Anemia em crianças e mulheres indígenas no Brasil: revisão sistemática

• Autor(a) principal: Lício, Juliana Souza Andrade
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: Fávaro, Thatiana Regina, Chaves, Célia Regina Moutinho de Miranda
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57614
• topic: Anemia ferropriva; Deficiência de ferro; Saúde de populações indígenas; Iron-deficiency anemia; Iron deficiency; Health of indigenous peoples

A anemia ferropriva pode ser considerada a mais importante carência nutricional no Brasil. O objetivo deste artigo foi realizar uma revisão sistemática da literatura sobre anemia em mulheres e crianças indígena no Brasil, com vistas a reunir informações relevantes sobre os fatores associados, assim como a frequência do agravo nesta população. Realizou-se busca nas bases bibliográficas Pubmed, Scopus e Lilacs, além do Portal de Teses em Saúde Pública da BVS. Foram selecionados 17 estudos. As prevalências de anemia encontradas variaram de 23,1% a 74,6%; 42,9% a 92,3% e de 29,6% a 84% para crianças na idade seis a 119 meses, de seis a 23 meses e de seis a 59 meses, respectivamente. Os dois estudos que foram realizados especificamente com mulheres em idade fértil encontraram taxas de 67% nas Suruí e de 16,1% entre as Xukuru do Ororubá. A maioria dos autores relaciona a maior prevalência da anemia às condições sanitárias impróprias, às dietas insuficientes em ferro e micronutrientes essenciais e à falta de acesso aos serviços básicos de saúde. Houve um perceptível aumento substancial das pesquisas ao longo dos últimos vinte anos, cujos achados evidenciam a importância de se resolver o problema da anemia entre os povos indígenas investigados.