Morbidade da esquistossomose mansoni no Brasil: III Estudo evolutivo em uma área endêmica no período de dez anos
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Data de Publicação: | 1984 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/42208 |
Resumo: | Quatro estudos sobre a morbilidade da esquistossomose mansoni foram realizados na localidade de Capitão Andrade, município de Itanhomi, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, Brasil, respectivamente em 1973, 1974, 1979 e 1983, constando basicamente do exame de fezes quantitativo e do exame clínico da população residente, acrescidos do estudo da dinâmica e índices de infecção dos planorbídeos e do contacto homem-água entre os dois primeiros estudos. O presente trabalho compara a situação da infecção na localidade em 1973 a 1983 e estuda a evolução da doença em uma amostra de 324 pessoas residentes na área desde o primeiro estudo, dos quais 190 eram infectados com S. mansoni naquela época (26,3% dos infectados) e 134 não infectados (27,6% dos não infectados). A prevalência da infecção era de 60,8% entre as 1.234 pessoas examinadas em 1973 e de 26,2% entre 1.269 examinadas em 1983, havendo, portanto, uma redução de 24,6% sem nenhum tipo de intervenção dirigida. Entretanto, a grande mobilidade da população da área e o tratamento por iniciativa própria de 7% das pessoas estudadas podem justificar essa redução da prevalência. Embora tenha havido uma redução de mais de 50% do número mediano de ovos de S. mansoni eliminados pela população, não se modificou a morbilidade da doença nem a proporção entre as formas clínicas no período. A incidência da infecção entre os 134 casos negativos acompanhados, foi de 40,3% nos dez anos (média anual de 4%), com 61,9% entre os indivíduos do sexo masculino. A incidência das formas clínicas nesse grupo foi de 51,8% para o tipo I (infecção), 38,9% para o tipo II (hepatointestinal) e 9,3% para o tipo III (hepatoesplênica). A evolução clínica dos 190 casos anteriormente infectados ficou inalterada em 75,3%, evoluiu progressivamente em 12,1% (agravamento) e regressivamente em 12,6% (melhora), entre os quais 8,4% ou seja, dois terços fizeram tratamento específico por conta própria. |
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Coura, José RodriguesConceição, Mario José daPereira, José Borges2020-07-11T17:11:44Z2020-07-11T17:11:44Z1984COURA, José Rodrigues; CONCEIÇÃO. Mario José da; PEREIRA, José Borges. Morbidade da esquistossomose mansoni no Brasil: III Estudo evolutivo em uma área endêmica no período de dez anos, Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 79, n. 4, p. 447-463, out./dez. 1984.0074-0276https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4220810.1590/S0074-027619840004000091678-8060Quatro estudos sobre a morbilidade da esquistossomose mansoni foram realizados na localidade de Capitão Andrade, município de Itanhomi, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, Brasil, respectivamente em 1973, 1974, 1979 e 1983, constando basicamente do exame de fezes quantitativo e do exame clínico da população residente, acrescidos do estudo da dinâmica e índices de infecção dos planorbídeos e do contacto homem-água entre os dois primeiros estudos. O presente trabalho compara a situação da infecção na localidade em 1973 a 1983 e estuda a evolução da doença em uma amostra de 324 pessoas residentes na área desde o primeiro estudo, dos quais 190 eram infectados com S. mansoni naquela época (26,3% dos infectados) e 134 não infectados (27,6% dos não infectados). A prevalência da infecção era de 60,8% entre as 1.234 pessoas examinadas em 1973 e de 26,2% entre 1.269 examinadas em 1983, havendo, portanto, uma redução de 24,6% sem nenhum tipo de intervenção dirigida. Entretanto, a grande mobilidade da população da área e o tratamento por iniciativa própria de 7% das pessoas estudadas podem justificar essa redução da prevalência. Embora tenha havido uma redução de mais de 50% do número mediano de ovos de S. mansoni eliminados pela população, não se modificou a morbilidade da doença nem a proporção entre as formas clínicas no período. A incidência da infecção entre os 134 casos negativos acompanhados, foi de 40,3% nos dez anos (média anual de 4%), com 61,9% entre os indivíduos do sexo masculino. A incidência das formas clínicas nesse grupo foi de 51,8% para o tipo I (infecção), 38,9% para o tipo II (hepatointestinal) e 9,3% para o tipo III (hepatoesplênica). A evolução clínica dos 190 casos anteriormente infectados ficou inalterada em 75,3%, evoluiu progressivamente em 12,1% (agravamento) e regressivamente em 12,6% (melhora), entre os quais 8,4% ou seja, dois terços fizeram tratamento específico por conta própria.Four cross sectional studies on morbidity of schistosomiasis mansoni were carried out respectively in 1973, 1974, 1979 and 1983 in the Village of Capitão Andrade, District of Itanhomi, State of Minas Gerais, Brazil, through clinical and fecal examination of the population. In addition a comparison was made of the dinamic and infection rate of the snails and the man-water contact between 1973-1974. The present study compares the prevalence of the human infection by S. mansoni and the evolutive pattern of the disease in the area from 1973 to 1983. besides 190 persons infected with S. mansoni and 134 non-infected, were followed-up during this period. The infection rate was 60.8% among 1,234 persons examined in 1973,, decreasing to 36.2% of the 1,269 examined in 1983. However, the intense migration of the population in the area and the specific treatment of 7% of person by their own decision may be partially responsible for this reduction. Although there was a decrease of more than 50% in the mean egg output of S. mansoni, there was no change in the morbility of the disease and in the proportion of the different clinical forms. The incidence of S. mansoni infection among 134 persons followed-up during the ten years was 40.3% (annual average of 4%), with 61.9% in males. The incidence of the clinical forms was 51.8% for type I (intestinal form), 38.9% for type II (hepatointestinal) and 9.3% for type III (hepatoesplenic). The clinical evolutive pattern of 190 patients followed-up during the mentioned period showed that 75.3% had no change, 12.1% deteriored and 12,6% improved. two thirds of those which improved (8.4%) had receveid specific treatment.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Departamento de Medicina Tropical. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Sem afiliação.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz.Esquistossomose mansoniEstudo evolutivoMorbidadeBrasilSchistosomiasis mansoniMorbidityCross sectional studiesBrazilMorbidade da esquistossomose mansoni no Brasil: III Estudo evolutivo em uma área endêmica no período de dez anosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42208/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALJoseRCoura_MJConceição_etal_IOC_1984.pdfJoseRCoura_MJConceição_etal_IOC_1984.pdfapplication/pdf414866https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/42208/2/JoseRCoura_MJConcei%c3%a7%c3%a3o_etal_IOC_1984.pdf0513235b3a3edce72967cd4f5cc65651MD52TEXTJoseRCoura_MJConceição_etal_IOC_1984.pdf.txtJoseRCoura_MJConceição_etal_IOC_1984.pdf.txtExtracted 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