Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território: práticas que constroem legado social
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55154 |
Resumo: | Neste trabalho propomos compartilhar um recorte de pesquisa que investigou o diálogo entre os centros e museus de ciências brasileiros e o público em vulnerabilidade socioeconômica que reside no território das instituições. O referencial teórico adotado considerou a perspectiva da divulgação científica, do engajamento com a ciência e o exercício dos direitos de cidadania. Na ausência de pesquisas já publicadas com objetivo semelhante, buscamos identificar aspectos desta abordagem e conhecer um panorama das práticas realizadas, pelo olhar dos profissionais brasileiros que trabalham nas instituições. Quando observamos a renda e o grau de escolaridade da audiência de visitação espontânea, as famílias e adultos que visitam os centros e museus de ciências, percebe-se que, ainda hoje, os espaços são frequentados por uma elite da sociedade. Configura-se então uma exclusão social, um fenômeno estrutural complexo, que possui descrições controversas. A discussão acerca do papel social dos museus acontece há mais de quatro décadas, mas apesar dos esforços dos profissionais que atuam nas instituições, o perfil desta audiência pouco mudou ao longo dos anos (Mano et al., 2017; Studart et al., 2004). No contexto atual no qual a ciência é onipresente, o cidadão não pode contar apenas com a educação formal para participar na sociedade, e os museus de ciências podem colaborar como importantes atores neste processo de educação não formal ao longo da vida (Cazelli et al., 2015; Falcão et al., 2010). Os conceitos de Cidadania Tecnocientífica (Castelfranchi, 2010, 2016; Polino & Castelfranchi, 2012) e Capital Científico (Archer et al., 2015) ressaltam a importância destes conhecimentos na Neste trabalho propomos compartilhar resultados de pesquisa que investigou o diálogo entre os centros e museus de ciências brasileiros e o público em vulnerabilidade social que reside no território das instituições. O referencial teórico adotado considerou a divulgação científica, o exercício da cidadania e a inclusão social. Quando observamos a renda e o grau de escolaridade da audiência de visitação espontânea, as famílias e adultos nos fins de semana, percebe-se o quanto estes espaços ainda hoje são frequentados por uma elite da sociedade. Embora as descrições sobre o fenômeno da exclusão e sua reprodução sejam controversas, existe consenso sobre as barreiras que impedem o usufruto dos museus de ciências por um público mais amplo. A discussão acerca do papel social dos museus acontece há mais de quatro décadas, mas o perfil desta audiência pouco mudou. No contexto atual de crescente desigualdade social, faz-se necessário agir no presente. O quê poderia impulsionar mudanças sociais? Recalculando... Em função da pandemia de Covid-19, a pesquisa foi realizada de modo exclusivamente online. Mediados pela tecnologia, foram ouvidos profissionais que trabalham nas instituições e suas falas foram analisadas através da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo, proposto por Lefèvre e Lefèvre (2006). Inicialmente, 69 participantes responderam um questionário online, cujos dados foram analisados pela estatística descritiva, e, posteriormente, nove entrevistas foram realizadas a partir das respostas obtidas no questionário. O critério adotado no recorte amostral desta proposta considerou a presença de atividades no território expandido das instituições, compreendendo 28 indivíduos. Pretendemos, assim, dar maior ênfase aos relatos de práticas que lograram romper a exclusão social e construíram um legado, promovendo mudanças nas perspectivas de vida ao menos de uma parte do público visitante. Mudanças possíveis Três categorias resultaram da análise dos dados: assumir um compromisso institucional, desenvolver amplos mecanismos de acesso e respeitar as diferenças e cuidado constante, o desafio de romper preconceitos. Daremos maior ênfase aos relatos da segunda categoria, como por exemplo: “Não adianta só abrir a porta (...), você precisa ter mecanismos de acesso, convidar”, ou, a importância do diálogo respeitoso com as diferenças: “Não existe a comunidade, a favela nunca é uma coisa homogênea, uma coisa só”. Novas pesquisas são necessárias para aprofundar o conhecimento acerca do engajamento sob o olhar dos visitantes das instituições. No entanto, mais do que fórmulas prontas rumo à inclusão social, propomos a reflexão sobre os resultados desta investigação e o seu potencial em inspirar mudanças, colaborando para ampliar o acesso aos museus de ciências por uma parcela da sociedade que hoje está excluída. Os resultados indicaram que o público tem interesse nas atividades, mas faltam oportunidades e políticas consistentes, e de longo prazo. |
