Geoia e ecologia da Leishmaniose Tegumentar no Estado do Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Benevenuto Junior, Pedro
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4939
Resumo: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa de evolução crônica, causada por protozoários do gênero Leishmania, que pode acometer pele e mucosas do nariz, boca, faringe e laringe, isoladamente ou não. É uma zoonose transmitida por insetos, genericamente conhecidos como flebotomíneos, popularmente chamados de mosquito palha, cangalhinha, tatuquira, etc. A Organização Mundial de Saúde (OMS) inclui a LTA entre as seis doenças infecciosas e parasitárias prioritárias para ações de controle, pelo seu potencial epidêmico. Com o objetivo de tentar melhor compreender a epidemiologia da Leishmaniose Tegumentar Americana no estado do Espírito Santo, realizou-se um estudo do número de casos acontecidos no período de 1989 a 1998 por município, utilizando-se Sistemas de Informação Geográficas – SIG. Foram calculadas as taxas de incidência por Município, considerando os limites administrativos de 1991, tomando-se por base os dados como são registrados pela Fundação Nacional de Saúde (Regional Espírito Santo) e a população fornecida pelo IBGE. Foi feita a regularização da série temporal através de Médias Móveis de 5 meses, para diminuir a flutuação dos dados, e feito também a modelagem da tendência através de polinômio de terceiro grau. Utilizando-se alguns tipos de análise, fizeram-se as projeções em mapas, ano a ano categorizando de acordo com os parâmetros utilizados pela FNS para classificar Taxas Baixas, Médias, Altas e Muito Altas e estudar o comportamento espacial da Leishmaniose Tegumentar Americana por município. Para a análise espacial considerando o número de casos, as respectivas taxas de incidência e suas relações com as variáveis ambientais, utilizou-se o SIG Arc-View, através de mapas coropléticos com sobreposição de camadas, além do software S-Plus para utilizarse o Estimador de Kernel para alisamento dos dados no sentido de se determinar as “Áreas Quentes” e verificar a intensidade do evento em relação a área estudada. Dos 67 municípios existentes no Espírito Santo em 1991, 52 já possuiam casos registrados de LTA, segundo registros da Fundação Nacional de Saúde (FNS). As incidências no período estudado variam de 23/100.00 no ano de 1989, aumentando para 33,09 em 1993, baixando progressivamente para 8,7 em 1996 e subindo novamente para 20,41 em 1998. Segundo critérios utilizados pela FNS, a incidência menor que 3/100.00 é considerada baixa, de 3 a 11 é considerada média, de 11 a 71 é considerada alta e acima de 71 é muito alta. O E.S. tem se mantido na maior parte dos anos estudados, na faixa de incidência alta. Na série temporal estudada, observou-se não haver sazonalidade definida, porém notou-se uma aparente ciclicidade que necessita melhor investigação. Na análise dos resultados, as áreas que mais se destacam pela intensidade do evento em todo o período estudado são a área sob influência de Afonso Cláudio e Santa Leopoldina e a área sob influência da região metropolitana de Vitória (pela intensidade nos municípios de Viana, Cariacica e em alguns anos de Fundão). Apesar de se considerar algumas possíveis e necessárias correções, a maior parte dos casos mapeados de LTA no Espírito Santo são explicados pelo modelo ambiental de Falqueto. Observou-se que apesar dos problemas na qualidade dos registros encontrados, os dados existentes podem ser utilizados para estudos da LTA, tomando-se cuidados para não enviesar os resultados. No caso de doenças de “micro-climas”, como é o caso da LTA, é fundamental a “microlocalização” dos casos, ou seja, o georreferenciamento dos mesmos, que pode ser trabalhado pelos próprios municípios, com a utilização de SIG, visando facilitar a compreensão do problema. A utilização de Taxas de Incidência por município não é suficiente para explicar o comportamento da doença, dado que ela não se espalha homogeneamente no território. A análise deve ser feita usando todas as técnicas possíveis, inclusive com a utilização de dados relacionados aos setores censitários rurais e urbanos, visando um “novo olhar” epidemiológico possibilitado pela utilização do SIG.
