Materiais educativos impressos para adolescentes gestantes com HIV/AIDS: produção e apropriação de sentidos

• Autor(a) principal: Rezende, Renata Freire Cruz
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35418
• topic: Materiais Educativos e de Divulgação; Comunicação em Saúde; Promoção da Saúde; Gravidez na Adolescência; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida

Propõe-se aqui um projeto de pesquisa a ser desenvolvido no âmbito de um curso de mestrado sobre a produção-apropriação de sentidos produzidos pelos materiais educativos impressos cujo direcionamento está associado ao público gestante adolescente com HIV/Aids. A escolha pelos materiais impressos como caminho de pesquisa está associada às questões que me acompanharam durante a experiência profissional adquirida no campo da comunicação e saúde, como por exemplo, as relativas à configuração do tema abordado, identificação do público com o assunto e o real interesse do usuário na peça gráfica. Muito mais do que atribuir ao impresso a responsabilidade da informação sobre um determinado objeto ligado à saúde, apresentando aspectos de prevenção e cuidado, é preciso compreender que em cada espaço existem distintas mediações. Ou seja, é necessário respeitar os modos de viver e os contextos socioculturais. E é neste embasamento que se dará o referencial teórico, pautado na leitura dos modelos de comunicação e promoção à saúde analisada por ARAÚJO e CARDOSO (2007), na construção do discurso e dialogismo de BAKHTIN (1988), e no papel dos materiais educativos na saúde, considerando as percepções de CASTIEL (2007), ROZEMBERG, SILVA e VASCONCELLOS-SILVA (2002) e KELLY-SANTOS, MONTEIRO e RIBEIRO (2010) Neste percurso busca-se problematizar se os materiais educativos elaborados pelos órgãos governamentais, voltados à saúde na adolescência, podem produzir um discurso descontextualizado com as dimensões sociais, culturais e subjetivas intrínsecas à gravidez na adolescência e suas interrelações com o processo saúde-doença, em especial o HIV/Aids, por apresentarem, predominantemente, uma abordagem biomédica nas mensagens sobre gravidez e apontarem a introdução às práticas sexuais como um caminho natural das mudanças fisiológicas e biológicas que a adolescente passa na puberdade. Outra ponto é a possível ausência de materiais educativos impressos que associem diretamente os temas gravidez e HIV/Aids direcionados para adolescentes. O projeto terá como recorte temporal o período de 2008 a 2013, marcado pela intensificação das campanhas de prevenção, com a inclusão de outros públicos além dos heterossexuais, transparecendo uma possível mudança na abordagem do tema pelo Ministério da Saúde.