A Patologização do sedentarismo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6338 |
Resumo: | A identificação do sedentarismo como fator de risco para doenças crônico-degenerativas influenciou significativamente nas recomendações de saúde pública em defesa de estilos de vida fisicamente ativos. O artigo estuda o processo de patologização do sedentarismo e seus desdobramentos para o campo da saúde pública. Num primeiro momento, discutimos de que maneira o modelo biomédico serve de base para a transposição de aspectos da conduta humana como “fator de risco” e, a seguir, como patologia, tal qual no caso específico da “Síndrome da Morte Sedentária”, assim classificada por alguns autores. Em seguida, analisamos como essa visão vem sendo difundida no campo da saúde, tomando por base um programa institucional que, ao mesmo tempo em que transforma o sedentarismo em doença, apresenta a atividade física como um remédio cujos resultados podem se estender a todas as esferas da vida. Nessa linha de raciocínio, em que os mal-estares de nossa civilização são medicalizados e tornados mercadoria ao serem transformados em riscos e patologias, a atividade física torna-se vacina para o corpo social. |
id |
CRUZ_7b824a28858e8b4607747e01256a6729 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/6338 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Ferreira, Marcos SantosCastiel, Luis DavidCardoso, Maria Helena Cabral de Almeida2013-02-28T15:08:02Z2013-02-28T15:08:02Z2012FERREIRA, Marcos Santos; CASTIEL, Luis David; CARDOSO, Maria Helena Cabral de Almeida. A Patologização do sedentarismo. Saúde Soc., São Paulo, v. 21, n. 4, p. 836-847, 2012.0104-1290https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6338A identificação do sedentarismo como fator de risco para doenças crônico-degenerativas influenciou significativamente nas recomendações de saúde pública em defesa de estilos de vida fisicamente ativos. O artigo estuda o processo de patologização do sedentarismo e seus desdobramentos para o campo da saúde pública. Num primeiro momento, discutimos de que maneira o modelo biomédico serve de base para a transposição de aspectos da conduta humana como “fator de risco” e, a seguir, como patologia, tal qual no caso específico da “Síndrome da Morte Sedentária”, assim classificada por alguns autores. Em seguida, analisamos como essa visão vem sendo difundida no campo da saúde, tomando por base um programa institucional que, ao mesmo tempo em que transforma o sedentarismo em doença, apresenta a atividade física como um remédio cujos resultados podem se estender a todas as esferas da vida. Nessa linha de raciocínio, em que os mal-estares de nossa civilização são medicalizados e tornados mercadoria ao serem transformados em riscos e patologias, a atividade física torna-se vacina para o corpo social.The identification of physical inactivity as a risk factor for chronic degenerative diseases has significantly influenced public health recommendations in support of physically active lifestyles. This study analyzes the pathologization of sedentariness and its implications in the public health field. First we discuss how the biomedical model serves as a basis to transform aspects of human behavior into ‘risk factors’ and subsequently into pathologies such as the ‘Sedentary Death Syndrome’, as some authors classify it. Second, we analyze how this view is being spread in the health field; our analysis is based on an institutional program which transforms sedentariness into illness while presents physical activity as a medicine whose results can reach all aspects of life. According to this rationale, in which the discomforts of our civilization are medicalized and made into commodities as they are transformed into risks and pathologies, physical activity becomes a vaccine to be applied to the social body.Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Educação Física e Desportos. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Genética Médica. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporEspaço EditorialAMERICAN PHYSIOLOGICAL SOCIETY. “Night eating syndrome” may be related to the performance of the body - not the mind. Science Daily, Rockville, 2002. Disponível em: <http://www.sciencedaily.com/releases/2002/02/020213074459.htm>. Acesso em: 26 nov. 2011.ATIVIDADE Física é o Melhor Remédio. Jornal do Eletricitário Aposentado. São Paulo, Ano 14, n.160, 2007. Disponível em: <http://www.eletricitarios.org.br/UserFiles/File/Jornal%20Fevereiro%202007.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2007.BARROS, J. A. C. Pensando o processo saúde doença: a que responde o modelo biomédico? Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 67-84, 2002.BAUMAN, Z. Globalização. As consequências humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.BIRKETVEDT, G. S. et al. Behavioral and neuroendocrine characteristics of the night-eating syndrome. Journal of the America Medical Association, Washington, DC, v. 282, n. 7, p. 657-63, 1999.BIRKETVEDT, G. S.; SUNDSFJORD, J.; FLORHOLMEN, J. R. Hypothalamic-pituitary-adrenal axis in the night eating syndrome. American Journal of Physiology, Endocrinology and Metabolism, Bethesda, v.282, n.2, p.E366-E369, 2002.BONTEMPO, M. Relatório Órion: denúncia médica sobre os perigos dos alimentos industrializados e agrotóxicos. Porto Alegre: L&PM, 1985.BOOTH, F. W.; CHAKRAVARTHY, M. V. Cost and consequences of sedentary living: new battleground for an old enemy. Research Digest, Washington, n. 16, p. 1-8. Disponível em: <http://www.fitness.gov/researchdigestmarch2002.pdf>. Acesso em: 12 out. 2011.BOOTH, F. W.; KRUPA, D. Sedentary death syndrome is what researchers now call America’s second largest threat to public health. Washington, DC, May 29, 2001. Disponível em: <http://hac.missouri.edu/RID/PressRelease.pdf>. Acesso em: 12 out. 2011.BRASIL. Lei 9.787. Altera a Lei n. 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 fev. 1999. Disponível em: <http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=151421>. Acesso em: 12 out. 2011.CASTEL, R. A insegurança social. O que é ser protegido. Petrópolis: Vozes, 2005.CASTIEL, L. D. A medida do possível... saúde, risco e tecnobiociências. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria/Editora Fiocruz, 1999.CASTIEL, L. D. O estresse na pesquisa epidemiológica: o desgaste dos modelos de explicação coletiva do processo saúde-doença. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, p. 103-20. 2005. Suplemento.CONRAD, P. The medicalization of society. on the transformation of human conditions into treatable disorders. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2007.CONRAD, P.; MACKIE, T.; MEHROTRA, A. Estimating the costs of medicalization. Social Science and Medicine, New York, v. 70, p. 1943-47, 2010.COOPER, D.L. Movement is medicine. The Journal of the Oklahoma State Medical Association, Oklahoma City, v. 85, n. 6, p. 291-3, 1992.DELFINO, V. D. A.; MOCELIN, A. J. Diabetes Mellitus: uma viagem ao passado. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 43-6, 1997.FIGUEIREDO, L. T. M. Dengue in Brazil: past, present and future perspective. Dengue Bulettin, New Delhi, v. 27, p. 25-33, 2003.FOUCAULT, M. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2004.FRAGA, A. B. Exercício da informação: governo dos corpos no mercado da vida ativa. Campinas: Autores Associados, 2006.GLUCK, M. E.; GELIEBTER, A.; SATOV, T. Night eating syndrome is associated with depression, low self-esteem, reduced daytime hunger, and less weight loss in obese outpatients. Obesity Research, Baton Rouge, LA, v. 9, n. 4, p. 264-7, 2001.GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/CELAFISCS. Isto é Agita São Paulo. São Paulo: CELAFISCS, 2002.GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/CELAFISCS. Programa Agita São Paulo. São Paulo: CELAFISCS, 1998.GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/CELAFISCS. Sedentarismo: vacine-se contra esse mal. São Paulo: CELAFISCS; [199-?]a. 1 folder, color., 21cm x 10cm.GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/CELAFISCS. Não deixe sua vida no vermelho. São Paulo: CELAFISCS; [199-?]b. 1 cartaz, color., 30cm x 20,5cm.KATZMARZYK, P. T. Perspective: sedentary death syndrome – Where to from here? Canadian Journal of Applied Physiology, Champaign, v. 29, n. 4, p. 444-6, 2004.LEES, S. J.; BOOTH, F. W. Sedentary death syndrome. Canadian Journal of Applied Physiology, Champaign, v. 29, n. 4, p. 447-60, 