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spelling Benevenuto Junior, PedroCarvalho, Marília Sá2012-09-06T01:11:40Z2012-09-06T01:11:40Z2000BENEVENUTO JUNIOR, Pedro. Geografia e ecologia da Leishmaniose Tegumentar no Estado do Espírito Santo. 2000. 82 p. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2000.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4939A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa de evolução crônica, causada por protozoários do gênero Leishmania, que pode acometer pele e mucosas do nariz, boca, faringe e laringe, isoladamente ou não. É uma zoonose transmitida por insetos, genericamente conhecidos como flebotomíneos, popularmente chamados de mosquito palha, cangalhinha, tatuquira, etc. A Organização Mundial de Saúde (OMS) inclui a LTA entre as seis doenças infecciosas e parasitárias prioritárias para ações de controle, pelo seu potencial epidêmico. Com o objetivo de tentar melhor compreender a epidemiologia da Leishmaniose Tegumentar Americana no estado do Espírito Santo, realizou-se um estudo do número de casos acontecidos no período de 1989 a 1998 por município, utilizando-se Sistemas de Informação Geográficas – SIG. Foram calculadas as taxas de incidência por Município, considerando os limites administrativos de 1991, tomando-se por base os dados como são registrados pela Fundação Nacional de Saúde (Regional Espírito Santo) e a população fornecida pelo IBGE. Foi feita a regularização da série temporal através de Médias Móveis de 5 meses, para diminuir a flutuação dos dados, e feito também a modelagem da tendência através de polinômio de terceiro grau. Utilizando-se alguns tipos de análise, fizeram-se as projeções em mapas, ano a ano categorizando de acordo com os parâmetros utilizados pela FNS para classificar Taxas Baixas, Médias, Altas e Muito Altas e estudar o comportamento espacial da Leishmaniose Tegumentar Americana por município. Para a análise espacial considerando o número de casos, as respectivas taxas de incidência e suas relações com as variáveis ambientais, utilizou-se o SIG Arc-View, através de mapas coropléticos com sobreposição de camadas, além do software S-Plus para utilizarse o Estimador de Kernel para alisamento dos dados no sentido de se determinar as “Áreas Quentes” e verificar a intensidade do evento em relação a área estudada. Dos 67 municípios existentes no Espírito Santo em 1991, 52 já possuiam casos registrados de LTA, segundo registros da Fundação Nacional de Saúde (FNS). As incidências no período estudado variam de 23/100.00 no ano de 1989, aumentando para 33,09 em 1993, baixando progressivamente para 8,7 em 1996 e subindo novamente para 20,41 em 1998. Segundo critérios utilizados pela FNS, a incidência menor que 3/100.00 é considerada baixa, de 3 a 11 é considerada média, de 11 a 71 é considerada alta e acima de 71 é muito alta. O E.S. tem se mantido na maior parte dos anos estudados, na faixa de incidência alta. Na série temporal estudada, observou-se não haver sazonalidade definida, porém notou-se uma aparente ciclicidade que necessita melhor investigação. Na análise dos resultados, as áreas que mais se destacam pela intensidade do evento em todo o período estudado são a área sob influência de Afonso Cláudio e Santa Leopoldina e a área sob influência da região metropolitana de Vitória (pela intensidade nos municípios de Viana, Cariacica e em alguns anos de Fundão). Apesar de se considerar algumas possíveis e necessárias correções, a maior parte dos casos mapeados de LTA no Espírito Santo são explicados pelo modelo ambiental de Falqueto. Observou-se que apesar dos problemas na qualidade dos registros encontrados, os dados existentes podem ser utilizados para estudos da LTA, tomando-se cuidados para não enviesar os resultados. No caso de doenças de “micro-climas”, como é o caso da LTA, é fundamental a “microlocalização” dos casos, ou seja, o georreferenciamento dos mesmos, que pode ser trabalhado pelos próprios municípios, com a utilização de SIG, visando facilitar a compreensão do problema. A utilização de Taxas de Incidência por município não é suficiente para explicar o comportamento da doença, dado que ela não se espalha homogeneamente no território. A análise deve ser feita usando todas as técnicas possíveis, inclusive com a utilização de dados relacionados aos setores censitários rurais e urbanos, visando um “novo olhar” epidemiológico possibilitado pela utilização do SIG.The disease American Cutaneous Leishmaniasis is a infectious disease of chronic evolution, caused by protozoa of the Leishmania gender, that affect skin and the mucus of nose, mouth pharynx and larynx, simultaneously or not. It is a zoonosis transmitted by insect, generically know as Fletotomíneos, popularly called Mosquito Palha, Cangalhinha, and Tatuquira". The World Health Organization (WHO) includes the American Cutaneous Leishmaniasis among the six infectious parasitarian diseases with a priority for control actions against it to be engaged, since its epidemic potential. With the objective of trying to better understand the epidemic of American Cutaneous Leishmaniasis at Espirito Santo state - Brazil, it was done a study of the cases that happened in