Estudo da morfologia e da sintaxe da linguagem de indivíduos autistas de alto desempenho
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8016 |
Resumo: | O presente estudo teve como objetivo avaliar a morfologia e sintaxe da linguagem de indivíduos autistas de alto desempenho. Foram incluídos vinte e um sujeitos (vinte meninos e uma menina) na faixa etária entre oito anos e dezesseis anos e onze meses de idade (média de idade de 12,8 anos), sem alterações neurológicas e genéticas em comorbidade com o diagnóstico de Autismo de Alto Desempenho. Toda a população teve o desenvolvimento cognitivo (WISC-III) e a aquisição do vocabulário receptivo (PPVT-R) avaliados e só foram incluídos aqueles com Coeficiente de Inteligência Global e Escore Padrão do Vocabulário Receptivo na média ou acima da média esperada para a população típica. Apenas um sujeito (4,8%) tinha o nível de escolaridade materna como ensino fundamental incompleto, o que mostra que os sujeitos incluídos nesta pesquisa provavelmente apresentaram ambiente sociocultural e estímulos pedagógicos favoráveis ao bom desenvolvimento de sua linguagem oral. Os sujeitos tiveram sua linguagem avaliada através do Clinical Evaluation Language Fundamentals – Revised (CELF-R), composto por seis subtestes que analisam o desenvolvimento oral da linguagem receptiva e expressiva. A população obteve média do escore padrão igual ou maior que o esperado para sua faixa etária em todos os subteste, exceto no subteste da Linguagem Expressiva, Formulação de Sentenças. A partir deste resultado, comparou-se o escore padrão do subteste Formulação de Sentenças de cada sujeito com o grau de escolaridade materna, e aprofundou-se o estudo de cada item deste subteste. Utilizando o teste ANOVA, não foi possível identificar correlação estatisticamente significativa entre o resultado do subteste Formulação de Sentenças e o grau de escolaridade materna, reforçando a suposição de que a dificuldade em formular sentenças semânticas e gramaticalmente corretas tem relação com o diagnóstico de Autismo de Alto Desempenho e não com o ambiente ao qual o sujeito foi exposto. Dentre as diferentes categorias das palavras-alvo utilizadas no subteste Formulação de Sentenças, os sujeitos apresentaram maior dificuldade em produzir frases com palavras categorizadas como Conjunções Subordinadas e Coordenadas, com 45,5% e 60% de sentenças com falhas, respectivamente. Ao analisar cada palavra-alvo independentemente, os sujeitos apresentaram maior dificuldade nas sentenças formuladas com duas palavras-alvo (todas formuladas com mais de 50% de falhas) ou apenas com as conjunções Mas e Ou (com 52,4% e 57,1% das frases produzidas com falhas, respectivamente). As dificuldades apresentadas, neste estudo, por esta população na formulação oral de sentenças associadas às dificuldades pragmáticas já descritas na literatura e aceitas na comunidade científica internacional, mostram que a comunicação oral desses sujeitos apresenta muitas alterações, dificultando a manutenção adequada do diálogo e o engajamento na interação social com seus pares. |
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Barreira, Gabriella Martins DutraMenezes, Maria Lúcia NovaesLlerena Junior, Juan Clinton2014-07-22T13:14:40Z2014-07-22T13:14:40Z2011BARREIRA, Gabriella Martins Dutra. Estudo da morfologia e da sintaxe da linguagem de indivíduos autistas de alto desempenho. 2011. 105 f. Dissertação (Mestrado em Saúde da Criança e da Mulher)-Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, 2011.