2004.LEES, S. J.; BOOTH, F. W. Physical inactivity is a disease. World Review of Nutriton and Dietetics, Basel, v. 95, p. 73-9, 2005.MATSUDO, S. M.; MATSUDO, V. R. Agita São Paulo: encouraging physical activity as a way of life in Brasil. In: FREIRE, W. B. (Ed.). Nutrition and an active life: from knowledge to action. Washington: PAHO, 2005. p. 141-60.MATSUDO, S. et al. Physical activity promotion: experiences and evaluation of the Agita São Paulo Program using the ecological mobile model. Journal of Physical Activity and Health, Champaign, v. 1, p. 81-97, 2004.MATSUDO, V. et al. Promotion of physical activity in a developing country: the Agita São Paulo experience. Public Health Nutrition, Cambridge, v. 5, n. 1A, p. 253-61, 2002.MATSUDO, V. Vitor Matsudo: depoimento. Rio de Janeiro: Papo com Armando Nogueira; 22 mar. 2007. 23 min.McKEOWN, T. The role of medicine: dream, mirage or nemesis? Princeton: Princeton University Press, 1979.McNEIL, C.M. Death by Default. Club Business International, Boston, v. 23, p. 28, fev. 2003.MORIYAMA, I.M. The eighth revision of the international classification of diseases. American Journal of Public Health and the Nation’s Health, Washington, DC, v. 56, n. 8, p. 1277-80, 1966.MOYNIHAN, R.; CASSELS, A. Selling sickness: how drug companies are turning us all into patients. Crows Nest: Allen and Unwin, 2005.NASCIMENTO, A. “Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado”. Isto é regulação? São Paulo: Sobravime, 2005.OBERG, E. Physical activity prescription: our best medicine. Integrative Medicine, Eagan, MN, v. 6, n. 5, p. 18-22, 2007.OKAY, Y. Atenção global à criança e modelo biomédico. Pediatria (São Paulo), São Paulo, v. 8, p. 172-5, 1984.PALMA, A. Exercício físico e saúde; sedentarismo e doença: epidemia, causalidade e moralidade. Motriz, Rio Claro (São Paulo), v. 15, n. 1, p. 185-91, 2009.STUNKARD, A. J.; ALLISON, K. C. Two forms of disordered eating in obesity: binge eating and night eating. International Journal of Obesity, London, v. 27, p. 1-12, 2003.SZASZ, T. The medicalization of everyday life: selected essays. Syracuse: Syracuse University Press, 2007.WHO. Diabetes action now: an initiative of the World Health Organization and the International Diabetes Federation. Geneva: WHO, 2004.ZOLA, I. K. Medicine as an institution of social control: the medicalizing of society. In: TUCKETT, D.; KAUFERT, J. (Ed.). Basic readings in medical sociology. London: Cambridge University Press, 1978. p. 254-60.ZOLA, I. K. Medicine as an institution of social control. The Sociological Review, New Castle-under-Lyme, v. 20, n. 4, p. 487-504, 1972.Estilo de Vida SedentárioRiscoAtividade MotoraExercícioPolítica de SaúdeSedentary LifestyleRiskMotor ActivityExerciseHealth PolicyA Patologização do sedentarismoThe Pathologization of sedentarinessinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALA Patologização do Sedentarismo.pdfA Patologização do Sedentarismo.pdfapplication/pdf168699https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6338/1/A%20Patologiza%c3%a7%c3%a3o%20do%20Sedentarismo.pdfc689c9dc53a942a159d1d2b62ec61e1bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81914https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6338/2/license.txt7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81fMD52TEXTA Patologização do Sedentarismo.pdf.txtA Patologização do Sedentarismo.pdf.txtExtracted texttext/plain47916https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6338/5/A%20Patologiza%c3%a7%c3%a3o%20do%20Sedentarismo.pdf.txtc1d2e8260cd94634f647e1c912c5a558MD55THUMBNAILA Patologização do Sedentarismo.pdf.jpgA Patologização do Sedentarismo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1774https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6338/4/A%20Patologiza%c3%a7%c3%a3o%20do%20Sedentarismo.pdf.jpga7368f18ef899a9c62e9a0ddadab0439MD54icict/63382018-04-06 