Estudo experimental comparativo da infecção por Leptospiras patogênicas no hamster e no rato
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34038 |
Resumo: | A leptospirose persiste como uma doença cuja patogênese é pouco compreendida. O modelo experimental de ratos é atraente para compreensão de mecanismos envolvidos na disseminação e tropismo de leptospiras, persistência da colonização renal e fatores relacionados à resistência à doença. No entanto, os relatos experimentais em ratos são escassos. O presente trabalho tem como objetivo validar o modelo de ratos experimentalmente infectados para estudos subseqüentes de colonização, tropismo e patogênese, avaliando a influência do inóculo, idade do animal, tempo de persistência e tempo requerido para colonização renal, e achados de histopatologia relacionados ao processo de disseminação e colonização. Ratos Wistar foram infectados com Leptospira interrogans sorovar Copenhageni cepa FIOCRUZ L1-130 e avaliados em diferentes intervalos até o máximo de 4 meses. A detecção de leptospiras nos tecidos foi realizada por cultura, impregnação pela prata e imunofluorescência. A comportamento da infecção e patologia associada foram comparadas no modelo de hamsters e ratos. A dose infectante para estabelecimento de colonização renal em 50 por cento dos ratos foi calculada em 104,68 ou 47863 leptospiras. Em diferentes experimentos, a persistência da colonização renal durou até quatro meses, o último intervalo estudado. Após uma semana de inóculo, 75 por cento dos ratos apresentam colonização de leptospiras nos rins. Num estudo de cinética da colonização renal, um padrão de colonização tubular pode ser detectado a partir do oitavo dia. O processo de colonização não é acompanhado por achados histopatológicos no rim. Todavia, após intervalos iguais ou maiores de um mês, demonstrou-se nefrite intersticial linfohistiocitária de grau discreto. Concluímos que a colonização renal é facilmente reproduzi da neste modelo persistindo por até 4 meses após o inóculo e em 75 por cento dos ratos requer menos de 1 semana para ser estabeleci da. A análise histológica não identifica lesões relacionadas com o processo de colonização, mas uma nefrite intersticial tardia pôde ser observada. Concluímos que o modelo experimental de ratos pode contribuir para estudos relacionados à patogênese da leptospirose. |
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Athanazio, Daniel AbensurFerreira, Antonio WalterAndrade, Zilton de AraújoReis, Mitermayer Galvão dosReis, Mitermayer Galvão dos2019-07-12T18:14:05Z2019-07-12T18:14:05Z2005ATHANAZIO, Daniel Abensur. Estudo experimental comparativo da infecção por Leptospiras patogênicas no hamster e no rato. 2005. 87 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2005.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34038A leptospirose persiste como uma doença cuja patogênese é pouco compreendida. O modelo experimental de ratos é atraente para compreensão de mecanismos envolvidos na disseminação e tropismo de leptospiras, persistência da colonização renal e fatores relacionados à resistência à doença. No entanto, os relatos experimentais em ratos são escassos. O presente trabalho tem como objetivo validar o modelo de ratos experimentalmente infectados para estudos subseqüentes de colonização, tropismo e patogênese, avaliando a influência do inóculo, idade do animal, tempo de persistência e tempo requerido para colonização renal, e achados de histopatologia relacionados ao processo de disseminação e colonização. Ratos Wistar foram infectados com Leptospira interrogans sorovar Copenhageni cepa FIOCRUZ L1-130 e avaliados em diferentes intervalos até o máximo de 4 meses. A detecção de leptospiras nos tecidos foi realizada por cultura, impregnação pela prata e imunofluorescência. A comportamento da infecção e patologia associada foram comparadas no modelo de hamsters e ratos. A dose infectante para estabelecimento de colonização renal em 50 por cento dos ratos foi calculada em 104,68 ou 47863 leptospiras. Em diferentes experimentos, a persistência da colonização renal durou até quatro meses, o último intervalo estudado. Após uma semana de inóculo, 75 por cento dos ratos apresentam colonização de leptospiras nos rins. Num estudo de cinética da colonização renal, um padrão de colonização tubular pode ser detectado a partir do oitavo dia. O processo de colonização não é acompanhado por achados histopatológicos no rim. Todavia, após intervalos iguais ou maiores de um mês, demonstrou-se nefrite intersticial linfohistiocitária de grau discreto. Concluímos que a colonização renal é facilmente reproduzi da neste modelo persistindo por até 4 meses após o inóculo e em 75 por cento dos ratos requer menos de 1 semana para ser estabeleci da. A análise histológica não identifica lesões relacionadas com o processo de colonização, mas uma nefrite intersticial tardia pôde ser observada. Concluímos que o modelo experimental de ratos pode contribuir para estudos relacionados à patogênese da leptospirose.Leptospirosis persists as a disease whose pathogenesis is still poorly understood. The experimental model of rats is attractive to investigate the mechanisms of leptospiral dissemination and tropism, persistence of renal colonization and factors related to resistance to disease. Nevertheless, this model has been poorly explored. The objective of this study is to validate the an experimental model to be used in subsequent studies on colonization, tropism and pathogenesis, evaluation of inoculum, age of animal, persistence time, time required to for establishing renal colonization, and histopathological features related to dissemination and colonization processes. For these purposes, Wistar rats were infected by Leptospira interrogans serovar Copenhageni strain FIOCRUZ LI-130. The detection of leptospires in tissues were performed by culture, silver impregnation and indirect immunofluorescence. The infection outcome and related pathology was compared between the hamster and the rat models. The infection dose that induced persistent colonization in 50% of the rats were calculated as lO"^'^*^ or 47863 leptospires. In different experiments, the renal colonization by leptospires persisted up to four months, the last studied interval. After one week post-infection, 75% of rats already exhibited renal colonization. In a kinetics study, tubular colonization could be detected from the eighth day after inoculation. The process of colonization is not related to histopathological features in renal tissue. However, after intervals of one month or later, a picture of mild interstitial nephritis by lymphocytes and hystiocytes can be seem. We conclude renal colonization is easily reproducible in this model, persists up to four months, and 75% of animals require one week to establish renal carrier state. The histological analysis did not identify lesions related to colonization, but rather a late mild interstitial nephritis was observed. Thus, we conclude the experimental rat model can be used in subsequent studies that will contributed to our comprehension of the underlying mechanisms of disease in leptospirosis.Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porCentro de Pesquisas Gonçalo MonizLeptospiroseRattus norvegicusExperimentalModelo de AnimalColonizaçãoLeptospirosisRattus norvegicusExperimentalPathogenesisColonizationEstudo experimental comparativo da infecção por Leptospiras patogênicas no hamster e no ratoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2005Coordenação de EnsinoUniversidade Federal da Bahia. Centro de Pesquisas Gonçalo MonizMestrado AcadêmicoSalvador/BaPós-Graduação em Patologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34038/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALathanazio,__daniel_abensur_-_2005.pdfathanazio,__daniel_abensur_-_2005.pdfapplication/pdf9264836https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34038/2/athanazio%2c__daniel_abensur_-_2005.pdf6e7a3221a0c131c8b1cf6f4aab65731dMD52TEXTathanazio,__daniel_abensur_-_2005.pdf.txtathanazio,__daniel_abensur_-_2005.pdf.txtExtracted texttext/plain170218https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34038/3/athanazio%2c__daniel_abensur_-_2005.pdf.txt46968035c189e90e7084ba96115c17b0MD53icict/340382019-07-15 12:57:12.597oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34038Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-07-15T15:57:12Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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