Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40133 |
Resumo: | A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que tem causado grande preocupação para os pesquisadores em saúde e formuladores de políticas, pois a despeito dos avanços alcançados, ainda apresenta taxas de detecção elevadas em alguns países em desenvolvimento. Pode atingir indivíduos em qualquer faixa etária, mas quando acomete os menores de 15 anos expõe a existência de fontes ativas das doenças que não receberam qualquer tratamento. Assim, a taxa de detecção entre menores de 15 anos se constitui em importante indicador epidemiológico. O Brasil é o segundo país com maior número de casos de hanseníase, atrás apenas da Índia. Na região Nordeste, o Maranhão apresenta a maior prevalência entre os estados da região e maior taxa de detecção geral, sendo considerado como hiperendêmico. O objetivo desse estudo foi analisar a dinâmica de ocorrência da hanseníase entre menores de 15 anos, nesse estado, no período 2006-2015. Trata-se de estudo ecológico, no qual se investigou a associação entre a taxa de detecção em menores de 15 e um conjunto de indicadores socioeconômicos e ambientais observados nos 217 municípios do estado. Um modelo Binomial Negativo multinível com dois níveis, ano e município, foi utilizado. O ano de ocorrência apresentou relação inversa com a taxa de detecção da hanseníase entre menores de 15 anos (RT=0,98; IC 95%: 0,96-1,00). Quanto maior a proporção com Saneamento inadequado menor a taxa de incidência de hanseníase (RT=0,98; IC 95%: 0,98-0,99). Menores taxas de hanseníase foram observadas nos biomas Cerrado (RT=0,63; IC 95%: 0,42- 0,95) e Cerrado/Caatinga (RT=0,38; IC 95%: 0,18-0,78), quando comparados ao bioma Amazônia. O Clima também aparece como variável associada com a taxa de hanseníase com menores taxas entre residentes em municípios com clima equatorial (RT=0,71; IC 95%: 0,60- 0,85). O efeito da variável IDHM mostrou-se associado com a taxa de incidência de hanseníase apenas nos municípios com baixa densidade. Aumentos de 5% no IDHM resultaram em aumentos de 26% na taxa de hanseníase nesses municípios (RT=1,26; IC 95%: 1,00-1,59). Uma expressiva variação na taxa de hanseníase entre municípios permaneceu inexplicada, indicando que outras variáveis explicativas devem ser avaliadas. Contudo, é possível que a subnotificação dos casos de hanseníase deva estar enviesando essa relação. Esforços devem ser envidados para melhorar a qualidade da informação e o processo de detecção de novos casos. |
id |
CRUZ_77779e457fdcf48e77520ea179a0c39f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/40133 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Sousa, Paulo Henrique Leal deLeite, Iuri da CostaCosta, Patrícia Lusié Velozo da2020-02-27T14:17:45Z2020-02-27T14:17:45Z2018SOUSA, Paulo Henrique Leal de. Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015. 2018. 70 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40133A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que tem causado grande preocupação para os pesquisadores em saúde e formuladores de políticas, pois a despeito dos avanços alcançados, ainda apresenta taxas de detecção elevadas em alguns países em desenvolvimento. Pode atingir indivíduos em qualquer faixa etária, mas quando acomete os menores de 15 anos expõe a existência de fontes ativas das doenças que não receberam qualquer tratamento. Assim, a taxa de detecção entre menores de 15 anos se constitui em importante indicador epidemiológico. O Brasil é o segundo país com maior número de casos de hanseníase, atrás apenas da Índia. Na região Nordeste, o Maranhão apresenta a maior prevalência entre os estados da região e maior taxa de detecção geral, sendo considerado como hiperendêmico. O objetivo desse estudo foi analisar a dinâmica de ocorrência da hanseníase entre menores de 15 anos, nesse estado, no período 2006-2015. Trata-se de estudo ecológico, no qual se investigou a associação entre a taxa de detecção em menores de 15 e um conjunto de indicadores socioeconômicos e ambientais observados nos 217 municípios do estado. Um modelo Binomial Negativo multinível com dois níveis, ano e município, foi utilizado. O ano de ocorrência apresentou relação inversa com a taxa de detecção da hanseníase entre menores de 15 anos (RT=0,98; IC 95%: 0,96-1,00). Quanto maior a proporção com Saneamento inadequado menor a taxa de incidência de hanseníase (RT=0,98; IC 95%: 0,98-0,99). Menores taxas de hanseníase foram observadas nos biomas Cerrado (RT=0,63; IC 95%: 0,42- 0,95) e Cerrado/Caatinga (RT=0,38; IC 95%: 0,18-0,78), quando comparados ao bioma Amazônia. O Clima também aparece como variável associada com a taxa de hanseníase com menores taxas entre residentes em municípios com clima equatorial (RT=0,71; IC 95%: 0,60- 0,85). O efeito da variável