Metas, pra quê te quero? Algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Renato Penha de Oliveira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22904
Resumo: O presente estudo teve por objetivo identificar quais as penosidades presentes no cotidiano do trabalho de uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município do Rio de Janeiro, a partir das percepções desses profissionais de saúde sobre o trabalho na atenção primária sob a égide de novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho, implantados no município do Rio de Janeiro após 2009. O contexto do estudo remete ao processo de reestruturação produtiva e aos novos modos de gestão e gerenciamento do trabalho que vem sendo implantados tanto em empresas privadas como em serviços ou empresas públicas. Essas transformações foram incorporadas à dinâmica dos serviços públicos, de acordo com a lógica neoliberal e de reformas administrativas do aparelho de Estado, como resposta à crise capitalista do Estado do Bem-Estar-Social e do modelo de produção hegemônico fordista-taylorista, sob o discurso da promoção da melhor eficiência da máquina pública. No Brasil, essas transformações nos serviços públicos foram sendo executadas durante a década de 1990, como nos serviços de saúde, os quais tinham sofrido mudanças substanciais, principalmente em seu modelo assistencial, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e da ESF. Por conseguinte, várias repercussões e contradições dos novos formatos gerenciais vêm se apresentando no cotidiano do trabalho, principalmente no que tange à subjetividade e às experiências vividas pelos trabalhadores no ambiente de trabalho. Com isso se retoma a discussão em torno de aspectos que ressignificam o sentido do trabalho, tornado o mais explorado e mais difícil de ser suportado, gerando o que tem sido denominado pela Sociologia do Trabalho francesa de penosidades. O estudo foi realizado numa clínica da família do Rio de Janeiro, inspirando-se na etnografia de caso ampliado, desenvolvida por Michael Burawoy e utilizou a observação participante com a realização de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores de uma equipe da ESF dessa clínica. Após análise do diário de campo e das entrevistas, verificou-se a predominância de mulheres na equipe estudada, correspondendo à tendência da feminização da força de trabalho na saúde. Além disso, foram caracterizadas como penosidades: a jornada de trabalho extensa, a constante interação com os usuários, o excesso de demanda de trabalho, a exigência de polivalência e mudança constante de funções no ambiente de trabalho. Ressalta-se a necessidade de aprofundar o estudo das contradições entre os valores e aspectos que envolvem esse o modelo de gestão e gerenciamento do trabalho com a lógica do cuidado e outros valores preconizados historicamente pela reforma sanitária e na construção do SUS.
id CRUZ_726b7d181d6b5474499c7b8874e4f420
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/22904
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Santos, Renato Penha de OliveiraFonseca, Angélica FerreiraVieira, MonicaMartins, Maria Inês CarsaladeChinelli, FilippinaFonseca, Angélica FerreiraChinelli, Filippina2017-10-23T13:05:31Z2017-10-23T13:05:31Z2017SANTOS, Renato Penha de Oliveira. “Metas para que te quero?”: algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família do município do Rio de Janeiro. 2017, 94 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde) - Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Rio de Janeiro, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22904O presente estudo teve por objetivo identificar quais as penosidades presentes no cotidiano do trabalho de uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município do Rio de Janeiro, a partir das percepções desses profissionais de saúde sobre o trabalho na atenção primária sob a égide de novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho, implantados no município do Rio de Janeiro após 2009. O contexto do estudo remete ao processo de reestruturação produtiva e aos novos modos de gestão e gerenciamento do trabalho que vem sendo implantados tanto em empresas privadas como em serviços ou empresas públicas. Essas transformações foram incorporadas à dinâmica dos serviços públicos, de acordo com a lógica neoliberal e de reformas administrativas do aparelho de Estado, como resposta à crise capitalista do Estado do Bem-Estar-Social e do modelo de produção hegemônico fordista-taylorista, sob o discurso da promoção da melhor eficiência da máquina pública. No Brasil, essas transformações nos serviços públicos foram sendo executadas durante a década de 1990, como nos serviços de saúde, os quais tinham sofrido mudanças substanciais, principalmente em seu modelo assistencial, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e da ESF. Por conseguinte, várias repercussões e contradições dos novos formatos gerenciais vêm se apresentando no cotidiano do trabalho, principalmente no que tange à subjetividade e às experiências vividas pelos trabalhadores no ambiente de trabalho. Com isso se retoma a discussão em torno de aspectos que ressignificam o sentido do trabalho, tornado o mais explorado e mais difícil de ser suportado, gerando o que tem sido denominado pela