Mortalidade por doenças cardiovasculares em três estados do Brasil de 1980 a 2002
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Data de Publicação: | 2006 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56879 |
Resumo: | Objetivo. Avaliar e comparar a mortalidade de adultos por doenças do aparelho circulatório (DAC), especialmente doenças isquêmicas do coração (DIC) e doenças cerebrovasculares (DCBV), no período de 1980 a 2002 nos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo e em suas capitais, levando em consideração o impacto dos óbitos por causas mal definidas nas taxas de mortalidade. Métodos. Foram estimadas as taxas de mortalidade (brutas e ajustadas por sexo e idade) por DAC, DIC e DCBV em indivíduos com 20 ou mais anos. Essas taxas foram compensadas com parte dos óbitos por causas mal definidas, na mesma proporção dos óbitos por DAC, DIC ou DCBV em relação a todos os óbitos, excluídos os mal definidos. Também foram estimadas as médias e diferenças anuais das taxas de mortalidade compensadas e ajustadas com modelos de regressão linear. A população padrão foi a do Estado do Rio de Janeiro em 2000. Resultados. O declínio anual das taxas compensadas e ajustadas de mortalidade por DAC em 100 000 habitantes variou de –13,1 a –8,7 no Estado do Rio de Janeiro e no Município de São Paulo, respectivamente. Nas DIC, o declínio anual foi maior no Município e no Estado do Rio de Janeiro (–5,0 e –4,5, respectivamente), e menor no Estado do Rio Grande do Sul e no Município de São Paulo (–2,8 e –2,7, respectivamente). Nas DCBV, a variação observada foi de –6,5 a –2,9 no Estado do Rio de Janeiro e em Porto Alegre, respectivamente. Conclusão. Tendo em vista que declínio nas taxas de mortalidade compensadas e ajustadas por DAC, DIC e DCBV ocorreu depois de 1980, é pouco provável que tenha resultado do controle dos fatores de risco e implementação da revascularização do miocárdio. Essa queda poderia estar relacionada ao desenvolvimento econômico acentuado que a precedeu, com consequente melhoria das condições de vida e redução da exposição a infecções no período perinatal e na infância. |
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Oliveira, Glaucia Maria Moraes deKlein, Carlos HenriqueSilva, Nelson Albuquerque de Souza e2023-02-06T13:34:31Z2023-02-06T13:34:31Z2006OLIVEIRA, Glaucia Maria Moraes de; KLEIN, Carlos Henrique; SILVA, Nelson Albuquerque de Souza e. Mortalidade por doenças cardiovasculares em três estados do Brasil de 1980 a 2002. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 19, n. 2, p. 85–93, 2006.1020-4989https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/568791680-5348Objetivo. Avaliar e comparar a mortalidade de adultos por doenças do aparelho circulatório (DAC), especialmente doenças isquêmicas do coração (DIC) e doenças cerebrovasculares (DCBV), no período de 1980 a 2002 nos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo e em suas capitais, levando em consideração o impacto dos óbitos por causas mal definidas nas taxas de mortalidade. Métodos. Foram estimadas as taxas de mortalidade (brutas e ajustadas por sexo e idade) por DAC, DIC e DCBV em indivíduos com 20 ou mais anos. Essas taxas foram compensadas com parte dos óbitos por causas mal definidas, na mesma proporção dos óbitos por DAC, DIC ou DCBV em relação a todos os óbitos, excluídos os mal definidos. Também foram estimadas as médias e diferenças anuais das taxas de mortalidade compensadas e ajustadas com modelos de regressão linear. A população padrão foi a do Estado do Rio de Janeiro em 2000. Resultados. O declínio anual das taxas compensadas e ajustadas de mortalidade por DAC em 100 000 habitantes variou de –13,1 a –8,7 no Estado do Rio de Janeiro e no Município de São Paulo, respectivamente. Nas DIC, o declínio anual foi maior no Município e no Estado do Rio de Janeiro (–5,0 e –4,5, respectivamente), e menor no Estado do Rio Grande do Sul e no Município de São Paulo (–2,8 e –2,7, respectivamente). Nas DCBV, a variação observada foi de –6,5 a –2,9 no Estado do Rio de Janeiro e em Porto Alegre, respectivamente. Conclusão. Tendo em vista que declínio nas taxas de mortalidade compensadas e ajustadas por DAC, DIC e DCBV ocorreu depois de 1980, é pouco provável que tenha resultado do controle dos fatores de risco e implementação da revascularização do miocárdio. Essa queda poderia estar relacionada ao desenvolvimento econômico acentuado que a precedeu, com consequente melhoria das condições de vida e redução da exposição a infecções no período perinatal e na infância.Objective. To evaluate and compare adult mortality from diseases of the circulatory system (CDs), especially ischemic heart disease (IHD) and cerebrovascular disease (CVD), from 1980 through 2002 in the Brazilian states of Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, and São Paulo and their capital cities (respectively Rio de Janeiro, Porto Alegre, and São Paulo), taking into account the impact of deaths due to ill-defined causes on mortality rates. Method. We estimated mortality rates (crude and adjusted by age and sex) from CDs overall and from IHD and CVD among individuals aged 20 years or older. These rates were weighted with a portion of the deaths from ill-defined or unknown causes, in the same proportion as deaths from CDs, IHD, and CVD in relation to deaths overall, excluding deaths from ill-defined causes. Using linear regression models, we also estimated the mean values of and annual differences in the weighted adjusted mortality rates. The reference population was that of the state of Rio de Janeiro in 2000. Results. The annual decline in the weighted adjusted mortality rates from CDs ranged from –13.1 per 100 000 individuals in the state of Rio de Janeiro to –8.7 per 100 000 in the city of São Paulo. For IHD, the annual declines were greatest in the city of Rio de Janeiro (–5.0 per 100 000) and the state of Rio de Janeiro (–4.5 per 100 000), and smallest in the state of Rio Grande do Sul (–2.8 per 100 000) and the city of São Paulo (–2.7 per 100 000). With CVD, the range that was found extended from –6.5 per 100 000 in the state of Rio de Janeiro to –2.9 per 100 000 in the city of Porto Alegre. Conclusion. The decreases in weighted adjusted mortality rates from CDs, IHD, and CVD occurred after 1980, so it is unlikely that the declines resulted from controlling risk factors or from the practice of myocardial revascularization. The decreases might be related to a period of strong economic development preceding the declines, which translated into improved living conditions and reduced exposure to infections in the perinatal period and childhood.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.niversidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Medicina. Departamento de Clínica Médica. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porOrganización Panamericana de la SaludCausa da morteEstatísticas de mortalidadeTendênciasDoenças cardiovascularesBrasilCause of deathMortalityTrendsCardiovascular diseasesBrazilMortalidade por doenças cardiovasculares em três estados do Brasil de 1980 a 2002Mortality from cardiovascular diseases in three Brazilian states from 1980 through 2002info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/56879/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALmortalidade por doenças_Carlos Klein_2010.pdfapplication/pdf251317https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/56879/2/mortalidade%20por%20doen%c3%a7as_Carlos%20Klein_2010.pdf8d9607997180e4a6db039a4718a99965MD52icict/568792023-02-06 10:34:32.171oai:www.arca.fiocruz.br:icict/56879Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-02-06T13:34:32Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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