between 1989 and 1998, in each county, utilizing the Geographic Information Systems - GIS. There has been calculated the incidence rates of the disease by county, considering the administrative borders of 1991, based the data as registered in the database of the National Foundation of Health (Espírito Santo) and with the population given by the Brazilian Institute of Geography and Statistics. It was made a regulation of the temporal series, using the 5 months mobile media, to decrease the fluctuation of the data, and it was also done the modeling of the tendency using the third degree polynomial. By doing some kinds of analyze, it was done some projections in maps, year by year, using the categories of the parameter defined by National Foundation of Health to classify low, medium, high and very high infection rates of American Cutaneous Leishmaniasis and to study the spatial behavior by county. For the spatial analyze considering the number of cases, the respective rate of incidence and their relations with the environmental variables, it was used the GIS Arc View, through coropletic maps with multiple layers, and also the software S-Plus to use the Kernel estimator to filter the data, in a way to find the "hot spots" and to verify the intensity of the event in relation to the studied area. Of the 67 counties that exited in Espírito Santo State in 1991, 52 already had cases of American Cutaneous Leishmaniasis, according to the National Foundation of Health records. The incidence of American Cutaneous Leishmaniasis in the period studied vary from 23/100.00 at the year of 1989 rising to 33,09 in 1993, dropping progressively to 8,7 in 1996 and raising again to 20,41 in 1998. According to the criteria utilized by the National Foundation of Health, the incidence less than 3/100.00 is considered to be low, in between 3 and 11 it is considered medium, from 11 until 71 is considered high and above 71 is very high. The Espírito Santo State has been kept in the majority of the years studied, at the high incidence category. From the temporal series studied, was observed not to have a sazonality defined, but it was observed an apparent cyclicity that needs a better investigation. At the data analyzes, the areas that mostly came over or attention by the intensity of the event during all the period of the study, are the areas under the influence of Afonso Cláudio and Santa Leopoldina counties, and the area under the influence of Vitória metropolitan region (by the intensity in the counties of Viana, Cariacica and in some years, Fundão). Despite the need for some more possible and necessary corrections, the environmental model of Falqueto explains most of the cases mapped of American Cutaneous Leishmaniasis in Espírito Santo. It was observed that despite the problems with the quality of the records found, the existing data can be used to study American Cutaneous Leishmaniasis, but caution is necessary. With "micro climates" diseases, like the American Cutaneous Leishmaniasis, it is of fundamental importance the "micro localization" of the cases, what could be done by the counties themselves, using the GIS, to better comprehend the problem. The utilization of incidence rates by county is not enough to explain the behavior of the disease, since it does not spread homogeneously at the territory. The analyze should be done using every possible technique, including the utilization of data relationed to the rural and urban census, to give us a new epidemiological look given by the use of GIS resources.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porGeoia e ecologia da Leishmaniose Tegumentar no Estado do Espírito SantoGeography and ecology of the American Cutaneous Leishmaniaisis in Espírito Santo Stateinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.MestreRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaGeographic Information SystemsLeishmaniasis, Diffuse CutaneousIncidenceSistemas de Informação GeográficaLeishmaniose Tegumentar DifusaIncidênciainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4939/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALpedro_benevenuto_júnior_ensp_mest_2000.pdfapplication/pdf2208383https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4939/2/pedro_benevenuto_j%c3%banior_ensp_mest_2000.pdf635f306a24f3f4622676b8f32494f657MD52TEXT173.pdf.txt173.pdf.txtExtracted texttext/plain111456https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4939/5/173.pdf.txtbb6194f259c98753ab65fee64d905852MD55pedro_benevenuto_júnior_ensp_mest_2000.pdf.txtpedro_benevenuto_júnior_ensp_mest_2000.pdf.txtExtracted texttext/plain111375https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4939/6/pedro_benevenuto_j%c3%banior_ensp_mest_2000.pdf.txt43e166eba50c3f1b3edddaefce515ee6MD56THUMBNAIL173.pdf.jpg173.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg995https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4939/4/173.pdf.jpgcc8ea6c7cc38b91dc171fffd9b740625MD54icict/49392023-01-17 14:37:57.96oai:www.arca.fiocruz.br:icict/4939Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T17:37:57Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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