08:50:36.739oai:www.arca.fiocruz.br:icict/6338TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBlIGFjZWl0YXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKToKCmEpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgY29weXJpZ2h0IGRhIGVkaXRvcmEgZG8gc2V1IGRvY3VtZW50by4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgRnVuZGHDp8OjbyBPc3dhbGRvIENydXogKEZJT0NSVVopLgoKYykgQ29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyCiAKZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBkYSBGSU9DUlVaLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgCgpwb3IgcXVhbHF1ZXIgb3V0cm8gbWVpby4KCmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgRklPQ1JVWiBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgCgpwYXJhIHF1YWxxdWVyIGZvcm1hdG8gZGUgYXJxdWl2bywgbWVpbyBvdSBzdXBvcnRlLCBwYXJhIGVmZWl0b3MgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgcHJlc2VydmHDp8OjbyAoYmFja3VwKSBlIGFjZXNzby4KCmUpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyAKCmNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGEgZW50cmVnYSBkbyBkb2N1bWVudG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIAoKaXJyZXN0cml0YSBkbyByZXNwZWN0aXZvIGRldGVudG9yIGRlc3NlcyBkaXJlaXRvcywgcGFyYSBjZWRlciBhIEZJT0NSVVogb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBMaWNlbsOnYSBlIGF1dG9yaXphciBhIAoKdXRpbGl6w6EtbG9zIGxlZ2FsbWVudGUuIERlY2xhcmEgdGFtYsOpbSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIAoKbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZS4KCmcpIFNFIE8gRE9DVU1FTlRPIEVOVFJFR1VFIMOJIEJBU0VBRE8gRU0gVFJBQkFMSE8gRklOQU5DSUFETyBPVSBBUE9JQURPIFBPUiBPVVRSQSBJTlNUSVRVScOHw4NPIFFVRSBOw4NPIEEgRklPQ1JVWiwgREVDTEFSQSBRVUUgQ1VNUFJJVSAKClFVQUlTUVVFUiBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUEVMTyBSRVNQRUNUSVZPIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4gQSBGSU9DUlVaIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvcyAKCmRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-04-06T11:50:36Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A Patologização do sedentarismo The Pathologization of sedentariness |
title |
A Patologização do sedentarismo |
spellingShingle |
A Patologização do sedentarismo Ferreira, Marcos Santos Estilo de Vida Sedentário Risco Atividade Motora Exercício Política de Saúde Sedentary Lifestyle Risk Motor Activity Exercise Health Policy |
title_short |
A Patologização do sedentarismo |
title_full |
A Patologização do sedentarismo |
title_fullStr |
A Patologização do sedentarismo |
title_full_unstemmed |
A Patologização do sedentarismo |
title_sort |
A Patologização do sedentarismo |
author |
Ferreira, Marcos Santos |
author_facet |
Ferreira, Marcos Santos Castiel, Luis David Cardoso, Maria Helena Cabral de Almeida |
author_role |
author |
author2 |
Castiel, Luis David Cardoso, Maria Helena Cabral de Almeida |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ferreira, Marcos Santos Castiel, Luis David Cardoso, Maria Helena Cabral de Almeida |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Estilo de Vida Sedentário Risco Atividade Motora Exercício Política de Saúde |
topic |
Estilo de Vida Sedentário Risco Atividade Motora Exercício Política de Saúde Sedentary Lifestyle Risk Motor Activity Exercise Health Policy |
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv |
Sedentary Lifestyle Risk Motor Activity Exercise Health Policy |
description |
A identificação do sedentarismo como fator de risco para doenças crônico-degenerativas influenciou significativamente nas recomendações de saúde pública em defesa de estilos de vida fisicamente ativos. O artigo estuda o processo de patologização do sedentarismo e seus desdobramentos para o campo da saúde pública. Num primeiro momento, discutimos de que maneira o modelo biomédico serve de base para a transposição de aspectos da conduta humana como “fator de risco” e, a seguir, como patologia, tal qual no caso específico da “Síndrome da Morte Sedentária”, assim classificada por alguns autores. Em seguida, analisamos como essa visão vem sendo difundida no campo da saúde, tomando por base um programa institucional que, ao mesmo tempo em que transforma o sedentarismo em doença, apresenta a atividade física como um remédio cujos resultados podem se estender a todas as esferas da vida. Nessa linha de raciocínio, em que os mal-estares de nossa civilização são medicalizados e tornados mercadoria ao serem transformados em riscos e patologias, a atividade física torna-se vacina para o corpo social. |
publishDate |
2012 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2013-02-28T15:08:02Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2013-02-28T15:08:02Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