id |
CRUZ_77baab0c93f11ee5c6f1a0d8ea5ad688 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/55154 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Menezes, Débora Teixeira dos Santos eBevilaqua, Diego VazSilva, Douglas Falcão2022-10-14T18:30:03Z2022-10-14T18:30:03Z2021MENEZES, Débora Teixeira Santos e; BEVILAQUA, Diego Vaz; SILVA, Douglas Falcão. Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território. In: Congreso de la RedPOP, 17., 2021, Montevideo. Compilación de trabajos académicos presentados al XVII Congreso RedPOP: Recalculando: estrategias de divulgación científica. Montevideo: Espacio Ciencia, 2021. p. 595-601.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55154Neste trabalho propomos compartilhar um recorte de pesquisa que investigou o diálogo entre os centros e museus de ciências brasileiros e o público em vulnerabilidade socioeconômica que reside no território das instituições. O referencial teórico adotado considerou a perspectiva da divulgação científica, do engajamento com a ciência e o exercício dos direitos de cidadania. Na ausência de pesquisas já publicadas com objetivo semelhante, buscamos identificar aspectos desta abordagem e conhecer um panorama das práticas realizadas, pelo olhar dos profissionais brasileiros que trabalham nas instituições. Quando observamos a renda e o grau de escolaridade da audiência de visitação espontânea, as famílias e adultos que visitam os centros e museus de ciências, percebe-se que, ainda hoje, os espaços são frequentados por uma elite da sociedade. Configura-se então uma exclusão social, um fenômeno estrutural complexo, que possui descrições controversas. A discussão acerca do papel social dos museus acontece há mais de quatro décadas, mas apesar dos esforços dos profissionais que atuam nas instituições, o perfil desta audiência pouco mudou ao longo dos anos (Mano et al., 2017; Studart et al., 2004). No contexto atual no qual a ciência é onipresente, o cidadão não pode contar apenas com a educação formal para participar na sociedade, e os museus de ciências podem colaborar como importantes atores neste processo de educação não formal ao longo da vida (Cazelli et al., 2015; Falcão et al., 2010). Os conceitos de Cidadania Tecnocientífica (Castelfranchi, 2010, 2016; Polino & Castelfranchi, 2012) e Capital Científico (Archer et al., 2015) ressaltam a importância destes conhecimentos na Neste trabalho propomos compartilhar resultados de pesquisa que investigou o diálogo entre os centros e museus de ciências brasileiros e o público em vulnerabilidade social que reside no território das instituições. O referencial teórico adotado considerou a divulgação científica, o exercício da cidadania e a inclusão social. Quando observamos a renda e o grau de escolaridade da audiência de visitação espontânea, as famílias e adultos nos fins de semana, percebe-se o quanto estes espaços ainda hoje são frequentados por uma elite da sociedade. Embora as descrições sobre o fenômeno da exclusão e sua reprodução sejam controversas, existe consenso sobre as barreiras que impedem o usufruto dos museus de ciências por um público mais amplo. A discussão acerca do papel social dos museus acontece há mais de quatro décadas, mas o perfil desta audiência pouco mudou. No contexto atual de crescente desigualdade social, faz-se necessário agir no presente. O quê poderia impulsionar mudanças sociais? Recalculando... Em função da pandemia de Covid-19, a pesquisa foi realizada de modo exclusivamente online. Mediados pela tecnologia, foram ouvidos profissionais que trabalham nas instituições e suas falas foram analisadas através da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo, proposto por Lefèvre e Lefèvre (2006). Inicialmente, 69 participantes responderam um questionário online, cujos dados foram analisados pela estatística descritiva, e, posteriormente, nove entrevistas foram realizadas a partir das respostas obtidas no questionário. O critério adotado no recorte amostral desta proposta considerou a presença de atividades no território expandido das instituições, compreendendo 28 indivíduos. Pretendemos, assim, dar maior ênfase aos relatos de práticas que lograram romper a exclusão social e construíram um legado, promovendo mudanças nas perspectivas de vida ao menos de uma parte do público visitante. Mudanças possíveis Três categorias resultaram da análise dos dados: assumir um compromisso institucional, desenvolver amplos mecanismos de acesso e respeitar as diferenças e cuidado constante, o desafio de romper preconceitos. Daremos maior ênfase aos relatos da segunda categoria, como por exemplo: “Não adianta só abrir a porta (...), você precisa ter mecanismos de acesso, convidar”, ou, a importância do diálogo respeitoso com as diferenças: “Não existe a comunidade, a favela nunca é uma coisa homogênea, uma coisa só”. Novas pesquisas são necessárias para aprofundar o conhecimento acerca do engajamento sob o olhar dos visitantes das instituições. No entanto, mais do que fórmulas prontas rumo à inclusão social, propomos a reflexão sobre os resultados desta investigação e o seu potencial em inspirar mudanças, colaborando para ampliar o acesso aos museus de ciências por uma parcela da sociedade que hoje está excluída. Os resultados indicaram que o público tem interesse nas atividades, mas faltam oportunidades e políticas consistentes, e de longo prazo.Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Museu de Astronomia e Ciências Afins. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDivulgação CientíficaCentros e Museus de CiênciasInclusão SocialTerritórioComunicação e Divulgação CientíficaCentros Interativos e Exposições de Ciência e TecnologiaMuseusExposições CientíficasInclusão SocialTerritório SocioculturalCentros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território: práticas que constroem legado socialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObject2021Montevidéu, UruguaiXVII Congreso RedPOP. Recalculando: estrategias de divulgación científica.congressinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55154/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALMemorias RedPOP 2021_centros_e_museus_de_ciências_brasileiros_e_o_dialogo_com_o_publico.pdfMemorias RedPOP 2021_centros_e_museus_de_ciências_brasileiros_e_o_dialogo_com_o_publico.pdfapplication/pdf290357https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55154/2/Memorias%20RedPOP%202021_centros_e_museus_de_ci%c3%aancias_brasileiros_e_o_dialogo_com_o_publico.pdf638bff20f47f23408fe343efb2109c7eMD52icict/551542022-10-14 16:06:50.446oai:www.arca.fiocruz.br:icict/55154Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcwphdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKKDEpIENFREUgZSBUUkFOU0ZFUkUsIHRvdGFsIGUgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaLCBlbQpjYXLDoXRlciBwZXJtYW5lbnRlLCBpcnJldm9nw6F2ZWwgZSBOw4NPIEVYQ0xVU0lWTywgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08KQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcwpkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBkdXJhbnRlIHRvZG8gbyBwcmF6byBkZSBkdXJhw6fDo28gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBlbQpxdWFscXVlciBpZGlvbWEgZSBlbSB0b2RvcyBvcyBwYcOtc2VzOwoKKDIpIEFDRUlUQSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIHRvdGFsIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBwZXJtYW5lbnRlIGUgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcwpwYXRyaW1vbmlhaXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzIGRlIHV0aWxpemHDp8OjbyBkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwKb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IHZlw61jdWxvLAppbmNsdXNpdmUgZW0gUmVwb3NpdMOzcmlvcyBEaWdpdGFpcywgYmVtIGNvbW8gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgcmVwcm9kdcOnw6NvLCBleGliacOnw6NvLCBleGVjdcOnw6NvLApkZWNsYW1hw6fDo28sIHJlY2l0YcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgYXJxdWl2YW1lbnRvLCBpbmNsdXPDo28gZW0gYmFuY28gZGUgZGFkb3MsIHByZXNlcnZhw6fDo28sIGRpZnVzw6NvLApkaXN0cmlidWnDp8OjbywgZGl2dWxnYcOnw6NvLCBlbXByw6lzdGltbywgdHJhZHXDp8OjbywgZHVibGFnZW0sIGxlZ2VuZGFnZW0sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyBvYnJhcyBvdQpjb2xldMOibmVhcywgcmV1dGlsaXphw6fDo28sIGVkacOnw6NvLCBwcm9kdcOnw6NvIGRlIG1hdGVyaWFsIGRpZMOhdGljbyBlIGN1cnNvcyBvdSBxdWFscXVlciBmb3JtYSBkZQp1dGlsaXphw6fDo28gbsOjbyBjb21lcmNpYWw7CgooMykgUkVDT05IRUNFIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gYXF1aSBlc3BlY2lmaWNhZGEgY29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPCkNSVVogbyBkaXJlaXRvIGRlIGF1dG9yaXphciBxdWFscXVlciBwZXNzb2Eg4oCTIGbDrXNpY2Egb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdQplc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlcgpmaW5hbGlkYWRlcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXM7CgooNCkgREVDTEFSQSBxdWUgYSBvYnJhIMOpIGNyaWHDp8OjbyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSDDqSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGFxdWkgY2VkaWRvcyBlIGF1dG9yaXphZG9zLApyZXNwb25zYWJpbGl6YW5kby1zZSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIHBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwKaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIGluZGVuaXphciB0ZXJjZWlyb3MgcG9yCmRhbm9zLCBiZW0gY29tbyBpbmRlbml6YXIgZSByZXNzYXJjaXIgYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVogZGUKZXZlbnR1YWlzIGRlc3Blc2FzIHF1ZSB2aWVyZW0gYSBzdXBvcnRhciwgZW0gcmF6w6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIG9mZW5zYSBhIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91CmRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBvdSBpbWFnZW0sIHByaW5jaXBhbG1lbnRlIG5vIHF1ZSBkaXogcmVzcGVpdG8gYSBwbMOhZ2lvIGUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CgooNSkgQUZJUk1BIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTwpPU1dBTERPIENSVVogZSBhcyBkaXJldHJpemVzIHBhcmEgbyBmdW5jaW9uYW1lbnRvIGRvIHJlcG9zaXTDs3JpbyBpbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EuCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIHJlc2VydmEKZXhjbHVzaXZhbWVudGUgYW8gQVVUT1Igb3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGUgb3MgdXNvcyBjb21lcmNpYWlzIHNvYnJlIGFzIG9icmFzIGRlIHN1YSBhdXRvcmlhCmUvb3UgdGl0dWxhcmlkYWRlLCBzZW5kbyBvcyB0ZXJjZWlyb3MgdXN1w6FyaW9zIHJlc3BvbnPDoXZlaXMgcGVsYSBhdHJpYnVpw6fDo28gZGUgYXV0b3JpYSBlIG1hbnV0ZW7Dp8OjbwpkYSBpbnRlZ3JpZGFkZSBkYSBPQlJBIGVtIHF1YWxxdWVyIHV0aWxpemHDp8Ojby4KCkEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVoKcmVzcGVpdGEgb3MgY29udHJhdG9zIGUgYWNvcmRvcyBwcmVleGlzdGVudGVzIGRvcyBBdXRvcmVzIGNvbSB0ZXJjZWlyb3MsIGNhYmVuZG8gYW9zIEF1dG9yZXMKaW5mb3JtYXIgw6AgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBhcyBjb25kacOnw7VlcyBlIG91dHJhcyByZXN0cmnDp8O1ZXMgaW1wb3N0YXMgcG9yIGVzdGVzIGluc3RydW1lbnRvcy4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-10-14T19:06:50Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.en_US.fl_str_mv |
Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território: práticas que constroem legado social |
title |
Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território: práticas que constroem legado social |
spellingShingle |
Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território: práticas que constroem legado social Menezes, Débora Teixeira dos Santos e Divulgação Científica Centros e Museus de Ciências Inclusão Social Território Comunicação e Divulgação Científica Centros Interativos e Exposições de Ciência e Tecnologia Museus Exposições Científicas Inclusão Social Território Sociocultural |
title_short |
Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território: práticas que constroem legado social |
title_full |
Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território: práticas que constroem legado social |
title_fullStr |
Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território: práticas que constroem legado social |
title_full_unstemmed |
Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território: práticas que constroem legado social |
title_sort |
Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território: práticas que constroem legado social |
author |
Menezes, Débora Teixeira dos Santos e |
author_facet |
Menezes, Débora Teixeira dos Santos e Bevilaqua, Diego Vaz Silva, Douglas Falcão |
author_role |
author |
author2 |
Bevilaqua, Diego Vaz Silva, Douglas Falcão |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Menezes, Débora Teixeira dos Santos e Bevilaqua, Diego Vaz Silva, Douglas Falcão |
dc.subject.other.en_US.fl_str_mv |
Divulgação Científica Centros e Museus de Ciências Inclusão Social Território |
topic |
Divulgação Científica Centros e Museus de Ciências Inclusão Social Território Comunicação e Divulgação Científica Centros Interativos e Exposições de Ciência e Tecnologia Museus Exposições Científicas Inclusão Social Território Sociocultural |
dc.subject.decs.en_US.fl_str_mv |
Comunicação e Divulgação Científica Centros Interativos e Exposições de Ciência e Tecnologia Museus Exposições Científicas Inclusão Social Território Sociocultural |
description |
Neste trabalho propomos compartilhar um recorte de pesquisa que investigou o diálogo entre os centros e museus de ciências brasileiros e o público em vulnerabilidade socioeconômica que reside no território das instituições. O referencial teórico adotado considerou a perspectiva da divulgação científica, do engajamento com a ciência e o exercício dos direitos de cidadania. Na ausência de pesquisas já publicadas com objetivo semelhante, buscamos identificar aspectos desta abordagem e conhecer um panorama das práticas realizadas, pelo olhar dos profissionais brasileiros que trabalham nas instituições. Quando observamos a renda e o grau de escolaridade da audiência de visitação espontânea, as famílias e adultos que visitam os centros e museus de ciências, percebe-se que, ainda hoje, os espaços são frequentados por uma elite da sociedade. Configura-se então uma exclusão social, um fenômeno estrutural complexo, que possui descrições controversas. A discussão acerca do papel social dos museus acontece há mais de quatro décadas, mas apesar dos esforços dos profissionais que atuam nas instituições, o perfil desta audiência pouco mudou ao longo dos anos (Mano et al., 2017; Studart et al., 2004). No contexto atual no qual a ciência é onipresente, o cidadão não pode contar apenas com a educação formal para participar na sociedade, e os museus de ciências