Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Paula da Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34292
Resumo: Trinta e cinco anos após o início da epidemia de HIV/AIDS no Brasil verificam-se mudanças positivas no âmbito do cuidado em saúde para as pessoas que, tendo entrado em contato com o vírus, desenvolveram ou não os sintomas dessa síndrome. Dentre as mudanças, o desenvolvimento de medicamentos antirretrovirais de distribuição gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), bem como de protocolos e diretrizes para a prevenção e tratamento. Elas resultaram em alterações no perfil das pessoas que vivem com HIV/AIDS, no aumento de sua sobrevida e melhoria da qualidade de vida, bem como no modo de se encarar a AIDS, que passa a ser descrita não mais como uma sentença de morte, mas sob o prisma da cronicidade. Esse estudo, de abordagem qualitativa e análise de conteúdo, modalidade temática, focaliza jovens que contraíram o HIV em decorrência de transmissão vertical e perinatal (por aleitamento cruzado) e se encontram em acompanhamento ambulatorial no serviço de adultos do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Ele teve por objetivo analisar as percepções e experiências desses jovens em transição para a vida adulta sobre sua condição sorológica, seu tratamento e aspectos do seu cotidiano que interferem no cuidado facilitando-o e/ou dificultando-o. As estratégias de pesquisa consistiram em entrevistas semiestruturadas, que foram registradas em áudio e depois transcritas; e um questionário sociodemográfico autoaplicado durante a entrevista (idade, sexo, estado civil, local de residência, escolaridade, atividade remunerada, renda familiar, renda individual, religião, número de filhos e com quem residem). Na análise, as categorias operacionais previamente delineadas foram agrupadas e reorganizadas, compondo as seguintes categorias analíticas: caracterização dos jovens e transição para a vida adulta; percepção sobre a vida levando em consideração o vírus e o tratamento; aspectos que facilitam e/ou dificultam as práticas de cuidado no cotidiano; transição do serviço pediátrico para o serviço de adulto. De agosto a outubro de 2017, entrevistaram-se 10 jovens – apenas um teve transmissão por aleitamento cruzado, sendo seis do sexo masculino e quatro do sexo feminino, dos 58 em acompanhamento na instituição. Os resultados da análise corroboram que viver com HIV/Aids desde sempre, como é o caso desses jovens, demanda que sejam capazes de fazer arranjos no cotidiano de modo a combinar os afazeres da vida diária com o tratamento contínuo de doença crônica, bem como lidar com sua condição sorológica diante do dilema entre o medo do estigma e a decisão de revela-la aos mais próximos em seus convívios. Constatou-se a inexistência, no município do Rio de Janeiro, de uma diretriz para o processo de transição de uma pessoa que vive com HIV/Aids do serviço pediátrico para o de adultos. Verificou-se o empenho das famílias em buscar espontaneamente a nova Unidade de tratamento por um familiar. Um critério para a escolha do novo serviço é a maior distância do local de residência, um dos achados que trouxeram à tona novamente a questão do medo do estigma e preconceito.
id CRUZ_73a99e41f4c8f2e5f6bda318670806ed
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34292
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Fernandes, Paula da SilvaAndrade, Carla Lourenço Tavares deDe Seta, Marismary Horsth2019-07-19T14:55:10Z2019-07-19T14:55:10Z2018FERNANDES, Paula da Silva. Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento. 2018. 97 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34292Trinta e cinco anos após o início da epidemia de HIV/AIDS no Brasil verificam-se mudanças positivas no âmbito do cuidado em saúde para as pessoas que, tendo entrado em contato com o vírus, desenvolveram ou não os sintomas dessa síndrome. Dentre as mudanças, o desenvolvimento de medicamentos antirretrovirais de distribuição gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), bem como de protocolos e diretrizes para a prevenção e tratamento. Elas resultaram em alterações no perfil das pessoas que vivem com HIV/AIDS, no aumento de sua sobrevida e melhoria da qualidade de vida, bem como no modo de se encarar a AIDS, que passa a ser descrita não mais como uma sentença de morte, mas sob o prisma da cronicidade. Esse estudo, de abordagem qualitativa e análise de conteúdo, modalidade temática, focaliza jovens que contraíram o HIV em decorrência de transmissão vertical e perinatal (por aleitamento cruzado) e se encontram em acompanhamento ambulatorial no serviço de adultos do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Ele teve por objetivo analisar as percepções e experiências desses jovens em transição para a vida adulta sobre sua condição sorológica, seu tratamento e aspectos do seu cotidiano que interferem no cuidado facilitando-o e/ou dificultando-o. As estratégias de pesquisa consistiram em entrevistas semiestruturadas, que foram registradas em áudio e depois transcritas; e um questionário sociodemográfico autoaplicado durante a entrevista (idade, sexo, estado civil, local de residência, escolaridade, atividade remunerada, renda familiar, renda individual, religião, número de filhos e com quem residem). Na análise, as categorias operacionais previamente delineadas foram agrupadas e reorganizadas, compondo as seguintes categorias analíticas: caracterização dos jovens e transição para a vida adulta; percepção sobre a vida levando em consideração o vírus e o tratamento; aspectos que facilitam e/ou dificultam as práticas de cuidado no cotidiano; transição do serviço pediátrico para o serviço de adulto. De agosto a outubro de 2017, entrevistaram-se 10 jovens – apenas um teve