Distribuição Espacial e Perfil de Resistência do Aedes albopictus (Skuse, 1894) na Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro - Brasil
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22971 |
Resumo: | Aedes albopictus (Skuse 1894) tem se destacado como um dos principais vetores de arbovirus ao redor do mundo. Está presente no Rio de Janeiro e tem potencial para colaborar na transmissão dos vírus dengue, chikungunya e Zika, que causam doenças para as quais não há vacina eficaz nem tratamento específico. Por habitar parte dos ambientes de Aedes aegypti, sofre pressão de inseticidas de uso doméstico e dos utilizados nas ações de vigilância e controle deste vetor. O objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuição espacial e o perfil de resistência do Ae. albopictus na Ilha de Paquetá, RJ, Brasil. As coletas foram feitas bimestralmente, com ovitrampas por 1 ano. A cada coleta os ovos foram levados ao LAFICAVE e, separados por número de ovitrampa, contados, eclodidos, as larvas criadas até o estágio adulto, sendo então sexados e identificados. Das amostras de Janeiro e agosto, 45 espécimes foram congeladas para ensaios moleculares (PCR quantitativo \2013 em tempo real) para detecção da mutação F1534C no gene do canal de sódio regulado por voltagem, e também foi obtida a geração F1 para bioensaios com inseticidas. Foram utilizados os inseticidas temephos (para ensaios com larvas), deltametrina e malathion (para ensaios com adultos) e calculadas as concentrações letais 50 e 95 e as razões de resistência. Foram coletados 128.587 ovos de Aedes spp., no período do estudo. Obtivemos o maior número de ovos em novembro de 2015 (38.705), IDO de 248 ovos e IMO de 215. Em julho de 2015 foi obtido o menor número de ovos (10.411), com IDO e IMO de 85,3 e 57,8, respectivamente. O IPO se manteve semelhante durante todo o ano, com valor máximo de 86,7% e valor mínimo de 63,9%. Foram obtidos 13.237 espécimes de Ae. albopictus, com maiores frequências nos meses de novembro de 2015 e janeiro e março de 2016. Ae. albopictus apresentou susceptibilidade nos bioensaios realizados, tanto no período de alta quanto de baixa densidade do vetor, à temephos (RR95= 1,2 e 1,7), deltametrina (RR95= 3,0 e 2,3) e malathion (RR95= 1,2 e 1,4). Não foram detectados alelos mutantes, apenas alelos selvagens 1534 Phe+. Os resultados aqui apresentados sugerem que Ae. albopictus ocorre com maior frequência no verão e que é encontrado, não só nas áreas com maior cobertura vegetal, mas também no ambiente urbanizado. Embora ainda suscetível aos inseticidas avaliados, mostrou maior tolerância que a linhagem referência, sugerindo que pode estar sofrendo pressão com estes produtos. Portanto, é importante que se monitore a resistência deste potencial vetor em outras localidades. |
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Santos, Thaís Nunes dosFreitas, Maria Goreti RosaAlencar, Jeronimo Augusto FonsecaMello Neto, Cicero Brasileiro deFreitas, Rafael Maciel deBastos, Leonardo SoaresLima, José Bento Pereira2017-10-26T16:52:45Z2017-10-26T16:52:45Z2017SANTOS, Thaís Nunes dos. Distribuição espacial e perfil de resistência do Aedes albopictus (Skuse, 1894) na Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro - Brasil. 2017. 65 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22971Aedes albopictus (Skuse 1894) tem se destacado como um dos principais vetores de arbovirus ao redor do mundo. Está presente no Rio de Janeiro e tem potencial para colaborar na transmissão dos vírus dengue, chikungunya e Zika, que causam doenças para as quais não há vacina eficaz nem tratamento específico. Por habitar parte dos ambientes de Aedes aegypti, sofre pressão de inseticidas de uso doméstico e dos utilizados nas ações de vigilância e controle deste vetor. O objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuição espacial e o perfil de resistência do Ae. albopictus na Ilha de Paquetá, RJ, Brasil. As coletas foram feitas bimestralmente, com ovitrampas por 1 ano. A cada coleta os ovos foram levados ao LAFICAVE e, separados por número de ovitrampa, contados, eclodidos, as larvas criadas até o estágio adulto, sendo então sexados e identificados. Das amostras de Janeiro e agosto, 45 espécimes foram congeladas para ensaios moleculares (PCR quantitativo \2013 em tempo real) para detecção da mutação F1534C no gene do canal de sódio regulado por voltagem, e também foi obtida a geração F1 para bioensaios com inseticidas. Foram utilizados os inseticidas temephos (para ensaios com larvas), deltametrina e malathion (para ensaios com adultos) e calculadas as concentrações letais 50 e 95 e as razões de resistência. Foram coletados 128.587 ovos de Aedes spp., no período do estudo. Obtivemos o maior número de ovos em novembro de 2015 (38.705), IDO de 248 ovos e IMO de 215. Em julho de 2015 foi obtido o menor número de ovos (10.411), com IDO e IMO de 85,3 e 57,8, respectivamente. O IPO se manteve semelhante durante todo o ano, com valor máximo de 86,7% e valor mínimo de 63,9%. Foram obtidos 13.237 espécimes de Ae. albopictus, com maiores frequências nos