A Categoria Território como Ferramenta Estratégica no Planejamento das Ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS: Uma Experiência Participativa na Região Sul do Município de Palmas – Tocantins

• Autor(a) principal: Cangussu, Betânia Moreira
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24301
• topic: Saúde do Trabalhador; Território; Pesquisa Participante; Trabalho Informal; Atenção Básica à Saúde; Worker Health; Territory; Research Participant; Informal Work; Basic Health Care; Saúde do Trabalhador; Pesquisa Qualitativa; Atenção Primária à Saúde; Ação Intersetorial; Impactos na Saúde; Vigilância em Saúde do Trabalhador

Esta pesquisa tem como objetivo geral contribuir com a implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir do debate sobre a importância do tema território no planejamento das ações de saúde, em especial, de saúde do trabalhador. Propõe-se a discutir a importância do território como instrumento de planejamento das ações de saúde do trabalhador; experimentar a análise territorial na região sul do município de Palmas – Tocantins, com relação aos potenciais fatores de riscos e impactos à saúde dos trabalhadores advindos das atividades existentes no território e contribuir com a elaboração de propostas de planos de ações em Vigilância em Saúde do Trabalhador frente aos desafios identificados. O universo escolhido para pesquisa foi à região sul do município de Palmas – Tocantins, por acolher aproximadamente 40% da população da cidade, com maior vulnerabilidade sócioambiental: precariedade de indicadores e de moradia. Para tanto se realizou um estudo qualitativo de caráter participante, constituído por três fases: A fase I contemplou a realização de um diagnóstico situacional através da busca de dados secundários; Na fase II realizou-se uma oficina, com a participação de um grupo intersetorial de estudo do território, onde se utilizou as categorias território e planejamento participativo; A fase III consistiu-se na identificação das categorias de análise do discurso, dando destaque aos problemas relatados e às propostas de soluções. O diagnóstico situacional trouxe informações do território em estudo relativas aos dados históricos e sócio-demográficos, atividades produtivas e indicadores de saúde. Na oficina, os principais problemas identificados foram o trabalho informal nos vários ramos de atividade (comércio de prestação de serviços, de venda de mercadorias e indústria), o ambiente e processo de trabalho do funcionalismo público (saúde, educação e segurança), além da percepção de outras questões sociais relacionados ao trabalho. Dentre estes, considerou-se prioritário à intervenção, o trabalho informal da construção civil, salões de beleza, lava-jatos e oficinas mecânicas, além dos serviços públicos da saúde e educação. Desta forma, foram identificados os principais fatores de riscos e agravos e discutidas as propostas de hipóteses de soluções aos problemas mencionados, considerados prioritários. Conclui-se que a análise territorial é uma poderosa ferramenta de planejamento e execução das ações de promoção, prevenção e atenção integral à saúde dos trabalhadores.