Centros e museus de ciências brasileiros e o diálogo com o público em vulnerabilidade social do território: práticas que constroem legado social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Menezes, Débora Teixeira dos Santos e
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Bevilaqua, Diego Vaz, Silva, Douglas Falcão
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55154
Resumo: Neste trabalho propomos compartilhar um recorte de pesquisa que investigou o diálogo entre os centros e museus de ciências brasileiros e o público em vulnerabilidade socioeconômica que reside no território das instituições. O referencial teórico adotado considerou a perspectiva da divulgação científica, do engajamento com a ciência e o exercício dos direitos de cidadania. Na ausência de pesquisas já publicadas com objetivo semelhante, buscamos identificar aspectos desta abordagem e conhecer um panorama das práticas realizadas, pelo olhar dos profissionais brasileiros que trabalham nas instituições. Quando observamos a renda e o grau de escolaridade da audiência de visitação espontânea, as famílias e adultos que visitam os centros e museus de ciências, percebe-se que, ainda hoje, os espaços são frequentados por uma elite da sociedade. Configura-se então uma exclusão social, um fenômeno estrutural complexo, que possui descrições controversas. A discussão acerca do papel social dos museus acontece há mais de quatro décadas, mas apesar dos esforços dos profissionais que atuam nas instituições, o perfil desta audiência pouco mudou ao longo dos anos (Mano et al., 2017; Studart et al., 2004). No contexto atual no qual a ciência é onipresente, o cidadão não pode contar apenas com a educação formal para participar na sociedade, e os museus de ciências podem colaborar como importantes atores neste processo de educação não formal ao longo da vida (Cazelli et al., 2015; Falcão et al., 2010). Os conceitos de Cidadania Tecnocientífica (Castelfranchi, 2010, 2016; Polino & Castelfranchi, 2012) e Capital Científico (Archer et al., 2015) ressaltam a importância destes conhecimentos na Neste trabalho propomos compartilhar resultados de pesquisa que investigou o diálogo entre os centros e museus de ciências brasileiros e o público em vulnerabilidade social que reside no território das instituições. O referencial teórico adotado considerou a divulgação científica, o exercício da cidadania e a inclusão social. Quando observamos a renda e o grau de escolaridade da audiência de visitação espontânea, as famílias e adultos nos fins de semana, percebe-se o quanto estes espaços ainda hoje são frequentados por uma elite da sociedade. Embora as descrições sobre o fenômeno da exclusão e sua reprodução sejam controversas, existe consenso sobre as barreiras que impedem o usufruto dos museus de ciências por um público mais amplo. A discussão acerca do papel social dos museus acontece há mais de quatro décadas, mas o perfil desta audiência pouco mudou. No contexto atual de crescente desigualdade social, faz-se necessário agir no presente. O quê poderia impulsionar mudanças sociais? Recalculando... Em função da pandemia de Covid-19, a pesquisa foi realizada de modo exclusivamente online. Mediados pela tecnologia, foram ouvidos profissionais que trabalham nas instituições e suas falas foram analisadas através da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo, proposto por Lefèvre e Lefèvre (2006). Inicialmente, 69 participantes responderam um questionário online, cujos dados foram analisados pela estatística descritiva, e, posteriormente, nove entrevistas foram realizadas a partir das respostas obtidas no questionário. O critério adotado no recorte amostral desta proposta considerou a presença de atividades no território expandido das instituições, compreendendo 28 indivíduos. Pretendemos, assim, dar maior ênfase aos relatos de práticas que lograram romper a exclusão social e construíram um legado, promovendo mudanças nas perspectivas de vida ao menos de uma parte do público visitante. Mudanças possíveis Três categorias resultaram da análise dos dados: assumir um compromisso institucional, desenvolver amplos mecanismos de acesso e respeitar as diferenças e cuidado constante, o desafio de romper preconceitos. Daremos maior ênfase aos relatos da segunda categoria, como por exemplo: “Não adianta só abrir a porta (...), você precisa ter mecanismos de acesso, convidar”, ou, a importância do diálogo respeitoso com as diferenças: “Não existe a comunidade, a favela nunca é uma coisa homogênea, uma coisa só”. Novas pesquisas são necessárias para aprofundar o conhecimento acerca do engajamento sob o olhar dos visitantes das instituições. No entanto, mais do que fórmulas prontas rumo à inclusão social, propomos a reflexão sobre os resultados desta investigação e o seu potencial em inspirar mudanças, colaborando para ampliar o acesso aos museus de ciências por uma parcela da sociedade que hoje está excluída. Os resultados indicaram que o público tem interesse nas atividades, mas faltam oportunidades e políticas consistentes, e de longo prazo.
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Na ausência de pesquisas já publicadas com objetivo semelhante, buscamos identificar aspectos desta abordagem e conhecer um panorama das práticas realizadas, pelo olhar dos profissionais brasileiros que trabalham nas instituições. Quando observamos a renda e o grau de escolaridade da audiência de visitação espontânea, as famílias e adultos que visitam os centros e museus de ciências, percebe-se que, ainda hoje, os espaços são frequentados por uma elite da sociedade. Configura-se então uma exclusão social, um fenômeno estrutural complexo, que possui descrições controversas. A discussão acerca do papel social dos museus acontece há mais de quatro décadas, mas apesar dos esforços dos profissionais que atuam nas instituições, o perfil desta audiência pouco mudou ao longo dos anos (Mano et al., 2017; Studart et al., 2004). No contexto atual no qual a ciência é onipresente, o cidadão não pode contar apenas com a educação formal para participar na sociedade, e os museus de ciências podem colaborar como importantes atores neste processo de educação não formal ao longo da vida (Cazelli et al., 2015; Falcão et al., 2010). Os conceitos de Cidadania Tecnocientífica (Castelfranchi, 2010, 2016; Polino & Castelfranchi, 2012) e Capital Científico (Archer et al., 2015) ressaltam a importância destes conhecimentos na Neste trabalho propomos compartilhar resultados de pesquisa que investigou o diálogo entre os centros e museus de ciências brasileiros e o público em vulnerabilidade social que reside no território das instituições. O referencial teórico adotado considerou a divulgação científica, o exercício da cidadania e a inclusão social. 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Daremos maior ênfase aos relatos da segunda categoria, como por exemplo: “Não adianta só abrir a porta (...), você precisa ter mecanismos de acesso, convidar”, ou, a importância do diálogo respeitoso com as diferenças: “Não existe a comunidade, a favela nunca é uma coisa homogênea, uma coisa só”. Novas pesquisas são necessárias para aprofundar o conhecimento acerca do engajamento sob o olhar dos visitantes das instituições. No entanto, mais do que fórmulas prontas rumo à inclusão social, propomos a reflexão sobre os resultados desta investigação e o seu potencial em inspirar mudanças, colaborando para ampliar o acesso aos museus de ciências por uma parcela da sociedade que hoje está excluída. Os resultados indicaram que o público tem interesse nas atividades, mas faltam oportunidades e políticas consistentes, e de longo prazo.Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. 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