meses de novembro de 2015 e janeiro e março de 2016. Ae. albopictus apresentou susceptibilidade nos bioensaios realizados, tanto no período de alta quanto de baixa densidade do vetor, à temephos (RR95= 1,2 e 1,7), deltametrina (RR95= 3,0 e 2,3) e malathion (RR95= 1,2 e 1,4). Não foram detectados alelos mutantes, apenas alelos selvagens 1534 Phe+. Os resultados aqui apresentados sugerem que Ae. albopictus ocorre com maior frequência no verão e que é encontrado, não só nas áreas com maior cobertura vegetal, mas também no ambiente urbanizado. Embora ainda suscetível aos inseticidas avaliados, mostrou maior tolerância que a linhagem referência, sugerindo que pode estar sofrendo pressão com estes produtos. Portanto, é importante que se monitore a resistência deste potencial vetor em outras localidades.Aedes albopictus (Skuse 1894) has been prominent as one of the main vectors of arboviruses around the world. It is present in Rio de Janeiro and has the potential to collaborate in the transmission of dengue, chikungunya and Zika viruses, which cause diseases for which there is no effective vaccine or specific treatment. Because it inhabits part of the environments of Aedes aegypti, it is under pressure from domestic insecticides and those used in the surveillance and control actions of this vector. The objective of this work was to evaluate the spatial distribution and the resistance profile of Ae. albopictus on the Island of Paquetá, RJ, Brazil. The collections were made bimonthly, with ovitraps for 1 year. At each collection the eggs were taken to the LAFICAVE and, separated by number of ovitrapa, counted, hatching, the larvae were created until the adult stage, being then sexed and identified. From the January and August samples 45 specimens were frozen for molecular assays (quantitative PCR - real-time) to detect the F1534C mutation in the voltage-regulated sodium channel gene, and F1 generation was also obtained for insecticide bioassays. The insecticides temephos (for larval trials), deltamethrin and malathion (for adults trials) were used and lethal concentrations (CL) 50 and 95 and resistance ratios were calculated A total of 128.587 eggs of Aedes spp. were collected during the study period. We had the highest number of eggs in November 2015 (38.705), IDO of 248 and IMO of 215 eggs. In July 2015 the lowest number of eggs were obtained (10.411), with IDO and IMO of 85,3 and 57,8, respectively. The IPO remained similar throughout the year, with a maximum value of 86,7% and a minimum value of 63,9%. 13,237 specimens of Ae. Albopictus, with higher frequencies in the months of November 2015 and January and March 2016. Ae. Albopictus presented susceptibility in both high and low density vector bioassays to temephos (RR95 = 1,2 and 1,7), deltamethrin (RR95 = 3,0 and 2,3) and malathion (RR95 = 1,2 and 1,4). No mutant alleles were detected, only wild 1534 Phe + alleles. The results presented here suggest that Ae. albopictus occurs more frequently in the summer and is found not only in areas with higher vegetation cover, but also in the urbanized environment. Although still susceptible to insecticides evaluated, it showed a higher tolerance than the reference strain, suggesting that it may be under pressure with these products. Therefore, it is important to monitor the resistance of this potential vector in other locations.2017-11-06Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAedesResistência à doençaDistribuição espacial da populaçãoPiretrinasCompostos organofosforadosAedesResistência à doençaDistribuição espacial da populaçãoPiretrinasCompostos organofosforadosDistribuição Espacial e Perfil de Resistência do Aedes albopictus (Skuse, 1894) na Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro - Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017Pós-Graduação em Medicina TropicalFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22971/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALthais_santos_ioc_mest_2017.pdfthais_santos_ioc_mest_2017.pdfapplication/pdf2475997https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22971/2/thais_santos_ioc_mest_2017.pdf5123aafdce84f4d7e4aa0e9bdf18a241MD52TEXTthais_santos_ioc_mest_2017.pdf.txtthais_santos_ioc_mest_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain121572https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22971/3/thais_santos_ioc_mest_2017.pdf.txtbc5743e6edbf3f1669ed8ec05dd82152MD53icict/229712021-03-24 16:32:20.053oai:www.arca.fiocruz.br:icict/22971Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-03-24T19:32:20Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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Distribuição Espacial e Perfil de Resistência do Aedes albopictus (Skuse, 1894) na Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro - Brasil Santos, Thaís Nunes dos Aedes Resistência à doença Distribuição espacial da população Piretrinas Compostos organofosforados Aedes Resistência à doença Distribuição espacial da população Piretrinas Compostos organofosforados |
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