transmissão por aleitamento cruzado, sendo seis do sexo masculino e quatro do sexo feminino, dos 58 em acompanhamento na instituição. Os resultados da análise corroboram que viver com HIV/Aids desde sempre, como é o caso desses jovens, demanda que sejam capazes de fazer arranjos no cotidiano de modo a combinar os afazeres da vida diária com o tratamento contínuo de doença crônica, bem como lidar com sua condição sorológica diante do dilema entre o medo do estigma e a decisão de revela-la aos mais próximos em seus convívios. Constatou-se a inexistência, no município do Rio de Janeiro, de uma diretriz para o processo de transição de uma pessoa que vive com HIV/Aids do serviço pediátrico para o de adultos. Verificou-se o empenho das famílias em buscar espontaneamente a nova Unidade de tratamento por um familiar. Um critério para a escolha do novo serviço é a maior distância do local de residência, um dos achados que trouxeram à tona novamente a questão do medo do estigma e preconceito.Thirty-five years after the onset of the HIV/AIDS epidemic in Brazil, there have been positive changes in health care for people who, having been exposed to the virus, have or not developed symptoms of this syndrome. Among the changes, the development of free antiretroviral drugs by the Brazilian Unified Health System, as well as protocols and guidelines for prevention and treatment. They have resulted in changes in the profile of people living with HIV / AIDS, increasing their survival and improving their quality of life, and in the way, they approach AIDS, which is no longer described as a death sentence, but under the prism of chronicity. This qualitative study and content analysis, of thematic modality, focuses on young people who contracted HIV because of vertical and perinatal transmission (through cross feeding) and are undergoing an outpatient follow-up service at the Evandro Chagas National Institute of Infectology, of the Oswaldo Cruz Foundation, in Rio de Janeiro. It aimed to analyze the perceptions and experiences of these young people in transition to adulthood about their serological condition, their treatment and aspects of their daily life that interfere in the care, facilitating and/or hindering it. The research strategies consisted of semi-structured interviews, which were recorded in audio and then transcribed; and a self-reported socio-demographic questionnaire during the interview (age, sex, marital status, place of residence, schooling, paid activity, family income, individual income, religion, number of children and with whom they reside). In the analysis, the previously outlined operational categories were grouped and reorganized, composing the following analytical categories: characterization of youth and transition to adulthood; perception about life considering the virus and the treatment; aspects, which facilitate and/or hamper daily care practices; transition from the pediatric to the adult service. From August to October 2017, 10 youngsters were interviewed - only one had crossbreastfeeding transmission, six males and four females, out of 58 in the institution. The results corroborate that living with HIV/AIDS since always, as is the case of these young people, demands that they are able to make daily arrangements in order to combine the daily tasks with the continuous treatment of chronic illness. As well as dealing with their HIV status in the dilemma between the fear of stigma and the decision to reveal it to the closest in their lives. The inexistence in the city of Rio de Janeiro, of guidelines for the transition process of a person living with HIV/Aids from the pediatric service to that of adults was noticed. The families' commitment to spontaneously seek the new unit of treatment by a family member was attested. One criterion for choosing the new service is the greater distance from the place of residence, one of the findings that again have raised the question of fear of stigma and prejudice.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAdulto JovemTransmissão VerticalAleitamento CruzadoTransmissão PerinatalHIV/AidsYoung AdultVertical TransmissionCross-NursingPerinatal TransmissionHIV/AIDSAdulto JovemTransmissão Vertical de Doença InfecciosaSíndrome de Imunodeficiência AdquiridaHIVAleitamento MaternoSobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamentoOn living: a study of the perception of young people living with HIV by vertical and perinatal transmission about their condition and treatmentinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2018Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Fundação Oswaldo CruzFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34292/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Paula_da_Silva_ENSP_2018application/pdf860297https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34292/2/ve_Paula_da_Silva_ENSP_201898fff139bdc33e6c51c23f1346cd47c9MD52TEXTve_Paula_da_Silva_ENSP_2018.txtve_Paula_da_Silva_ENSP_2018.txtExtracted texttext/plain244059https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34292/3/ve_Paula_da_Silva_ENSP_2018.txtac79ec4cfa29acc06409466a706c7a83MD53icict/342922022-04-25 14:51:31.767oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34292Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-04-25T17:51:31Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv On living: a study of the perception of young people living with HIV by vertical and perinatal transmission about their condition and treatment
title Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento
spellingShingle Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento
Fernandes, Paula da Silva
Adulto Jovem
Transmissão Vertical
Aleitamento Cruzado
Transmissão Perinatal
HIV/Aids
Young Adult
Vertical Transmission
