Estigmatização social pela leishmaniose cutânea no estado do Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pacheco, Sandro Javier Bedoya
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Martins, Ana Cristina da Costa, Pimentel, Maria Inês Fernandes, Souza, Claudia Teresa Vieira de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22739
Resumo: Embora a leishmaniose cutânea raramente evolua para óbito, produz um impacto negativo na vida cotidiana, com consequências psicológicas e sociais que afetam as relações pessoais e a qualidade de vida do indivíduo afetado. O objetivo deste estudo foi demonstrar efeitos de comportamentos estigmatizantes, suas consequências psicossociais e sua possível relação com as ideias de cura, contágio e causalidade, a partir do relato verbal dos indivíduos com lesões cutâneas ativas de leishmaniose. Foram entrevistados 24 pacientes com lesões em áreas expostas da pele: quinze do gênero masculino e nove do feminino. Os depoimentos e questões abordadas no estudo mostram um importante impacto psicológico e social, especialmente no gênero feminino, com manifestações de exclusão social e atitudes estigmatizantes. As ideias preconcebidas popularmente sobre a causalidade e o contágio da doença parecem ser responsáveis por essas consequências. Portanto, fazem-se necessários estudos que incorporem uma abordagem multidisciplinar e contextualizada à história sociocultural das populações para minimizar o impacto negativo na vida dos indivíduos afetados.
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spelling Pacheco, Sandro Javier BedoyaMartins, Ana Cristina da CostaPimentel, Maria Inês FernandesSouza, Claudia Teresa Vieira de2017-10-02T17:04:20Z2017-10-02T17:04:20Z2017PACHECO, Sandro Javier Bedoya et al. Estigmatização social pela leishmaniose cutânea no estado do Rio de Janeiro, Brasil. RECIIS - Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 11, n. 3, p. 1-12, jul./set. 2017.1981-6278https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2273910.29397/reciis.v11i3.10911981-6278Embora a leishmaniose cutânea raramente evolua para óbito, produz um impacto negativo na vida cotidiana, com consequências psicológicas e sociais que afetam as relações pessoais e a qualidade de vida do indivíduo afetado. O objetivo deste estudo foi demonstrar efeitos de comportamentos estigmatizantes, suas consequências psicossociais e sua possível relação com as ideias de cura, contágio e causalidade, a partir do relato verbal dos indivíduos com lesões cutâneas ativas de leishmaniose. Foram entrevistados 24 pacientes com lesões em áreas expostas da pele: quinze do gênero masculino e nove do feminino. Os depoimentos e questões abordadas no estudo mostram um importante impacto psicológico e social, especialmente no gênero feminino, com manifestações de exclusão social e atitudes estigmatizantes. As ideias preconcebidas popularmente sobre a causalidade e o contágio da doença parecem ser responsáveis por essas consequências. Portanto, fazem-se necessários estudos que incorporem uma abordagem multidisciplinar e contextualizada à história sociocultural das populações para minimizar o impacto negativo na vida dos indivíduos afetados.Although cutaneous leishmaniasis rarely evolves to death, it has a negative impact on daily life, with psychological and social consequences that interfere with the personal relationships and with the quality of life of the affected individual. The objective of this study was to analyze the verbal report of individuals with active cutaneous leishmaniasis lesions in order to identify the psychosocial consequences and to demonstrate effects of stigmatizing behaviors and their possible relation with the ideas of cure, contagion and causality. We interviewed 24 patients with active lesions on exposed areas of the skin: fifteen of the male and nine of the female gender. The statements and issues addressed in the study show an important psychological and social impact, especially regarding the female gender, with manifestations of social exclusion and stigmatizing attitudes. Popularly preconceived ideas about causality and disease contagion seem to be responsible for these consequences. Therefore, there is a need for studies that incorporate a multidisciplinary and contextualized approach to the sociocultural history of populations in order to minimize the negative impact on the lives of the affected individuals.Aunque la leishmaniasis cutánea raramente evoluciona hacia la muerte, produce un impacto negativo en la vida cotidiana, con consecuencias psicológicas y sociales que afectan a las relaciones personales y la calidad de vida del individuo afectado. El objetivo fundamental de este estudio, fue demostrar los efectos de los comportamientos estigmatizantes, sus consecuencias psicosociales y su posible relación con las ideas de cura, contagio y causalidad, a partir de los relatos de los individuos con lesiones cutáneas activas de leishmaniasis. Fueron entrevistados 24 pacientes con lesiones en áreas expuestas de la piel: quince hombres y nueve mujeres. Las declaraciones y temas abordados en el estudio muestran un importante impacto psicológico y social, especialmente en el género femenino, con manifestaciones de exclusión social y actitudes de estigmatización. Las ideas preconcebidas popularmente sobre la causalidad y el contagio de la enfermedad parecen ser responsable de esas consecuencias. Por lo tanto, son necesarios estudios que incorporen un enfoque multidisciplinario y contextualizado a la historia socio-cultural de las poblaciones, para minimizar el impacto negativo en la vida de las personas afectadas.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Laboratório de Pesquisa em Epidemiologia e Determinação Social da Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porFundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde.BrasilLeishmaniose cutâneaEstigmatização socialConsequências psicossociaisEpidemiologiaBrazilCutaneous leishmaniasisSocial stigmatizationPsychosocial consequencesEpidemiologyBrasilLeishmaniasis cutáneaEstigmatización socialConsecuencias psicosocialesEpidemiologíaEstigmatização social pela leishmaniose cutânea no estado do Rio de Janeiro, BrasilSocial stigmatization of cutaneous leishmaniasis in the state of Rio de Janeiro, BrazilEstigmatización social de la leishmaniasis cutánea en el estado del Río de Janeiro, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22739/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL5.pdfapplication/pdf266571https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22739/2/5.pdf88fe055b3785c8d9e19a2575c3936092MD52TEXT5.pdf.txt5.pdf.txtExtracted texttext/plain43897https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22739/3/5.pdf.txt17734d99dadf0c240153b39fbd99f989MD53icict/227392022-06-24 13:08:57.69oai:www.arca.fiocruz.br:icict/22739Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-24T16:08:57Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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