IDHM mostrou-se associado com a taxa de incidência de hanseníase apenas nos municípios com baixa densidade. Aumentos de 5% no IDHM resultaram em aumentos de 26% na taxa de hanseníase nesses municípios (RT=1,26; IC 95%: 1,00-1,59). Uma expressiva variação na taxa de hanseníase entre municípios permaneceu inexplicada, indicando que outras variáveis explicativas devem ser avaliadas. Contudo, é possível que a subnotificação dos casos de hanseníase deva estar enviesando essa relação. Esforços devem ser envidados para melhorar a qualidade da informação e o processo de detecção de novos casos.Leprosy is an infectious disease that has caused great concern for health researchers and policymakers, as in spite of advances, it still has high detection rates in some developing countries. It can affect individuals in any age group, but when it affects children under 15 years old it exposes the existence of active sources of diseases that have not received any treatment. Thus, the detection rate among children under 15 years old is an important epidemiological indicator. Brazil is the second country with the highest number of leprosy cases, only behind India. In the Northeast, Maranhão has the highest prevalence among the states of the region and the highest overall detection rate, being considered as hyperendemic. The aim of this study was to analyze the dynamics of leprosy occurrence among children under 15 years old in this state, in the period 2006-2015. This is an ecological study, which investigated the association between the leprosy detection rate in children under 15 years old and a set of socioeconomic and environmental indicators observed in the 217 municipalities of the state. A multilevel Negative Binomial model with two levels, year and municipality, was used. Year of the disease occurrence was inversely related to leprosy detection rate among children under 15 years old (RT = 0.98; 95% CI: 0.96-1.00). The higher the proportion with inadequate sanitation, the lower the leprosy incidence rate (RT = 0.98; 95% CI: 0.98- 0.99). Lower leprosy rates were observed in the Cerrado (RT = 0.63; 95% CI: 0.42-0.95) and Cerrado / Caatinga (RT = 0.38; 95% CI: 0.18-0.78 biomes), when compared to the Amazon biome. Climate also appears as a variable associated with lowest leprosy rate among residents of municipalities with equatorial climate (RT = 0.71; 95% CI: 0.60-0.85). The effect of the municipality Human development index (MHDI) variable was associated with the leprosy incidence rate only in municipalities with low density. Increases of 5% in the MHDI resulted in a 26% increase in the leprosy rate in these municipalities (RT = 1.26; 95% CI: 1.00-1.59). A significant variation in the leprosy rate between municipalities remained unexplained, indicating that other explanatory variables should be evaluated. However, it is possible that underreporting of leprosy cases should be biasing this relationship. Efforts should be made to improve the quality of information and the process of detecting new cases.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porHanseníaseEpidemiologiaFatores socioeconômicosModelo MultinívelMaranhãoLeprosyEpidemiologySocioeconomic FactorsMultilevel ModelMaranhãoHanseníaseEpidemiologiaFatores SocioeconômicosAnálise MultinívelFatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015Socioeconomic and environmental factors and the occurrence of leprosy in the state of Maranhão, 2006 2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2018Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Fundação Oswaldo CruzFundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40133/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Paulo_Henrique_ENSP_2018application/pdf1526900https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40133/2/ve_Paulo_Henrique_ENSP_2018d645b2aee34a054d8210c2272a6c3392MD52TEXTve_Paulo_Henrique_ENSP_2018.txtve_Paulo_Henrique_ENSP_2018.txtExtracted texttext/plain135822https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40133/3/ve_Paulo_Henrique_ENSP_2018.txt09926be3f111e87f00b4df85c7346ac0MD53icict/401332021-02-08 20:38:00.595oai:www.arca.fiocruz.br:icict/40133Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-02-08T23:38Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015 |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Socioeconomic and environmental factors and the occurrence of leprosy in the state of Maranhão, 2006 2015 |
title |
Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015 |
spellingShingle |
Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015 Sousa, Paulo Henrique Leal de Hanseníase Epidemiologia Fatores socioeconômicos Modelo Multinível Maranhão Leprosy Epidemiology Socioeconomic Factors Multilevel Model Maranhão Hanseníase Epidemiologia Fatores Socioeconômicos Análise Multinível |
