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgb2ZlbnNhIGEgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgb3UgZGlyZWl0b3MgZGUgdm96IG91IGltYWdlbSwgcHJpbmNpcGFsbWVudGUgbm8gcXVlIGRpeiByZXNwZWl0byBhIHBsw6FnaW8gCmUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CiAgICAgICAgCkFGSVJNQSBxdWUgY29uaGVjZSBhIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBlIGFzIGRpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIGZ1bmNpb25hbWVudG8gZG8gcmVwb3NpdMOzcmlvIAppbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EKRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-03-15T17:33:27Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Epidemiology of the Leishmaniasis in Brazil
title Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil
spellingShingle Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil
Costa, Jackson Mauricio Lopes
Leishmaniose tegumentar americana
Leishmaniose visceral americana
Ministério da Saúde
Controle
Brasil
American tegumentary leishmaniasis,
American visceral leishmaniasis
Ministry of Health
Control
Brazil
title_short Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil
title_full Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil
title_fullStr Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil
title_full_unstemmed Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil
title_sort Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil
author Costa, Jackson Mauricio Lopes
author_facet Costa, Jackson Mauricio Lopes
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Costa, Jackson Mauricio Lopes
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Leishmaniose tegumentar americana
Leishmaniose visceral americana
Ministério da Saúde
Controle
Brasil
topic Leishmaniose tegumentar americana
Leishmaniose visceral americana
Ministério da Saúde
Controle
Brasil
American tegumentary leishmaniasis,
American visceral leishmaniasis
Ministry of Health
Control
Brazil
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv American tegumentary leishmaniasis,
American visceral leishmaniasis
Ministry of Health
Control
Brazil
description A ocorrência de várias espécies de Leishmania, o contínuo aumento das afecções causadas por esses parasitas (formas tegumentares e visceral) e as diferentes situações epidemiológicas encontradas, tanto em regiões de colonização recente quanto antiga, com tendência à urbanização, vem requerendo a adoção de diferentes estratégias para o controle dessas endemias no Brasil. Baseado em dados de notificação do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), avaliou-se a situação da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e Leishmaniose Visceral Americana (LVA) por municípios e as perspectivas de seu controle. Em relação à LTA, observou-se um coeficiente de detecção (CD) variável entre 10,45 e 22,9 por 100.000 habitantes; mostrando uma expansão geográfica do referido agravo. A região Norte destacou-se com 34,9% do total de casos, com risco da população adoecer de 92,3/100.000 habitantes (cinco vezes a média nacional). A expansão do Centro-Oeste correspondeu à segunda maior em CD, com uma média de 38,8/100.000 habitantes; sendo seguida pela região Nordeste, com 30,8/100.000 habitantes, para o ano de 1995, contribuindo com o 2o maior número de casos do país (28%), porém com risco da população adoecer de 19,7/100.000 habitantes As demais regiões (Sudeste e Sul) não desempenharam papel preocupante quando se tratou da distribuição dos casos em nosso país. No que diz respeito à LVA, observou-se que, nos últimos dez anos, a média anual de casos foi de 3.156 casos, e a incidência de dois casos/100.000 habitantes A faixa etária mais predisposta a desenvolver a doença são os menores de 10 anos (54,4%), sendo 41% dos casos registrados em menores de 5 anos. O sexo masculino é proporcionalmente o mais afetado. Os dados epidemiológicos dos últimos dez anos revelaram a peri-urbanização e urbanização da LVA em nosso país. As perspectivas de controle da doença são complexas, requerendo esforços junto às comunidades, envolvendo educação, provisão de informações, promoção de saúde, devendo ser específicas, conforme a situação epidemiológica de cada região. O conhecimento do maior numero de casos suspeitos, diagnóstico e tratamento precoces, identificação do agente etiológico, conhecimento das áreas de transmissão e redução do contato homem vetor por meio de medidas específicas devem ser destacados.
publishDate 2005
dc.date.issued.fl_str_mv 2005
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-03-23T14:37:07Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-03-23T14:37:07Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv COSTA, J. M. L. Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil. Gazeta Médica da Bahia, v. 75, n.1, p.3-17, 2005.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9808
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 0016-545X
identifier_str_mv COSTA, J. M. L. Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil. Gazeta Médica da Bahia, v. 75, n.1, p.3-17, 2005.
0016-545X
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9808
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia
publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9808/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9808/2/Costa%20JML%20Epidemiologia%20das%20leishmanioses....pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9808/3/Costa%20JML%20Epidemiologia%20das%20leishmanioses....pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv afbdf7d7a9bcf771a1cc7edf5f618413
655985bc118727af1ab1560a35f476f0
80ba5c35944a1060e445a8e53f89cc38
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324694505488384