Percepções e manejo da saúde por jovens de uma cidade do estado do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59913 |
Resumo: | O conceito de saúde vem sendo discutido há muitos anos sob diversas perspectivas. Em meio à constatação de que o modelo biomédico é insuficiente no suprimento das necessidades humanas e intervenção nos determinantes e condicionantes envolvidos no processo saúde-doença, surge o campo da Promoção da Saúde. Ele traz alguns pressupostos, dos quais um deles refere-se à capacitação da comunidade, destacando o protagonismo e autonomia dos indivíduos na condução do seu processo de melhoria da qualidade de vida e de saúde. Considerando que os comportamentos e escolhas feitas na juventude têm impacto ao longo da vida, é necessário haver uma maior compreensão das concepções que os jovens têm sobre saúde, pois a maneira como é percebida influencia em seu manejo. O objetivo da presente investigação é analisar como os jovens de uma cidade do estado do Rio de Janeiro percebem a saúde e manejam questões relacionadas a ela. Foi realizado estudo exploratório com abordagem qualitativa, empregando-se a triangulação das técnicas de entrevista semiestruturada e análise documental. Os entrevistados foram jovens de 18 a 29 anos residentes na área adscrita de dois postos da Estratégia de Saúde da Família em uma cidade do estado do Rio de Janeiro e os documentos analisados foram aqueles pertencentes ao Repositório de Políticas Públicas de Juventude (Subsistema de Políticas Públicas) do Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve). Os resultados revelaram que os jovens percebem a saúde a partir do prisma biomédico, manejando-a de forma prescritiva e condicionada às regras pré-estabelecidas. Há um afastamento deste público dos serviços de saúde, bem como ruídos de comunicação na relação dos jovens com os profissionais de saúde. O principal meio de obtenção de informações sobre a temática ocorre por meio da internet, seguido de colegas e familiares. Os documentos governamentais não dialogam diretamente com as juventudes e demonstram-se ineficazes no direcionamento dos profissionais de saúde às práticas de estímulo à autonomia e de reconhecimento das juventudes em sua pluralidade. Isto posto, é relevante debruçar-se sobre a diversidade dos jovens, reconhecendo os como sujeitos de direito e empregando novas pesquisas com eles e não para eles. Reconhecer a necessidade de utilizar novas estratégias para promover saúde através de meios que se comunicam de maneira mais atrativa e efetiva com as juventudes com vistas à auxiliar na superação do modelo biomédico vigente que cerceia as possibilidades do cuidado de si, do empoderamento e do desenvolvimento da literacia em saúde são fundamentais para a promoção da saúde. |
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Gonçalves, Joyce AraújoTavares, Maria de Fátima Lobato2023-08-07T17:43:38Z2023-08-07T17:43:38Z2023GONÇALVES, Joyce Araújo. Percepções e manejo da saúde por jovens de uma cidade do estado do Rio de Janeiro. 2023. 109 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2023.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59913O conceito de saúde vem sendo discutido há muitos anos sob diversas perspectivas. Em meio à constatação de que o modelo biomédico é insuficiente no suprimento das necessidades humanas e intervenção nos determinantes e condicionantes envolvidos no processo saúde-doença, surge o campo da Promoção da Saúde. Ele traz alguns pressupostos, dos quais um deles refere-se à capacitação da comunidade, destacando o protagonismo e autonomia dos indivíduos na condução do seu processo de melhoria da qualidade de vida e de saúde. Considerando que os comportamentos e escolhas feitas na juventude têm impacto ao longo da vida, é necessário haver uma maior compreensão das concepções que os jovens têm sobre saúde, pois a maneira como é percebida influencia em seu manejo. O objetivo da presente investigação é analisar como os jovens de uma cidade do estado do Rio de Janeiro percebem a saúde e manejam questões relacionadas a ela. Foi realizado estudo exploratório com abordagem qualitativa, empregando-se a triangulação das técnicas de entrevista semiestruturada e análise documental. Os entrevistados foram jovens de 18 a 29 anos residentes na área adscrita de dois postos da Estratégia de Saúde da Família em uma cidade do estado do Rio de Janeiro e os documentos analisados foram aqueles pertencentes ao Repositório de Políticas Públicas de Juventude (Subsistema de Políticas Públicas) do Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve). Os resultados revelaram que os jovens percebem a saúde a partir do prisma biomédico, manejando-a de forma