Sociologia do Trabalho francesa de penosidades. O estudo foi realizado numa clínica da família do Rio de Janeiro, inspirando-se na etnografia de caso ampliado, desenvolvida por Michael Burawoy e utilizou a observação participante com a realização de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores de uma equipe da ESF dessa clínica. Após análise do diário de campo e das entrevistas, verificou-se a predominância de mulheres na equipe estudada, correspondendo à tendência da feminização da força de trabalho na saúde. Além disso, foram caracterizadas como penosidades: a jornada de trabalho extensa, a constante interação com os usuários, o excesso de demanda de trabalho, a exigência de polivalência e mudança constante de funções no ambiente de trabalho. Ressalta-se a necessidade de aprofundar o estudo das contradições entre os valores e aspectos que envolvem esse o modelo de gestão e gerenciamento do trabalho com a lógica do cuidado e outros valores preconizados historicamente pela reforma sanitária e na construção do SUS.The present study aimed to identify the workers suffering and pain present in the daily work of a team of the Family Health Strategy (ESF) in the city of Rio de Janeiro, based on the perceptions of these health professionals about work in primary care under the new management and work management models implemented in the city of Rio de Janeiro after 2009. The context of the study refers to the process of productive restructuring and the new management and work management modes that have been implemented both in private companies and in services or public companies. These transformations were incorporated into the dynamics of public services, in accordance with the neoliberal logic and administrative reforms of the State apparatus, as a response to the capitalist crisis of the Welfare State and the fordist-taylorist hegemonic production model with the idea of promoting the best efficiency of the public machine. In Brazil, these transformations in public services were implented during the 1990s, as the health services, which had substantial changes, mainly in its care model, with the creation of the Unified Health System (SUS) and the ESF. Consequently, several repercussions and contradictions of the new management formats have been appearing in the work routine, especially regarding the subjectivity and the experiences lived by the workers in the work environment. The discussion about aspects that re-signify the meaning of work as something more difficult to do has been denominated by the French Sociology as workers suffering and pain. The study was in a “family clinic” of Rio de Janeiro, drawing on the case-study ethnography developed by Michael Burawoy and used the participant observation with the semi-structured interviews with workers of an ESF team of this clinic. After analyzing the field diary and the interviews, the predominance of women in the study team was verified, corresponding to the feminization trend of the health workforce. In addition, some situations were characterized as workers suffering and pain: the extensive working day, the constant interaction with the users, the excess of work demand, the requirement of polyvalence and constant change of functions in the work environment. It is necessary to deepen the study of the contradictions between the values and aspects that involve this model of management and work management with the logic of care and other values historically advocated by health reform and the construction of SUS.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporEPSJVEstratégia Saúde da FamíliaGestão do Trabalho em SaúdePenosidadePrecarizaçãoReestruturação ProdutivaHealth Strategy FamilyHealth Work ManagementPainfulnessPrecariousnessProductive RestructuringEstratégia Saúde da FamíliaPolíticas, Planejamento e Administração em SaúdeAdministração de Recursos Humanos em SaúdeCondições de TrabalhoMetas, pra quê te quero? Algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017-05-31Coordenação de Pós-Graduação em Educação Profissional em SaúdeFundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim VenâncioMestrado ProfissionalRio de Janeiro, RJPrograma de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22904/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALRenato_Santos_EPSJV_Mestrado_2017.pdfRenato_Santos_EPSJV_Mestrado_2017.pdfapplication/pdf852342https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22904/2/Renato_Santos_EPSJV_Mestrado_2017.pdfb8f6be59be464f7409930b91c74234d0MD52TEXTRenato_Santos_EPSJV_Mestrado_2017.pdf.txtRenato_Santos_EPSJV_Mestrado_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain258658https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22904/3/Renato_Santos_EPSJV_Mestrado_2017.pdf.txt2c74e61b93359e8e456f11575e55a3f7MD53icict/229042018-08-15 