Cross-Nursing
Perinatal Transmission
HIV/AIDS
Adulto Jovem
Transmissão Vertical de Doença Infecciosa
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
HIV
Aleitamento Materno
title_short Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento
title_full Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento
title_fullStr Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento
title_full_unstemmed Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento
title_sort Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento
author Fernandes, Paula da Silva
author_facet Fernandes, Paula da Silva
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Fernandes, Paula da Silva
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Andrade, Carla Lourenço Tavares de
De Seta, Marismary Horsth
contributor_str_mv Andrade, Carla Lourenço Tavares de
De Seta, Marismary Horsth
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Adulto Jovem
Transmissão Vertical
Aleitamento Cruzado
Transmissão Perinatal
HIV/Aids
topic Adulto Jovem
Transmissão Vertical
Aleitamento Cruzado
Transmissão Perinatal
HIV/Aids
Young Adult
Vertical Transmission
Cross-Nursing
Perinatal Transmission
HIV/AIDS
Adulto Jovem
Transmissão Vertical de Doença Infecciosa
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
HIV
Aleitamento Materno
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Young Adult
Vertical Transmission
Cross-Nursing
Perinatal Transmission
HIV/AIDS
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Adulto Jovem
Transmissão Vertical de Doença Infecciosa
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
HIV
Aleitamento Materno
description Trinta e cinco anos após o início da epidemia de HIV/AIDS no Brasil verificam-se mudanças positivas no âmbito do cuidado em saúde para as pessoas que, tendo entrado em contato com o vírus, desenvolveram ou não os sintomas dessa síndrome. Dentre as mudanças, o desenvolvimento de medicamentos antirretrovirais de distribuição gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), bem como de protocolos e diretrizes para a prevenção e tratamento. Elas resultaram em alterações no perfil das pessoas que vivem com HIV/AIDS, no aumento de sua sobrevida e melhoria da qualidade de vida, bem como no modo de se encarar a AIDS, que passa a ser descrita não mais como uma sentença de morte, mas sob o prisma da cronicidade. Esse estudo, de abordagem qualitativa e análise de conteúdo, modalidade temática, focaliza jovens que contraíram o HIV em decorrência de transmissão vertical e perinatal (por aleitamento cruzado) e se encontram em acompanhamento ambulatorial no serviço de adultos do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Ele teve por objetivo analisar as percepções e experiências desses jovens em transição para a vida adulta sobre sua condição sorológica, seu tratamento e aspectos do seu cotidiano que interferem no cuidado facilitando-o e/ou dificultando-o. As estratégias de pesquisa consistiram em entrevistas semiestruturadas, que foram registradas em áudio e depois transcritas; e um questionário sociodemográfico autoaplicado durante a entrevista (idade, sexo, estado civil, local de residência, escolaridade, atividade remunerada, renda familiar, renda individual, religião, número de filhos e com quem residem). Na análise, as categorias operacionais previamente delineadas foram agrupadas e reorganizadas, compondo as seguintes categorias analíticas: caracterização dos jovens e transição para a vida adulta; percepção sobre a vida levando em consideração o vírus e o tratamento; aspectos que facilitam e/ou dificultam as práticas de cuidado no cotidiano; transição do serviço pediátrico para o serviço de adulto. De agosto a outubro de 2017, entrevistaram-se 10 jovens – apenas um teve transmissão por aleitamento cruzado, sendo seis do sexo masculino e quatro do sexo feminino, dos 58 em acompanhamento na instituição. Os resultados da análise corroboram que viver com HIV/Aids desde sempre, como é o caso desses jovens, demanda que sejam capazes de fazer arranjos no cotidiano de modo a combinar os afazeres da vida diária com o tratamento contínuo de doença crônica, bem como lidar com sua condição sorológica diante do dilema entre o medo do estigma e a decisão de revela-la aos mais próximos em seus convívios. Constatou-se a inexistência, no município do Rio de Janeiro, de uma diretriz para o processo de transição de uma pessoa que vive com HIV/Aids do serviço pediátrico para o de adultos. Verificou-se o empenho das famílias em buscar espontaneamente a nova Unidade de tratamento por um familiar. Um critério para a escolha do novo serviço é a maior distância do local de residência, um dos achados que trouxeram à tona novamente a questão do medo do estigma e preconceito.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-07-19T14:55:10Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-07-19T14:55:10Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv FERNANDES, Paula da Silva. Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento. 2018. 97 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34292
identifier_str_mv FERNANDES, Paula da Silva. Sobre viver: um estudo da percepção de jovens vivendo com HIV/Aids por transmissão vertical e perinatal sobre sua condição e tratamento. 2018. 97 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34292
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34292/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34292/2/ve_Paula_da_Silva_ENSP_2018
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34292/3/ve_Paula_da_Silva_ENSP_2018.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
98fff139bdc33e6c51c23f1346cd47c9
ac79ec4cfa29acc06409466a706c7a83
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1813009159327580160