podem colaborar como importantes atores neste processo de educação não formal ao longo da vida (Cazelli et al., 2015; Falcão et al., 2010). Os conceitos de Cidadania Tecnocientífica (Castelfranchi, 2010, 2016; Polino & Castelfranchi, 2012) e Capital Científico (Archer et al., 2015) ressaltam a importância destes conhecimentos na Neste trabalho propomos compartilhar resultados de pesquisa que investigou o diálogo entre os centros e museus de ciências brasileiros e o público em vulnerabilidade social que reside no território das instituições. O referencial teórico adotado considerou a divulgação científica, o exercício da cidadania e a inclusão social. Quando observamos a renda e o grau de escolaridade da audiência de visitação espontânea, as famílias e adultos nos fins de semana, percebe-se o quanto estes espaços ainda hoje são frequentados por uma elite da sociedade. Embora as descrições sobre o fenômeno da exclusão e sua reprodução sejam controversas, existe consenso sobre as barreiras que impedem o usufruto dos museus de ciências por um público mais amplo. A discussão acerca do papel social dos museus acontece há mais de quatro décadas, mas o perfil desta audiência pouco mudou. No contexto atual de crescente desigualdade social, faz-se necessário agir no presente. O quê poderia impulsionar mudanças sociais? Recalculando... Em função da pandemia de Covid-19, a pesquisa foi realizada de modo exclusivamente online. Mediados pela tecnologia, foram ouvidos profissionais que trabalham nas instituições e suas falas foram analisadas através da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo, proposto por Lefèvre e Lefèvre (2006). Inicialmente, 69 participantes responderam um questionário online, cujos dados foram analisados pela estatística descritiva, e, posteriormente, nove entrevistas foram realizadas a partir das respostas obtidas no questionário. O critério adotado no recorte amostral desta proposta considerou a presença de atividades no território expandido das instituições, compreendendo 28 indivíduos. Pretendemos, assim, dar maior ênfase aos relatos de práticas que lograram romper a exclusão social e construíram um legado, promovendo mudanças nas perspectivas de vida ao menos de uma parte do público visitante. Mudanças possíveis Três categorias resultaram da análise dos dados: assumir um compromisso institucional, desenvolver amplos mecanismos de acesso e respeitar as diferenças e cuidado constante, o desafio de romper preconceitos. Daremos maior ênfase aos relatos da segunda categoria, como por exemplo: “Não adianta só abrir a porta (...), você precisa ter mecanismos de acesso, convidar”, ou, a importância do diálogo respeitoso com as diferenças: “Não existe a comunidade, a favela nunca é uma coisa homogênea, uma coisa só”. Novas pesquisas são necessárias para aprofundar o conhecimento acerca do engajamento sob o olhar dos visitantes das instituições. No entanto, mais do que fórmulas prontas rumo à inclusão social, propomos a reflexão sobre os resultados desta investigação e o seu potencial em inspirar mudanças, colaborando para ampliar o acesso aos museus de ciências por uma parcela da sociedade que hoje está excluída. Os resultados indicaram que o público tem interesse nas atividades, mas faltam oportunidades e políticas consistentes, e de longo prazo. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-10-14T18:30:03Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-10-14T18:30:03Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
MENEZES, Débora Teixeira Santos e; BEVILAQUA, Diego Vaz; SILVA, Douglas Falcão. Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território. In: Congreso de la RedPOP, 17., 2021, Montevideo. Compilación de trabajos académicos presentados al XVII Congreso RedPOP: Recalculando: estrategias de divulgación científica. Montevideo: Espacio Ciencia, 2021. p. 595-601. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55154 |
identifier_str_mv |
MENEZES, Débora Teixeira Santos e; BEVILAQUA, Diego Vaz; SILVA, Douglas Falcão. Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território. In: Congreso de la RedPOP, 17., 2021, Montevideo. Compilación de trabajos académicos presentados al XVII Congreso RedPOP: Recalculando: estrategias de divulgación científica. Montevideo: Espacio Ciencia, 2021. p. 595-601. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55154 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55154/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55154/2/Memorias%20RedPOP%202021_centros_e_museus_de_ci%c3%aancias_brasileiros_e_o_dialogo_com_o_publico.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
5a560609d32a3863062d77ff32785d58 638bff20f47f23408fe343efb2109c7e |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1798324764807266304 |