Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Portela, Nytale Lindsay Cardoso
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48796
Resumo: Objetivou-se neste estudo caracterizar a distribuição espacial dos casos novos de hanseníase no estado do Maranhão no período de 2004 a 2015. Trata-se de um estudo ecológico de múltiplos grupos que tem como unidade de análise os 217 municípios do Maranhão. Foram estudados casos novos de hanseníase em residentes do estado registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foi realizado o georreferenciamento dos casos e calculada a taxa de detecção da hanseníase por 100.000 habitantes por município, calculado o Índice de Moran Global e o Índice de Moran Local (LISA) e realizada a suavização das taxas de detecção pelo método bayesiano empírico local. O processamento e mapeamento dos dados foram feitos através dos programas de código aberto: TabWin versão 4.1.1 e pacote estatístico R versão 3.3.1. Para análise espacial dos dados foram considerados quatro triênios (2004 a 2006, 2007 a 2009, 2010 a 2012, 2013 a 2015). No mapeamento das redes de atenção identificadas no estado foi utilizado o fluxo dominante. Estudados 50973 casos novos no período com taxa média de detecção na população geral de 65,29/100.000 habitantes e de 20,15/100.000 habitantes em menores de 15 anos. Observou-se um predomínio do sexo masculino, faixa etária economicamente ativa (20 a 59 anos), cor parda e baixa escolaridade. Em relação às variáveis operacionais, demanda espontânea foi o modo de detecção mais frequente e alta por cura foi o tipo mais observado. Em relação a faixa etária, em ambas classificações operacionais, observa-se um predomínio de casos na população economicamente ativa (entre 20 a 59 anos de idade). Os casos multibacilares se concentram nos extremos etários. Há uma associação entre escolaridade e a classificação operacional. Aqueles de baixa escolaridade (analfabetos e que apresentam ensino fundamental incompleto) representaram mais de 70% dos casos multibacilares. Considerando-se a distribuição de casos novos apenas no grupo de 0 a 14 anos, verificou-se que dos municípios maranhenses 10,1% (22) apresentavam baixa endemicidade; 8,3% (18) média endemicidade; 16,1% (35) alta endemicidade; 15,7% (34) muito alta endemicidade; e 49,8% (108) hiperendemicidade. Em todo o período estudado observa-se uma maior concentração da endemia no aglomerado de municípios que compõem as mesorregiões centro e oeste maranhense. O mapeamento de fluxos mostrou que a capital maranhense, São Luís, e os municípios de Imperatriz e Timon foram os principais polos de atração no período. Mais de 80% do atendimento foi local, isto é, realizado no próprio município de residência.
id CRUZ_68c21803c56aef0fd2faeebdc44c5d3c
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/48796
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Portela, Nytale Lindsay CardosoMelo, Enirtes Caetano Prates2021-08-27T20:19:52Z2021-08-27T20:19:52Z2018PORTELA, Nytale Lindsay Cardoso. Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015. 2018. 94 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48796Objetivou-se neste estudo caracterizar a distribuição espacial dos casos novos de hanseníase no estado do Maranhão no período de 2004 a 2015. Trata-se de um estudo ecológico de múltiplos grupos que tem como unidade de análise os 217 municípios do Maranhão. Foram estudados casos novos de hanseníase em residentes do estado registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foi realizado o georreferenciamento dos casos e calculada a taxa de detecção da hanseníase por 100.000 habitantes por município, calculado o Índice de Moran Global e o Índice de Moran Local (LISA) e realizada a suavização das taxas de detecção pelo método bayesiano empírico local. O processamento e mapeamento dos dados foram feitos através dos programas de código aberto: TabWin versão 4.1.1 e pacote estatístico R versão 3.3.1. Para análise espacial dos dados foram considerados quatro triênios (2004 a 2006, 2007 a 2009, 2010 a 2012, 2013 a 2015). No mapeamento das redes de atenção identificadas no estado foi utilizado o fluxo dominante. Estudados 50973 casos novos no período com taxa média de detecção na população geral de 65,29/100.000 habitantes e de 20,15/100.000 habitantes em menores de 15 anos. Observou-se um predomínio do sexo masculino, faixa etária economicamente ativa (20 a 59 anos), cor parda e baixa escolaridade. Em relação às variáveis operacionais, demanda espontânea foi o modo de detecção mais frequente e alta por cura foi o tipo mais observado. Em relação a faixa etária, em ambas classificações operacionais, observa-se um predomínio de casos na população economicamente ativa (entre 20 a 59 anos de idade). Os casos multibacilares se concentram nos extremos etários. Há uma associação entre escolaridade e a classificação operacional. Aqueles de baixa escolaridade (analfabetos e que apresentam ensino fundamental incompleto) representaram