02:51:32.491oai:www.arca.fiocruz.br:icict/22904Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcwphdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKKDEpIENFREUgZSBUUkFOU0ZFUkUsIHRvdGFsIGUgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaLCBlbQpjYXLDoXRlciBwZXJtYW5lbnRlLCBpcnJldm9nw6F2ZWwgZSBOw4NPIEVYQ0xVU0lWTywgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08KQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcwpkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBkdXJhbnRlIHRvZG8gbyBwcmF6byBkZSBkdXJhw6fDo28gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBlbQpxdWFscXVlciBpZGlvbWEgZSBlbSB0b2RvcyBvcyBwYcOtc2VzOwoKKDIpIEFDRUlUQSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIHRvdGFsIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBwZXJtYW5lbnRlIGUgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcwpwYXRyaW1vbmlhaXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzIGRlIHV0aWxpemHDp8OjbyBkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwKb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IHZlw61jdWxvLAppbmNsdXNpdmUgZW0gUmVwb3NpdMOzcmlvcyBEaWdpdGFpcywgYmVtIGNvbW8gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgcmVwcm9kdcOnw6NvLCBleGliacOnw6NvLCBleGVjdcOnw6NvLApkZWNsYW1hw6fDo28sIHJlY2l0YcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgYXJxdWl2YW1lbnRvLCBpbmNsdXPDo28gZW0gYmFuY28gZGUgZGFkb3MsIHByZXNlcnZhw6fDo28sIGRpZnVzw6NvLApkaXN0cmlidWnDp8OjbywgZGl2dWxnYcOnw6NvLCBlbXByw6lzdGltbywgdHJhZHXDp8OjbywgZHVibGFnZW0sIGxlZ2VuZGFnZW0sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyBvYnJhcyBvdQpjb2xldMOibmVhcywgcmV1dGlsaXphw6fDo28sIGVkacOnw6NvLCBwcm9kdcOnw6NvIGRlIG1hdGVyaWFsIGRpZMOhdGljbyBlIGN1cnNvcyBvdSBxdWFscXVlciBmb3JtYSBkZQp1dGlsaXphw6fDo28gbsOjbyBjb21lcmNpYWw7CgooMykgUkVDT05IRUNFIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gYXF1aSBlc3BlY2lmaWNhZGEgY29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPCkNSVVogbyBkaXJlaXRvIGRlIGF1dG9yaXphciBxdWFscXVlciBwZXNzb2Eg4oCTIGbDrXNpY2Egb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdQplc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlcgpmaW5hbGlkYWRlcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXM7CgooNCkgREVDTEFSQSBxdWUgYSBvYnJhIMOpIGNyaWHDp8OjbyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSDDqSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGFxdWkgY2VkaWRvcyBlIGF1dG9yaXphZG9zLApyZXNwb25zYWJpbGl6YW5kby1zZSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIHBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwKaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIGluZGVuaXphciB0ZXJjZWlyb3MgcG9yCmRhbm9zLCBiZW0gY29tbyBpbmRlbml6YXIgZSByZXNzYXJjaXIgYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVogZGUKZXZlbnR1YWlzIGRlc3Blc2FzIHF1ZSB2aWVyZW0gYSBzdXBvcnRhciwgZW0gcmF6w6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIG9mZW5zYSBhIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91CmRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBvdSBpbWFnZW0sIHByaW5jaXBhbG1lbnRlIG5vIHF1ZSBkaXogcmVzcGVpdG8gYSBwbMOhZ2lvIGUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CgooNSkgQUZJUk1BIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTwpPU1dBTERPIENSVVogZSBhcyBkaXJldHJpemVzIHBhcmEgbyBmdW5jaW9uYW1lbnRvIGRvIHJlcG9zaXTDs3JpbyBpbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EuCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIHJlc2VydmEKZXhjbHVzaXZhbWVudGUgYW8gQVVUT1Igb3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGUgb3MgdXNvcyBjb21lcmNpYWlzIHNvYnJlIGFzIG9icmFzIGRlIHN1YSBhdXRvcmlhCmUvb3UgdGl0dWxhcmlkYWRlLCBzZW5kbyBvcyB0ZXJjZWlyb3MgdXN1w6FyaW9zIHJlc3BvbnPDoXZlaXMgcGVsYSBhdHJpYnVpw6fDo28gZGUgYXV0b3JpYSBlIG1hbnV0ZW7Dp8OjbwpkYSBpbnRlZ3JpZGFkZSBkYSBPQlJBIGVtIHF1YWxxdWVyIHV0aWxpemHDp8Ojby4KCkEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVoKcmVzcGVpdGEgb3MgY29udHJhdG9zIGUgYWNvcmRvcyBwcmVleGlzdGVudGVzIGRvcyBBdXRvcmVzIGNvbSB0ZXJjZWlyb3MsIGNhYmVuZG8gYW9zIEF1dG9yZXMKaW5mb3JtYXIgw6AgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBhcyBjb25kacOnw7VlcyBlIG91dHJhcyByZXN0cmnDp8O1ZXMgaW1wb3N0YXMgcG9yIGVzdGVzIGluc3RydW1lbnRvcy4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T05:51:32Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Metas, pra quê te quero? Algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiro
title Metas, pra quê te quero? Algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiro
spellingShingle Metas, pra quê te quero? Algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiro
Santos, Renato Penha de Oliveira
Estratégia Saúde da Família
Gestão do Trabalho em Saúde
Penosidade
Precarização
Reestruturação Produtiva
Health Strategy Family
Health Work Management
Painfulness
Precariousness
Productive Restructuring
Estratégia Saúde da Família
Políticas, Planejamento e Administração em Saúde
Administração de Recursos Humanos em Saúde
Condições de Trabalho
title_short Metas, pra quê te quero? Algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiro
title_full Metas, pra quê te quero? Algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiro
title_fullStr Metas, pra quê te quero? Algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiro
title_full_unstemmed Metas, pra quê te quero? Algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiro
title_sort Metas, pra quê te quero? Algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família no município do Rio de Janeiro
author Santos, Renato Penha de Oliveira
author_facet Santos, Renato Penha de Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisorco.none.fl_str_mv Fonseca, Angélica Ferreira
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Vieira, Monica
Martins, Maria Inês Carsalade
Chinelli, Filippina
Fonseca, Angélica Ferreira
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Renato Penha de Oliveira