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8016O presente estudo teve como objetivo avaliar a morfologia e sintaxe da linguagem de indivíduos autistas de alto desempenho. Foram incluídos vinte e um sujeitos (vinte meninos e uma menina) na faixa etária entre oito anos e dezesseis anos e onze meses de idade (média de idade de 12,8 anos), sem alterações neurológicas e genéticas em comorbidade com o diagnóstico de Autismo de Alto Desempenho. Toda a população teve o desenvolvimento cognitivo (WISC-III) e a aquisição do vocabulário receptivo (PPVT-R) avaliados e só foram incluídos aqueles com Coeficiente de Inteligência Global e Escore Padrão do Vocabulário Receptivo na média ou acima da média esperada para a população típica. Apenas um sujeito (4,8%) tinha o nível de escolaridade materna como ensino fundamental incompleto, o que mostra que os sujeitos incluídos nesta pesquisa provavelmente apresentaram ambiente sociocultural e estímulos pedagógicos favoráveis ao bom desenvolvimento de sua linguagem oral. Os sujeitos tiveram sua linguagem avaliada através do Clinical Evaluation Language Fundamentals – Revised (CELF-R), composto por seis subtestes que analisam o desenvolvimento oral da linguagem receptiva e expressiva. A população obteve média do escore padrão igual ou maior que o esperado para sua faixa etária em todos os subteste, exceto no subteste da Linguagem Expressiva, Formulação de Sentenças. A partir deste resultado, comparou-se o escore padrão do subteste Formulação de Sentenças de cada sujeito com o grau de escolaridade materna, e aprofundou-se o estudo de cada item deste subteste. Utilizando o teste ANOVA, não foi possível identificar correlação estatisticamente significativa entre o resultado do subteste Formulação de Sentenças e o grau de escolaridade materna, reforçando a suposição de que a dificuldade em formular sentenças semânticas e gramaticalmente corretas tem relação com o diagnóstico de Autismo de Alto Desempenho e não com o ambiente ao qual o sujeito foi exposto. Dentre as diferentes categorias das palavras-alvo utilizadas no subteste Formulação de Sentenças, os sujeitos apresentaram maior dificuldade em produzir frases com palavras categorizadas como Conjunções Subordinadas e Coordenadas, com 45,5% e 60% de sentenças com falhas, respectivamente. Ao analisar cada palavra-alvo independentemente, os sujeitos apresentaram maior dificuldade nas sentenças formuladas com duas palavras-alvo (todas formuladas com mais de 50% de falhas) ou apenas com as conjunções Mas e Ou (com 52,4% e 57,1% das frases produzidas com falhas, respectivamente). As dificuldades apresentadas, neste estudo, por esta população na formulação oral de sentenças associadas às dificuldades pragmáticas já descritas na literatura e aceitas na comunidade científica internacional, mostram que a comunicação oral desses sujeitos apresenta muitas alterações, dificultando a manutenção adequada do diálogo e o engajamento na interação social com seus pares.The object of this study was to assess the language morphology and syntax of individuals with high functioning autism. Twenty and one subjects were included (twenty males and one female) between eight years and sixteen years and eleven months (mean age of 12,8 years), without other neurological or genetic syndromes, beyond High Functioning Autism. The study population’s cognitive development (WISC-III) and receptive vocabulary (PPVT-R) was assessed and only the ones with Global IQ and Standard Score on or beyond the mean expected for the typical population were included. Only one subject (4,8%) had a low level of the maternal education, which shows that the study population probably had had good sociocultural environment and learning stimulus that have influenced the oral language development. The language’s subjects was assessed by the Clinical Evaluation Language Fundamentals – Revised (CELF-R), which have six subtests the evaluate the receptive e expressive language development. The study population had the mean standard score equal or higher than the expected for the age in all subtests, except in Formulated Sentences, an expressive language subtest. After this result, each Formulated Sentences standard score was compared with the maternal education and each item was analyzed in a more detailed way. Trough the ANOVA test, no statistic significant correlation was found between the standard score in Formulated Sentences and the maternal education, reinforcing the hypothesis that the difficult in formulating semantically and grammatically correct sentences has relation with the High Functioning Autism diagnosis and not with the environment to which the subject has been exposed. The subjects showed greater difficulties in producing sentences with