FERREIRA, Marcos Santos; CASTIEL, Luis David; CARDOSO, Maria Helena Cabral de Almeida. A Patologização do sedentarismo. Saúde Soc., São Paulo, v. 21, n. 4, p. 836-847, 2012. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6338 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
0104-1290 |
identifier_str_mv |
FERREIRA, Marcos Santos; CASTIEL, Luis David; CARDOSO, Maria Helena Cabral de Almeida. A Patologização do sedentarismo. Saúde Soc., São Paulo, v. 21, n. 4, p. 836-847, 2012. 0104-1290 |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6338 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.isbasedon.pt_BR.fl_str_mv |
AMERICAN PHYSIOLOGICAL SOCIETY. “Night eating syndrome” may be related to the performance of the body - not the mind. Science Daily, Rockville, 2002. Disponível em: <http://www.sciencedaily.com/releases/2002/02/020213074459.htm>. Acesso em: 26 nov. 2011. ATIVIDADE Física é o Melhor Remédio. Jornal do Eletricitário Aposentado. São Paulo, Ano 14, n.160, 2007. Disponível em: <http://www.eletricitarios.org.br/UserFiles/File/Jornal%20Fevereiro%202007.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2007. BARROS, J. A. C. Pensando o processo saúde doença: a que responde o modelo biomédico? Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 67-84, 2002. BAUMAN, Z. Globalização. As consequências humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999. BIRKETVEDT, G. S. et al. Behavioral and neuroendocrine characteristics of the night-eating syndrome. Journal of the America Medical Association, Washington, DC, v. 282, n. 7, p. 657-63, 1999. BIRKETVEDT, G. S.; SUNDSFJORD, J.; FLORHOLMEN, J. R. Hypothalamic-pituitary-adrenal axis in the night eating syndrome. American Journal of Physiology, Endocrinology and Metabolism, Bethesda, v.282, n.2, p.E366-E369, 2002. BONTEMPO, M. Relatório Órion: denúncia médica sobre os perigos dos alimentos industrializados e agrotóxicos. Porto Alegre: L&PM, 1985. BOOTH, F. W.; CHAKRAVARTHY, M. V. Cost and consequences of sedentary living: new battleground for an old enemy. Research Digest, Washington, n. 16, p. 1-8. Disponível em: <http://www.fitness.gov/researchdigestmarch2002.pdf>. Acesso em: 12 out. 2011. BOOTH, F. W.; KRUPA, D. Sedentary death syndrome is what researchers now call America’s second largest threat to public health. Washington, DC, May 29, 2001. Disponível em: <http://hac.missouri.edu/RID/PressRelease.pdf>. Acesso em: 12 out. 2011. BRASIL. Lei 9.787. Altera a Lei n. 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 fev. 1999. Disponível em: <http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=151421>. Acesso em: 12 out. 2011. CASTEL, R. A insegurança social. O que é ser protegido. Petrópolis: Vozes, 2005. CASTIEL, L. D. A medida do possível... saúde, risco e tecnobiociências. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria/Editora Fiocruz, 1999. CASTIEL, L. D. O estresse na pesquisa epidemiológica: o desgaste dos modelos de explicação coletiva do processo saúde-doença. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, p. 103-20. 2005. Suplemento. CONRAD, P. The medicalization of society. on the transformation of human conditions into treatable disorders. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2007. CONRAD, P.; MACKIE, T.; MEHROTRA, A. Estimating the costs of medicalization. Social Science and Medicine, New York, v. 70, p. 1943-47, 2010. COOPER, D.L. Movement is medicine. The Journal of the Oklahoma State Medical Association, Oklahoma City, v. 85, n. 6, p. 291-3, 1992. DELFINO, V. D. A.; MOCELIN, A. J. Diabetes Mellitus: uma viagem ao passado. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 43-6, 1997. FIGUEIREDO, L. T. M. Dengue in Brazil: past, present and future perspective. Dengue Bulettin, New Delhi, v. 27, p. 25-33, 2003. FOUCAULT, M. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2004. FRAGA, A. B. Exercício da informação: governo dos corpos no mercado da vida ativa. Campinas: Autores Associados, 2006. GLUCK, M. E.; GELIEBTER, A.; SATOV, T. Night eating syndrome is associated with depression, low self-esteem, reduced daytime hunger, and less weight loss in obese outpatients. Obesity Research, Baton Rouge, LA, v. 9, n. 4, p. 264-7, 2001. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/CELAFISCS. Isto é Agita São Paulo. São Paulo: CELAFISCS, 2002. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/CELAFISCS. Programa Agita São Paulo. São Paulo: CELAFISCS, 1998. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/CELAFISCS. Sedentarismo: vacine-se contra esse mal. São Paulo: CELAFISCS; [199-?]a. 1 folder, color., 21cm x 10cm. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/CELAFISCS. Não deixe sua vida no vermelho. São Paulo: CELAFISCS; [199-?]b. 1 cartaz, color., 30cm x 20,5cm. KATZMARZYK, P. T. Perspective: sedentary death syndrome – Where to from here? Canadian Journal of Applied Physiology, Champaign, v. 29, n. 4, p. 444-6, 2004. LEES, S. J.; BOOTH, F. W. Sedentary death syndrome. Canadian Journal of Applied Physiology, Champaign, v. 29, n. 4, p. 447-60, 2004. LEES, S. J.; BOOTH, F. W. Physical inactivity is a disease. World Review of Nutriton and Dietetics, Basel, v. 95, p. 73-9, 2005. MATSUDO, S. M.; MATSUDO, V. R. Agita São Paulo: encouraging physical activity as a way of life in Brasil. In: FREIRE, W. B. (Ed.). Nutrition and an active life: from knowledge to action. Washington: PAHO, 2005. p. 141-60. MATSUDO, S. et al. Physical activity promotion: experiences and evaluation of the Agita São Paulo Program using the ecological mobile model. Journal of Physical Activity and Health, Champaign, v. 1, p. 81-97, 2004. MATSUDO, V. et al. Promotion of physical activity in a developing country: the Agita São Paulo experience. Public Health Nutrition, Cambridge, v. 5, n. 1A, p. 253-61, 2002. MATSUDO, V. Vitor Matsudo: depoimento. Rio de Janeiro: Papo com Armando Nogueira; 22 mar. 2007. 23 min. McKEOWN, T. The role of medicine: dream, mirage or nemesis? Princeton: Princeton University Press, 1979. McNEIL, C.M. Death by Default. Club Business International, Boston, v. 23, p. 28, fev. 2003. MORIYAMA, I.M. The eighth revision of the international classification of diseases. American Journal of Public Health and the Nation’s Health, Washington, DC, v. 56, n. 8, p. 1277-80, 1966. MOYNIHAN, R.; CASSELS, A. Selling sickness: how drug companies are turning us all into patients. Crows Nest: Allen and Unwin, 2005. NASCIMENTO, A. “Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado”. Isto é regulação? São Paulo: Sobravime, 2005. OBERG, E. Physical activity prescription: our best medicine. Integrative Medicine, Eagan, MN, v. 6, n. 5, p. 18-22, 2007. OKAY, Y. Atenção global à criança e modelo biomédico. Pediatria (São Paulo), São Paulo, v. 8, p. 172-5, 1984. PALMA, A. Exercício físico e saúde; sedentarismo e doença: epidemia, causalidade e moralidade. Motriz, Rio Claro (São Paulo), v. 15, n. 1, p. 185-91, 2009. STUNKARD, A. J.; ALLISON, K. C. Two forms of disordered eating in obesity: binge eating and night eating. International Journal of Obesity, London, v. 27, p. 1-12, 2003. SZASZ, T. The medicalization of everyday life: selected essays. Syracuse: Syracuse University Press, 2007. WHO. Diabetes action now: an initiative of the World Health Organization and the International Diabetes Federation. Geneva: WHO, 2004. ZOLA, I. K. Medicine as an institution of social control: the medicalizing of society. In: TUCKETT, D.; KAUFERT, J. (Ed.). Basic readings in medical sociology. London: Cambridge University Press, 1978. p. 254-60. ZOLA, I. K. Medicine as an institution of social control. The Sociological Review, New Castle-under-Lyme, v. 20, n. 4, p. 487-504, 1972. |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Espaço Editorial |
publisher.none.fl_str_mv |
Espaço Editorial |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6338/1/A%20Patologiza%c3%a7%c3%a3o%20do%20Sedentarismo.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6338/2/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6338/5/A%20Patologiza%c3%a7%c3%a3o%20do%20Sedentarismo.pdf.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6338/4/A%20Patologiza%c3%a7%c3%a3o%20do%20Sedentarismo.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
c689c9dc53a942a159d1d2b62ec61e1b 7d48279ffeed55da8dfe2f8e81f3b81f c1d2e8260cd94634f647e1c912c5a558 a7368f18ef899a9c62e9a0ddadab0439 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1798324974646198272 |