prescritiva e condicionada às regras pré-estabelecidas. Há um afastamento deste público dos serviços de saúde, bem como ruídos de comunicação na relação dos jovens com os profissionais de saúde. O principal meio de obtenção de informações sobre a temática ocorre por meio da internet, seguido de colegas e familiares. Os documentos governamentais não dialogam diretamente com as juventudes e demonstram-se ineficazes no direcionamento dos profissionais de saúde às práticas de estímulo à autonomia e de reconhecimento das juventudes em sua pluralidade. Isto posto, é relevante debruçar-se sobre a diversidade dos jovens, reconhecendo os como sujeitos de direito e empregando novas pesquisas com eles e não para eles. Reconhecer a necessidade de utilizar novas estratégias para promover saúde através de meios que se comunicam de maneira mais atrativa e efetiva com as juventudes com vistas à auxiliar na superação do modelo biomédico vigente que cerceia as possibilidades do cuidado de si, do empoderamento e do desenvolvimento da literacia em saúde são fundamentais para a promoção da saúde.The concept of health has been discussed for many years from different perspectives. Amid the realization that the biomedical model is insufficient in meeting human needs and intervening in the determinants and conditions involved in the health-disease process, the field of Health Promotion emerges. It brings some assumptions, one of which refers to community empowerment, highlighting the protagonism and autonomy of individuals in conducting their process of improving the quality of life and health. Considering that the behaviors and choices made in youth have an impact throughout life, it is necessary to have a greater understanding of the conceptions that young people have about health, as the way in which it is perceived influences its management. The aim of this investigation is to analyze how young people in a city in the state of Rio de Janeiro perceive health and deal with issues related to it. An exploratory study with a qualitative approach was carried out, using the triangulation of semistructured interview techniques and document analysis. The interviewees were young people aged between 18 and 29 years living in the assigned area of two posts of the Family Health Strategy in a city in the state of Rio de Janeiro and the documents analyzed were those belonging to the Repository of Public Policies for Youth of the National Youth System. The results revealed that young people perceive health from the biomedical point of view, managing it in a prescriptive way and subject to pre-established rules. There is a distancing of this public from health services, as well as communication noises in the relationship between young people and health professionals. The main means of obtaining information on the subject is through the internet, followed by colleagues and family members. Government documents do not dialogue directly with young people and prove to be ineffective in directing health professionals to practices that encourage autonomy and recognize young people in their plurality. That said, it is relevant to address the diversity of young people, recognizing them as subjects of rights and using new research with them and not for them. Recognize the need to use new strategies to promote health through means that communicate in a more attractive and effective way with young people, with a view to helping to overcome the current biomedical model that restricts the possibilities of self-care, empowerment and development of health literacy are fundamental to health promotion.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porJuventudeSaúde do JovemPromoção da SaúdeHealth PromotionYouthYouth HealthPromoção da SaúdeDeterminantes Sociais da SaúdeSaúde do AdolescenteProcesso Saúde-DoençaEmpoderamentoPesquisa QualitativaEntrevistaPercepções e manejo da saúde por jovens de uma cidade do estado do Rio de JaneiroPerceptions and management of health by young people in a city in the state of Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2023-05-31Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaFundação Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/59913/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALjoyce_araujo_goncalves_ensp_mest_2023.pdfapplication/pdf1771868https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/59913/2/joyce_araujo_goncalves_ensp_mest_2023.pdf9fb31518dac0933f6df92050b473faa0MD52icict/599132023-08-07 14:43:39.318oai:www.arca.fiocruz.br:icict/59913Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-07T17:43:39Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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