words categorized as subordinate and coordinate conjunction, with 45,5% and 60% of the sentences with errors, respectively. When analyzing each target-word independently, the subjects showed greater difficult in sentences formulated with two targets-words (every sentence formulated with at least 50% of errors) or with the conjunctions But and Or (with 52,7% and 57,1% of the sentences formulated with errors, respectively). The difficulties presented by the population in this study in formulating sentences associated to the pragmatic difficulties already described I the literature and accepted by the international scientific community, show that this subjects e oral communication presents many deficits, making it hard to maintain an adequate dialogue and the engagement in the social interaction with their peers.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porInstituto Fernandes FigueiraFonoaudiologiaranstornos do Desenvolvimento da LinguagemTranstorno AutísticoSpeech, Language and Hearing SciencesLanguage Development DisordersAutistic DisorderFonoaudiologiaTranstornos do Desenvolvimento da LinguagemTranstorno AutísticoEstudo da morfologia e da sintaxe da linguagem de indivíduos autistas de alto desempenhoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2011-04Departamento de EnsinoFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes FigueiraMestrado AcadêmicoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALGabriella Martins Dutra Barreira.pdfapplication/pdf3479288https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8016/1/Gabriella%20Martins%20Dutra%20Barreira.pdfe96f52b43df88f73fe9b9247ef643cf0MD51LICENSElicense.txttext/plain1914https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8016/2/license.txt7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81fMD52TEXTGabriella Martins Dutra Barreira.pdf.txtGabriella Martins Dutra Barreira.pdf.txtExtracted texttext/plain155471https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8016/3/Gabriella%20Martins%20Dutra%20Barreira.pdf.txtec26c2372914b5b0df0ae66c5d88b241MD53icict/80162020-05-12 13:16:45.107oai:www.arca.fiocruz.br:icict/8016TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBlIGFjZWl0YXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKToKCmEpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgY29weXJpZ2h0IGRhIGVkaXRvcmEgZG8gc2V1IGRvY3VtZW50by4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgRnVuZGHDp8OjbyBPc3dhbGRvIENydXogKEZJT0NSVVopLgoKYykgQ29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyCiAKZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBkYSBGSU9DUlVaLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgCgpwb3IgcXVhbHF1ZXIgb3V0cm8gbWVpby4KCmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgRklPQ1JVWiBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgCgpwYXJhIHF1YWxxdWVyIGZvcm1hdG8gZGUgYXJxdWl2bywgbWVpbyBvdSBzdXBvcnRlLCBwYXJhIGVmZWl0b3MgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgcHJlc2VydmHDp8OjbyAoYmFja3VwKSBlIGFjZXNzby4KCmUpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyAKCmNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGEgZW50cmVnYSBkbyBkb2N1bWVudG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIAoKaXJyZXN0cml0YSBkbyByZXNwZWN0aXZvIGRldGVudG9yIGRlc3NlcyBkaXJlaXRvcywgcGFyYSBjZWRlciBhIEZJT0NSVVogb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBMaWNlbsOnYSBlIGF1dG9yaXphciBhIAoKdXRpbGl6w6EtbG9zIGxlZ2FsbWVudGUuIERlY2xhcmEgdGFtYsOpbSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIAoKbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZS4KCmcpIFNFIE8gRE9DVU1FTlRPIEVOVFJFR1VFIMOJIEJBU0VBRE8gRU0gVFJBQkFMSE8gRklOQU5DSUFETyBPVSBBUE9JQURPIFBPUiBPVVRSQSBJTlNUSVRVScOHw4NPIFFVRSBOw4NPIEEgRklPQ1JVWiwgREVDTEFSQSBRVUUgQ1VNUFJJVSAKClFVQUlTUVVFUiBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUEVMTyBSRVNQRUNUSVZPIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4gQSBGSU9DUlVaIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvcyAKCmRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352020-05-12T16:16:45Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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