title_short |
Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015 |
title_full |
Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015 |
title_fullStr |
Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015 |
title_full_unstemmed |
Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015 |
title_sort |
Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015 |
author |
Sousa, Paulo Henrique Leal de |
author_facet |
Sousa, Paulo Henrique Leal de |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sousa, Paulo Henrique Leal de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Leite, Iuri da Costa Costa, Patrícia Lusié Velozo da |
contributor_str_mv |
Leite, Iuri da Costa Costa, Patrícia Lusié Velozo da |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Hanseníase Epidemiologia Fatores socioeconômicos Modelo Multinível Maranhão |
topic |
Hanseníase Epidemiologia Fatores socioeconômicos Modelo Multinível Maranhão Leprosy Epidemiology Socioeconomic Factors Multilevel Model Maranhão Hanseníase Epidemiologia Fatores Socioeconômicos Análise Multinível |
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv |
Leprosy Epidemiology Socioeconomic Factors Multilevel Model Maranhão |
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv |
Hanseníase Epidemiologia Fatores Socioeconômicos Análise Multinível |
description |
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que tem causado grande preocupação para os pesquisadores em saúde e formuladores de políticas, pois a despeito dos avanços alcançados, ainda apresenta taxas de detecção elevadas em alguns países em desenvolvimento. Pode atingir indivíduos em qualquer faixa etária, mas quando acomete os menores de 15 anos expõe a existência de fontes ativas das doenças que não receberam qualquer tratamento. Assim, a taxa de detecção entre menores de 15 anos se constitui em importante indicador epidemiológico. O Brasil é o segundo país com maior número de casos de hanseníase, atrás apenas da Índia. Na região Nordeste, o Maranhão apresenta a maior prevalência entre os estados da região e maior taxa de detecção geral, sendo considerado como hiperendêmico. O objetivo desse estudo foi analisar a dinâmica de ocorrência da hanseníase entre menores de 15 anos, nesse estado, no período 2006-2015. Trata-se de estudo ecológico, no qual se investigou a associação entre a taxa de detecção em menores de 15 e um conjunto de indicadores socioeconômicos e ambientais observados nos 217 municípios do estado. Um modelo Binomial Negativo multinível com dois níveis, ano e município, foi utilizado. O ano de ocorrência apresentou relação inversa com a taxa de detecção da hanseníase entre menores de 15 anos (RT=0,98; IC 95%: 0,96-1,00). Quanto maior a proporção com Saneamento inadequado menor a taxa de incidência de hanseníase (RT=0,98; IC 95%: 0,98-0,99). Menores taxas de hanseníase foram observadas nos biomas Cerrado (RT=0,63; IC 95%: 0,42- 0,95) e Cerrado/Caatinga (RT=0,38; IC 95%: 0,18-0,78), quando comparados ao bioma Amazônia. O Clima também aparece como variável associada com a taxa de hanseníase com menores taxas entre residentes em municípios com clima equatorial (RT=0,71; IC 95%: 0,60- 0,85). O efeito da variável IDHM mostrou-se associado com a taxa de incidência de hanseníase apenas nos municípios com baixa densidade. Aumentos de 5% no IDHM resultaram em aumentos de 26% na taxa de hanseníase nesses municípios (RT=1,26; IC 95%: 1,00-1,59). Uma expressiva variação na taxa de hanseníase entre municípios permaneceu inexplicada, indicando que outras variáveis explicativas devem ser avaliadas. Contudo, é possível que a subnotificação dos casos de hanseníase deva estar enviesando essa relação. Esforços devem ser envidados para melhorar a qualidade da informação e o processo de detecção de novos casos. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-02-27T14:17:45Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-02-27T14:17:45Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SOUSA, Paulo Henrique Leal de. Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015. 2018. 70 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40133 |
identifier_str_mv |
SOUSA, Paulo Henrique Leal de. Fatores socioeconômicos e ambientais e a ocorrência da hanseníase no estado do Maranhão, 2006 2015. 2018. 70 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40133 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40133/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40133/2/ve_Paulo_Henrique_ENSP_2018 https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40133/3/ve_Paulo_Henrique_ENSP_2018.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 d645b2aee34a054d8210c2272a6c3392 09926be3f111e87f00b4df85c7346ac0 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1813008899559653376 |