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Chinelli, Filippina
contributor_str_mv Chinelli, Filippina
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Estratégia Saúde da Família
Gestão do Trabalho em Saúde
Penosidade
Precarização
Reestruturação Produtiva
topic Estratégia Saúde da Família
Gestão do Trabalho em Saúde
Penosidade
Precarização
Reestruturação Produtiva
Health Strategy Family
Health Work Management
Painfulness
Precariousness
Productive Restructuring
Estratégia Saúde da Família
Políticas, Planejamento e Administração em Saúde
Administração de Recursos Humanos em Saúde
Condições de Trabalho
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Health Strategy Family
Health Work Management
Painfulness
Precariousness
Productive Restructuring
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Estratégia Saúde da Família
Políticas, Planejamento e Administração em Saúde
Administração de Recursos Humanos em Saúde
Condições de Trabalho
description O presente estudo teve por objetivo identificar quais as penosidades presentes no cotidiano do trabalho de uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município do Rio de Janeiro, a partir das percepções desses profissionais de saúde sobre o trabalho na atenção primária sob a égide de novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho, implantados no município do Rio de Janeiro após 2009. O contexto do estudo remete ao processo de reestruturação produtiva e aos novos modos de gestão e gerenciamento do trabalho que vem sendo implantados tanto em empresas privadas como em serviços ou empresas públicas. Essas transformações foram incorporadas à dinâmica dos serviços públicos, de acordo com a lógica neoliberal e de reformas administrativas do aparelho de Estado, como resposta à crise capitalista do Estado do Bem-Estar-Social e do modelo de produção hegemônico fordista-taylorista, sob o discurso da promoção da melhor eficiência da máquina pública. No Brasil, essas transformações nos serviços públicos foram sendo executadas durante a década de 1990, como nos serviços de saúde, os quais tinham sofrido mudanças substanciais, principalmente em seu modelo assistencial, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e da ESF. Por conseguinte, várias repercussões e contradições dos novos formatos gerenciais vêm se apresentando no cotidiano do trabalho, principalmente no que tange à subjetividade e às experiências vividas pelos trabalhadores no ambiente de trabalho. Com isso se retoma a discussão em torno de aspectos que ressignificam o sentido do trabalho, tornado o mais explorado e mais difícil de ser suportado, gerando o que tem sido denominado pela Sociologia do Trabalho francesa de penosidades. O estudo foi realizado numa clínica da família do Rio de Janeiro, inspirando-se na etnografia de caso ampliado, desenvolvida por Michael Burawoy e utilizou a observação participante com a realização de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores de uma equipe da ESF dessa clínica. Após análise do diário de campo e das entrevistas, verificou-se a predominância de mulheres na equipe estudada, correspondendo à tendência da feminização da força de trabalho na saúde. Além disso, foram caracterizadas como penosidades: a jornada de trabalho extensa, a constante interação com os usuários, o excesso de demanda de trabalho, a exigência de polivalência e mudança constante de funções no ambiente de trabalho. Ressalta-se a necessidade de aprofundar o estudo das contradições entre os valores e aspectos que envolvem esse o modelo de gestão e gerenciamento do trabalho com a lógica do cuidado e outros valores preconizados historicamente pela reforma sanitária e na construção do SUS.
publishDate 2017
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-10-23T13:05:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-10-23T13:05:31Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SANTOS, Renato Penha de Oliveira. “Metas para que te quero?”: algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família do município do Rio de Janeiro. 2017, 94 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde) - Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Rio de Janeiro, 2017.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22904
identifier_str_mv SANTOS, Renato Penha de Oliveira. “Metas para que te quero?”: algumas reflexões sobre os novos modelos de gestão e gerenciamento do trabalho e seus efeitos nos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde da Família do município do Rio de Janeiro. 2017, 94 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde) - Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Rio de Janeiro, 2017.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22904
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv EPSJV
publisher.none.fl_str_mv EPSJV
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22904/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22904/2/Renato_Santos_EPSJV_Mestrado_2017.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22904/3/Renato_Santos_EPSJV_Mestrado_2017.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 5a560609d32a3863062d77ff32785d58
b8f6be59be464f7409930b91c74234d0
2c74e61b93359e8e456f11575e55a3f7
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1813009234468536320