mais de 70% dos casos multibacilares. Considerando-se a distribuição de casos novos apenas no grupo de 0 a 14 anos, verificou-se que dos municípios maranhenses 10,1% (22) apresentavam baixa endemicidade; 8,3% (18) média endemicidade; 16,1% (35) alta endemicidade; 15,7% (34) muito alta endemicidade; e 49,8% (108) hiperendemicidade. Em todo o período estudado observa-se uma maior concentração da endemia no aglomerado de municípios que compõem as mesorregiões centro e oeste maranhense. O mapeamento de fluxos mostrou que a capital maranhense, São Luís, e os municípios de Imperatriz e Timon foram os principais polos de atração no período. Mais de 80% do atendimento foi local, isto é, realizado no próprio município de residência.The objective of this study was to characterize the spatial distribution of new cases of leprosy in the state of Maranhão from 2004 to 2015. This is an ecological study of multiple groups that has as a unit of analysis the 217 municipalities of Maranhão. New cases of leprosy were studied in residents of the state registered in the Notification of Injury Information System. The georeferencing of the cases was carried out and the detection rate of leprosy per 100,000 inhabitants per municipality was calculated by calculating the Moran Global Index and the Moran Local Index (LISA) and smoothing detection rates by the local empirical Bayesian method. The data processing and mapping were done through the open source programs: TabWin version 4.1.1 and statistical package R version 3.3.1. For the spatial analysis of the data, four triennials were considered (2004 to 2006, 2007 to 2009, 2010 to 2012, 2013 to 2015). In the mapping of attention networks identified in the state, the dominant flow was used. 50973 new cases were studied in the period with a mean detection rate in the general population of 65.29/100.000 inhabitants and 20.15/100.000 inhabitants in children under 15 years. It was observed a predominance of males, economically active age group (20 to 59 years), brown color and low schooling. Regarding the operational variables, spontaneous demand was the most frequent and high cure rate was the most observed type. Regarding the age group, in both operational classifications, there is a predominance of cases in the economically active population (between 20 and 59 years of age). Multibacillary cases focus on age extremes. There is an association between schooling and operational classification. Those with low schooling (illiterate and with incomplete elementary education) accounted for more than 70% of multibacillary cases. Considering the distribution of new cases only in the 0-14 age group, it was verified that of the municipalities of Maranhão, 10.1% (22) had low endemicity; 8.3% (18) mean endemicity; 16.1% (35) high endemicity; 15.7% (34) very high endemicity; and 49.8% (108) hyperendemicity. Throughout the studied period, a greater concentration of the endemy is observed in the agglomerate of municipalities that make up the mesoregions of central and western Maranhão. The mapping of flows showed that the capital of Maranhão, São Luís, and the municipalities of Imperatriz and Timon were the main poles of attraction in the period. More than 80% of the care was local, that is, performed in the same municipality of residence.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porHanseníaseAnálise EspacialSistemas de InformaçãoLeprosySpatial AnalysisInformation SystemsHanseníaseAnálise EspacialSistemas de InformaçãoDistribuição Espacial da PopulaçãoPerfil de SaúdeEpidemiologiaDistribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015Spatial distribution of leprosy in the state of Maranhão, 2004 to 2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2018Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Mestrado AcadêmicoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48796/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALnytale_lindsay_cardoso_portela_ensp_mest_2018.pdfapplication/pdf4792411https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48796/2/nytale_lindsay_cardoso_portela_ensp_mest_2018.pdf76ed8fe09c6333bf3b4d0455ba7ea351MD52TEXTnytale_lindsay_cardoso_portela_ensp_mest_2018.pdf.txtnytale_lindsay_cardoso_portela_ensp_mest_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain151062https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48796/3/nytale_lindsay_cardoso_portela_ensp_mest_2018.pdf.txtfa2b65ab8cbac126cdf01c5776eec863MD53icict/487962021-08-28 02:00:58.948oai:www.arca.fiocruz.br:icict/48796Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-08-28T05:00:58Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015
dc.title.alternative.none.fl_str_mv Spatial distribution of leprosy in the state of Maranhão, 2004 to 2015
title Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015
spellingShingle Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015
Portela, Nytale Lindsay Cardoso
Hanseníase
Análise Espacial
Sistemas de Informação
