Adiamento da maternidade: ser mãe depois dos 35 anos
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5325 |
Resumo: | Este estudo se propõe a discutir o fenômeno do adiamento da maternidade para após os 35 anos, relacionando-o ao processo de Destradicionalização Social, que vem ocorrendo em todas as esferas da vida cotidiana – inclusive, no contexto sóciofamiliar brasileiro. Independente das transformações no ethos da maternidade, o discurso médico define, a partir do enfoque de risco, o que é “normal” e “anormal” nos comportamentos reprodutivos. Com base nestes pressupostos analisamos as percepções das mulheres que adiaram a maternidade, para depois dos 35 anos, em relação ao relacionamento afetivo-familiar, ao trabalho, a gravidez e à maternidade. Foram realizadas, no Ambulatório de Pré-Natal do Hospital Universitário Pedro Ernesto (entre julho e outubro/1998), nove entrevistas com gestantes entre 36 e 39 anos, não portadoras de doenças crônicas ou intercorrências físico-clínicas. Os resultados deste estudo, qualitativo, indicam que o processo modernizador e as conseqüentes mudanças nos tradicionais padrões familiares, imprimem suas marcas na experiência da maternidade. Essa revisão de valores, referentes à função feminina e ao papel materno acompanha a incorporação da mulher ao mercado de trabalho e o crescente peso do capital escolar. Tornou-se possível concluir ainda, que em função dos valores atuais, o “ser mãe” para algumas mulheres não é mais percebido como o único objetivo, já que o trabalho é fonte de realização pessoal. |
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Teixeira, Eliane Tavares NatividadeBodstein, Regina Cele de Andrade2012-09-06T01:12:27Z2012-09-06T01:12:27Z1999TEIXEIRA, Eliane Tavares Natividade. Adiamento da maternidade: ser mãe depois dos 35 anos. 1999. 77 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 1999.BR526.1; R612.63, T266ahttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5325Este estudo se propõe a discutir o fenômeno do adiamento da maternidade para após os 35 anos, relacionando-o ao processo de Destradicionalização Social, que vem ocorrendo em todas as esferas da vida cotidiana – inclusive, no contexto sóciofamiliar brasileiro. Independente das transformações no ethos da maternidade, o discurso médico define, a partir do enfoque de risco, o que é “normal” e “anormal” nos comportamentos reprodutivos. Com base nestes pressupostos analisamos as percepções das mulheres que adiaram a maternidade, para depois dos 35 anos, em relação ao relacionamento afetivo-familiar, ao trabalho, a gravidez e à maternidade. Foram realizadas, no Ambulatório de Pré-Natal do Hospital Universitário Pedro Ernesto (entre julho e outubro/1998), nove entrevistas com gestantes entre 36 e 39 anos, não portadoras de doenças crônicas ou intercorrências físico-clínicas. Os resultados deste estudo, qualitativo, indicam que o processo modernizador e as conseqüentes mudanças nos tradicionais padrões familiares, imprimem suas marcas na experiência da maternidade. Essa revisão de valores, referentes à função feminina e ao papel materno acompanha a incorporação da mulher ao mercado de trabalho e o crescente peso do capital escolar. Tornou-se possível concluir ainda, que em função dos valores atuais, o “ser mãe” para algumas mulheres não é mais percebido como o único objetivo, já que o trabalho é fonte de realização pessoal.The present study has the purpose of discussing the phenomenon of the postponement of maternity to the age of 35 years aged of, relating this process to the Social Destraditionalization, which is taking place in all everyday’s spheres, inclusively in Brazilian social-familiar context. Apart from the changes in the ethos of maternity, the medical speech defines, from the risk focus, what is normal and abnormal in the reproductive behavior. Based on such assumptions we analysed the perception of women who postponed maternity to the age of 35 years, associating that to the affective-familiar relationship, work, pregnancy and mothernity. We interviewed nine pregnant women between 35 and 39 years old in the Ambulatory of the Hospital Universitário Pedro Ernesto from july to october of 1998, who had no chronic illness or physical-clinicalintercurrency. The results of this qualitative study points out that the modernizing process and its changes in the traditional familiar standard, influences the experience of maternity. This review of values which reters to the female functions and the mother role follows to the incorporation of women to the job market and the steady increase of the school capital. We were also able to conclude that because of the current values, “being mother” to some women is no longer realized as the only aim in life, seeing that work is as personal achievements.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porProcesso ModernizadorDestradicionalização SocialAdiamento da MaternidadeAlto Risco GestacionalDiscurso Médico-NormativoModernizing ProcessSocial DestraditionalizationPostponement of MaternityHigh Risk PregnancyNormative-Medical SpeechGravidezTrabalho FemininoIdade Materna Acima de 35Planejamento FamiliarAdiamento da maternidade: ser mãe depois dos 35 anosPostponement of the maternityinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.MestreRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5325/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALENSP_Dissertação_Teixeira_Eliane Tavares Natividade.pdfapplication/pdf641826https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5325/2/ENSP_Disserta%c3%a7%c3%a3o_Teixeira_Eliane%20Tavares%20Natividade.pdf2dfa402b4643fbeb63eb472871487783MD52TEXTENSP_Dissertação_Teixeira_Eliane Tavares Natividade.pdf.txtENSP_Dissertação_Teixeira_Eliane Tavares Natividade.pdf.txtExtracted texttext/plain156889https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5325/5/ENSP_Disserta%c3%a7%c3%a3o_Teixeira_Eliane%20Tavares%20Natividade.pdf.txtd527db13e49dff94701d73bf0fda40d8MD55THUMBNAILENSP_Dissertação_Teixeira_Eliane Tavares Natividade.pdf.jpgENSP_Dissertação_Teixeira_Eliane Tavares Natividade.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1157https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5325/4/ENSP_Disserta%c3%a7%c3%a3o_Teixeira_Eliane%20Tavares%20Natividade.pdf.jpge1c60774af1bda1ba33facbac36ae00eMD54icict/53252023-01-17 14:41:09.052oai:www.arca.fiocruz.br:icict/5325Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T17:41:09Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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