Leprosy
Spatial Analysis
Information Systems
Hanseníase
Análise Espacial
Sistemas de Informação
Distribuição Espacial da População
Perfil de Saúde
Epidemiologia
title_short Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015
title_full Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015
title_fullStr Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015
title_full_unstemmed Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015
title_sort Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015
author Portela, Nytale Lindsay Cardoso
author_facet Portela, Nytale Lindsay Cardoso
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Portela, Nytale Lindsay Cardoso
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Melo, Enirtes Caetano Prates
contributor_str_mv Melo, Enirtes Caetano Prates
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Hanseníase
Análise Espacial
Sistemas de Informação
topic Hanseníase
Análise Espacial
Sistemas de Informação
Leprosy
Spatial Analysis
Information Systems
Hanseníase
Análise Espacial
Sistemas de Informação
Distribuição Espacial da População
Perfil de Saúde
Epidemiologia
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Leprosy
Spatial Analysis
Information Systems
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Hanseníase
Análise Espacial
Sistemas de Informação
Distribuição Espacial da População
Perfil de Saúde
Epidemiologia
description Objetivou-se neste estudo caracterizar a distribuição espacial dos casos novos de hanseníase no estado do Maranhão no período de 2004 a 2015. Trata-se de um estudo ecológico de múltiplos grupos que tem como unidade de análise os 217 municípios do Maranhão. Foram estudados casos novos de hanseníase em residentes do estado registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foi realizado o georreferenciamento dos casos e calculada a taxa de detecção da hanseníase por 100.000 habitantes por município, calculado o Índice de Moran Global e o Índice de Moran Local (LISA) e realizada a suavização das taxas de detecção pelo método bayesiano empírico local. O processamento e mapeamento dos dados foram feitos através dos programas de código aberto: TabWin versão 4.1.1 e pacote estatístico R versão 3.3.1. Para análise espacial dos dados foram considerados quatro triênios (2004 a 2006, 2007 a 2009, 2010 a 2012, 2013 a 2015). No mapeamento das redes de atenção identificadas no estado foi utilizado o fluxo dominante. Estudados 50973 casos novos no período com taxa média de detecção na população geral de 65,29/100.000 habitantes e de 20,15/100.000 habitantes em menores de 15 anos. Observou-se um predomínio do sexo masculino, faixa etária economicamente ativa (20 a 59 anos), cor parda e baixa escolaridade. Em relação às variáveis operacionais, demanda espontânea foi o modo de detecção mais frequente e alta por cura foi o tipo mais observado. Em relação a faixa etária, em ambas classificações operacionais, observa-se um predomínio de casos na população economicamente ativa (entre 20 a 59 anos de idade). Os casos multibacilares se concentram nos extremos etários. Há uma associação entre escolaridade e a classificação operacional. Aqueles de baixa escolaridade (analfabetos e que apresentam ensino fundamental incompleto) representaram mais de 70% dos casos multibacilares. Considerando-se a distribuição de casos novos apenas no grupo de 0 a 14 anos, verificou-se que dos municípios maranhenses 10,1% (22) apresentavam baixa endemicidade; 8,3% (18) média endemicidade; 16,1% (35) alta endemicidade; 15,7% (34) muito alta endemicidade; e 49,8% (108) hiperendemicidade. Em todo o período estudado observa-se uma maior concentração da endemia no aglomerado de municípios que compõem as mesorregiões centro e oeste maranhense. O mapeamento de fluxos mostrou que a capital maranhense, São Luís, e os municípios de Imperatriz e Timon foram os principais polos de atração no período. Mais de 80% do atendimento foi local, isto é, realizado no próprio município de residência.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-08-27T20:19:52Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-08-27T20:19:52Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv PORTELA, Nytale Lindsay Cardoso. Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015. 2018. 94 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48796
identifier_str_mv PORTELA, Nytale Lindsay Cardoso. Distribuição espacial da hanseníase no estado do Maranhão, 2004 a 2015. 2018. 94 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48796
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48796/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48796/2/nytale_lindsay_cardoso_portela_ensp_mest_2018.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48796/3/nytale_lindsay_cardoso_portela_ensp_mest_2018.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
76ed8fe09c6333bf3b4d0455ba7ea351
fa2b65ab8cbac126cdf01c5776eec863
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324875074469888